quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Polícia moçambiquenha pode esclarecer atentado contra líder opositor

A comissão criada em Moçambique para investigar o atentado contra um dirigente do principal partido opositor, Renamo, tem hoje elementos para esclarecer o caso, afirmou uma autoridade policial.

 Manuel Bissopo - Líder do partido oposicionista REMANO em Moçambique

"Nossa equipe já está na cidade de Beira (central província Sofala) e tem elementos para esclarecer o caso", disse à imprensa o porta-voz da Polícia, Inácio Dina, a propósito do ataque a tiros cometido no dia 20 nessa região contra o secretário geral da Resistência Nacional Moçambique (Renamo), Manuel Bissopo.

Dina insistiu em que a prioridade agora é prender os autores da agressão e reiterou que existem indícios a partir de testemunhas do atentado.

"Trabalhamos com todo mundo, incluindo a vítima", declarou o representante da ordem, que adiantou que no momento a Polícia terá informações concretas para entregar aos meios de comunicação.

Bissopo foi baleado por desconhecidos quando conduzia seu automóvel em Beira, onde foi registrada a morte de seu guarda-costas.

Segundo o porta-voz da Renamo, Antônio Muchanga, o secretário geral recebe atenção médica em uma clínica da África do Sul. "Está em observação" e apresenta melhoras.

Explicou que uma terceira avaliação médica do quadro clínico foi decisiva para sua transferência, na noite de quinta-feira, para o país vizinho.

Outras fontes informam que o político foi atingido por um tiro que "passou pela sexta costela, a dois centímetros da aorta e permanece alojada bem perto da artéria".

Declaram que no ataque foram disparadas munições de fragmentação de um total de 16 tiros.

A Renamo e a governante Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) acusam-se mutuamente de sequestrar e torturar seus militantes.

O líder do partido opositor, Afonso Dhlakama, reitera que a partir de março seu movimento governará, através de manifestações, em seis províncias do centro e norte de Moçambique.

Dhlakama recusa também uma possível reunião com o presidente Filipe Nyussi para resolver a atual crise política e acusa o governante e a Frelimo de excluir todas as iniciativas encaminhadas para encontrar uma maneira de sair do problema.

Atualmente a tensão política domina o país pela animosidade da Resistência em reconhecer os resultados das últimas eleições gerais (outubro de 2014) e seu requerimento de governar em seis províncias, onde reclamam uma vitória nas urnas.

Via – Prensa Latina

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