sexta-feira, 19 de março de 2021

Lula sugere que Biden doe vacinas para o Brasil

 


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que seu país doasse ao Brasil parte do excedente que possui hoje de antídotos contra a pandemia do Covid-19.

'Sei que os Estados Unidos têm estoques de vacinas e não vão usar todas. Talvez essas doses possam ser doadas ao Brasil ou a países mais pobres que não podem pagar', disse Lula à jornalista Christiane Amanpour da CNN.

Nesse caso, ele comentou sobre a possibilidade de doar 10 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela empresa anglo-sueca AstraZeneca que não pode ser usado no país norte-americano porque não há registro no órgão regulador.

Ampliado nesta quinta-feira na mídia jornalística local, portais de notícias e redes sociais, na entrevista o fundador do Partido dos Trabalhadores disse que gostaria de recomendar que Biden convoque uma reunião do G20.

'É urgente convocar os principais líderes mundiais e colocar na mesa um único tema: vacina, vacina, vacina', insistiu.

Ele esclareceu que encaminha o pedido ao presidente democrata por não acreditar no governo de Jair Bolsonaro. 'Nem poderia perguntar (Donald) Trump (presidente dos Estados Unidos até 2020), mas Biden é um novo alento para a democracia', observou.

Do outro lado da conversa, o ex-líder operário de 75 anos reconheceu que 'sim, quando chegar a hora de disputar as eleições (2022), meu partido e os demais aliados entendem que eu posso ser o candidato, e sou de boa saúde Com a energia de hoje, não vou negar o convite ', comentou.

No entanto, ele especificou que sua prioridade agora é salvar o Brasil do Covid-19.

O gigante sul-americano confirmou ontem ser o epicentro universal da pandemia ao registrar 90 mil 303 infecções, um novo recorde diário, e elevando o total para 11 milhões 693 mil 838.

A atualização do Ministério da Saúde indicava ainda que foram registradas duas mil 648 mortes em decorrência da doença em 24 horas e o valor geral foi de 284 mil 775.

Na semana passada, o desembargador Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anulou as condenações de Lula nos processos relativos à desativação da operação Lava Jato.

Com a decisão, o ex-presidente, antes limitado pela chamada Lei da Ficha Limpa, recuperou seus direitos políticos e pode disputar o poder em 2022.

Via-Prensa Latina

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