O porta-voz oficial da demanda boliviana de uma saída
soberana ao mar, Carlos Mesa, disse hoje que seu país acatará a decisão da
Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia.
"Nós interpusemos esta exigência perante a Corte de
Haia porque acreditamos nas instituições e respeitaremos o decisão ainda que
nos seja desfavorável, mas me sinto otimista", declarou Mesa.
Em coletiva de imprensa no Consulado da Bolívia no Chile,
opinou que a Corte reconhece como argumentos fundamentais da Bolívia aqueles
que têm a ver com os atos unilaterais dos Estados".
De visita nesta capital, convidado pelo programa El
Informante, da TVN do Chile, o ex-presidente da Bolívia esclareceu ao mesmo
tempo que a interpretação da sentença preliminar da CIJ por parte do agente
chileno Felipe Bulnes é errônea.
No dia 24 de setembro o tribunal de Haia recusou por
abrumadora maioria o pedido do Chile de declarar-se incompetente para analisar
o caso, que parte de uma exigência do país do altiplano de 2013.
Destacou que a decisão de Haia "inequivocamente foi um
triunfo jurídico" da Bolívia, mas admitiu que não marca um encerramento
nem a resolução definitiva dos problemas pendentes entre os dois países.
Isto é chave, porque o Chile propôs que o tratado de 1904
tinha encerrado qualquer tema vinculado aos limites entre ambos países",
afirmou.
Segundo seu ponto de vista, Haia "coloca em seu lugar o
tratado de 1904, elimina os medos sobre uma sentença favorável à Bolívia em
torno da estabilidade das fronteiras".
O ex-presidente argumentou que a história deixou claro que
"todas as negociações para conseguir uma solução foram frustradas e a
Bolívia ficou sem uma resposta positiva".
Nosso país não está pedindo à Corte um pedaço de território.
A Bolívia está pedindo à Corte que recorde o Chile, por seus compromissos, que
deve dialogar, negociar com a Bolívia para lhe outorgar um acesso soberano ao
mar, apontou.
Via Prensa Latina
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