sábado, 26 de setembro de 2020

Dos trabalhos que fiz...


Nessa vida aperreiada

De excluído do sistema

Eu já fiz de tudo um pouco

Já fui frentista de posto

Fui poeta e fui poema

 

Já trabalhei de padeiro

Oreia seca em construção

Já fui vendedor de foto

Fui colhedor de algodão

 

Já vendi móvel e eletro

Trabalhei de almoxarife

Fui vigilante noturno

Trabalhando no escuro

Sem ter na mão faca ou rifle

 

Eu também já fui porteiro

Fui professor de História

Fui atendente de mesa

Já fui mão a palmatória

 

Sou vapor que move a máquina

Usado na mais valia

Fui entregador de compra

Balconista em padaria

 

Já quebrei milho na roça

No sol quente o dia inteiro

Conduzi carro de som

Propaganda e difusão

Mas nunca tenho dinheiro...

Nenhum comentário:

Postar um comentário