terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Esperanças vãs


O sonho bonito do bem comum onde viveremos todos em harmonia, onde a justiça vá de encontro aos interesses coletivo não passará de sonho.

Histórias de faz de conta, quimeras, onde cada vez mais perderá o sentido na cruel realidade formada por seres vulneráveis e corrompidos que sempre buscarão seus próprios interesses.

A realidade onde a dignidade abrace todos os cidadãos é cada vez mais inviável, nunca aconteceu e jamais acontecerá. A raça humana com seu modo de fazer política, jamais será capaz de fazer valer os princípios do bem comum. O discurso de que os interesses coletivos serão defendidos a qualquer preço, é lenda e mito, vividos somente no imaginário de sonhadores e enganadores. Esperanças inalcançáveis que servirão sempre como esteios para sustentar ou garantir a ascensão e a permanência de alguém ou alguns no domínio desta máquina falsária denominada política.

Os homens que regem o poder ou aqueles que possuem esta pretensão, buscarão primordialmente seus próprios interesses, como também, os interesses daqueles que lhes tem estreita aproximação. Pela ganância em chegar ao posto almejado em sua candidatura estes homens se unirão ou se afastarão uns dos outros como melhor lhes convier.

O que importa é o caminho mais curto para suas realizações pessoais, os que outrora eram inimigos, hoje se abraçam, quem ontem era apontado como demônio, hoje têm o aval de quem o satanizou, serão sempre assim os políticos, artistas de muitas faces que mudam seus discursos da maneira que for conveniente aos seus próprios interesses.

Entra ano e sai ano, passam-se séculos e a realidade é imutável, porém a esperança de uma realidade justa continua fomentando o imaginário de todos aqueles que dormem, sonhando com um dia triunfante, onde o bem, a bonança e a dignidade seja algo comungado por todos. São os pobres sonhadores que em sua tamanha inocência, alimentam um otimismo também imaginário de que realidade se reverterá.

O objetivo aqui não é partilhar nosso pessimismo e frustração, acreditamos até que os sonhadores sejam pessoas mais felizes do que aqueles que estão acordados assistindo a toda essa patifaria infindável regida pelos maestros da política. Estaremos cada vez mais mergulhados no lodo da desesperança onde quem pode mais chora menos e os que nada podem e muito choram jamais serão saciados e tampouco consolados.

Assim é e assim será.

Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.
                                                                                                  

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