Polícia não descarta a possibilidade de o homem baleado
ontem no assalto a banco em São João do Caiuá pertencer a quadrilha que tentou
assaltar o Banco do Brasil em Nova Londrina.
A agência do Bradesco de São João do Caiuá - Foto: Robson
Fracaroli
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Na tarde de ontem, o homem baleado durante uma tentativa de roubo à agência do Banco Bradesco, em São João do Caiuá, passava por uma cirurgia na Santa Casa de Paranavaí. Ele trocou tiros com policiais militares e foi atingido no braço e nas nádegas.
O baleado é acusado de fazer parte da quadrilha que na noite de anteontem rendeu a funcionária do Banco Bradesco de São João do Caiuá e sua irmã. O objetivo dos ladrões era pegar o dinheiro do cofre na agência, ontem de manhã, mas não conseguiram.
No período da tarde a Polícia Militar fazia cerco numa mata
localizada na zona rural, entre Santo Antônio do Caiuá e Terra Rica, usando até
mesmo um helicóptero. No local havia outros dois integrantes da quadrilha de
assaltantes.
Pela forma de agir a polícia não descarta que os criminosos
façam parte do mesmo grupo que tentou assaltar o Banco do Brasil, na última
segunda-feira, em Nova Londrina. Eles rendem os funcionários dos bancos e os
obrigam a entrar na agência para pegar o dinheiro do cofre enquanto mantêm
familiares em cativeiros.
O homem que passava pela cirurgia na Santa Casa de Paranavaí
é conhecido no meio policial. Ele já foi identificado como participante em
outros assaltos a bancos e é condenado por esse crime. O ladrão é fugitivo do
sistema prisional de Maringá.
A TENTATIVA - As vítimas foram rendidas na noite de
anteontem quando chegavam em casa, em São João do Caiuá. Três homens armados e
encapuzados passaram a noite com a funcionária da agência e sua irmã.
Por volta das 3h da madrugada de ontem, a irmã da bancária
foi retirada de casa e levada a um cativeiro em uma mata.
Por volta das 8h30, um bandido levou a funcionária até a
agência, e ficou do lado de fora aguardando abrir o cofre e pegar o dinheiro.
Porém, um policial desconfiou da presença do veículo parado
em frente ao banco. Solicitou reforço para um companheiro que estava de
serviço.
Na tentativa de abordagem o ladrão fugiu, tendo início uma
perseguição. O criminoso perdeu o controle do carro e bateu em uma árvore. Ele
atirou contra os policiais, que revidaram. O criminoso ainda tentou pular um
muro, mas ferido no braço e nádegas, não conseguiu fugir.
AFLIÇÃO - A funcionária do banco passou as informações para
a Polícia Militar e começou o trabalho para encontrar o cativeiro onde sua irmã
estava mantida como refém.
Bloqueios foram realizados nas estradas e viaturas
circularam em possíveis rotas de fugas.
Em um desses bloqueios, o motorista de um veículo Chevrolet
Corsa não obedeceu a ordem de parada. Teve início uma perseguição por menos 20
quilômetros. O motorista bateu o veículo e entrou numa mata - antes trocou
tiros com a polícia.
A polícia encontrou a refém nas proximidades, acreditando
que o bandido que estava com ela ouviu os disparos e também fugiu, liberando a
mulher.
CERCO - Com as vítimas libertadas, foi intensificado o cerco
policial. No período da manhã a PM usou um avião, que deu apoio aéreo. À tarde
um helicóptero foi usado para ajudar na localização dos criminosos.
Por volta das 18h, as equipes continuavam o trabalho na zona
rural para tentar localizar os bandidos. Além da PM estavam no cerco
integrantes da Polícia Civil, Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e do Grupamento
Aéreo da Polícia Militar (GRAER).
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