Do G1 PR
Pescadores de Porto Rico e Marilena eram responsáveis pelo
esquema.
Foram desviados mais de R$ 2,1 milhões, de acordo com o MPF.
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 114 pessoas
que, supostamente, fazem parte das colônias de pescadores de Marilena e Porto
Rico, na região noroeste do Paraná, por fraudes no recebimento do
seguro-desemprego. Conforme as investigações, foram desviados mais de R$ 2,1
milhões. Os presidentes das colônias de pescadores de Porto Rico, Francisco
Vicente Vieira, de Marilena, Antônio Luiz Ferreira Arrabaça, e o vereador de
Diamante do Norte, Paulinho Leite (PV), também foram denunciados por serem
apontados como responsáveis pelo esquema. Todas as pessoas citadas responderão
pelo crime de estelionato. A denúncia foi publicada pelo órgão na terça-feira
(10).
As investigações começaram em 2007. Para chegar aos
denunciados, a procuradoria solicitou ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
uma lista com todos os beneficiários do seguro-desemprego da região. Após a
entrega desse documento, as polícias Civil e Militar percorreram os municípios
e conseguiram detalhar onde moravam e trabalhavam os beneficiários.
Comprovadamente, apenas o vereador de Diamante do Norte e os
presidentes da colônias são pescadores. Se o juiz aceitar a denúncia, o
restante dos denunciados terão que provar que são pescadores e que precisam do
seguro-desemprego durante o período da piracema.
De acordo com o procurador federal Raphael Otávio Bueno
Santos, o esquema chegou a favorecer quase todos os moradores de Porto Rico e
de Marilena. “Os moradores dessas cidades acreditam que o seguro desemprego na
época da piracema é um direito deles, pois moram em uma região ribeirinha. Para
eles é normal receber o benefício mesmo que não sejam pescadores”, detalha o
procurador.
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