O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo (23) que pedirá à Assembleia Nacional a criação de uma Comissão da Verdade para investigar todos os atos de violência promovidos por setores da direita venezuelana nas duas últimas semanas, em meio aos protestos e às marchas que ocorreram no país.
Maduro participou nesta segunda-feira (24) de um ato com coletivos de motorizados |
Em declarações à TeleSUR, Maduro afirmou que enviará, nesta semana, um comunicado ao Parlamento solicitando a inclusão de representantes da Igreja Católica, jornalistas, intelectuais e outros membros da sociedade para participar da comissão. Até o momento, o governo contabiliza 11 mortes desde que as ações foram iniciadas, em 12 de fevereiro.
“Com esta comissão, vamos investigar a fundo o que aconteceu durante este intento de golpe fascista e descobrir quem foram os autores dos assassinatos cometidos aqui”, disse a uma multidão de motociclistas em frente ao Palácio de Miraflores (sede do governo), em Caracas.
Na manifestação, os motociclistas pediram paz e a união do país, assim como expressaram repudio às ações violentas dos últimos dias. Os chamados coletivos motorizados foram às ruas nesta segunda-feira (24) para protestar contra a acusação feita pela direita de que eles são responsáveis pelas mortes no país e declarar apoio ao governo.
Durante o ato, Maduro assegurou que as autoridades nacionais identificaram “todos os grupos e responsáveis principais, como atuam, onde colocam as armas, quem os financia; e já estamos desmembrando estes grupos”, disse. O mandatário afirmou ainda que tais atos violentos estão sendo realizados em 5% dos municípios do país, que abarcam 8% do território nacional.
Maduro disse que, além dos óbitos por disparos, pelo menos 30 pessoas morreram porque não puderam ser encaminhadas aos hospitais por causa das chamadas guarimbas (bloqueios de ruas e rodovias com lixo e entulhos) que manifestantes fizeram em diversas regiões do país.
O presidente Nicolás Maduro se reunirá nesta tarde com governadores no Conselho Federal de Governo. A presença de opositores como Henrique Capriles, governador do estado de Miranda, é esperada. No sábado (22), Capriles confirmou participação no encontro. Na reunião, Maduro deverá discutir a crise política e pedir apoio para a realização da Conferência Nacional de Paz, prevista para quarta-feira (26).
Com informações da TeleSUR e da Agência Brasil
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