sexta-feira, 2 de julho de 2021

De belo em belo

 

É bela. É bela a vida e tudo que a acompanha. É belo um sorriso e bela também é a lágrima. É bela a flor e a borboleta. É bela a amizade e o amor. Ah, o amor! Desse nem se fala... A beleza é indescritível. Bela é a justiça, mais beleza tem o justiceiro.

E belo é o céu e a bola e a terra e o mar e o sol... E belo e bela. Haja beleza e haja palavras para falar de tanto. E, ah! as palavras! Quem tem mais beleza que elas? São infinitas, são deles, suas e minhas. E podemos inventá-las, emprega-las e devemos, antes e mais que tudo, amá-las.

Amá-las o suficiente para sabermos o exato momento de oculta-las, de não joga-las fora, de silenciarmo-nos.

E como não dizer que belo também é o silêncio? O silêncio do qual Deus faz uso para responder nossas questões afobadas e importunas. Questões que levantamos por capricho, por não nos conformarmos que somos reles mortais e que há inúmeros mistérios a nos rondar e jamais saberemos ao menos quais são todos.

Belos sonhos. Esses não nos podem faltar. Tão necessários para a vida quanto a respiração, tão bela também. Bela ou belas? Cada momento exige uma respiração diferente. E que beleza tem a diferença... Belo o pobre, o rico, o branco, o preto, o amarelo e o vermelho. Vermelho, de modo especial, mais belo. Mais belo, porque todos o carregam. O precioso líquido vermelho! O essencial. O tal sangue.

Belo o velho. E que beleza há no velho... O velho que traz consigo a carga de uma vida, a beleza de ter sido jovem e ter sofrido e realizado tudo o que os jovens, pobres jovens!, ainda terão que passar.

Belo o verde. Verde da natureza e talvez dos teus olhos!

Bela a tristeza, a saudade, a nostalgia que só chegam e se instalam, porque houve um passado magnífico e belo a tal ponto que vale a melancolia.

Belo, tão belo é o prazer! Prazer de ler um bom livro, recitar um poema ou ouvir uma boa música. Prazer de viver uma boa vida e estarmos nós aqui parados já há algum tempo falando da beleza de coisas que merecem, mas não deveriam ser focadas para serem percebidas.

Por Dandhara Jordana

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