segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Ministro escancara que quer correr para entregar pré-sal à Exxon


O governo de Michel Temer pretende acelerar a entrega do pré-sal brasileiro a grande petroleiras estranheiras. Um dos principais objetivos do golpe parlamentar que retirou a presidente Dilma Rousseff, as áreas exploratórias do pré-sal serão objeto de um "megaleilão" neste ano.

Reportagem de Anne Warth, da agência 'Broadcast' deste domingo, 29, mostra que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, não esconde a pressa do governo em vender os campos do pré-sal, que serão apresentado em fevereiro pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustívesis (ANP).

"Para atrair outras empresas, como a ExxonMobil e outras grandes, e eles estão de olho no pré-sal, a ideia seria colocar novas áreas e, em vez de esperar 2018, fazermos em 2017", diz o ministro. Em março, o governo pretende aprovar o leilão em reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). "Assim, podemos marcar a licitação para novembro."

A expectativa do governo é que o leilão já seja realizado sem a exigência de conteúdo local, o que deixa a indústria naval e do petróleo em dificuldade ainda maior. Coelho Filho defende que a antecipação do leilão é a melhor forma de atrair grandes investidores.

Em maio, a União fará um leilão de áreas exploratórias em terra (onshore); em junho, serão leiloadas áreas no entorno de quatro blocos já em operação no pré-sal (Carcará, Sapinhoá, Tartaruga Verde e Gato do Mato, todas na Bacia de Santos) e, em setembro, haverá a 14.ª rodada de blocos marítimos, mas no pós-sal (mais próximos da superfície, embora alguns também em águas profundas).

Até hoje, o governo só realizou um leilão no pré-sal. Licitado em 2013, o campo de Libra foi arrematado, sem concorrência, por um consórcio formado pela Petrobrás, Shell, Total e as chinesas CNPC e CNOOC.

 Fonte: Brasil 247


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