Por meio de nota divulgada nesta segunda-feira (19), o
"superministro" da economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes,
anunciou a indicação do economista Roberto Castello Branco para assumir o
comando da Petrobras. Liberal, Castello Branco já havia defendido, em artigo
publicado em junho deste ano, a privatização "não só da Petrobras, mas de
outras estatais”.
Castello Branco |
Ex-integrante do governo Sarney (1985), Castello Branco já
vinha colaborando com a equipe de Bolsonaro durante a campanha presidencial.
Ele deve assumir a pasta em janeiro de 2019, até lá a Petrobras será conduzida
pelo atual presidente Ivan Monteiro que, segundo informações da imprensa, pode
assumir o Banco do Brasil no ano que vem.
Ex-diretor do Banco Central, da mineradora Vale, Castello
Branco é hoje diretor da Fundação Getulio Vargas (FGV), egresso da Universidade
de Chicago, de pensamento liberal. Em declaração, disse que “é inaceitável
manter centenas de bilhões de dólares alocados a empresas estatais em atividades
que podem ser desempenhadas pela iniciativa privada".
Em artigo publicado na Folha de S.Paulo em junho onde
defende a privatização da estatal também destaca a necessidade "de várias
empresas privadas competindo nos mercados de combustíveis".
Com a escolha de mais um defensor da venda do patrimônio
brasileiro para o capital internacional, a polêmica se instalou nas redes
sociais. Manifestações contrárias ao governo Bolsonaro, apontaram o
"nacionalismo de araque" do futuro governo que pretende vender a preço
de banana as empresas estatais do Brasil.
Um dos assuntos mais comentado no Twitter com a #Petrobras,
personalidades políticas, como os presidenciáveis, Marina Silva e Guilherme
Boulos, comentaram sobre a indicação.
Para Marina, "Roberto Castello Branco na presidência da
Petrobrás é parte do "Plano Guedes" de privatização da empresa,
contrariando a expectativa dos brasileiros de valorização e gestão técnica e
eficiente desse patrimônio que deve estar a serviço dos interesses do país".
Sobre a indicação, Boulos postou que "a retórica de
defesa da pátria esconde no projeto de Bolsonaro o entreguismo mais
abjeto".
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann ironizou
"A raposa tomando conta do galinheiro!". Segundo ela, Castello Branco
vai para a Petrobras defender sua privatização. "É a entrega do Brasil ao
sistema financeiro internacional".
Via - Portal Vermelho
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