segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Inicia na Venezuela diálogo do Governo com a oposição

O diálogo público do Governo com a oposição pela paz na Venezuela, começa hoje aqui, ainda que o enviado da Igreja Católica, Emil Paul, anunciou que seria em Ilha Margarita, estado Nova Esparta.


A sede das negociações alterou-se para petição da coalizão da denominada Mesa da Unidade Democrática (MUD), cujos dirigentes também solicitaram a mediação do Vaticano no processo.

Ao informar do encontro entre os principais atores políticos, em 24 de outubro último Paul indicou que assim se tenta criar 'um clima de confiança, superação da discórdia e promoção de um mecanismo para garantir a convivência pacífica' na nação sul-americana.

Depois de declarações contraditórias de vários dirigentes da MUD, alguns dos quais se negaram a aceitar o diálogo, a oposição finalmente acedeu a participar no encontro, mas em um lugar neutro 'não revelado' desta capital.

Durante a última semana, em manifestações de apoio ao Governo Bolivariano, o presidente Nicolás Maduro criticou as diferenças entre os líderes da direita com respeito ao processo pacificador que, segundo declarou, é objeto de um boicote por extremistas dirigidos desde os círculos de poder dos Estados Unidos.

Por sua vez, a oposição também se mobilizou para exigir a renúncia do chefe de Estado, a instâncias do presidente da Assembleia Nacional (maioria opositora), Henry Ramos Allup, e o governador do estado Miranda, Henrique Capriles, dois dos principais promotores de um referendo revocatório contra Maduro.

O Conselho Nacional Eleitoral anulou o processo referendário, devido às querelas penais contra a MUD por falsa atestação ante servidor público, aproveitamento de ato falso e fornecimentos de dados falsos ao Poder Eleitoral, durante a recolhida do um por cento da vontade popular.

A propósito da suspensão, o Parlamento secionou de maneira extraordinária e aprovou um acordo de seis pontos, o qual desconhece os poderes legalmente constituídos e vislumbra a possibilidade de abrir um julgamento político contra o legítimo mandatário, ainda que não está compreendido na Constituição venezuelana.

Maduro, que em cada aparecimento público faz questão de convocar a conversas pela paz no país, estabeleceu o Conselho de Defesa Nacional de maneira permanente, para adotar estratégias contra a intentona golpista dos parlamentares e as tentativas de obstaculizar o diálogo.

Espera-se a participação no encontro, neste domingo, de representantes da União de Nações Sul-americanas, mais o ex-chefe do Governo da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero, e os ex-presidentes do Panamá, Martín Torrijos, e República Dominicana, Leonel Fernández.

O encontro começa quando no país cresce a expectativa com respeito às mobilizações da semana próxima convocadas, indistintamente, pelos Partidos Socialista Unido de Venezuela e a MUD, e à demanda que o Governo interporá contra o proceder golpista da AN, segundo anunciou Maduro.

Via – Prensa Latina

Nenhum comentário:

Postar um comentário