segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Ministro da Educação será ouvido por homofobia

 

Milton Ribeiro, pastor presbiteriano e Ministro da Educação. Foto: Reprodução

Determinação foi feita pelo ministro Dias Toffoli, do STF; dentre outras declarações, Milton Ribeiro relacionou homossexualidade com “famílias desajustadas.”

Por Jornal GGN

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou à Polícia Federal que seja agendado o depoimento do ministro da Educação, Milton Ribeiro, em investigação sobre crime de homofobia, reconhecido como forma de racismo pela Corte.

Segundo o jornal Correio Braziliense, a investigação foi aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para saber se Ribeiro foi homofóbico durante entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo e publicada no dia 24 de setembro.

Na ocasião, o minstro (pastor presbiteriano) foi indagado sobre a necessidade de educação sexual na escola, onde respondeu ser favorável a abordagem de temas que impeçam que as crianças sejam molestadas e para evitar gravidez na adolescência, mas disse não ser necessário incentivar discussões de gênero. “A biologia diz que não é normal a questão de gênero. A opção que você tem como adulto de ser um homossexual, eu respeito, não concordo”, disse Ribeiro ao jornal.

“Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios”, disse o ministro da Educação.

Embora o ministro tenha pedido desculpas e declarado que as afirmações foram tiradas de contexto, Ribeiro rejeitou na última semana um acordo de persecução penal com o Ministério Público.

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