O papa Francisco afirmou que o valioso patrimônio cultural
da Igreja Católica deve estar “a serviço dos pobres” e que sua eventual venda
não pode ser vista com “escândalo”.
As declarações estão em uma mensagem aos participantes de um
congresso sobre a gestão dos bens culturais eclesiásticos e a cessão de lugares
de culto, realizado pelo Pontifício Conselho para a Cultura e pela Conferência
Episcopal Italiana (CEI).
“Os bens culturais são voltados às atividades de caridade
desenvolvidas pela comunidade eclesiástica. O dever de tutela e conservação dos
bens da Igreja, e em particular dos bens culturais, não tem um valor absoluto,
mas em caso de necessidade eles devem servir ao bem maior do ser humano e
especialmente estar a serviço dos pobres”, disse o Papa.
Segundo Francisco, a constatação de que muitas igrejas “não
são mais necessárias por falta de fiéis ou padres ou por mudanças na
distribuição da população nas cidades e zonas rurais deve ser vista como um
sinal dos tempos que nos convida a uma reflexão e nos impõe uma adaptação”.
Na mensagem, Jorge Bergoglio ressaltou que a cessão de bens
da Igreja “não deve ser a primeira e única solução”, mas também não pode ser
feita sob “escândalo dos fiéis”.
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