É preciso muito cuidado na hora de olhar estas notícias
sobre vendas catastróficas no Natal.
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Claro que caiu e este é o “furo” da fórmula recessiva de
ajuste fiscal adotada por Joaquim Levy.
Mas deve-se observar, também, a mudança de hábitos.
As compras via web tomaram boa parte do mercado das vendas
presenciais,
A Reuters registra que as vendas de final de ano pela
internet (Natal + Black Friday), com base no serviço Ebit/Buscapé, cresceram
26% em relação ao ano passado.
De R$ 5,85 bilhões para R$ 7,4 bilhões.
O valor médio das compras também cresceu, 8%, para R$ 420.
Os 17,6 milhões de pedidos feitos via internet certamente
são parte da perda estimada de 5% nas vendas presenciais.
Os hotéis no Rio de Janeiro estão “bombando”, seja porque o
realismo cambial tenha beneficiado a chegada de estrangeiros, seja porque a
mesma cotação da moeda está mantendo no país os turistas brasileiros.
Mas a crise vai servindo de “muleta” para uma certa
prostração empresarial.
Ontem, no Estadão, um empresário dono de uma rede de
franquias e de marcas de calçado esportivos falou que era hora de parar com o
chororô sobre impostos e se tornar mais eficiente e adequado ao mercado.
Mas o clima, estimulado pela mídia, é sempre o de nariz
torcido.
A própria notícia que dou é um exemplo. A chamada da
homepage do Estadão é “Apesar de também estar sendo afetado pela crise, o
varejo eletrônico tem crescido mais que o físico”.
Jesus, 26% de crescimento, mais que as expectativas do setor
, e não se livram do “apesar da crise”!
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