Os líderes eleitos em alguns países das Américas, principalmente a do Sul, vem chamando a atenção do mundo. Estamos evoluindo? Estamos quebrando as barreiras do preconceito? Ou o quadro que se desenha no continente é apenas um acaso?
O que vemos neste lado do mundo sobre lideranças governamentais é algo que até a década passada não existia. Os primeiros anos do século XXI deu início a uma nova realidade na política continental, basta ver os representantes de alguns países, estes estão se levantando do meio de uma parcela da sociedade onde jamais noutros tempos seria possível.
No Brasil, onde antes os chefes de estado eram sempre das elites, doutores, generais, sociólogos, em 2002 o resultado das eleições presidenciais embasbacou o mundo, foi eleito um retirante nordestino, torneiro mecânico e líder sindical para presidente da republica.
Três anos depois em 2005, o povo boliviano em sua maioria, anunciou ao mundo a escolha do índio Evo Morales como o maior homem de uma Bolívia onde a elite branca nunca havia deixado de mandar e governar primando por seus próprios interesses.
No Chile também em 2005 o país escreveu uma página em sua história onde quem viveu por lá nos dias do ditador Augusto Pinochet jamais poderia imaginar que tal realidade se concretizaria, uma mulher, Michele Bachellet tornou-se também presidente daquele país.
No Paraguai em 2008, um ex-bispo católico quebrou a hegemonia sexagenária do partido colorado e se tornou presidente da republica. Um ex-bispo que tantos filhos fez, que hoje é conhecido por lá como o pai da pátria.
Porém a maior surpresa veio em 2009, nos Estados Unidos onde o preconceito de cor toma proporções lamentáveis, um negro, Barack Obama se elege o presidente da nação mais poderosa do planeta, provando ao mundo que algo de muito diferente anda acontecendo nas Américas.
Estariam os povos das Américas mostrando ao mundo que as muralhas do preconceito começam ser derrubadas por este lado do globo?
No Brasil machista, se Dilma Roussef consagrar-se vitoriosa no pleito de 03 de outubro, a quebra de mais um tabu sul-americano chamará a atenção do mundo. ‘Nunca na história deste país’ uma mulher tornou-se presidente da republica.
Tais evidências mostram que, embora o preconceito ainda exista, ele não está sendo forte o suficiente para impedir que pessoas de meios sociais vítimas históricas do preconceito ganhem as eleições nas Américas.
Por aqui se deixou de seguir a etiqueta capitalista, onde é imprescindível que para ser líder tem que ser homem, branco, bonito e rico. Nas Américas essas regras caíram por terra, fugimos da ordem positivista de que somente uma elite exclusivista comandará cargos de tamanha evidência na política.
No mais, que os povos das Américas, principalmente a do Sul, continue deixando claro que por aqui os preconceitos começam a perder forças.
As escolhas sul-americanas mostram a cada eleição que o império da mesmice elitizada não é interessante.
Como diria nossos hermanos vizinhos:
¡ Que viva nuestra América gran y única !
Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.
É isso aí e não abro mão.
ResponderExcluirAos poucos mostramos ao mundo(Europeu)que a cor da pele, classe social e até mesmo nível de escolaridade não são fatores decisivos para eleger um bom presidente e sim, a vontade de mudar uma nação.