quarta-feira, 27 de maio de 2015

MORTES/MOTEL - Suspeito de ser a terceira pessoa na cena do crime troca tiros com polícia

A troca de tiros foi confirmada ontem. O acusado conseguiu fugir e o carro utilizado por ele foi encontrado abandonado no dia seguinte próximo a BR-376 em um loteamento

O carro usado pelo suspeito foi encontrado abandonado na entrada da cidade
Foto: Robson Fracaroli


Policiais civis trocaram tiros com o suspeito de ser a terceira pessoa que estava no quarto do motel em que morreu o estudante de Direito André Fernandes de Freitas Peres Silva, 21 anos, e a advogada Gabriela Cerci Bernabe Ferreira, 25 anos.

A troca de tiros aconteceu na noite da última quinta-feira em Paranavaí e foi confirmada ontem. O acusado conseguiu fugir e o carro utilizado por ele foi encontrado abandonado no dia seguinte próximo a BR-376 em um loteamento.

A notícia foi confirmada pelo delegado Carlos Henrique Rossato Gomes. Ele explicou que os policiais fizeram a abordagem e que o suspeito efetuou alguns disparos contra a equipe.

Houve troca de tiros e o rapaz conseguiu fugir. Não foi possível ter uma perseguição porque o carro utilizado pelos policiais apresentou uma falha no sistema elétrico. Antes disso, os investigadores já tinham procurado o suspeito em algumas cidades da região.

O veículo do suspeito, um Volkswagen Gol com placas de Amaporã, foi encontrado na sexta-feira abandonado num loteamento próximo a entrada de Paranavaí. O carro estava com um pneu furado e tinha marcas da troca de tiros. Uma bala chegou a atingir a lateral do carro e parou no encosto da cabeça do motorista.

Rossato Gomes acredita que o suspeito não ficou ferido na troca de tiros. “Não havia sangue no interior do carro. Por isso temos a convicção que ele não se feriu. Continuamos as investigações e os indícios são de que ele permanece em Paranavaí ou na região”.

LAUDOS - O delegado chefe da 8ª Subdivisão Policial (8ª SDP) Luiz Carlos Mânica, desmentiu a informação de que havia recebido os resultados dos laudos do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba.

Mânica explicou que espera ser avisado pelo IML de Paranavaí para retirar os exames. “Oficialmente não recebi nada. Estamos aguardando esses resultados e com eles acredito que a investigação irá evoluir”, informou o delegado.

Com o resultado desses exames será possível saber o motivo da morte do rapaz e detalhes em relação à moça na noite/madrugada do crime. Os policiais também poderão saber se foi recolhido algum tipo de material genético que possa levar até o suposto assassino.

O CRIME - O casal foi encontrado morto no dia 4 de abril em um motel localizado na BR-376 próximo a uma das entradas de Paranavaí. No quarto não havia sinais de arrombamento e nem indícios de briga.

No dia do crime os policiais verificaram as imagens externas das câmeras de segurança e constataram que os dois chegaram ao motel por volta das 4h10. A pessoa que dirigia a camionete S-10 teve dificuldades para estacionar. O veículo foi manobrado e chegou a bater duas vezes na parede da garagem.

Após dias de investigação e da verificação de mais de 250 horas de gravação do circuito de filmagem, a polícia conseguiu identificar que uma terceira pessoa teria entrado na garagem no momento que o veículo era manobrado.

Essa pessoa permaneceu no quarto por quase duas horas. O suspeito entrou sozinho no motel e só foi possível chegar até o seu nome por causa da placa do carro. Esse veículo passou por uma perícia que não encontrou sinais de sangue no seu interior.

LAUDOS - O laudo da necropsia realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Paranavaí concluiu que a jovem morreu em decorrência de uma fratura na coluna cervical. Já o estudante de Direito morreu de edema agudo do pulmão.

No laudo havia o relato que a advogada tinha lesões nas pálpebras. Uma pequena fratura foi encontrada no lado direito do crânio da jovem. A Polícia Civil aguarda resultados de exames específicos realizados na capital do estado e que são fundamentais para a conclusão das investigações.

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