quarta-feira, 1 de junho de 2016

UNESPAR/PARANAVAÍ - Estudantes ocupam sede da diretoria e pedem readmissão de trabalhadores terceirizados

De acordo com o estudante Adilson Silva Oliveira, um dos organizadores da manifestação, o objetivo é chamar a atenção do Governo do Estado para os problemas enfrentados pela instituição.

Os manifestantes prometeram que permanecerão no local por tempo indeterminado Foto: Fabiano Vaz Fracarolli


A porta que dá acesso ao bloco administrativo está fechada. Um cartaz informa que a entrada dos funcionários é permitida apenas para “baterem ponto”. Essa é a situação no campus da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), em Paranavaí, que teve a sede da direção ocupada pelos acadêmicos na noite de segunda-feira.

De acordo com o estudante Adilson Silva Oliveira, um dos organizadores da manifestação, o objetivo é chamar a atenção do Governo do Estado para os problemas enfrentados pela instituição. Entre as reivindicações dos acadêmicos, a readmissão dos funcionários terceirizados que foram demitidos recentemente com dois meses de salários atrasados.

Na avaliação da acadêmica Larissa Klosowski, a falta desses trabalhadores tem prejudicado a manutenção do campus: já que o quadro de servidores é deficitário, a limpeza de todos os espaços internos e externos não é feita da melhor maneira possível. “Os funcionários estão sobrecarregados”, destacou.

A lista de exigências inclui, ainda, a participação estudantil nas decisões referentes à destinação dos R$ 380 mil recebidos pela Unespar a partir de uma emenda parlamentar; o repasse dos R$ 16 milhões previstos para 2016 (verba de custeio); e a contratação de professores (seriam pelo menos dois: um para o curso de História e outro para Letras).

Oliveira explicou que a ocupação não tem prazo para terminar. Para que isso ocorra, afirmou o estudante, é necessário que as negociações com o Governo do Estado avancem. Na manhã de hoje, o grupo de manifestantes se reunirá com representantes da diretoria local e da reitoria da Unespar.

À frente da ocupação está o movimento Universidade Sem Medo. Segundo os representantes do grupo, trata-se de um ato de resistência às decisões que prejudicam a comunidade acadêmica. Ao mesmo tempo, não tem a intenção de comprometer o calendário letivo, por isso, as aulas não foram interrompidas. A decisão foi tomada em uma reunião na noite de segunda-feira.

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