quarta-feira, 9 de março de 2016

Marco Aurélio Mello diz que a pior ditadura é a ditadura do Judiciário

Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal, tem criticado abertamente algumas condutas da justiça brasileira, como a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na 24ª fase da Operação Lava Jato, e afirma que "a pior ditadura é a ditadura do Judiciário".


Mello também não aprovou a decisão de Luiz Edson Fachin, também do STF, de retirar da aputa do plenário a denúncia da Procuradoria Geral da República contra Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. "Não é bom quando se retira um processo que tramita há tanto tempo", argumenta Marco Aurélio. Leia mais abaixo:

Do Valor


Por Maria Cristina Fernandes

"O país está desprovido de segurança jurídica para a quadra delicada que o país atravessa". Marco Aurélio Mello é o mais falante dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Ao contrário da maioria de seus colegas, costuma dispensar o 'off', recurso jornalístico para ocultar a fonte da informação. A condução coercitiva do ex­-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é apenas a última das condutas do Judiciário que o indignou. O ministro as coleciona às pencas. Ao elencá-­las, dispara: "A pior ditadura é a ditadura do Judiciário".

Na lista das decisões que, na opinião de Mello, denota falta de transparência do "poder que deveria dar o exemplo" está a decisão do seu colega Luiz Edson Fachin de retirar da pauta do plenário a denúncia da Procuradoria Geral da República contra o senador Renan Calheiros (PMDB-­AL). "Não é bom quando se retira um processo que tramita há tanto tempo", disse o ministro. "Gera uma insegurança enorme".

Liberado para julgamento havia duas semanas, o caso foi devolvido à PGR em atendimento a pedido da defesa, que alegou 'falha processual'. Ao tomar posse no ano passado, Fachin herdou o processo do ministro Ricardo Lewandowski, que passou a presidir a Corte.

Na denúncia, oferecida há três anos, a procuradoria acusa o presidente do Senado de apresentar notas fiscais falsas ao Conselho de Ética para se defender de um processo de cassação de mandato em 2007. Renan foi acusado de se valer da empreiteira Mendes Junior a pagar a pensão de uma filha que teve fora do casamento. O escândalo levou Renan a renunciar à presidência do Senado, na primeira vez em que ocupou o cargo.

Via - Jornal GGN

Nenhum comentário:

Postar um comentário