segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

OMS revela eficácia da primeira vacina contra o ebola

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje a alta efetividade dos ensaios clínicos da primeira vacina contra o ebola, cujo último surto causou mais de 11 mil mortes.


Segundo a agência de saúde da ONU, como parte dos estudos, o imunógeno rVSV-ZEBOV foi provado com resultados muito positivos em 5.837 mil pessoas na Guiné, nação por onde emergiu em 2014 a epidemia que se estendeu à Serra Leoa e Libéria. Entre os que receberam a vacina não se registrou nenhum caso de ebola nos 10 dias ou mais após a inoculação, declarou a meios de comunicação a diretora geral adjunta da OMS para o sistema de saúde e inovação, Marie-Paule Kieny. Além disso, a pesquisa abarcou seis mil voluntários adicionais que não receberam a injeção, os quais foram acompanhados pelas equipes da OMS, que registraram 23 casos da doença neste grupo.

Nas palavras de Kieny, ainda que estes convincentes resultados cheguem muito tarde para aqueles que morreram na epidemia de ebola no oeste da África, quando surgir o próximo surto teremos defesa.

A propósito dos resultados positivos da injeção contra o vírus do Ebola, fica por determinar quanto tempo dura a imunidade com esta vacina, da qual só se requer uma dose para que seja efetiva.

A diretora adiantou que agora se prepara o expediente para submeter este antivírus ao processo de registro nos Estados Unidos e na União Europeia, processo que está previsto concluir em 2018 para que o imunógeno chegue ao mercado.

A rVSV-ZEBOV foi desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá e está produzida pela companhia farmacêutica estadunidense Merck.

O ebola é uma doença ocasionada no ser humano pelo vírus do Ebola, e normalmente seus sintomas começam entre dois dias e três semanas após ter contraído o vírus, com febre e dores de garganta, musculares e na cabeça.

Pelo geral, seguem náuseas, vômitos, e diarreias, junto com falha hepática e renal. Nesse momento, alguns pacientes começam a sofrer complicações hemorrágicas.

A partir da epidemia de 2014 surgida na África Ocidental, produziram-se contágios em outros continentes.

Fonte: Prensa Latina


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