Impossível não nos seduzirmos
ante a grandeza desta musa de cabelos negros cujos caprichos são obras
divinamente produzidas com o propósito de encantar. Sim, ao contemplarmos
tamanha beleza, dá-se diante dos nossos olhos um espetáculo e este evento torna
incontestável a afirmação de que a mulher tem em si o dom da supremacia.
Neste mundo onde a beleza
feminina é um show a parte, reinam absolutas as morenas, elas comandam com
maestria a questão beleza feminina, este fenômeno natural que tem para si nossa
atenção, nossa dedicação e nossos propósitos. E não diferente disto, reina com
elegância a fascinante Duda Martins.
Maria Eduarda, (Duda) é a própria poesia a descrever para os nossos
olhos a beleza explícita retratada em sua imagem. Duda Martins está entre as
seletas, ela é adorno a valorizar qualquer local. Ela está para que a
admiremos, sua condição de bela dá à ela o direito da certeza de estar além das
limitações do senso comum.
A formosura de Duda Martins é
algo que está além das nossas tímidas definições, ela é aquela que tantas
sonham em ser, onde ela coloca os pés é local que indiscutivelmente se voltarão
os olhos, pois, onde ela estiver, consta a beleza no teor da fascinação
absoluta.
Duda está, pois, para os olhos
venturosos, para aqueles que regozijam-se no privilégio de apreciar
minuciosamente os detalhes destes seres fantásticos e no rol destas generosas
em beleza, Duda Martins está presente e
faz com que lhes sejamos cativos.
Cativos aos fascínios contidos na
magnificência de seres que nasceram para fazer diferença, para compor aquele
grupo seleto que foge a regra do que é comum e fazem-se donas de nossa
admiração.
Apreciemos, pois, a flor morena
de encantos infindos, que sua beleza seja reconhecida, que as delícias cabidas
as Deusas assista esta que tem em si a deidade das belas. À ela nosso respeito
além da gratidão pela honra que nos concede em estar neste pedestal de únicas.
Sendo assim, que a beleza desta
beldade aqui apresentada, seja propagada em benefício de todos os olhos
carentes do efeito causado por uma bela mulher.
Para isto ela existe, para poder
fazer-nos súditos da realeza única das musas... Um toque de classe se faz
presente nesta página, somos grandemente gratos, Duda Martins é a Bela da Semana.
*MARIA EDUARDA MARTINS – Nova Londrina-Pr - Filha de Juliana
Almeida - Duda é Corintiana, estuda 1° Ano do Ensino Médio no Colégio Ary João
Dresh e é mãe do Henzo Mateus.
Em turnê em Londres (Reino Unido), o rapper paulistano
Criolo concedeu, no último domingo (24), uma entrevista à BBC Brasil em que se
posiciona contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e ainda faz fortes
críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“Não concordo [com o impeachment de Dilma Rousseff]. Se
fosse pelos motivos certos, sim. A questão não é limpar o país da corrupção.
Parece que descobriram que só há corrupção agora. Mas o presidente da Câmara é
o primeiro parlamentar citado na Lava Jato”, disse o músico, que na volta ao
Brasil fará uma turnê do seu primeiro álbum, o “Ainda há tempo”.
De acordo com Criolo, uma parte da sociedade se aproveita do
momento de crise, articulado por pessoas “inteligentes, que têm na mão um
regimento e sabem como mexer com esse regimento”, para trazer à tona um clima
de ódio que fortalece, por exemplo, a homofobia, a xenofobia e o racismo.
“Os caras fizeram uma manobra monstra, monstra, e que se
exploda a favela. Que morra todo mundo: acho que é isso que passa na cabeça dos
caras, talvez com um pouco mais de poesia e vernáculo mais apurado”, explicou.
Para o rapper, esse clima de ódio só foi “criado e
alimentado porque existe uma elite”, e quem paga o preço pela corrupção são os
mais vulneráveis.
“Cada corrupto que se dá bem é um moleque da minha quebrada
que é assassinado, que se envolve com o que não tem que se envolver (…) Quando
morre um, ninguém está lá com a mãe, descendo o caixão para a vala. O Cunha não
está lá descendo o caixão para a vala”, pontuou.
Ao longo da conversa, apesar de se esquivar de fazer uma
avaliação do governo, Criolo fez questão de recordar legados do governo
petista. “Nunca vi na minha vida tanta gente tendo oportunidade de estudar na
universidade”, disse.
Uma breve discussão entre a senadora Fátima Bezerra (PT-MG)
e o relator do processo de impeachment no Senado, senador Antônio Anastasia
(PSDB-MG), desviou o foco da defesa da presidenta Dilma Rousseff, que está
sendo apresentada hoje (29) por ministros à comissão especial que analisa o
pedido de impedimento.
Fátima Bezerra acusou o relator de ter ele próprio praticado
manobras fiscais proibidas, as chamadas pedaladas, quando foi governador de
Minas Gerais, e alegou que esse instrumento é usualmente utilizado por
prefeitos e governadores de todo o país.
“Inclusive, o senhor usou fartamente esse instrumento quando
governou o estado de Minas Gerais. O senhor usou de muita contabilidade
criativa quando era governador, tanto é que os documentos do Tribunal de Contas
do seu estado e de outras instâncias provam que, infelizmente, o senhor não
cumpriu preceitos constitucionais sagrados como a destinação de 12% para a
saúde e 25% para a educação”, disse a senadora a Anastasia.
O tucano se defendeu dizendo que Dilma é acusada de ter
utilizado bancos públicos, que estão sob seu comando, para fazer operações de
crédito irregulares – o que é considerado pedalada. “No momento em que vossa
excelência diz que Minas ou até municípios promoveram pedaladas, eu indago: que
município brasileiro tem banco comercial? Eu não conheço nenhum. Minas Gerais
não tem banco comercial desde a década de 90. Então cuidado, nós estamos num
processo que é jurídico também”, respondeu.
Jurisprudência
Pouco antes do entrevero com o relator, Fátima Bezerra tinha
questionado os ministros sobre o que eles achavam da jurisprudência que poderia
ser gerada, a partir de uma eventual condenação da presidenta Dilma, sobre as
administrações estaduais e municipais que também praticaram atos fiscais
semelhantes ao dela.
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, e o
ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, consideraram que prefeitos e governadores
podem sim ficar em situação jurídica vulnerável depois de um eventual impeachment
motivado pelas pedaladas fiscais.
“O impeachment nessas condições trará a dimensão da
insegurança jurídica, da insegurança governamental, a todas as pessoas do
mundo. Acho que a jurisprudência que se constrói a partir disso é realmente
muito delicada, com efeitos colaterais perversos para o Estado brasileiro”,
disse Cardozo.
Barbosa disse que decisões administrativas corriqueiras
poderão passar a ser questionadas em todas as esferas do Estado. “Se no final
[desse processo] começar a se criminalizar decisões contábeis e administrativas
corriqueiras de qualquer administração, seja do nível presidencial, estadual ou
municipal, isso vai gerar uma grande incerteza jurídica. Acho que mudanças de
entendimento, aperfeiçoamentos, são normais em qualquer democracia. Mas quando
elas ocorrem, devem ser aplicadas para frente, nunca de forma retroativa”,
argumentou.
O processo de impeachment ainda está em debate no Senado,
mas o vice-presidente Michel Temer – que conspira para se tornar titular – já
consolidou até um documento com suas propostas para um eventual governo
pós-golpe. A plataforma Travessia Social fala em privatizar “tudo o que for
possível” na área de infraestrutura, reduzir o total de atendidos no programa
Bolsa Família, desindexar benefícios sociais da variação do salário mínimo,
flexibilizar leis trabalhistas e reformar a Previdência.
O pacote de maldades trocou de nome, mas, na prática,
assimila o conteúdo neoliberal e antipovo do documento Ponte para o Futuro,
apresentado pelo PMDB no ano passado. As diretrizes da hipotética gestão Temer
deverão ser formalmente divulgadas na próxima semana. Mas os principais jornais
do país já anteciparam seu conteúdo nos últimos dois dias.
Matéria publicada por O Globo, nesta sexta, reproduz um
trecho da Travessia Social, que deixa claro o caráter entreguista do projeto
defendido pelo vice.
“O Estado deve transferir para o setor privado tudo o que
for possível em matéria de infraestrutura. Quanto às competências que reservará
para si, é indispensável que suas relações com contratantes privados sejam
reguladas por uma legislação nova, inclusive por uma nova lei de licitações. É
necessário um novo começo das relações do Estado com as empresas privadas que
lhe prestam serviços”, diz o texto, segundo o jornal.
A transferência de atividades do Estado para a iniciativa
privada vai estar, em um eventual governo do PMDB, sob a responsabilidade de
“um grupo técnico” vinculado à Presidência da República, a ser comandado por
Wellington Moreira Franco.
O Globo cita ainda que o Plano Temer é composto por 17
páginas, que tratam de temas como Educação, Saúde, Corrupção, Benefícios
Sociais e Economia. “Os investimentos privados são considerados, no documento,
fundamentais para ajudar a resolver ‘a maior crise da História’”, diz o jornal.
40 milhões de pessoas vão perder Bolsa Família
Também nesta quinta, O Estado de S.Paulo publicou uma
notícia de forma enviesada sobre a condução dos programas sociais proposta por
Temer. O texto afirma que o vice pretende, se vier a assumir, "aumentar os
benefícios à camada mais pobre da população". Segundo o jornal, ele irá
manter o Bolsa Família, focando nos “10 milhões de brasileiros que compõem 5%
mais pobres”.
O que o jornal decidiu não destacar, mas que fica claro no
decorrer do texto, é que o peemedebista quer, na verdade, diminuir o número de
famílias atendidas. O próprio Estadão traz a informação de que hoje 14 milhões
de famílias – ou quase 50 milhões de pessoas – fazem parte do programa. Fazendo
as contas é fácil perceber o malabarismo que o periódico fez para esconder a
verdadeira notícia: 40 milhões de brasileiros pobres podem perder o Bolsa
Família, no que depender do Plano Temer.
“Para o PMDB, a camada situada acima do limite de 5% até o
de 40% mais pobres está ‘perfeitamente conectada à economia’ e deve ter
benefícios com uma eventual retomada da atividade econômica”, afirma o Estadão.
Em resumo, a fatia da população que está acima dos tais 5% poderá deixar de
receber o benefício, cujo valor médio hoje é de R$ 163,57 por família. Ficará
desprotegida, à mercê do mercado – um passo atrás no programa que é exemplo
para o mundo.
Em entrevista há alguns dias, o conselheiro da área social
do PMDB, o economista Ricardo Paes de Barros, já havia sinalizado mudanças no
programa. “É evidente que o Brasil não tem tantos pobres assim quanto tem hoje
no Bolsa Família. É claro que o Bolsa Família está inchado”, disse ele, a O
Estado de S.Paulo.
Contra direitos sociais
Conforme já vinha sendo divulgado nas últimas semanas, o
“Travessia Social” incorporou de fato as propostas do Ponte para o Futuro que
atentam contra os trabalhadores.
Textos publicados na mídia nesta sexta reforçam que o
documento de Temer para o dia seguinte ao golpe prevê “reforma da Previdência,
com a idade mínima de 65 anos para aposentadoria, a desvinculação do Orçamento,
a desindexação dos benefícios sociais da variação do salário mínimo e a
flexibilização do mercado de trabalho - com a proposta de mudança da
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) para que o que for negociado na
fábrica possa se sobrepor à legislação”, confirma o Valor Econômico.
De acordo com o jornal, a correção dos benefícios sociais,
que hoje acompanha os reajustes do salário mínimo, passaria então a ser feita
pela variação do IPCA. Assim, o aumento real concedido ao mínimo “não causaria
impacto em outros itens do orçamento”. Na opinião dos economistas que estão
desenvolvendo o programa de Temer, “as reformas, sobretudo na área fiscal,
darão um choque de credibilidade” a uma eventual gestão do peemedebista.
O resveratrol parece ser o grande responsável entre a
associação do vinho com a redução do risco de doenças cardíacas.
Correio Braziliense
O paradoxo francês é uma expressão disseminada entre
nutricionistas para descrever a contradição entre a boa saúde cardiovascular da
população do país europeu e a sua gastronomia rica em gorduras e açúcares. Um
dos elementos que não falta na dieta deles é o vinho, usado tanto na preparação
de alimentos quanto para acompanhá-los. Agora, cientistas da China dão os
primeiros passos a fim de mostrar que essa bebida alcoólica exerce papel-chave
além das refeições. Um composto encontrado nela, o resveratrol, parece ser o
grande responsável entre a associação do vinho com a redução do risco de
doenças cardíacas, acreditam pesquisadores da Third Military Medical University
(TMMU), na cidade de Chongqing.
No estudo publicado recentemente na revista mBio, organizada
pela Sociedade Americana de Microbiologia, os investigadores realizaram uma
série de experimentos em ratos para determinar os efeitos protetores do
resveratrol contra a aterosclerose (o acúmulo de placas de gordura nas paredes
das artérias) e descobriram que o mecanismo estava relacionado a mudanças no
microbioma intestinal, o ecossistema formado pelos micro-organismos que habitam
o sistema gástrico das cobaias.
Nos últimos anos, pesquisadores descobriram que os diversos
organismos que moram no intestino dos homens desempenham um papel importante na
acumulação de placas de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), também
conhecidas como colesterol ruim, dentro das artérias. Apesar de o resveratrol
já ser conhecido pelas propriedades antioxidantes, o modo que ele age no
sistema gástrico é um mistério. A partir do experimento chinês, descobriu-se
que esse composto inibe a produção da trimetilamina (TMA) pelas bactérias
intestinais. A TMA é necessária para a produção de N-óxido de trimetilamina
(TMAO), componente conhecido na literatura médica por colaborar com o
desenvolvimento das placas de colesterol.
“Nossos resultados oferecem novos insights sobre os
mecanismos responsáveis por efeitos anti-aterosclerose do resveratrol e indicam
que o microbioma intestinal pode se tornar um alvo interessante para
intervenções farmacológicas ou dietéticas a fim de diminuir o risco de
desenvolver doenças cardiovasculares”, disse Man-tian Mi, principal autor do
estudo e pesquisador do Centro de Pesquisa em Nutrição e Segurança Alimentar do
Instituto de Medicina Preventiva Militar da TMMU.
“A grande novidade desse trabalho é demonstrar como o
resveratrol age na flora intestinal. Esse composto, assim como outros
polifenóis, diminui as placas formadas pelo colesterol nos vasos sanguíneos,
impedindo a inflamação de veias e artérias, que, muitas vezes, pode levar ao
rompimento desses vasos”, complementa Marcus Bolivar Malachias, presidente da
Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Os pesquisadores pretendem replicar em humanos os testes
realizados com roedores e chamam a atenção para o fato de que esse polifenol
natural não tem efeitos colaterais. Malachias, porém, sugere cautela. “Existem
muitos outros fatores, como a hipertensão e a predisposição genética, que estão
envolvidos no surgimento de um quadro de aterosclerose e não estão
necessariamente ligados à biota intestinal”, justificou o médico brasileiro.
Suplemento
O resveratrol também pode ajudar indiretamente o coração.
Ele potencializa os efeitos das atividades físicas, segundo pesquisadores da
Universidade de Alberta, no Canadá. Os cientistas submeteram dois grupos de
ratos a exercícios, sendo que um deles recebeu suplemento do polifenol. Depois
de 12 meses de testes, os roedores que ingeriram o composto apresentaram um
rendimento melhor em relação àqueles que somente se exercitaram.
“Ficamos animados quando vimos que o resveratrol apresentou
resultados semelhantes aos obtidos por meio de treinos intensos de resistência.
Vimos imediatamente o potencial desses benefícios e acreditamos ter descoberto
uma forma de ampliar os efeitos da atividade física com uma pílula do
composto”, explicou Jason Dyck, coordenador do projeto.
O artigo publicado no periódico Journal of Physiology,
editado pela instituição inglesa The Physiological Society, explica que o
composto serve como tonificante devido a sua ação antioxidante. Mas é
necessário parcimônia, ressalta Dyck: “Para obter a mesma quantidade que
estamos dando aos roedores, a pessoa teria de beber de 100 a mil garrafas por
dia”, explicou.
Integrante do Núcleo de Cardiologia do Hospital Samaritano
de São Paulo, Gustavo Trindade também recomenda cautela: “Apesar de existirem
muitos estudos sobre a ação do resveratrol, é necessário ter cuidado. Não
existe uma prova cabal de seus efeitos e suas propriedades. São experimentos
que mostram possíveis relações. Nós não podemos receitar para uma pessoa que
passe a beber vinho ou suco de uva, seja para evitar a aterosclerose seja para
melhorar seu condicionamento físico, porque não sabemos qual dose seria a
melhor para um ser humano”.
Droga dissolve o colesterol
Um composto utilizado na fabricação de medicamentos para que
eles sejam dissolvidos mais facilmente no corpo pode ser uma nova solução para
reduzir placas de gordura nos vasos sanguíneos. A partir de um experimento
realizado com ratos, verificou-se que a ciclodextrina, encontrada em vegetais
ricos em carboidratos, poderá ser utilizada no combate à aterosclerose.
Publicado recentemente na revista Science Translational Medicine, o estudo foi
encabeçado pela Universidade de Bonn, na Alemanha, e contou com colaboradores
de universidades e hospitais norte-americanos.
A obstrução do sistema circulatório devido à grande
concentração de lipídios é uma das causas mais comuns de ataques cardíacos,
acidente vascular cerebral, entre outras doenças cardiovasculares, que são a
principal causa de morte no mundo. A estimativa é de que, por ano, o infarto do
miocárdio responda por 29,4% de todas as mortes registradas no país. Porém, os
tratamentos atuais, como drogas para baixar o colesterol, só funcionam em
alguns pacientes. Cientistas de diversos centros de pesquisa buscam soluções
mais eficazes para essa limitação clínica.
Em testes em camundongos com aterosclerose, a ciclodextrina
conseguiu dissolver parte do colesterol e reduziu em até 45% as placas de
lipídios nas artérias, mesmo quando os animais foram alimentados com uma dieta
rica em gordura. A experiência revelou que o composto ativa o gene LXR no
fígado, aumentando capacidade de ação dos macrófagos, responsáveis por destruir
elementos estranhos ao corpo. Essas células do sistema imunológico também
devoram o colesterol e o devolvem ao fígado, onde ele pode ser transformado em
bile e escoltado para fora do corpo nas fezes.
Cautela
Apesar de a substância já ser utilizada em larga escala pela
indústria farmacêutica, os pesquisadores são cautelosos quanto à utilização
dela contra a aterosclerose. “No geral, parece valer a pena explorar a
ciclodextrina de forma terapêutica, embora muito cuidado deva ser tomado. Ela é
potencialmente boa, pois combina a redução do colesterol no sangue com a
dissolução do colesterol pré-formado em placas, mas essa opção ainda precisa
ser explorada em ensaios clínicos”, defendeu Elena Aikawa, bióloga vascular do
Hospital da Mulher em Boston.
Outro dificultador é que a ciclodextrina não é um composto
patenteável. Por isso, há poucas empresas farmacêuticas que queiram patrocinar
estudos clínicos necessários para o novo uso clínico do composto, segundo
Aikawa, mesma com a Food and DrugDrug Administration (FDA), órgão governamental
dos Estados Unidos responsável pelo controle de medicamentos, autorizando novas
aplicações.
Caso Rio-centro: bomba em show de 1º de Maio no Rio explode no colo dos terroristas em "acidente de trabalho". As apurações acobertam tudo e o militar sobrevivente sai condecorado. O episódio desmoraliza em profundidade a "abertura" do gen. Figueiredo e engrossa as filas oposicionistas.
Destroços do carro onde explodiu a bomba
1825: Fuzilado no Recife o padre Mororó, revolucionário cearense de 1817 e 1824.
1838: Os revolucionários farroupilhas tomam Rio Pardo, RS. Mais de mil imperiais mortos.
1912: Inaugurada a ferrovia Madeira-Mamoré. A obra custou 6 mil vidas.
1923: Cessar-fogo na Irlanda, que obtém a independência, exceto o Ulster (norte da ilha).
1945: 300 sindicalistas de 13 estados criam o MUT (Movimento de Unificação dos Trabalhadores). Lançam manifesto por liberdade sindical e direitos sociais.
1968: A polícia invade a Univ. de Columbia, Nova York, ocupada pelos estudantes.
1975: Derrota final dos EUA e seus aliados no Vietnã. Saigon torna-se Cidade Ho Chi-min.
Americanos fogem da sede da CIA em Saigon
1977: Familiares de vítimas da ditadura argentina criam a Associação das Mães da Praça de Maio. A ditadura chama-as "locas de la plaza"
1989: Rogério Magri toma a direção da CGT em manobra violenta e contestada. A central cinde-se em 2.
1991: Collor envia projeto de lei sindical: fim da unicidade, sindicato por empresa.
1998: Começa a distribuição de cestas básicas a vítimas da seca nordestina.
O crime executado por Guilherme de Pádua e Paula Thomaz
ocorreu em 1992
Na época do crime, Daniella Perez estava fazendo a novela da
mãe, 'De corpo e alma'
Diário de Pernambuco
A autora Glória Perez, responsável por novelas como Salve
Jorge, Caminho das Índias e O clone, venceu na Justiça uma indenização por
danos morais e materiais de Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, assassinos da
filha da escritora, Daniella Perez, que morreu em 1992.
A ação foi julgada pela 7ª Câmara Cível do TJ/RJ, sob a
relatoria do desembargador Paulo Gustavo Horta.
Guilherme e Paula foram condenados a pagar 500 salários
mínimos, equivalente a R$ 480 mil para cada um dos autores por dano moral. O
ator Raul Gazolla, casado com Daniella na época, também tem direito à
indenização.
As despesas do sepultamento e funeral também passaram a ser
de responsabilidade dos réus.
A decisão foi publicada no Diário Oficial em 2002, mas
nenhuma das partes havia recebido o valor. Por isso, Glória e Raul entraram
novamente na Justiça exigindo o pagamento.
Em 2005, Paula Thomaz ajuizou ação de autoinsolvência, em
que argumenta não possuir patrimônio para pagar a dívida.
Em 1992, Daniella foi assassinada com golpes de tesoura por
Guilherme Pádua, com quem contracenava na novela De corpo e alma, e a esposa,
que tinha ciúme obsessivo da atriz. Condenados por homicídio duplamente
qualificado, os dois cumpriram seis dos 19 anos da sentença.
Em sessão que começou na manhã desta sexta-feira e durou
quase dez horas, a Comissão Especial do Impeachment ouviu a defesa da
presidente Dilma Rousseff, na acusação do crime de responsabilidade. Foram
ouvidos os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa; e da Agricultura, Kátia Abreu,
além do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.
O responsável pela AGU, disse que o processo não consegue comprovar culpa ou dolo da Dilma no processo. “Não há dolo, não há crime”. Já Barbosa, sustentou que os recursos foram realinhados dentro do governo e que todas as medidas foram submetidas às áreas técnicas. Coube a Kátia Abreu falar justificar que no caso do Plano Safra os contratos não podem ser tratados como empréstimos e por isso, não configuram irregularidades.
Cardozo acabou respondendo à maioria dos questionamentos
durante a sessão, que, em vários momentos ficou tumultuado, mas nada que se
compare com os enfrentamentos e tensões da sessão dessa quinta-feira.
Hoje, em um dos momentos, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP)
questionou as ações do advogado-geral da União. Para ele, se o argumento é de
que se trata de um golpe, Cardozo, como advogado da presidente, já deveria ter
tomado atitudes. "O que está fazendo vossa excelência? Por que não
procurou o Ministério Público? O que faz vossa excelência que afirma que é
golpe e não toma providências?", disse.
Cardozo explicou que tomou todas as medidas possíveis até o
momento e ressaltou que agora quer convencer o Senado a decretar a nulidade do
processo de impeachment de Dilma. Mas ponderou: "Não afasto possibilidade
de ir ao Judiciário".
Em um dia marcado pela volta das intervenções do Banco
Central, a moeda norte-americana voltou a cair e fechou no menor nível em nove
meses. O dólar comercial encerrou a sexta-feira (29) vendido a R$ 3,44, com
queda de R$ 0,058 (-1,65%). A cotação está no valor mais baixo desde 31 de
julho do ano passado (R$ 3,425).
O dólar operou em queda durante toda a sessão. Com o
desempenho de hoje, a divisa encerra abril com queda de 4,34%. No ano, o recuo
chega a 12,86%.
A desvalorização do dólar só não foi maior porque o Banco
Central (BC) atuou para conter a queda da moeda norte-americana. Depois de
quatro dias sem intervir no mercado, a autoridade monetária fez quatro leilões
de swap cambial reverso, que equivale à compra de dólares no mercado futuro.
Durante a tarde, o BC atuou no sentido oposto e leiloou contratos de swap
cambial tradicional, equivalente à venda de divisas no mercado futuro, com
compromisso de recompra.
Além do clima político interno, a cotação do dólar foi
influenciada por notícias externas. A inflação nos Estados Unidos desacelerou
em março, o que indica que o Federal Reserve (Fed, Banco Central do país), pode
adiar o aumento de juros básicos da maior economia do planeta, atualmente entre
0,25% e 0,5% ao ano. Taxas mais baixas nos países desenvolvidos estimula o
fluxo de capitais financeiros para países emergentes, como o Brasil, onde os
juros são mais altos.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores
de São Paulo, caiu pelo segundo dia seguido. O indicador fechou o dia com queda
de 0,74%, aos 53.911 pontos. Anteontem (27), o Ibovespa tinha encerrado no
maior nível desde o fim de maio do ano passado, o que fez investidores venderem
ações para embolsarem os lucros. Apesar da queda de hoje, o Ibovespa terminou
abril com alta de 7,7%. Em 2016, a bolsa acumula ganhos de 24,36%.
Temer não poderá nomear ministros, caso Dilma se afaste para
defesa!
Em caso de afastamento da presidenta da República para se
defender no processo de impeachment no Senado, Vice-presidente não pode nomear
novo ministério
Na hipótese de o Senado Federal aceitar o pedido de abertura
do processamento de impeachment da Presidenta Dilma Roussef, é necessário esclarecer à opinião pública
que:
1) Dilma Roussef
não deixará de ser a Presidenta da República Federativa do Brasil, pois o que
terá início é somente o julgamento do
pedido de seu afastamento do cargo, pelo Senado Federal, sob a presidência do
Presidente do Supremo Tribunal Federal (artigo 52, I e seu parágrafo único da
Constituição). Esse afastamento deverá ocorrer em respeito ao devido processo
legal, ao contraditório, à ampla defesa e à presunção de inocência (artigo 5.º,
LIV e LV e LVII, da Constituição).
2) Aceito o
prosseguimento do processo de impeachment, inicia-se o julgamento, durante o
qual a Presidenta da República apenas ficará suspensa das suas funções (artigo
86, parágrafo 1.º , II, da Constituição). Ou seja, a Constituição não diz que o
seu governo estará destituído. O governo eleito permanece, com os ministros
nomeados pela Presidenta, que devem permanecer até o julgamento final do
processo de impeachment. Da mesma forma, a Presidenta da República deverá
continuar ocupando os Palácios do Planalto e da Alvorada, de onde somente
deverá sair se o Senado Federal vier a condená-la. Sendo certo que a Presidenta
retomará as suas funções, caso o Senado não a julgue em até 180 dias (art. 86,
parágrafo 2.º, da Constituição Federal).
3) As funções e
atribuições do Presidente da República estão previstas no artigo 84 da
Constituição Federal e dentre elas constam: nomear e exonerar ministros de
Estado; iniciar processo legislativo; sancionar leis, expedir decretos, nomear
ministros do Tribunal de Contas etc.
Prestados estes esclarecimentos, é importante salientar que
o vice-presidente da República somente substituirá o presidente no caso de seu
impedimento ou o sucederá em caso de vacância do cargo presidencial. Além
disso, o vice-presidente auxiliará o presidente quando convocado por este para
missões especiais. É o que dispõe o artigo 79 da Constituição Federal.
Suspensão de atribuições não implica impedimento ou sucessão por vacância. São
três hipóteses distintas.
Ora, o impedimento presidencial somente ocorrerá caso haja
condenação por 2/3 dos Senadores da República, depois de
concluído todo o devido processo legal; só então se dará a hipótese da perda do cargo, com a inabilitação, por 8
anos, para o exercício de função pública. (Artigo 52, parágrafo único)
A substituição do(a) presidente(a) da República somente
ocorrerá no caso de condenação definitiva no processo de impeachment (depois de
esgotadas todas as etapas do impedimento) e em caso de vacância por morte ou
renúncia.
Ressalte-se que impedimento não é a mesma coisa que
suspensão das funções, pois esta não tem o condão de retirar o status de
presidente da República.
Portanto, o vice-presidente somente sucederia a presidenta
Dilma, e só então poderia constituir um novo governo, nos casos de condenação
definitiva por impeachment (impedimento), ou havendo vacância por morte ou
renúncia.
Fora disto, não existe possibilidade constitucional de o
vice-presidente constituir um novo governo, com a nomeação de novos ministros,
na medida em que o Brasil ainda tem uma Presidenta eleita pela maioria do povo
brasileiro, que apenas estará afastada das suas funções para se defender das
acusações no Senado Federal.
Então, o que vem sendo veiculado pela imprensa tradicional é
mais uma tentativa de implantar o golpe institucional no Brasil, com o
estabelecimento de um ilegítimo governo paralelo. Assim, por meio de factóides,
tem sido anunciado que o vice-presidente nomeará ministério e já teria um plano
de governo, anunciado em 28 de abril de 2016, que não procura esconder seus
objetivos de redução dos direitos trabalhistas e previdenciários, além de
cortar programas sociais, como o Bolsa família.
Sendo assim, claro está que o vice-presidente não tem
atribuição para instituir novo governo nem nomear ou desnomear ministros de
Estado e, desta forma, deverá se limitar a aguardar, em silêncio e com todo o
decoro possível, o resultado final do julgamento do impedimento, no Palácio do
Jaburu, sua residência oficial.
Jorge Rubem Folena de Oliveira - Advogado constitucionalista
e cientista político
Intervenção armada dos EUA na República Dominicana. Dura 17 meses e conta com os serviços de 1.450 soldados brasileiros enviados pelo gen. Castelo Branco.
1920: 3º Congresso Operário, no Rio; 135 delegados
Delegados ao 3º Congresso
1940: Inaugurado o estádio do Pacaembu, S. Paulo.
1945: Tropas dos EUA libertam Dachau, campo de concentração nazista. Ainda encontram 33 mil prisioneiros com vida.
1977: Arquivado o inquérito sobre as bombas da Ação Anticomunista Brasileira.
1991: Manifestação de 5 mil sem-terra contra o fechamento de frentes de trabalho em PE.
1999: A Ford desiste de instalar fábrica em Guaíba , RS, culpando o gov. Olívio Dutra. Opta pela BA, cujas ofertas de generosas facilidades abrem crise no governo FHC.
Brasília - O Palácio do Planalto e a cúpula do PT já
começaram a traçar estratégias de reação a uma eventual gestão do
vice-presidente Michel Temer e decidiram que não farão qualquer tipo de
transição de governo. A ordem no Planalto para todos os ministérios controlados
pelo PT é deixar Temer "à míngua", sem informações sobre a
administração, e acelerar programas em fase de conclusão para que sejam
lançados pela presidente Dilma Rousseff.
Em reunião a portas fechadas com o ministro-chefe da
Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, e com o presidente do PT, Rui Falcão,
deputados foram informados na quarta-feira, 27, de que a atual equipe não vai
respaldar um governo "ilegítimo" e, por isso, não haverá transição
para Temer. Até arquivos com dados estratégicos da administração estariam sendo
apagados.
Com a certeza de que Dilma será afastada por até 180 dias no
primeiro julgamento no plenário do Senado, que deve ocorrer em 11 de maio,
governo e PT já preparam os próximos passos do divórcio litigioso. A ideia é
reforçar a estratégia de carimbar Temer como "golpista" e "vice
1%", numa referência à sua falta de densidade eleitoral.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a Dilma, com
quem almoçou na quarta, um "pente-fino" em todos os programas sociais
dos 13 anos do PT no governo, desde o seu primeiro mandato. A intenção é bater
na tecla do legado do partido, com vitrines como Bolsa Família e Minha Casa
Minha Vida, em contraposição ao programa "ortodoxo" de Temer, que, no
diagnóstico dos petistas, prevê mais sacrifícios aos menos favorecidos.
Apesar de ser alvo da Operação Lava Jato e ter perdido
capital político, Lula é o único nome forte de que o PT dispõe para a sucessão
presidencial de 2018 e tudo será feito pelo partido para construir a narrativa
de que Dilma foi "apeada do poder".
Proximidade
"Se o PMDB não figurasse na chapa, em 2014,
dificilmente a presidente Dilma venceria aquelas eleições", rebateu o
ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha, um dos dirigentes mais próximos de
Temer nas fileiras do PMDB.
Padilha ajudou o vice na articulação política do governo com
o Congresso, de abril a agosto do ano passado, mas saiu do posto por considerar
que o PMDB era sabotado no Planalto. Na época, Temer também deixou a função,
semanas após dizer que o Brasil precisava de "alguém com capacidade de
reunificar" o País. Nome certo na equipe de Temer, Padilha foi um dos
principais articuladores dos votos pró-impeachment na Câmara, ajudando a atrair
antigos aliados de Dilma.
"Não se pode falar em golpe quanto tudo está sendo
feito conforme a Constituição", insistiu Padilha. "A luta política é
legítima, desde que não queiram acirrar o clima do 'quanto pior, melhor'."
Embora a equipe de Temer suspeite que petistas estejam
deletando arquivos contendo indicações políticas para diversos cargos, isso não
é considerado um problema. Motivo: antes de deixar o governo, o próprio Padilha
entregou a Dilma e a Berzoini planilhas contendo todos os cargos do primeiro,
segundo e terceiros escalões. As listas continham os padrinhos de cada um e
como cada deputado e senador de partido aliado havia votado nos principais
projetos de interesse do Planalto.
Eduardo Cunha
Na reunião com Berzoini, que contou com 45 dos 57 deputados
da bancada petista, na sede do partido, houve muitas críticas ao Supremo
Tribunal Federal, que ainda não se posicionou sobre o pedido da
Procuradoria-Geral da República para afastar o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ). Réu no Supremo, acusado de desviar recursos no esquema na
Petrobras, Cunha enfrenta processo de cassação do mandato no Conselho de Ética
e foi o algoz de Dilma ao conduzir o impeachment na Câmara.
"Como a gente pode fazer transição para um governo
desses, que tem Cunha como sócio de Temer?", perguntou um deputado,
confirmando a estratégia petista de "exportar" o desgaste do
presidente da Câmara para o vice. "Transição é quando há um governo
eleito, com legitimidade. Não é este o caso."
Em conversas reservadas, Dilma deu sinais de que está
disposta a enviar ao Congresso uma proposta de antecipação das eleições para
encurtar o próprio mandato. O vazamento dessa estratégia, porém, aborreceu
Dilma. Os movimentos sociais são contra, sob o argumento de que isso
enfraqueceria nas ruas a "batalha" contra o impeachment. Apesar de
apoiar o plano, até para "emparedar" Temer, o PT decidiu não erguer
agora a bandeira das "diretas já".
A Corte Constitucional da Colômbia aprovou o casamento
homossexual, nesta quinta-feira, por seis votos a três.
Na votação, os juízes consideraram que o casamento entre
pessoas do mesmo sexo não viola a Constituição.
"Os juízes da sala plena sustentaram, por maioria, que
não viola a ordem constitucional vigente o casamento entre pessoas do mesmo
sexo, aplicando por analogia a instituição do casamento contemplada na lei
civil na atualidade para os casais de pessoas de sexo diferente", disse a
presidente da alta instância, María Victoria Calle.
Na sessão desta quinta-feira, os magistrados da Alta Corte
decidiram que "toda pessoa é livre e autônoma para constituir uma família
(...) de acordo com sua orientação sexual, recebendo igual tratamento e
proteção sob a Constituição e a lei", acrescentou Calle.
Há duas semanas, a Corte havia dado um passo decisivo para a
aprovação formal do casamento gay, ao revogar uma comunicação contrária a
igualar os direitos de matrimônio de casais hetero e homossexuais.
O texto votado hoje representa uma sentença definitiva e
estabelece a jurisprudência para o tema.
Na Colômbia, existia um vazio legal desde que expirou, em 20
de junho de 2013, o prazo dado ao Congresso por essa mesma Corte para legislar
sobre a matéria.
Desde então, os casais de mesmo sexo podiam recorrer a um
juiz, ou tabelião, para formalizar seus laços com efeito de união civil. Poucos
funcionários se arriscavam, porém, a registrar uniões nesses termos, o que
motivou a mobilização da comunidade gay.
Nesta quinta, a Corte decidiu que, perante o ato do
matrimônio, juízes e tabeliães do Estado Civil "devem assegurar o
exercício dos direitos fundamentais dos cidadãos, concedendo a todos eles
tratamento igualitário".
A presidente Dilma Rousseff acertou com o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da silva a ida dos dois às comemorações do dia 1º de Maio, no Vale
do Anhangabaú, em São Paulo. O governo quer transformar este ato em mais uma
grande manifestação em defesa do mandato da presidente Dilma, com discursos
inflamados e grande presença dos movimentos sociais.
Neste dia, a presidente pretende também anunciar medidas que
possam beneficiar os usuários do Bolsa Família, com objetivo de fazer um
contraponto às promessas que estão sendo feitas pelo vice-presidente Michel
Temer.
O acerto foi feito em reunião no Palácio da Alvorada, na
tarde desta quinta-feira, 28, quando os dois fizeram mais uma reunião com os
ministros da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, e da Chefia de Gabinete,
Jaques Wagner, para discutir estratégias para os próximos dias.
Lula, em sua nova passagem por Brasília, intensificou as
conversas com senadores de vários partidos. Ao mesmo tempo, dão prosseguimento
às discussões sobre o "melhor momento" de levar adiante as discussões
sobre a proposta de antecipação das eleições presidenciais.
Mais dois ministros saem antes do fim do governo - o do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, e a da
Agricultura, Kátia Abreu. Ambos senadores, eles deixarão seus cargos poucos
dias antes da votação em plenário da admissibilidade do processo de impeachment
da presidente Dilma Rousseff. O objetivo é assegurar mais dois votos e ajudar a
fazer a defesa da petista, na reta final, no Senado.
Em um enredo que lembra roteiro de filme inglês,
ex-caminhoneiro e operador de guindaste reuniu há anos toda a sua vida no
interior do Volks em que mora em Santa Luzia, e no qual cabem suas lembranças,
mágoas, aprendizados e sonhos.
'Trabalhei em Caiena (capital da Guiana Francesa), estive na
Serra do Navio (AP), no Monte Roraima e no Iraque, sempre operando guindastes
pesados, de 300 toneladas'. (Lourival Silva Teixeira, de 61 anos, o Penosa, que
deixou as andanças pelo mundo e construiu seu universo em um carro estacionado
em uma esquina de Santa Luzia) (foto: Beto Novaes/EM/DA.Press)
Foram muitas idas e vindas pelas estradas do Brasil e de
alguns cantos do mundo até que Lourival Silva Teixeira, de 61 anos, natural de
Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, decidisse estacionar o carro e puxar o freio
de mão. Há “quatro, cinco anos”, não se lembra mais com exatidão, o ex-operador
de guindastes e motorista de carretas parou o seu Fusca sob uma árvore, num
bairro de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e deixou o
tempo ultrapassar, sem pensar no conforto de casa, aconchego da família e
aspectos bem práticos da vida, como CEP e contas de água e luz. Quando alguém
pergunta onde mora, Lourival, conhecido como Penosa, aponta o veículo
verde-claro e responde: “É ali”. E é ali mesmo, porque no interior do modelo
1983 tem roupas de cama e banho, com espaço suficiente para camisas sociais,
discos de vinil, sapatos, produtos de higiene e um extenso “etc”.
Com 1,60 metro de altura e pesando 45 quilos – “em outras
épocas, cheguei aos 60”, orgulha-se –, Lourival se encaixa perfeitamente no
Fusca, apelidado de Pois é. Para dormir, ele desce o banco do carona e estica o
colchonete, retirando cobertor, colcha e travesseiro do bagageiro ao fundo. Se
vem a vontade de ler, basta abrir o porta-luvas, uma verdadeira caixinha de
surpresas: lá tem Bíblia, gravatas, remédios... Se a vida imita a arte ou a
arte imita a vida, ninguém foi capaz ainda de responder, mas, sem dúvida, a
história de Lourival, guardadas as devidas proporções, se parece muito com a da
inglesa interpretada pela atriz Maggie Smith no filme A senhora da van (The
lady in the van), em cartaz na cidade.
Lourival não viu o filme. Há muito não vai ao cinema. Mas
sabe que sua trajetória renderia páginas de livro, talvez um bom roteiro. Até
estacionar na Rua Coronel Galvão quase esquina com a Rua São Francisco, no
Bairro Santa Matilde, ele provou do doce e do amargo, com doses maiores no
segundo prato. Puxando pelo fio da memória, conta que o estopim foi um desentendimento
familiar, que o deixou sem eira nem beira. Pior: sem endereço. Com uma vida
estruturada, embora não negue que tenha passado oito meses no programa de
recuperação Alcoólicos Anônimos, Lourival relata que tinha lotes, os quais
foram invadidos, e hoje se bate na Justiça para reaver seu pedaço de chão. E
por que tudo isso aconteceu? A resposta que tem é bem simples: “As coisas
acontecem”.
No carro há espaço para os discos, a Bíblia, o descanso
diário e muito mais. O 'quintal' Penosa reserva para receber amigos (foto: Beto
Novaes/EM/DA.Press)
Enquanto a vida não engata uma primeira, o homem de barba
comprida e cabelos fartos, sem um fio branco na cabeça, vive da caridade
alheia. É um vizinho que serve um prato de comida, o comerciante que não cobra
pelo cigarro picado, outro morador pronto para ajudar no que pode... O banheiro
é o de um bar, de porta branca, no bairro que ele conhece bem, pois residiu lá
há alguns anos antes de dar seta e estacionar.
Se lhe faltam posses, não é raro vê-lo rodeado de amigos.
Alguns levam até cadeira para ouvir os casos. “Trabalhei em Caiena (capital da
Guiana Francesa), estive na Serra do Navio (AP), no Monte Roraima e no Iraque,
sempre operando guindastes pesados, de 300 toneladas”, gaba-se o hoje solitário
morador do Fusca. Como um recado do destino, a placa do veículo traz o nome
Porto Firme, município da Zona da Mata. “Antes, o carro ficava uns metros mais
abaixo, até que uma árvore caiu e tive que me mudar. Não tenho medo de ficar
aqui, confio em Deus. Só uma vez, no meio da noite, acordei com um cara dizendo
que ia pôr fogo no Pois é, mas nada aconteceu. Afinal, não mexo com ninguém”,
explica, mineiramente.
MARCAS DA VIDA Se escapou das chamas, devido ao sol pleno o
verde da lataria do Pois é já vai perdendo o brilho, o que não desencoraja o
olhar de carinho de Penosa – o apelido vem do gosto que ele tinha, sempre na
volta das viagens, “do Oiapoque ao Chuí”, de preparar o popular galopé. “Eu
chegava e o povo já dizia: ‘Vamos pegar uma penosa (galinha)’”, diverte-se.
Passada a época das viagens, o ex-motorista lamenta já não poder sair com o
carro, ainda no nome do antigo proprietário. “Além disso, preciso renovar meus
documentos”, diz, mostrando a primeira carteira de habilitação, datada de 15 de
abril de 1979. Mas nem tudo parou no tempo: Penosa tem seus compromissos, vai
regularmente ao dentista e ao médico, em BH. Se há necessidade de sair mais
arrumado, pega a calça social no banco de trás e pede a alguém para passar. Só
a vida amorosa, garante, saiu de cena.
Diante do castigo de sol e chuva, como proteção do interior
da “residência” há pedaços de papelão nos vidros; do lado de fora, sobre a
entrada de ar, entre o para-brisa e o capô, Pois é exibe uma telha de cerâmica.
“É para não passar água de chuva. No porta-malas, guardo minhas ferramentas”,
explica, no momento em que aponta também uma marca no para-choque dianteiro:
“Foi coice de uma égua”.
Nas suas andanças de “cigano”, Lourival viu que “o ser
humano, viajando, aprende”. E, entre viagens e aprendizado, o rosto oscila em
meio a momentos de profunda tristeza, rasgos de alegria e pontos de
interrogação. De repente, Lourival busca os óculos de grau –, filosofa e se
declara “um católico, apostólico, romano” que não renega outras religiões. Com
a Bíblia na mão e voz empostada, lê um trecho do Salmo 91: “Aquele que habita
no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará”. Em seguida,
põe lentes redondas e escuras, à Raul Seixas, senta-se numa cadeira azul e abre
os braços, numa celebração à vida.
Poesia e saudade A música tem lugar de destaque no Fusca – e
na vida de Penosa. Na frente, estão enfileirados discos de vinil de Roberto
Carlos, Paulinho da Viola, Maria Bethânia, Simone, trilhas de antigas novelas,
de Roxette, dupla pop sueca, e do cantor português Francisco José. “Tem também
muitas fitas cassete por aí”, conta Lourival, que, na procura, encontra um
dicionário grosso. O volume é a deixa para ele contar mais sobre seis décadas
de vida.
Lourival perdeu a mãe cedo, foi criado pelos avós em BH e
estudou nas escolas estaduais Barão de Macaúbas, na Floresta, e José Bonifácio,
em Santa Tereza, ambas na Região Leste. Completou só o antigo primário, mas
mostra que foi bom em português. Tanto que recita, sem errar, os versos da
poesia Bárbara bela, de Alvarenga Peixoto (1744-1792): “Bárbara bela/do Norte
estrela/que o meu destino/sabes guiar/de ti ausente/triste, somente/as horas
passo/a suspirar”.
Pausa e mais um capítulo da história. Aos 22 anos, Lourival
conta que foi trabalhar numa grande empresa de guindastes e transportes.
Casou-se no ano seguinte. Dessa união, foram duas filhas e um filho; outra
gerou cinco filhas. Ao falar da família, com a qual diz não manter contato,
Lourival fecha os olhos. “Sente saudade?”, pergunta o repórter, que não ouve
palavras, apenas vê lágrimas sentidas. Enxugando os olhos, Lourival lembra que
completará 62 anos no próximo dia 30. Tudo o que quer de presente é um abraço.
O comerciante João da Cruz de Oliveira, proprietário do Bar
do João, a quem Penosa considera “um pai”, acredita que viver assim é muito
triste. Dono de um depósito de material de construção, Ronaldo Otoni Arêdes diz
que Lourival é muito “gente boa” e trabalhou para ele como carreteiro. Morador
de casa em frente do Fusca, o aposentado Antônio Donizete de Oliveira o olha
com simpatia e não entende o porquê de uma situação como essa.
Morando a poucos metros de Penosa, a professora de história
Haidê Mendes conta que viu o filme A senhora da van e logo identificou
semelhanças entre os tipos, mas com uma diferença marcante: “Meu vizinho fez
vários amigos aqui, ao contrário da inglesa Mary Shepherd, que muitos não
toleravam”. Com seu jeito manso, Lourival avisa que gostaria de recuperar o
lote, vender o Pois é e construir dois cômodos e um banheiro. “Tenho
esperança”, confessa.
A ARTE E A VIDA
Atriz de primeira grandeza, a inglesa Maggie Smith, de 81
anos, é mais conhecida pelos papéis de mulheres finas, aristocráticas, com um
quê de arrogância e altivez. Mas no filme A senhora da van, do diretor Nicholas
Hytner, ela desconstrói totalmente essa imagem, encarnando com a costumeira
sensibilidade a personagem que viveu por 15 anos dentro do seu veículo, no
bairro londrino de Camden Town, mantendo um segredo que é de bom tom não
revelar. Um escritor a observa, a tolera e relata sua vida. A história se passa
nas décadas de 1970 e 1980. Hoje, bem longe, do outro lado do Atlântico, o
mineiro Lourival também faz do carro o lar onde abriga lembranças, segredos,
histórias e – claro – esperança.
A reunião começa daqui a pouco, às 9 horas, com as presenças
do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, e o ministro Nelson Barbosa.
Advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, e o ministro
da Fazenda, Nelson Barbosa (foto: José Cruz e Marcelo Camargo/ Agência Brasil )
Daqui a pouco, nesta sexta-feira, os senadores da comissão
especial do impeachment ouvem o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo e
o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Eles representam a defesa da presidente
Dilma Rousseff. A reunião está prevista para começar às 9 horas.
Cardozo tem reiterado que a base para o impedimento da
presidente é "infundada" e "contrária à Constituição
Federal". "Nossos argumentos atestam a absoluta inocência de Dilma e
a injustiça que seria o seu afastamento, mesmo que provisoriamente. Seria uma
ruptura institucional para o País, inclusive aos olhos do mundo, que tem tirado
as mesmas conclusões".
Ele ainda se disse satisfeito por poder fazer a defesa antes
e depois da apresentação do relatório do senador Antônio Anastasia, conforme
decisão da comissão. "Acho correto. A defesa sempre deve falar por último.
Só na Câmara que não foi assim", criticou.
Deputadas federais de partidos de esquerda se revoltaram
contra mais uma manobra do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e
ocuparam a Mesa Diretora, levando assim à suspensão da sessão da noite desta
quarta-feira (27).
A confusão iniciou quando Cunha decidiu manter a votação do
projeto que cria comissões na Casa, contrariando manifestação dos deputados em
plenário, majoritariamente contrária.
Deputados e deputadas de partidos de esquerda se revoltaram
e subiram à mesa do plenário. Eles ocuparam também as duas tribunas do
plenário, inviabilizando a fala de outros deputados. Moema Gramacho (PT-BA) e
Luiza Erundina (PSOL-SP), entre outras, permaneceram todo o tempo ao lado de
Cunha, na mesa, protestando contra a decisão.
Acuado, o peemedebista suspendeu a sessão e chamou uma
reunião de líderes em seu gabinete. Ele deixou o plenário debaixo de gritos de
"fora, Cunha". Quando ele saiu, Gramacho sentou-se na cadeira do
presidente da Câmara. Depois, Luiza Erundina. As duas exibiram cartazes
"fora, Cunha".
O deputado federal Orlando Silva (PC do B) comentou o fato:
"Hoje, com uma ação combativa de nossas deputadas, houve a destituição
simbólica de Eduardo Cunha. Acuado, Eduardo Cunha foi posto pra fora do
Plenário. É o começo do fim."
Abaixo relato do deputado Chico Alencar no Twitter:
Cunha acabou de perder uma votação no plenário. Qual foi sua
solução para isso? Fingir que ganhou, claro. Não é óbvio? #ironia #golpes
1. @luiza_erundina e outras parlamentares ocuparam a mesa da
Câmara após mais uma tentativa de manobra de Cunha
2. Na pauta, a criação de comissões da Mulher, do Idoso, da
Criança e do Adolescente, da Juventude e Minorias
3. O problema ñ é o surgimento das comissões, mas a
finalidade e atividades propostas no projeto.É um retrocesso nos Direitos
Humanos
4. A retirada de pauta tinha vencido a votação, mas Cunha
adulterou o resultado. O protesto foi tão grande que a sessão está suspensa.
5. Cunha no momento está reunido com os líderes dos
partidos. Em tempo: @luiza_erundina ficou muito bem naquela cadeira...