Brasília, 24 jul (Prensa Latina) O programa Mais Médicos incrementou a presença de profissionais da saúde nos 34 distritos indígenas especiais do Brasil, o que permite hoje atender a uma população de 666 mil nativos.
Esta iniciativa, lançada em julho de 2013 pela presidenta
Dilma Rousseff, constituiu uma oportunidade para contar com 582 médicos nas
zonas mais intrincadas e em especial na Amazônia, onde se concentra a maior
população de aborígenes desta nação, destacou o secretário de Saúde Indígena,
Antonio Alves.
Graças a este programa, conseguiu-se contar com um maior
número de médicos em áreas de difícil acesso, com comunidades que falam um
dialeto diferente e costumes muito próprios, destacou.
Do total de 582 especialistas da saúde, a maioria (292) são
cubanos, outros oito são brasileiros graduados no exterior, enquanto o resto
nacionais deste e outros projetos de saúde, alertou.
Este grupo atende a uma população de 666 mil indígenas que
vivem em cinco mil 700 aldeias, localizadas a maior parte na zona norte do
país, indicou ao destacar que devido às difíceis características dessas áreas e
as dificuldades de acesso às mesmas, os médicos trabalham 30 dias e regressam
às cidades durante 15 dias.
Quando não é possível tratar a um nativo em sua aldeia, deve
ser transladado às localidades com hospitais, acompanhados de enfermeiros ou
assistentes sociais que se encarregam uma vez curados de retornar a suas aldeias,
agregou.
A presença dos médicos nestes povos propiciou assim mesmo
que seja menor agora o número de pacientes transladados a hospitais, bem como
se observa uma redução das epidemias e doenças comuns.
Para o secretário de Saúde Indígena, o sozinho fato de
contar com um médico em uma destas comunidades gera segurança e confiança em
que algum doente não morra por um simples padecimento.
Uma característica de Saúde Indígena é respeitar as
tradições da cada povo, seus curandeiros e o uso de ervas naturais no trabalho
e nesse sentido Alves destacou o trabalho dos cubanos que utilizam também ervas
em seus tratamentos. "
Para eles (os médicos cubanos e outros estrangeiros) esta é
ademais uma experiência valiosa porque não há indígena de onde eles vêm e podem
aprender muito desta cultura e suas tradições, enfatizou.
Segundo dados oficiais, este programa conta com 14.462
profissionais da saúde, dos quais mais de 11.400 são cubanos, que prestam
serviços em 3.785 municípios e os 34 distritos indígenas do Brasil.
Via Prensa latina
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