sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Pesquisa presidencial - Ibope: Marina cai, Dilma abre 22 pontos


José Roberto de Toledo
Daniel Bramatti

Pesquisa nacional Ibope em parceria com o Estado mostra que Dilma Rousseff (PT) abriu 22 pontos sobre a segunda colocada, Marina Silva (sem partido), na corrida presidencial. Em julho, a diferença era de 8 pontos. Desde então, a presidente cresceu em ambos os cenários de primeiro turno estimulados pelo Ibope, enquanto Marina perdeu seis pontos, se distanciando de Dilma e ficando mais ameaçada pelos outros candidatos.

No cenário que tem Aécio Neves como candidato do PSDB, Dilma cresceu de 30% para 38% nos dois últimos meses. Ao mesmo tempo, Marina caiu de 22% para 16%. Aécio oscilou de 13% para 11%, enquanto Eduardo Campos (PSB) foi de 5% para 4%. A taxa de eleitores sem candidato continua alta: 31% (dos quais, 15% dizem que votarão em branco ou anularão, e 16% não sabem responder).


O cenário com José Serra como candidato do PSDB não tem diferenças relevantes: Dilma tem 37%, contra 16% de Marina, 12% de Serra e 4% de Campos. Nessa hipótese, 30% não têm candidato: 14% de branco e nulo, e 16% de não sabe. Não há cenário idêntico a esse em pesquisas anteriores do Ibope para comparar.


Nos dois cenários, Dilma tem intenção de voto superior à soma de seus três adversários: 37% contra 32% (cenário Serra) e 38% contra 31% (cenário Aécio). Isso indica chance de vitória no primeiro turno. Mas convém lembrar que praticamente 1 em cada 3 eleitores não tem candidato e ainda falta um ano para a eleição.

A atual corrida presidencial tem sido marcada por altos e baixos dramáticos. Em março, Dilma chegou a 58% de intenções de voto, segundo o Ibope. Despencou para 30% em julho, e, agora, recuperou um terço dos eleitores que perdera. Essas oscilações podem se repetir até a hora de o eleitor ir às urnas, em 2014.

O Ibope fez a pesquisa entre os dias 12 e 16 de setembro, em 141 municípios de todas as regiões o Brasil. Foram entrevistados 2.002 eleitores, face a face. A margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos, num intervalo de confiança de 95%.

Segundo turno

Não foi apenas no cenário estimulado de primeiro turno que Dilma se distanciou de Marina. Na simulação de segundo turno entre as duas, a petista venceria a rival por 43% a 26%, se a eleição fosse hoje. Em julho, logo depois dos protestos em massa que tomaram as ruas das metrópoles, Dilma e Marina estavam tecnicamente empatadas: 35% a 34%, respectivamente.

Segundo as simulações do Ibope, tanto faz se o candidato do PSDB seja Aécio ou Serra. Se a eleição fosse hoje, a presidente venceria ambos por 45% a 21% num segundo turno. Em julho, estava 38% para Dilma contra 26% de Aécio. Não houve cenário com Serra.

Contra Eduardo Campos, a vitória de Dilma no turno final seria mais fácil: 46% a 14%. Na pesquisa de julho estava 39% a 19%.

Mesmo nas simulações de segundo turno a taxa de eleitores sem candidato (branco, nulo e não sabe) é muito alta: 35% no confronto de Dilma com Aécio, 34% no Dilma versus Serra, 31% no Dilma x Marina, e 40% no cenário Dilma x Eduardo Campos. Isso é sinal de que pode haver mais mudanças pela frente.

Espontânea

Na pesquisa espontânea – aquela em que o eleitor cita seu presidenciável predileto antes que o pesquisador mostre a cartela com o nome dos candidatos -, Dilma foi de 16% para 19%. Os rivais permaneceram onde estavam: Marina ficou com 4%, Aécio permanceu com 5%, Eduardo Campos tem 1% , e Serra tem 3%. As menções a Lula foram de 12% para 11%.

Ainda há 45% de eleitores que não souberam responder e 12% que afirmam que anularão ou votarão em branco. Ou seja, a maioria não tem o nome de um candidato a presidente na ponta da língua.

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