Polícia de BH prende estudante suspeito de matar professor
Jovem teria comportamento violento e já havia sido expulso de outra universidade por causa de agressão física
Alessandra Mendes, especial para o iG | 08/12/2010 07:58
A polícia de Minas Gerais prendeu, às 2h40 desta quarta-feira, o estudante Hamilton Loyola Caires, de 23 anos, suspeito de matar o professor Cássio Vinicius Castro Gomes, de 39 anos, no início da noite de terça-feira dentro da Faculdade Isabella Hendrix, no bairro de Lourdes, região centro-sul de Belo Horizonte.
Gomes foi atingido com duas facadas, uma no tórax e outra no pescoço, e morreu antes da chegada do socorro. O motivo do assassinato teria sido o descontentamento do estudante com a nota dada pelo professor de Educação Física, que acabou por reprovar o aluno na primeira etapa do trabalho de conclusão de curso (TCC).
Um cerco foi montado pela polícia para tentar prender o estudante. Os investigadores foram até a casa do jovem no bairro União, região leste da capital, mas não o encontraram. Depois, segundo a Polícia Militar (PM), policiais receberam uma denúncia anônima de que ele havia retornado para a casa e ele foi localizado na madrugada.
De acordo com o delegado Wagner Pinto, chefe da Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte, a autoria do crime já foi confirmada. Isso porque o aluno teria sido flagrado com nitidez pelas câmeras do circuito interno da faculdade no momento do crime. Testemunhas também apontam o estudante do 5º período de educação física como sendo o autor do crime.
O professor foi atacado no corredor da faculdade pouco antes do início das aulas. O estudante fugiu em uma moto e deixou no local a faca usada no assassinato. Após o crime, todo o prédio foi evacuado. Apenas professores, coordenadores e demais funcionários da faculdade puderam permanecer no local. As aulas foram suspensas.
O irmão de Loyola disse à polícia que o rapaz é usuário de drogas. Ele não tem antecedentes criminais, mas, segundo colegas de curso, ele tinha comportamento violento e já havia sido expulso de outra faculdade após agredir um professor.
O delegado disse que o professor Castro já havia manifestado a outras pessoas preocupação com sua segurança. O docente morava em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, era casado e deixou dois filhos.
No mesmo prédio do instituto, funciona o Colégio Izabela Hendrix, onde a presidente eleita, Dilma Rousseff, estudou quando criança. Em nota, a instituição afirma que lamenta a tragédia e afirma que o caso de violência foi um episódio isolado.
A instituição diz que mantém livre o acesso aos espaços universitários por uma "questão de filosofia educacional" e que conta com 52 vigilantes e 53 câmeras de circuito interno de TV para segurança. Por fim, o comunicado afirma que a instituição está colaborando com as autoridades policiais nas investigações.
*Com informações do iG São Paulo e da Agência Estado
Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.
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