O PSDB quer impedir a presidente Dilma Rousseff de defender-se das acusações que fundamentam o pedido de seu impeachment durante suas atividades como presidente. O presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), informou no Senado que nesta sexta-feira 11 a legenda vai entrar com ação na Procuradoria Geral da República neste sentido.
"O PSDB amanhã entra com ação na PGR para impedir que a
presidente continue a utilizar estrutura do governo para defender-se das
acusações que a ela são feitas em relação ao impeachment. O PT sempre teve
enorme dificuldade de diferenciar aquilo que é publico daquilo que é privado,
aquilo que é publico daquilo que é partidário", disse o tucano.
"É uma ação na qual solicitamos à Procuradoria Geral
que se manifeste sobre a legalidade da utilização de espaços públicos, de
eventos públicos, porque isso está vindo em um crescente e sequer iniciamos
ainda a discussão do processo de impeachment no Congresso Nacional.
Queremos deixar claro que, a nosso ver, essa defesa não pode ser feita instrumentalizando, mais uma vez, o Estado, utilizando a estrutura do Estado, os eventos públicos do Palácio do Planalto. Deve ser feita, obviamente, por ela, do ponto de vista pessoal e também pelo seu partido", acrescentou.
Queremos deixar claro que, a nosso ver, essa defesa não pode ser feita instrumentalizando, mais uma vez, o Estado, utilizando a estrutura do Estado, os eventos públicos do Palácio do Planalto. Deve ser feita, obviamente, por ela, do ponto de vista pessoal e também pelo seu partido", acrescentou.
Dilma vem falando contra o impeachment nos eventos de que
participa, como fez nesta quarta ao entregar unidades do Minha Casa, Minha Vida
em Roraima. Outro fato criticado por Aécio nessa semana foi a transmissão pela
NBR, a TV do governo federal, da reunião entre Dilma e 30 juristas que se posicionaram
contra o impeachment no Palácio do Planalto.
Às 19 horas, o PSDB reúne toda sua tropa sob o comando do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em Brasilia. Estarão presentes os
membros da Executiva, os governadores e os líderes na Câmara e no Senado para
discutir o andamento do impeachment. Mais cedo, Aécio e o governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), se reuniram para debater o mesmo tema.
Aécio minimizou as manobras do presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), contra o andamento do processo de sua cassação no Conselho de
Ética da Casa, alegando que agora ele deixou de ter "protagonismo
central" no andamento do impeachment.
O senador tucano também disse desconhecer oficialmente o
fato de o vice-presidente, Michel Temer, com quem conversou ontem no jantar na
casa do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), ter assinado três decretos
orçamentários sem número, que integram a mesma série dos assinados por Dilma,
pelos quais está sendo acusada de crime de responsabilidade.
Via - Brasil 247
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