Leiam, primeiro, as manchetes de primeira página no Agora
(extrema-esquerda) e Estadão (extrema-direita).
Depois, no miolo, a primeira página, a interna e o detalhe
publicados pela Folha de S. Paulo.
A investigação do senador tucano Aloysio Nunes, que não é um
quadro qualquer do partido, não apareceu nas manchetes, que se concentraram em
“Dilma” e no “Planalto”. No caso da Folha, mereceu uma notinha no pé da
“reportagem”, um texto que equivale quase a um pedido antecipado de desculpas
pela publicação: “Não está claro, por exemplo, se os recursos [doados a
Aloysio] seriam provenientes de corrupção na Petrobras”.
Como diria um colega blogueiro, “quá, quá, quá”.
Para Aécio Neves, tudo não passou de um engano (como no caso
dele mesmo em Furnas ou de seu braço direito Antonio Anastasia na Lava Jato):
Declaração do senador Aécio Neves, presidente nacional do
PSDB
O PSDB recebeu com surpresa a abertura de inquérito sobre as
contas da campanha de 2010 do senador Aloysio Nunes, um dos mais combativos
líderes da oposição no país.
O PSDB, apesar de não temer qualquer tipo de investigação,
chama a atenção para o risco dessas investigações desviarem-se do seu foco
principal, que é a responsabilização daqueles que, no PT e partidos aliados,
montaram um complexo esquema de corrupção que assaltou os cofres da Petrobras e
financiou a manutenção desse grupo no poder.
O senador Aloysio Nunes, cuja biografia é reconhecida e
respeitada até mesmo por seus adversários, foi um dos primeiros a denunciar
toda essa operação da qual, por razões óbvias, jamais poderia ter participado.
Aguardaremos com serenidade o desenrolar desse processo,
atentos a que ele não fuja de seu real objeto.
Senador Aécio Neves
Presidente nacional do PSDB
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