segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Rússia, Turquia, Cuba e Bolívia condenam atentado contra Maduro

A tentativa de assassinato que sofreu o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, neste sábado (05/08) provocou repúdio da comunidade internacional. Líderes de Espanha, Bolívia, Rússia, entre outros, condenaram o atentado e deram apoio ao mandatário venezuelano.


Por meio de seu Ministério de Relações Exteriores, o governo da Rússia emitiu um comunicado repudiando o ato e pediu que as diferenças sejam resolvidas por meio do diálogo, onde impere um entendimento. “Condenamos energicamente uma tentativa de atentado contra o presidente da República Bolivariana da Venezuela, perpetrado no dia 4 de agosto, que provocou sete feridos”, diz o texto.

Para as autoridades russas, qualquer desentendimento ideológico se deve resolver “exclusivamente pela via pacífica e democrática”.

Cuba

O governo cubano condenou “energicamente” o atentado contra o presidente venezuelano. “Este ato de terrorismo, que pretende desconhecer a vontade do povo venezuelano, constitui um novo intento desesperado de conseguir, pela via do magnicídio, o que não conseguiram obter em múltiplas eleições, nem tampouco através do golpe de Estado de 2002 contra o então presidente Hugo Chávez, o golpe petroleiro de 2003 e a guerra não convencional implantada mediante campanhas midiáticas, sabotagens e atos violentos e cruéis”, diz nota divulgada pela chancelaria do país.

Já o Ministério das Relações Exteriores da Turquia se colocou ao lado da população venezuelana e de Maduro. Em comunicado, Ancara diz que “nos inteiramos com grande preocupação do atentado dirigido contra o presidente Nicolás Maduro, sua mulher, seu filho, membros do governo e autoridades militares. Condenamos energicamente este ataque abominável”, diz o texto.

“Nestes momentos difíceis, a Turquia estará ao lado do povo irmão e amigo da Venezuela e de seu presidente Maduro, sua família e todos os membros de seu governo.”

Bolívia

O governo da Bolívia se pronunciou por meio de um comunicado oficial, e o presidente do país, Evo Morales, veio ao Twitter para se solidarizar com Maduro.

“Repudiamos energicamente uma nova agressão e covarde atentado contra o presidente Nicolás Maduro e o povo bolivariano. Depois do fracasso em seu intento de derrocá-lo democrática, econômica, política e militarmente, agora o império e seus servidores atentam contra sua vida. Esta tentativa de magnicídio, que é um delito de lesa humanidade, só mostra o desespero de um império derrotado por um povo valente. Nossa solidariedade. Força irmão presidente Maduro e povo bolivariano!”, disse Evo.

Já o texto da chancelaria boliviana expressou “sua enérgica condenação pelo covarde atentado perpetrado contra a vida do presidente Nicolás Maduro Moros”. O governo lamentou “o uso de metáforas terroristas que vulneram os princípios políticos fundamentais da democracia, e que põem em risco a vida de seres humanos”.

O governo de Pedro Sánchez, na Espanha, também se pronunciou. Em texto divulgado neste domingo (05/08), Madri condena “firmemente” a “utilização de qualquer tipo de violência com fins políticos”, desejando aos feridos “pronta recuperação”.

A Espanha pediu que se procure uma solução pacífica para as questões da Venezuela.

Pelo Twitter, Maduro agradeceu a solidariedade. "Agradeço aos povos e governos do mundo que se prounciaram contra o atentado que pretendia acabar com a minha vida. A Venezuela seguirá transitando a senda democrática, independente e socialista", disse.

Atentado

Maduro não se feriu no ataque, que foi realizado, segundo o governo, com drones. No momento do atentado, o presidente discursava em um palco na avenida Bolívar, centro de Caracas, durante as comemorações do 81º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana.

No entanto, ao menos sete funcionários do governo ficaram feridos.

O ministro das Comunicações, Jorge Rodríguez, disse que os drones continham cargas explosivas que foram direcionadas ao palanque onde estava o presidente.

O evento era transmitido ao vivo pela TV. Nas imagens, vê-se que Maduro e os outros participantes no palco inicialmente se assustam com as explosões, sendo retirados posteriormente do local.

Fonte: Opera Mundi com informações da TeleSur

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