Foram 819 novos postos com carteira assinada, com destaque para as regiões de Paranavaí (274), Cornélio Procópio (192), Maringá (171), Londrina e Umuarama (110).
Geração de trabalho no campo foi destaque no Paraná em julho |
Com 3.566 oportunidades de emprego, o Estado do Paraná lidera a oferta de vagas no setor agropecuário abertas no Portal Mais Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Número equivale a 24,8% do total de vagas ofertadas no país, que é de 14.365 postos de trabalho. Em segundo lugar, está o Rio Grande do Sul (2.143), seguido por São Paulo, com (1.988).
Segundo o último levantamento do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), referente ao mês de junho, o setor
agropecuário foi o que gerou o maior saldo de empregos no Paraná. Foram 819
novos postos com carteira assinada, com destaque para as regiões de Paranavaí
(274), Cornélio Procópio (192), Maringá (171), Londrina e Umuarama (110).
De acordo com Suelen Glinski Rodrigues do Santos, economista
do Observatório do Trabalho, da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento
Social, o setor agropecuário vem se destacando na criação de novos empregos nos
últimos meses. “No comparativo com o primeiro semestre do ano passado, o setor
alcançou um crescimento no saldo de empregos superior a 100%”, diz.
A força do agronegócio no Paraná se deve, principalmente, à
indústria frigorífica do interior do Estado. No primeiro semestre o setor
registrou um saldo de 5.491 postos na atividade de abate de suínos, aves e
outros pequenos animais. Em 2015, houve um aumento de 30% no número de
contratados na indústria de carnes do Estado, em relação ao ano anterior.
REGIÕES - A diversidade da produção agrícola do Paraná foi a
principal causa da geração de empregos e renda para grande parte da população
da região Norte. Apesar da queda enfrentada pela indústria de transformação, a
agroindústria continua gerando empregos nessa região.
No Noroeste, a cultura da laranja foi a que mais contratou
trabalhadores, principalmente em Paranavaí. O município é sede da indústria de
beneficiamento da laranja e fabricação do suco para a exportação, que em junho
de 2015 registrou, sozinho, um saldo de 222 novos postos nesta atividade.
Outras culturas que também abriram vagas foram a cana-de-açúcar, o café e a
erva-mate.
INCENTIVOS - Para o diretor de estatística do Instituto
Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Francisco Gouveia
de Castro, a geração de empregos é resultado dos investimentos do governo
estadual para atrair empresas nacionais e internacionais ao Paraná e fortalecer
aquelas já instaladas.
Desde 2011, o programa voltado ao setor já atraiu cerca de
R$ 35 bilhões em investimentos privados e gerou mais de 181 mil novos postos de
trabalho em todas as regiões do Estado.
Castro também enfatiza que os bons resultados na criação de
empregos no setor agropecuário têm forte influência da atuação das cooperativas
na economia no Estado. O cooperativismo agropecuário do Paraná é referência
nacional e fornece mais da metade dos produtos que são exportados no país. O
governo estadual apoia, principalmente, o pequeno produtor cooperado e as
cooperativas da agricultura familiar paranaense.
Para fortalecer a atividade cooperativista no Paraná, o Governo do Estado elaborou a Lei do Cooperativismo. Sancionada pelo governador Beto Richa, em 2012, o documento estabelece incentivos e mecanismos de apoio ao setor, como suporte técnico e crédito acessível.
“Muitas das cooperativas ligadas ao ramo de produção de
alimentos expandiram seus negócios, aumentando a demanda por trabalhadores
formais”, diz Castro.
Segundo dados da Organização de Cooperativas do Paraná
(Ocepar), há 240 cooperativas de 11 ramos diferentes no Paraná, que agrupam
mais de 735 mil cooperados e 62,3 mil colaboradores.
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