segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Meteorito Bendegó.

Aquilo que nós conhecemos por estrelas cadentes, na realidade não são estrelas, são partículas de minerais que viajam pelo espaço sideral e quando uma dessas inúmeras partículas entra na atmosfera da terra, o impacto faz com que ela se torne incandescente e visível a olho nu, por isso aqui da terra temos a impressão de que a estrela está caindo.

Muitas vezes esses minérios espaciais acabam caindo na superfície da terra e quando isso acontece, os minérios são chamados de meteoritos. O maior meteorito que temos notícia de ter caído no Brasil foi encontrado na Bahia pelo menino Bernardino da Motta Botelho, nas proximidades do rio Bendegó na cidade de Monte Santo em 1784. O Rio Bendegó que fica próximo onde o meteorito foi encontrado, foi batizado com este nome pelos nativos daquela região, os índios cariris, Bendegó na língua cariri significa ‘caído do céu’.

O Bendegó pesa cinco toneladas e é o 15º maior meteorito encontrado no mundo seu formato lembra uma sela de montaria, hoje o Bendegó se encontra no Museu Nacional da Quinta da Boa vista no Rio de Janeiro. O transporte da Bahia ao Rio de Janeiro aconteceu em 1888 por ordem do Imperador D. Pedro II que achou por bem que Bendengó viesse para a então capital do país.

A retirada do meteorito do local de sua queda entristeceu os moradores de Monte Santo, pois muitos guardavam carinho e até mesmo a crença de que o Bendegó fosse uma pedra sagrada, populares da época diziam que a região sofreu uma grande estiagem e o motivo era o castigo divino pelo traslado da pedra da Bahia ao Rio. A cidade de Monte Santo oito anos mais tarde entraria para história não pelo Bendegó, mas pela Guerra de Canudos, onde Antonio Conselheiro se tornaria um dos maiores líderes populares do mundo.

Portanto se um dia você for ao Rio de Janeiro, visite o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, lá se encontra o Bendegó, até Albert Einstein já foi visitá-lo, enquanto os moradores da região de Monte Santo, reclamam a volta do Bendegó ao local de sua queda o que muito contribuiria para o turismo naquela região.

Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.

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