segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Redação leva estudante de Marilena a ser premiada em Curitiba

Maria Eduarda recebendo das mãos da representante do Núcleo Regional de Ensino, o quadro da premiação pela redação, na foto, acompanhada pelas professoras Mariazinha e a diretora do Colégio Princesa Izabel, professora Viviane.


Maria Eduarda Ribeiro, estudante do 9º Ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Princesa Izabel de Marilena, recebeu o desafio em sala de aula juntamente com seus companheiros de turma, na matéria ministrada pela professora Maria Leal, (Mariazinha), ocasião em que foi abordado o seguinte tema: "Como Combater o preconceito e a desigualdade étinico-racial na sociedade brasileira?"

A jovem Maria Eduarda, como os demais alunos, receberam as instruções da professora Mariazinha, porém, Maria Eduarda, debruçou-se sobre o caderno onde discorreu o tema levando em consideração sua própria experiência de vida e também os critérios exigidos no desenvolvimento de uma redação, o resultado foi ótimo e reconhecido pelos avaliadores do Núcleo Regional de Ensino; sediado em Loanda. Com isto, ambas as envolvidas, tanto a aluna quanto a professora foram premiadas com valores em dinheiro e a premiação será concluída com as presenças da professora Mariazinha da aluna Maria Eduarda na capital Curitiba. 

A  seguir, o título e a redação que rendeu prêmio a estudante:


Por Maria Eduarda Ribeiro

Educar é preciso

     É oportuno dizer que, em pleno século XXI, perpetua-se o preconceito racial no Brasil. Nosso país, assim como outros países, foi colonizado por portugueses que, desde a sua chegada, usaram a mão de obra negra como principal meio de exploração das nossas riquezas. Com isso, a desigualdade étnico-racial existe desde tempos antigos entre nós, sendo possível afirmar que se construiu a ideia de que vivemos em uma sociedade igualitária.

     Esse pensamento persiste pelo fato de termos diferentes categorias de raças, destacando-se, entre elas, a vermelha, a negra e a branca. Na verdade, porém, o Brasil é sim, um país  racista e sua própria população afirma isso. Em uma pesquisa feita pelo site de notícias Veja, em agosto de 2020, por exemplo, consta que 61% da população acredita que a república seja extremamente racista, enquanto 34,5 % acredita que não, e 4,5% não souberam opinar.

     Sou uma garota de pele escura e cabelos cacheados que já sentiu na própria pele o pior sentimento que se pode existir, o preconceito e o racismo da sociedade. Fui excluída de inúmeros grupos por não ser igual aos meus colegas de escola, mas cada dor, cada exclusão e cada palavra, tornaram-me na garota que sou agora: uma garota de 14 anos, com sonhos e esperança de uma sociedade melhor.

        Por fim, vale ressaltar que o preconceito, a discriminação e o racismo não nascem com as pessoas, visto que eles também passam a ser ensinados e aprendidos por muitos durante a vida. E isso só será resolvido na sociedade por meio da educação para o respeito às várias origens étnicas, com políticas públicas que favoreçam oportunidades iguais a todos, sem exceção. Por isso, além da família, é na escola que temos o melhor lugar para a conscientização e superação desse problema.


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