Um estudo da OCDE mostra que, devido ao desemprego e aos
baixos rendimentos, as novas gerações viverão essa fase de uma forma pior do
que os seus pais em termos de condições econômicas e proteção social.
Um relatório da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que a
experiência de velhice vai mudar radicalmente para as gerações nascidas depois
da década de 60. O estudo mostra que, devido ao desemprego e aos baixos
rendimentos, as novas gerações viverão essa fase de uma forma pior do que a dos
seus pais em termos de condições econômicas e proteção social.
“As gerações mais jovens vão enfrentar maiores riscos de
desigualdade em idade avançada do que os reformados dos dias de hoje. Entre as
gerações nascidas após os anos sessenta, a experiência de velhice mudará
drasticamente”, lê-se no relatório divulgado esta quarta-feira. “Além disso,
com queda do tamanho das famílias, a maior desigualdade em relação à vida
profissional e a redução das reformas, alguns grupos enfrentarão um alto risco
de pobreza”.
Segundo o estudo, os ‘baby boomers’ nascidos no final da
Segunda Guerra Mundial, em 1945, beneficiaram de um crescimento econômico
assinalável, que possibilitou uma diminuição da desigualdade e uma maior
proteção social, tendo em conta as crescentes preocupações com o bem-estar da
sociedade abalada pelos tumultos da guerra. Os seus filhos com idades entre os
35 e os 50 anos, no entanto, “não serão tão ricos como os seus pais na
velhice”. E os seus netos, nascidos depois de 2000 e que fazem parte da chamada
geração do milênio, enfrentarão uma situação “particularmente difícil”.
“Os futuros idosos viverão mais tempo, mas são cada vez mais
os que estarão desempregados em algum momento das suas vidas ou sujeitos a
salários baixos, enquanto outras gerações terão desfrutado de rendimentos mais
altos e estáveis”, explica o relatório da OCDE. “As desigualdades na educação,
saúde e emprego começam a crescer em idades precoces”.
A OCDE nota ainda que o Japão será em 2050 o país com maior
número de idosos do mundo, seguido de perto pelos países do sul da Europa:
Itália, Grécia, Espanha e Portugal.
Fonte: Jornal
Econômico
Via – Portal Vermelho
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