Conclusão é de um estudo
realizado por pesquisadores das universidades de São Paulo (USP) e Federal de
Minas Gerais (UFMG).
Por Lucas Vasques
No Fórum
Um estudo desenvolvido com
camundongos machos por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) apresentou uma conclusão supreendente: uma dose
diária do probiótico Saccharomyces cerevisiae UFMG A-905, isolado da produção
de cachaça, pode prevenir asma.
A doença se caracteriza pela
inflamação das vias aéreas, limitação do fluxo de ar e remodelamento brônquico.
Afeta mais de 330 milhões de pessoas no mundo.
Os resultados do trabalho foram
publicados na revista Probiotics and Antimicrobial Proteins, de acordo com
reportagem de Julia Moióli, na Agência Fapesp.
Tratamentos funcionais com
probióticos para prevenir ou tratar doenças de pele, gastrointestinais,
neurológicas e alérgicas, por exemplo, despertam cada vez mais interesse.
Porém, ainda faltam estudos que definam dose e regime de administração ideais
para atingir os benefícios aguardados.
Era justamente o caso da S.
cerevisiae UFMG A-905, levedura usada na produção de cachaça, cerveja e pão.
Seu potencial para atenuar sintomas da asma em camundongos já era conhecido.
Contudo, era imprescindível obter mais detalhes a respeito de como
aproveitá-la.
O novo estudo da USP e da UFMG
aponta que o ideal é ingerir uma dose diária na concentração de 109 UFC/ml
(Unidades Formadoras de Colônias por mililitro da solução administrada aos
roedores).
“É preciso entender que os
probióticos funcionam como medicamentos, ou seja, não adianta tomar de vez em
quando ou na dose inadequada”, relatou Marcos de Carvalho Borges, professor do
Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da
USP e orientador do estudo.
Pesquisadores querem desenvolver
produtos alimentícios com o probiótico
Com o término dos estudos em
animais, o objetivo passa a ser esclarecer os mecanismos envolvidos no efeito
benéfico da S. cerevisiae UFMG A-905 e observá-la em humanos.
Para dar mais este passo
importante, o grupo de pesquisadores não deseja criar um simples comprimido com
a solução. Eles querem desenvolver produtos alimentícios fermentados com o
probiótico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário