segunda-feira, 23 de novembro de 2015

'Playboy' morreu. E a pornográfica 'Veja'?

Na quinta-feira passada (19), a Editora Abril, que publica a pornográfica 'Veja', anunciou a extinção de mais três revistas: 'Playboy', 'Men's Health' e 'Women's Health'.


Por Altamiro Borges

O motivo foi a dificuldade para o pagamento dos royalties às duas empresas ianques que controlam as marcas - a Playboy Enterprises e a Rodale Press. A decisão confirma a grave crise financeira vivida pelo império da famiglia Civita, que está totalmente endividado e caminha para a falência - segundo vários especialistas. Nos últimos meses, a Editora Abril demitiu centenas de funcionários, rebaixou salários e fechou vários títulos.

No caso da 'Playboy", o desfecho é emblemático. A publicação chegou a vender mais de 1,25 milhão de exemplares e reuniu inúmeros articulistas de prestígio. A explosão da internet acelerou o declínio da revista com fotos de mulheres nuas. Com o agravamento da crise, a sua redação foi esvaziada e a revista perdeu qualquer interesse. Nos últimos tempos, a 'Playboy' tinha uma tiragem inferior a 30 mil exemplares e os anunciantes minguaram. Num círculo vicioso, a famiglia Civita não teve mais como pagar os altos cachês para as suas estrelas. Os royalties ultrapassaram os lucros de algumas edições.

O ritmo da crise da Editora Abril - que ela batizou de "reestruturação" - é cada vez mais acelerado. Em 2013, o império se desfez das revistas "Runner's World", "Alfa", "Bravo!", "Lola", "Gloss". Em 2014, as edições impressas de "Veja Belo Horizonte", "Veja Brasília" e "Info" também foram extintas. Em junho de 2015, as revistas "Você RH", "Você S/A", "Tititi", "Placar", "Ana Maria", "Arquitetura & Construção" e "Contigo!" foram vendidas. A pergunta que fica é até quando vai durar a mais pornográfica de todas as publicações da Editora Abril, a asquerosa revista "Veja"?

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