A ESPERA DE UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA.

Por *Carlos Adão

Queremos aqui, solidarizar-nos com os estudantes da (UNESPAR, Universidade Estadual do PARANÁ), antiga FAFIPA, que diariamente percorrem o trajeto Nova Londrina/PARANAVAI, onde são transportados em um ônibus que a mais de 25 anos,  apresenta-se sem condições nenhuma de uso como é visível a todos, constantemente apresentando problemas e tendo sua vida útil já definhada pelo tempo. Esses alunos são verdadeiros heróis, pois sabem o risco em que estão colocando suas vidas,  diariamente transportados nesse veículo,. Enquanto isso suas famílias, se encontram, apreensivos com essa situação, sem saberem se seus filhos chegarão seguros em casa ou não.

É uma total falta de respeito o que fazem com esses jovens, que são filhos de Nova londrina, trabalhadores, e filhos de trabalhadores que pagam seus impostos e, portanto estão presente na construção desse município. Como acreditar em governantes que não respeitam seus cidadãos, tratando os mesmos como coisa?  Sabemos que a lei responsabiliza o município apenas pelo transporte escolar do ensino  básico /fundamental, Portanto não tendo responsabilidade sobre o transporte de ensino de outras áreas. Mas cabe aqui lembrar-nos, que os alunos universitários, pagam por esse transporte, mesmo que isso seja um valor mínimo, não significa de devam serem tratados como animais transportados em carros de bois. O que esses jovens pedem é o mínimo de dignidade e respeito para concluírem seus estudos.

 Ficaremos imunes a tudo isso? Ou esperaremos acontecer o que aconteceu com o transporte universitário do município vizinho de ITAUNA DO SUL, O qual, no ano de 2013, teve que sofrer um acidente para providencias serem tomadas. Precisaremos de uma tragédia anunciada para ver nossas famílias chorarem primeiro para que atitudes sejam tomadas depois? Fica por fim, uma pergunta simples: onde se encontra nesse contexto, o valor de nosso voto depositado em nossos governantes? O mais trágico em tudo isso, é ver uma câmera de vereadores, apática diante de um problema tão sério, e não abraçar a causa desses estudantes. Precisamos que nossos representantes, políticos, a sociedade civil, a comunidade como um todo abrace essa causa que já extrapolou seus limites. O que esses estudantes querem não é luxo, nem esmola, mas o mínimo de dignidade e respeito, para terem um direito assegurado pela constituinte, que é o direito à educação.

*CARLOS ADÃO: ACADÊMICO DO CURSO DE HISTÓRIA - UNESPAR- UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ- PARANAVAÍ-PR