A escritora completaria 107 anos nesta sexta-feira (17).
Rachel foi a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras.
Rachel de Queiroz foi uma das romancistas que mais deixou
marcas na literatura brasileira. Nascida em Fortaleza no dia 17 de novembro de
1910, no Estado do Ceará, mudou-se com seus pais em 1915 para o Rio de Janeiro
fugindo da seca e da fome. Nesta sexta-feira (17), o Google homenageia os 107
anos do nascimento dela com um Doodle.
A vida multifacetada da escritora nordestina, que também se
dedicou ao jornalismo, à educação, ao teatro e à política, parece uma novela.
Com apenas 19 anos, quando os médicos suspeitavam que sofresse de uma
tuberculose mortal, dedicou seus meses de enfermidade a escrever seu primeiro
romance O Quinze, uma crônica crua da pobreza de sua terra natal. Seus pais
custearam a publicação, que logo se tornou a revelação literária do momento.
Tinha nascido uma escritora de peso. Na obra, Rachel de Queiroz demonstra
preocupação com questões sociais, além de mostrar ua hábil análise psicológica
de seus personagens.
Para o Google, “O Quinze” é o retrato de uma luta diária do
povo nordestino contra a seca e os recursos escassos, que assentaram a
reputação de Rachel de Queiroz como uma poderosa escritora. Com uma carreira
que durou 70 anos, ela atuou também como romancista, jornalista, dramaturga e
tradutora. Sua entrada na Academia Brasileira de Letras ocorreu em 1977.
Filha de um juiz, a inquieta escritora social ajudou a
fundar o Partido Comunista do Ceará. Foi fichada em seguida como agitadora pela
polícia de Pernambuco. Ganhou o Prêmio Machado de Assis pela Academia
Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra, a escritora recusou em 1958 o
ministério da Educação. “Sou apenas uma jornalista. E quero continuar sendo
isso minha vida toda”, disse ao então presidente da República, Jânio Quadros.
Já em 1992, Rachel de Queiroz publicou sua segunda grande
obra, “Memorial de Maria Moura”, que conta a história de uma cangaceira
nordestina no final do século 19 – o livro virou uma elogiada minissérie da
Rede Globo em 1994.
Do Portal Vermelho, com informações do Extra e El País
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