sexta-feira, 9 de setembro de 2022

EU E DEUS NA INTIMIDADE

 Por Gabriel Palma


Uso esse espaço pra compartilhar coisas que leio, vejo e gosto por aí. Escrevo sobre variados temas, coisas sobre meu momento e outras que não tem nada a ver comigo, ou com o momento. Porém, nunca parei pra falar sobre Deus aqui.

Não sou um cara que frequento igreja, não sou adepto a entidades... Mas, tenho fé, e como tenho fé.
Logo aos meus 8 anos passei por momentos difíceis devido a problemas renais e na bexiga. Minha família que era estruturada e até certo ponto “bem de vida” passou alguns apuros, tínhamos carro do ano, morávamos em um apartamento no centro e tudo corria bem. Devido à doença meu pai teve que vender o carro pra cobrir tratamentos, cirurgia e consultas. Lembro de rifas que foram feitas e vendidas na cidade para me ajudarem com as despesas, lembro de um almoço em que muita gente ajudou no salão paroquial em Joaçaba também pra arrecadar dinheiro pro tratamento. 

Lá foi eu pequeno, com medo e sem entender muito o que estava acontecendo pra sala de cirurgia, foram mais de 8 delicadas horas dentro da sala cirúrgica no Hospital Pequeno Príncipe em Curitiba. Após a cirurgia parecia tudo estar indo bem, mas alguns meses ao retornarmos para uma consulta o Médico disse que eu teria que carregar uma bolsa coletora de urina ao lado e uma sonda para o resto de minha vida para conseguir controlar a urina corretamente. Com a maior tranqüilidade ele disse que não havia mais o que fazer, disse para minha mãe que infelizmente ela não era a única mãe do mundo que teria que passar por isso e muito menos eu o último paciente. O médico havia desistido de mim, mas DEUS não. Minha mãe também não havia desistido, estava ali comigo de mão dada desesperada perdida em Curitiba, sem chão, quando resolveu procurar a Dra Rejane, conseguimos um tratamento caro e trabalhoso, parei de estudar por um ano, semanalmente ia até Curitiba me tratar. Fiz meus pais gastarem o que tinham e o que não tinham, tanto financeiramente como psicologicamente. 

Depois de um ano e pouco de tratamento eu estava curado, jogando meu futebol, sem bolsa do lado. Lembro de quantas vezes orei de mãos dadas com minha mãe chorando ao pé da cama, lembro de meu pai pedindo na rádio orações pra mim e orando com sua voz grossa bem baixinho antes de eu pegar no sono, lembro de pessoas que eu nem conhecia e me paravam na rua e diziam: - Eu orei muito por você garotinho, pedi muito pra Deus te dar saúde e te abençoar. Geralmente só o procuramos quando estamos desesperados, é errado, mas ele sempre está ali, porém das 24 horas diárias que ele nos deu, não custa tirarmos alguns minutos para agradecê-lo. Vamos agradecer mais e pedir menos.

Por mais que eu não me esforce pra aproximar de Deus o Cara sempre esteve do meu lado, de mãos dadas comigo. Até os dias de hoje, não fiz o suficiente pra agradecer por tudo que ELE fez pra mim e por mim, até os dias de hoje não sei se sou merecedor de tudo que ELE operou e opera em minha vida, mesmo eu não estando tão próximo dele como sinto que seja necessário. 

Minha gratidão pelo Senhor é eterna e sincera. Você é caprichoso, é pontual, é perfeito. 
Então, se você está desesperado, se você está precisando, tenha fé. Para tudo o que está fazendo e converse com Deus, em paz de espírito, só vocês dois. Ele vai te atender, Ele SEMPRE me atendeu, tudo tem seu propósito e como diz a velha frase: DEUS não demora, ELE capricha!

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