domingo, 9 de novembro de 2014

Noroeste do Paraná: Índice da população com Curso Superior ainda é baixo na região

Considerando-se os 28 municípios da Microrregião da Amunpar são 15.504 graduados na região
Os números de Paranavaí mais ou menos se equivalem aos de outras cidades do mesmo porte. Tem 7.450 graduados (mais 35 mestrados e 11 doutorados), enquanto Umuarama tem 9.227; Toledo 10.845
Apesar de Paranavaí sediar quatro instituições de ensino superior - Fafipa/Unespar, Unipar, Fatecie e UTFPR - e outras funcionarem em municípios da região como Loanda, Paraíso do Norte e Nova Esperança, o índice de pessoas graduadas em cursos superiores na região ainda pode ser considerado muito aquém do que poderia indicar o aceitável.

No País também o índice é considerado muito baixo para quem pretende se igualar a outros chamados desenvolvidos, com apenas 11,3%, superior, porém, ao índice médio dos 28 municípios da Microrregião da Amunpar, que chega a apenas 5,67%. Em Paranavaí é um pouco mais: 9,13%, de acordo com os últimos dados disponíveis na página do IBGE. Maringá, principal metrópole do Noroeste do Estado, tem 15,52%, Londrina 14,65% e Curitiba 20,05%.

Os números de Paranavaí mais ou menos se equivalem aos de outras cidades do mesmo porte. Tem 7.450 graduados (mais 35 mestrados e 11 doutorados), enquanto Umuarama tem 9.227; Toledo 10.845; Cianorte 5.408; Maringá 49.013.

Considerando-se os 28 municípios da Microrregião da Amunpar são 15.504 graduados na região, que representam 5,67% da população, mais 96 mestrados ou 0,03% e 20 doutorados ou 0,007%.
Em Paranavaí, segundo o IBGE, existem 17.609 pessoas com curso médio completo; 15.864 frequentaram escola; 55.024 não frequentaram escola; 12.645 têm o ensino fundamental completo e 32.856 não completaram o ensino fundamental, sendo os demais não informados.

Cerca de 3.140 estudantes frequentam os cursos superiores nas quatro instituições que funcionam em Paranavaí: 1.650 na Unipar; 1.056 na Fafipa/Unespar; 354 na Fatecie e 80 no IFET. Na Facinor de Loanda são 550 e na Farplan de Paraíso do Norte são cerca de 300 alunos. Esses estudantes são oriundos de 70 municípios diferentes. A maioria vem a Paranavaí ou à cidade sede da Faculdade só para estudar e, ao final do curso, continuam fixados em suas cidades ou migram para outras.

QUALIFICAÇÃO - Um dos grandes problemas do mercado de trabalho hoje em dia é a falta de qualificação dos trabalhadores. A Agência do Trabalhador de Paranavaí tem anunciado com frequência a oferta de vagas, mas elas demoram a ser preenchidas, gerando um paradoxo: sobram vagas e sobram trabalhadores.

O problema é a não qualificação exigida para essas vagas, mesmo que no ensino médio ou pós-médio. A região tem 5,67% de trabalhadores graduados, mas 94,63% não têm curso superior.
Em Paranavaí 9,13% têm curso superior, mas 90,87% não têm. Considerando-se que é positivo ter 9,13% de graduados, pode-se dizer que é altamente negativo ter 90,87% sem graduação.

Estudiosos como a socióloga Ana Lúcia Rodrigues afirmam que é preciso mais investimentos para a oferta de uma educação básica em período integral e que o ingresso no ensino superior seja mais democrático. “A educação é o segredo da qualidade de vida”, diz.

Outro aspecto a ser considerado é o investimento em cursos tecnológicos, ainda muito tímidos, para a qualificação de mão de obra.

BRASIL - Mais de 49% da população adulta (25 anos ou mais) não têm completo o curso fundamental, segundo o últimos dados do IBGE. No outro extremo estão apenas 11,3% que têm curso superior completo.

Há um abismo no nível de instrução de adultos do Nordeste e do Sudeste, e, mesmo na Região com os melhores resultados, os índices são preocupantes. Entre as pessoas com 25 anos ou mais do Sudeste, 13,7% têm curso superior completo. No Nordeste, são apenas 7,1%. Já os que sequer completaram o ensino fundamental são 59% no Nordeste e 43,7% n Sudeste.

O nível de instrução cresce na população mais jovem. No País, 49,3% dos adultos de 25 anos ou mais não têm fundamental completo e apenas 11,3% concluíram o curso superior. Na faixa de 25 a 29 anos, a proporção dos que não têm ensino fundamental completo cai para 28,2% e o superior completo sobe para 13%.

Entre os alunos que estão na universidade, 10,3% já têm o curso superior completo e fazem outra faculdade. Trinta por cento dos estudantes de nível superior com 40 anos ou mais já têm outro curso completo e fazem uma nova faculdade.

Fonte: SAUL BOGONI - bogoni@diariodonoroeste.com.br


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