domingo, 26 de agosto de 2018

A pedante elite Paulistana

Vi no face do Gervásio Castro Neto, exímio chargista cujo a charge ilustra este texto que é de autoria de seu amigo Alexandre de Oliveira Périgo.


A pedante elite paulistana, me perdoem pelo pleonasmo - acha que para entender as demandas e a complexidade do nordeste de nosso país basta vestir um chapéu de franjinhas e posar de forma patética para uma foto com um fundo de terra seca, quiçá uma cuia nas mãos e umas ovelhas ou um bode a compor o cenário; a camisa pode ser social, a calça idem, pois no ideário de quem vive nos shopping centers de São Paulo o chapéu e o cinismo nosso de cada dia é que transformam um burguês encastelado em um legítimo representante do admirável e sofrido sertanejo nordestino.

Nem em cem encarnações esses extratos de bosta que usam perfume francês terão um milímetro da altivez, da dignidade, da graça e da ternura do brasileiro do nordeste. É preciso dar uma série de surras nessa gente vomitiva que imagina ter sangue azul; primeiro nas urnas, logo depois chutando seus focinhos até que cheguem ganindo em Miami, para abanarem seus rabicós ao primeiro yankee que virem. Antes que me acusem de bairrismo: sou nascido e criado em Sampa.




Nenhum comentário:

Postar um comentário