A declaração do ex-presidente foi durante Plenária da
Reeleição de Dilma realizada nesta quinta-feira (9), na quadra do Sindicato dos
Bancários, no Centro de São Paulo. Sobre o caso Petrobras, Lula afirmou que
“denúncias” sem provas na véspera da eleição é recorrente.
Por Dayane Santos, da redação do Portal Vermelho
“Nenhum candidato tem uma militância como essa e com a
capacidade e força dessa gente”, resumiu o deputado federal reeleito
Vicentinho, mostrando a força e a determinação da militância. A plenária reuniu
mais de 5 mil pessoas e deu o norte da campanha da presidenta Dilma neste
segundo turno das eleições, definindo uma agenda de atividades até o dia 26 de
outubro, dia da eleição.
O ex-presidente Lula voltou a rebater as declarações do
tucano FHC, que declarou que os eleitores de Dilma votavam nela porque eram
“desinformados”.
“Aquilo não é um pensamento só dele [FHC], é uma cultura.
Para eles quem não vota neles é mais burro do que quem vota. O que eles não
sabem é que quem não vota neles não é burro. O que esse povo não gosta é que
pobre agora anda de cabeça erguida”, disse Lula, destacando que FHC não se
refere somente ao Norte ou Nordeste, mas as periferias de São Paulo e Rio de
Janeiro.
Esse pensamento, segundo Lula, é de quem ainda vive no
passado: “Ele falou da periferia do Rio de Janeiro, da periferia de Belo
Horizonte e falou do Nordeste, sobretudo porque na cabeça dele o Nordeste e a
periferia ainda são como no tempo de quando ele era presidente. Não é mais!”.
Lula destacou que o eleitor não vai permitir retrocesso ao
passado. “Essa não é uma campanha entre Dilma e Aécio. É uma campanha entre
duas propostas de país, de duas propostas de sociedade para o futuro. Uma
representa a dependência de um modelo neoliberal em que o FMI dava palpite. É
trazer de volta um sistema financeiro que quer ganhar sem investir na produção,
é trazer de volta a ideia de que a universidade é para poucos”, ressaltou.
“Votar na Dilma é botar fim no preconceito da elite”, frisou
Lula dizendo que seu governo e o de Dilma fizeram “mais pela educação em 12
anos do que eles em cem”.
Ele destacou ainda a importância de esclarecer a juventude
sobre essas conquistas e citando uma série de exemplos desses avanços, apontou
a jovem Tamires Gomes Sampaio, a primeira negra a presidir o Centro Acadêmico
do Mackenzie, aluna beneficiada pelo ProUni, que participava da plenária.
Lula lembrou que o Fies, por exemplo, já existia quando assumiu
o governo. “Qual foi a mágica que fizemos? Ninguém era avalista de um
estudante. Nós [governo] assumimos a responsabilidade de ser fiador dos
estudantes”, disse.
Caso Petrobras
Sobre o factoide da mídia em relação ao caso envolvendo
corrupção na Petrobras, por conta da divulgação de áudios dos depoimentos dos
ex-diretor Paulo Roberto Costa, Lula disse que a militância não pode abaixar a
cabeça.
“Não podemos admitir que nenhum tucano bicudo nos chame de
corruptos. Não podemos aceitar que eles façam adesivos “fora PT, fora Dilma”
porque nós nunca fizemos fora eles”, pontuou o presidente.
Lula destacou que “denúncias” em véspera de eleição é uma
pratica recorrente. “Toda eleição é a mesma história. Eles começam a levantar
denúncias e, com denúncias, não precisam provar nada, só insinuar. É na eleição
para prefeitura, eleição para presidente, eleição para governador. Daqui a
pouco vão estar investigando como é que nos comportávamos no ventre de nossa
mãe. Toda eleição é a mesma coisa, já estou de saco cheio”, enfatizou.
Lula finalizou que seu aniversário é dia 27 de outubro e seu
maior presente será a reeleição de Dilma Rousseff como presidente do Brasil.
PCdoB presente
A militância do PCdoB marcou presença puxando palavras de
ordem e agitando bandeiras. O presidente do PCdoB de São Paulo e deputado
federal eleito, Orlando Silva, destacou que, apesar dos ataques da grande mídia
contra o PT e PCdoB, Dilma saiu vitoriosa no primeiro turno. “Nas urnas Dilma
foi a candidata mais votada. O lado de lá cutucou a onça com vara curta”, disse
ele, ressaltando que o povo “vai escolher se vai votar num playboy ou numa
mulher guerreira”.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, conclamou a
militância a fazer uma “campanha da vitória e a pesquisa definitiva, a que vale,
é a do dia 26”.
Onda Vermelha
Ele afirmou que o momento era de celebrar a vitória em
primeiro turno da candidata Dilma, mas pontuou que a militância terá papel
decisivo para garantir a vantagem da candidata no segundo turno.
Sobre o caso Petrobras, Falcão frisou que os adversários
“não têm moral" para chamar ninguém de corrupto. “Eles inauguraram o
mensalão em Minas”, destacou ele, citando também o cartel de trens e metrô do
governo paulista.
Emídio de Souza, presidente do PT de São Paulo, anunciou uma
agenda de atividades que chamou de onda vermelha. “Temos de criar uma onda
vermelha no estado de São Paulo e no país. O nosso tempo é curto e a nossa
vitória tem que ser construída”, afirmou.
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