quinta-feira, 9 de março de 2017

Lideranças se unem pela duplicação da rodovia entre PR e MS

O projeto envolve a atual BR-376, a PR-577 e a MS-473, totalizando 120 km. No Paraná trata-se do trecho entre Nova Londrina e o Porto São José, da PR-577, no modelo proposto, deve haver um pedágio no trajeto. Ou seja, os cidadãos terão um tributo vitalício (pedágio), caso o projeto saia do papel...

Maquete mostra como ficaria o trevo de Nova Londrina com as obras de duplicação

A reportagem é do Diário do Noroeste

Um sonho antigo da região de Paranavaí começa a ganhar corpo por conta da mobilização de lideranças da comunidade. Trata-se do pleito pela duplicação da rodovia ligando os estados do Paraná (PR) e Mato Grosso do Sul (MS), através da região Noroeste paranaense.

Na próxima terça-feira (dia 14), um grupo de técnicos e líderes comunitários se reúne em Campo Grande para detalhar o projeto. O líder da Sociedade Civil Organizada de Paranavaí, o agropecuarista Demerval Silvestre, explica que a ideia é formar uma Parceria Público-Privada (PPP) para tornar o sonho realidade. No modelo proposto, deve haver um pedágio no trajeto.

Pela iniciativa, a duplicação segue a partir de Paranavaí, passando pelo Porto São José (Rio Paraná), chegando até Taquarussu, no MS. O projeto envolve a atual BR-376, a PR-577 e a MS-473, totalizando 120 km.

No primeiro passo, as vias estaduais serão federalizadas (passando a ser BR-376, como já ocorreu no passado), abrindo espaço para os contratos de parceria e execução. No Paraná trata-se do trecho entre Nova Londrina e o Porto São José, da PR-577.

O projeto tem vantagens econômicas e sociais para os dois estados, explica Silvestre.

Para o Mato Grosso do Sul, haveria uma redução de pelo menos 80 quilômetros no escoamento da safra até o porto. Hoje o mais utilizado pelo estado vizinho é o Porto de Santos (SP). A duplicação contemplaria as cidades de Ivinhema, Campo Grande, Dourados, entre outras, que teria uma nova rota de interligação.

Com a duplicação, passaria a ser mais interessante a utilização do Porto de Paranaguá (PR) pelos mato-grossenses do sul. Daí, uma das razões para o interesse paranaense, salienta o agropecuarista.

O projeto elaborado por técnicos e que conta com a parceria da Unespar (Universidade Estadual do Paraná), aponta 95 quilômetros de duplicações, 30 quilômetros de pista simples, mais cinco quilômetros englobando a ponte sobre o Rio Paraná (2 km) e contornos em pista dupla (3 km). Uma obra audaciosa, estimada em cerca de R$ 850 milhões de custos totais.

Demerval Silvestre mostra confiança no projeto. Argumenta que importantes lideranças dos dois estados estão engajadas, incluindo entidades classistas e universidades. Nesta primeira etapa será mostrado o trabalho técnico, a logística, bem como as viabilidades econômica e social, resume.


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