sexta-feira, 31 de março de 2017

Condenado por furto ao Banco Central de Fortaleza é preso em Borrazóplis – Paraná

Foto - Ivan Maldonado

CURITIBA - Dono de uma extensa ficha criminal, Jean Ricardo Galian, conhecido como “Gordo”, foi preso ontem por uma força-tarefa organizada pela Polícia Militar do Paraná.

Em 2005, Galian participou do furto milionário ao Banco Central de Fortaleza, ajudando a escavar o túnel que facilitou o crime, pelo qual ele foi condenado.

Com cinco mandados de prisão em aberto, expedidos pela Comarca de Araçatuba (SP), ele foi preso nesta manhã em Borrazópolis, região do Vale do Ivaí, em uma ação coordenada pelo 2º Comando Regional da PM e que teve a participação de aproximadamente 15 policiais do 10º Batalhão da PM e da 6ª Companhia Independente da PM.

Galian estava no sítio de familiares, na zona rural de Borrazópolis, e chegou a apresentar documento falso. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Faxinal.

“Os trabalhos da equipe policial iniciaram na terça-feira (28) após uma abordagem a dois indivíduos que estavam em atitudes suspeitas dentro de um veículo blindado, uma Land Rover, em Mauá da Serra”, conta o comandante do 2º CRPM, coronel Marcos Antônio Wosny Borba.

Os dois apresentaram documentos e foram liberados. Entretanto, após a liberação dos suspeitos foram feitas diligências, confirmado que o documento apresentado por um deles era falso e que o indivíduo era Galian. “A partir daí foi montada a ação deflagrada por volta das 6 horas da manhã desta quarta”, acrescenta coronel Wosny.

ANTECEDENTES – Galian possui diversas passagens pelo sistema prisional brasileiro, principalmente pelos crimes de roubo e porte ilegal de arma de fogo. De acordo com informações veiculadas pela imprensa em 2006, Galian confirmou ter pagado mais de R$ 2,4 milhões para não ser preso pelo crime no Banco Central de Fortaleza, em depoimento prestado à Justiça Federal.

Foi o maior assalto a banco da história do Brasil e considerado um dos maiores crimes do gênero no mundo.Na época, Galian confessou ter sido um dos escavadores do túnel que deu acesso ao cofre do banco. Advogados dos réus disseram que muitos dos integrantes chegaram a ser presos e liberados, após pagamento de propina a policiais de São Paulo e do Ceará.

Ainda na década de 2000, Galian foi preso outra vez, por escavar um novo túnel, com a intenção de chegar aos cofres de um banco no Rio Grande do Sul.

No Paraná, Galian já havia cumprido pena na Colônia Penal Agroindustrial, no Complexo Penitenciário de Piraquara, de onde fugiu em 1998. Em 2008, ele teve uma nova passagem pelo sistema prisional do Estado, antes de ser transferido para uma unidade penal em Guarulhos (SP).

Na última semana, Galian foi denunciado como autor de violência doméstica contra uma companheira no bairro Água Verde, em Curitiba. Na ocasião, ele também esfaqueou o porteiro do prédio. Desde então, ele estava foragido.

Via - Diário do Noroeste

Argentina aprova uso medicinal da maconha

A dor não pode esperar - Senado da Argentina aprovou nessa quarta-feira (29) o projeto que aprova o uso medicinal da maconha no país. O texto já tinha obtido sinal verde da Câmara dos Deputados em novembro de 2016. A informação é da Agência EFE.


A proposta, que garante a certos pacientes o acesso ao óleo de cannabis, habilitando a importação até que o governo esteja em condições de produzi-lo, foi aprovada por unanimidade pelos 58 senadores argentinos.

Defendido por organizações civis como Mamá Cultiva, integrada por mães cujos filhos precisam do óleo de cannabis para aliviar os efeitos de suas doenças, o projeto autoriza que a maconha seja produzida por vários órgãos científicos estatais, com fins de pesquisa, mas não permite o cultivo particular.

"Agora temos um marco legal no uso para a pesquisa, tratamento e produção de cannabis medicinal. Não havia nada na Argentina e foi o que nós, como mães e organização, buscamos", disse à imprensa no Congresso Ana María García, presidente da organização Cannabis Medicinal Argentina (Cameda).

Com essa aprovação, a Argentina se une a outros países latino-americanos como a Colômbia, o Uruguai e o Chile, que já contam com medidas que regulam o uso terapêutico da maconha.

"Estamos muito contentes. É preciso continuar construindo conhecimento a respeito do que falamos sobre cannabis medicinal", acrescentou Ana María, médica e mãe de uma jovem de 24 anos que tem epilepsia refratária.

"É preciso entender que isso, como uso medicinal, já está validado para a dor oncológica, a dor neuropática, a esclerose múltipla. É preciso pensar que há 30% de epilepsias que não respondem à medicação", afirmou.

Após longa sessão, na qual também foram tratados outros assuntos, os senadores decidiram aprovar a iniciativa sem debate prévio, já que o projeto já havia recebido amplo tratamento e consenso em comissões legislativas.

Uma vez que o Estado possa produzir a substância, terão prioridade os centros que integram a Agência Nacional de Laboratórios Públicos.

Além disso, a lei, que deverá agora ser regulamentada, autoriza o cultivo de cannabis por parte do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas e do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária com fins de pesquisa e para elaborar a substância destinada aos tratamentos.

"É o que fomos decidindo, em princípio. Com 50 anos de proibição, é uma lei de começo, depois vamos construir tudo", ressaltou a presidente da Cameda, lembrando que, apesar de várias províncias já contarem com legislação na matéria, esta é a primeira vez que se aprova uma norma assim em âmbito nacional.

Via - Dag Vulpi

PAC terá corte de R$ 10,5 bilhões


Como poderemos conferir na matéria abaixo, e em tantas outras publicadas nesse Blog, o atual governo pmdbista do Michel Temer, usa do artificio simplório de CORTAR verbas, principalmente da área social, sempre que percebe que o “cobertor” está curto.

Esta é uma forma que, apesar de sacrificar o cidadão comum e menos favorecido, aquele que depende do governo para conseguir as coisas básicas do seu dia-a-dia, evita que o governo precise saber de fato governar o país, evitando assim situações como as famosas “pedaladas fiscais” responsáveis pelo impeachment da ex-presidente Dilma, onde, na tentativa de evitar a falta de recursos para a classe mais humilde, fez um adiantamento nos recursos que estariam disponíveis dias depois.
 
Por - Agência Brasil

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) terá um corte de R$ 10,5 bilhões, informou o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.

O contingenciamento (bloqueio de verbas) de R$ 42,1 bilhões no Orçamento-Geral da União reduzirá para R$ 26,6 bilhões o orçamento do principal programa federal de investimentos.

Além dos cortes no PAC, os demais órgãos do governo sofrerão contingenciamento de R$ 20,1 bilhões, dos quais quase a totalidade em despesas de custeio (manutenção da máquina pública). Segundo Oliveira, os gastos mínimos determinados pela Constituição para a saúde e a educação serão preservados.

Emendas
O contingenciamento será completado da seguinte forma: as emendas impositivas (obrigatórias) sofrerão corte de R$ 5,4 bilhões. O contingenciamento é linear, atingindo todas as emendas na mesma proporção, conforme a Constituição. Serão cortadas ainda R$ 5,5 bilhões de emendas não obrigatórias incluídas durante a tramitação do Orçamento no Congresso Nacional.

Poderes
Os demais poderes – Legislativo, Judiciário e Ministério Público – sofrerão corte de R$ 580 milhões.

O contingenciamento de R$ 42,1 bilhões é uma das medidas necessárias para cobrir o rombo adicional de R$ 58,2 bilhões no Orçamento necessário para cumprir a meta fiscal de déficit primário (resultado negativo nas contas do governo desconsiderando os juros da dívida pública) de R$ 139 bilhões estipulado para este ano.

O restante da diferença será coberta da seguinte forma: R$ 10,1 bilhões virão do leilão de usinas hidrelétricas cujas concessões foram devolvidas à União; R$ 4,8 bilhões, da reversão quase total da desoneração da folha de pagamentos, e R$ 1,2 bilhão, do fim da isenção de Imposto sobre Operações Financeiras para cooperativas de crédito.

Via - Dag Vulpi

quarta-feira, 29 de março de 2017

PREVIDÊNCIA SOCIAL - O que pode mudar nas regras de aposentadoria

Tem sequência nesta semana os trâmites para mudanças nas regras de aposentadoria, apresentadas pelo governo ao Congresso Nacional e que já receberam 164 emendas que serão submetidas à votação da Câmara Federal e Senado.


Para entender as propostas do governo sobre a Previdência Social, aqui vai um resumo sobre os principais pontos da reforma:

(1)Quem será afetado: (a) Homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos devem seguir as novas regras. (b) Homens com 50 anos ou mais e mulheres com 45 anos ou mais terão uma regra de transição, cumprindo um período adicional de contribuição de 50% do tempo que faltaria para atingir o número de meses de contribuição exigido pela regra antiga.
Exemplo: Pela regra antiga, um homem com 52 anos de idade e 34 anos de contribuição precisaria trabalhar mais um ano. Pela proposta do governo, esse tempo subiria para um ano e meio. (c) Continuam nas regras atuais: Quem já recebe aposentadoria ou pensão já tem direito adquirido e quem já tem idade e tempo de contribuição para aposentadoria pelas regras atuais.

(2)Idade mínima: (a) Pelas regras atuais não há idade mínima para a aposentadoria por tempo de contribuição. Já na aposentadoria por idade é de 65 anos (homem) e 60 (mulher). (b) Com as mudanças, a idade mínima para todos será 65 anos, podendo subir com o aumento da expectativa de vida. A previsão do governo é que até 2060 chegue a 67 anos.

(3) Tempo mínimo de contribuição: (a) Para a aposentadoria por tempo de contribuição é de 35 anos para homens; 30 anos para mulheres. Por idade: 15 anos, nos dois casos. (b) Com as mudanças, passará para 25 anos para homens e mulheres.

(4) Cálculo do valor: (a) Vai depender se a aposentadoria for por idade ou por tempo de contribuição, além do tempo de trabalho. Quem contribuiu 35 anos (homens) e 30 anos (mulheres) pode conseguir o valor integral, caso se enquadre nas regras do 85/95. (b) Com as mudanças, ao atingir os requisitos mínimos de 65 anos deidade e 25 anos de contribuição, terá apenas 76% da média do salário de contribuição. Para elevar o valor, será preciso trabalhar mais, ganhando 1 ponto percentual por ano de trabalho adicional.
Exemplo: Quem contribuiu 30 anos, ou seja 5 anos além dos 25 obrigatórios, ganha cinco pontos percentuais e fica com 81% da média de salário (76% + 5). Para conseguir o valor integral, precisará contribuir por 49 anos.

(5) Servidores federais: (a) Homens se aposentam com 60 anos de idade e 35 de contribuição e as mulheres com 55 anos de idade e 30 de contribuição. (b) Com as mudanças todos passam a seguir as mesmas regras de 65 anos de idade mínima e 25 anos de contribuição.

(6) Professores: (a) Podem pedir aposentadoria com 25 anos de contribuição e 50 de idade, para mulheres, e com 30 de contribuição ou 55 de idade, para homens. (b) Com as mudanças, passam a seguir as mesmas regras de 65 anos de idade mínima e 25 anos de contribuição.


(7) Trabalhador rural: (a) Têm acesso ao benefício ao atingirem a idade mínima de 55 anos (mulheres) e 60 anos (homens) se comprovarem terem exercido atividades no campo. (b) Com as mudanças passam a seguir as mesmas regras de 65 anos de idade mínima e 25 anos de contribuição.

(8) Políticos: (a) Com regras próprias de aposentadoria, podem se aposentar com 60 anos de idade e 35 de contribuição. (b) Com as mudanças passam a seguir as mesmas regras de 65 anos de idade mínima e 25 anos de contribuição. As regras de transição, no entanto, serão definidas pela União e cada Estado.

(9) Pensão por morte: (a) É possível acumular pensão por morte e aposentadoria. O valor não pode ser menor do que o salário mínimo. A pensão é 100% da aposentadoria que a pessoa que morreu recebia ou a que teria direito se fosse aposentada por invalidez. (b) Com as mudanças, não será possível acumular benefícios. O valor pode ficar abaixo do salário mínimo. A pensão por morte terá um valor equivalente a uma cota familiar de 50% da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez, acrescida de 10% para cada dependente (mínimo de 60%), até o limite de 100%.

Exemplo: No caso de um segurado que, ao falecer, deixou esposa e dois filhos com direito ao recebimento da pensão por morte, o benefício corresponderá a 80% da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez (50% acrescido de 3 cotas individuais de 10%)

(Texto: SB; Fonte: Previdência Social)

Terceirização é o fim de férias, 13º salário e FGTS


O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão disse que a sociedade precisa saber do que se trata o projeto de lei sobre terceirização. Para ele, não adianta falar em “fim da CLT” porque a mensagem não é clara. “Você tem que dizer que as pessoas vão ficar pulando de galho em galho com contratos de três meses. Significa que não tem mais direito a férias, 13º salário, aviso prévio, licença maternidade nem FGTS. É isso o que é a terceirização. É o fim dos benefícios que existem há décadas”, disparou.

A oposição ao governo Temer já encaminhou ao Supremo Tribunal Federal três pedidos de mandados de segurança na tentativa de suspender os efeitos do projeto que foi aprovado pela Câmara na semana passada.

O texto, de 1998, admite a terceirização de atividade-fim com pouquíssimos respaldos ao trabalhador. Uma das principais questões – a obrigação de a empresa que contrata a terceirizada fiscalizar os direitos dos contratados e aparecer como responsável solidária em causas trabalhistas – simplesmente foi ignorada nessa versão aprovada. O governo Temer ainda estuda uma maneira de sancionar a proposta evitando protestos.

Os responsáveis pelos pedidos enviados ao STF são o senador Randolfe Rodrigues (Rede) e os deputados federais André Figueiredo (PDT) e Carlos Zarattini (PT). As ações de Randolfe e Figueiredo estão sob relatoria do ministro Celso de Mello e, segundo informações do Poder 360, o pedido de Zarattini deve seguir pelo mesmo caminho.

O petista alega que, em 2003, o ex-presidente Lula enviou um pedido à Câmara pedindo a suspensão da votação do projeto de 1998. Esse pedido, um comunicado presidencial, deveria ter sido analisado compulsoriamente antes de o projeto de terceirização entrar na pauta. Mas isso não ocorreu e, por isso, o que foi aprovado pelo Senado, anos depois, e agora devolvido à Câmara para votação final, não tem validade.

Pelo regimento do STF, não há prazo determinado para que Celso de Mello analise os requerimentos.

Temer tem até 12 de abril para aprovar total ou parcialmente, mas tem dados sinais de que não irá aprovar o texto e, sim, enviar os trechos que interessam ao governo para o mesmo pacote da reforma trabalhista.

 Fonte: GGN

Livro resgata legado de Honestino Guimarães

Honestino detido na Universidade de Brasília
Na terça-feira (28) o estudante de Geologia da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da UNE, Honestino Guimarães, comemoraria 70 anos de idade. Assassinado durante a ditadura militar, o histórico líder estudantil tem seu legado resgato na obra Paixão de Honestino.

A obra de Betty Almeida em homenagem à memória do dirigente estudantil será lançada nesta terça-feira na no Campus Darcy Ribeiro da UnB com exibição do documentário Arquivo Honestino, produzido pelo Cuca da Une e em seguida uma mesa de debate e atividades culturais.

O livro recupera a trajetória do líder estudantil que enfrentou com coragem a ditadura militar e pagou com a vida pela liberdade e democracia dos estudantes brasileiros. Honestino desapareceu em 10 de outubro de 1973.

A homenagem, que se estende pelos dias 29 e 30, inclui a projeção de dois filmes sobre Honestino, a leitura e dramatização de textos de sua autoria e um debate, para o qual foram convidados lideranças da UnB e da UNE, além de colegas de Honestino no curso de Geologia e militantes estudantis da UnB. O lançamento do livro está inserido nas atividades de comemoração dos 55 anos da Universidade de Brasília.

Via – Portal Vermelho

terça-feira, 28 de março de 2017

Centro de Educação Infantil Algodão Doce é inaugurado em Nova Londrina

Com capacidade para atender 50 alunos, com idades entre 6 meses a 3 anos, foi inaugurada na manhã de sexta-feira (24), a creche Algodão Doce, que fica localizada na Rua Duque de Caxias, em Nova Londrina.


“Que esse dia seja um marco histórico em Nova Londrina, estamos há poucos dias em nosso governo e temos já a presença de uma inauguração que está atendendo cinquenta famílias, cinquenta crianças com muito amor e dedicação de nossos profissionais e em nosso trabalho, porque nós queremos em nossas crianças futuras lideranças de nosso município" (sic), disse o secretário de Educação, Roberto Mitsuru Tsunokawa.

Prestigiaram a inauguração vereadores, secretários, servidores da educação e pais de alunos. O prefeito Otávio Henrique Grendene Bono - acompanhado de sua esposa, a secretária de Assistência Social, Lívia Ravache - foi recepcionado pelos pais de alunos e autoridades presentes.

“Já diz um ditado para que se invista em educação para mais tarde não ter que investir em presídios, e esse é o nosso lema dentro da educação em Nova Londrina. Graças ao trabalho da nossa equipe de educação, da secretaria e dos funcionários nós temos uma excelente educação em nosso município” ressaltou o prefeito Vico.

Após a solenidade foram entregues uniformes escolares aos alunos do CMEI, projeto que foi implantado no município por autoria do prefeito, quando ainda exercia a função de vereador do município. (Texto: Willian Faria/Ass. Imprensa).

Via – Diário do Noroeste


segunda-feira, 27 de março de 2017

Ipea: Mulher trabalha 5,4 anos a mais do que homem


A mulher trabalha 5,4 anos a mais do que o homem ao longo de cerca de 30 anos de vida laboral, segundo simulação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O trabalho extra é resultado dos afazeres domésticos. O cálculo foi feito a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o Ipea, nesse período de aproximadamente 30 anos, as mulheres somam, em média, 22,4 anos de contribuição para a Previdência Social. Um total de 44,4% das mulheres às quais foram concedidas aposentadorias em 2014 atingiram até 20 anos de contribuição.

A pesquisadora do Ipea Joana Mostafá explica que essas informações foram obtidas por meio de uma parceria que possibilitou o acesso a microdados do extinto Ministério da Previdência Social – atualmente Secretaria da Previdência Social, vinculada ao Ministério da Fazenda.

Segundo Joana, as interrupções na contribuição previdenciária feminina são causados por situações como desemprego, trabalho informal, afastamento do mercado de trabalho para cuidar dos filhos, entre outras. Com base nesse cenário, o Ipea lançou uma nota técnica na última semana na qual defende que as idades de aposentadoria de homens e mulheres devem ser diferentes.

“A princípio, a diferença [no sistema em vigor hoje, em que a mulher se aposenta cinco anos mais cedo que o homem] é justificada”, disse a pesquisadora. Atualmente, para se aposentar, o homem deve acumular 35 anos de contribuição e a mulher, 30. Há ainda a opção da aposentadoria por idade, que exige 15 anos de contribuição e idade de 65 anos para o homem e 60 anos para a mulher.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, de reforma da Previdência, atualmente em discussão na Câmara dos Deputados, altera esse modelo e estabelece como condição para a aposentadoria no mínimo 65 anos de idade e 25 anos de contribuição para homens e mulheres. Um dos argumentos do governo para a mudança é que as mulheres vivem mais que os homens.

Segundo dados do IBGE, ao atingir os 65 anos, a mulher tem uma sobrevida 3,1 anos superior à do homem. Mas, para Joana Mostafá, usar a sobrevida como base para equiparação das aposentadorias está em desacordo com a função da Previdência. “O acordo da Previdência é um acordo social. Ele visa, entre outras coisas, compensar algumas desigualdades do mercado de trabalho”, afirma.

A pesquisadora destaca que outros fatos, além da jornada dupla de trabalho, distanciam a realidade feminina da masculina. “Estamos falando da desigualdade ocupacional, da diferença de salários e da taxa de desemprego, que é maior entre as mulheres do que entre os homens. A mulher poderia contribuir mais [para a Previdência] se não fossem essas dificuldades”, afirma.

A pesquisadora Luana Mhyrra, professora do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), corrobora dizendo que os sistemas nos quais os participantes ganham de acordo com o que poupam e com o tempo que contribuem são modelos de capitalização, diferentes da proposta previdenciária brasileira.

“Os fundos de Previdência complementar [privados] são exemplos de fundos capitalizados, que atualizam e capitalizam o dinheiro aplicado pelo contribuinte. Isso não se aplica ao RGPS [Regime Geral da Previdência Social] do Brasil, uma vez que quem contribui hoje não o faz para sua própria aposentadoria e sim para aqueles que já estão aposentados. Pensar que a mulher precisa contribuir mais porque vive mais é coerente quando se pensa em um fundo capitalizado”, ressalta.

De acordo com o governo, ao equiparar-se a idade de aposentadoria masculina e feminina, a desigualdade no mercado de trabalho tende a cair. Recentemente o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a defasagem entre os salários de homens e mulheres acabará em até 20 anos.

A pesquisadora Joana Mostafá admite que tem havido uma redução na desigualdade de renda. Segundo ela, dados da Pnad apontam que em 1995 o rendimento da mulher equivalia a 55% do rendimento dos homens. Passados 20 anos, em 2015, esse percentual havia subido para 76%. Joana alega, entretanto, que a melhora não é verificada em outros indicadores. Ela cita como exemplo a participação da mulher no mercado de trabalho. “Desde 2005, está em 60%. Não se move”, afirma.

Em debate na Câmara dos Deputados, a assessora especial da Casa Civil da Presidência da República Martha Seiller disse que as justificativas para manutenção da diferença de idade mínima para aposentadoria entre homens e mulheres já não se sustentam como antigamente. Afirmou que a pirâmide demográfica brasileira está cada vez mais desfavorável à manutenção de um sistema previdenciário equilibrado. Segundo a assessora as regras de transição previstas na reforma para vigorar em 20 anos podem compensar as desigualdades ainda existentes.

Via – Portal Vermelho

Fracassam em todo o Brasil as manifestações dos coxinhas


As mobilizações convocadas para o último domingo (26) com a pauta conservadora de defesa da Reforma da Previdência, pelo fim da CLT, pelo fim do FGTS, pela defesa da Lava Jato e apoio ao governo ilegítimo Temer (PMDB) foram um fracasso em todo país.

Por Diógenes Allende Júnior*
Cerca de 600 pessoas se reuniram em Brasilia, perto de 2000 no Rio de Janeiro (segundo os organizadores) e o ato de São Paulo com baixíssima adesão, ainda sem números divulgados. A dinâmica nacional dos atos é a mesma dessas cidades, com pouca adesão e muitas cidades com cancelamento dos “protestos”.

Depois de dois anos disputando o protagonismo nas manifestações, com apoio fundamental da mídia comercial e dos setores mais abastados da classe média, tendo como marco os atos ultra-reacionários do dia 15 de março de 2015, quando os gritos de impeachment de Dilma, presidenta legitimamente eleita, eram combinados com colunas em defesa de intervenção militar no Brasil, a manifestação da direita truculenta ontem fez fiasco absoluto nas ruas.

O 15 de março de 2017 marcou definitivamente a volta dos movimentos sociais como protagonistas das verdadeiras manifestações populares nas ruas de todo o país.

A força das mobilizações que ocorreram no dia 15 contou com protestos coordenados pelos movimentos sociais e centrais sindicais de maneira unitária, com pautas contra as reformas de Temer e em defesa de direitos.

Foram 500 a 700 mil pessoas pelo país, com destaque para os 200 mil na Avenida Paulista, e indicaram a força da unidade dos trabalhadores.

Diversos movimentos sociais e partidos políticos de esquerda, centrais sindicais e sobretudo a unidade dos trabalhadores fez com que a classe trabalhadora voltasse, de maneira organizada e coesa, às ruas, com o apoio da população, que viu com simpatia as greves, paralisações e mobilizações contra a Reforma da Previdência por todo o Brasil.

*Diógenes Júnior é estudante, trabalha na Comunicação da CTB Educação, é pesquisador independente, militante do PCdoB, ativista dos Direitos Humanos.

Via – Portal Vermelho


Campanha de vacinação contra a gripe começa em 17 de abril no Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde reuniu nesta semana a Comissão de Infectologia para discutir as estratégias adotadas na vacinação contra a gripe no Paraná em 2017. O início da campanha foi marcado para 17 de abril nos 399 municípios do Estado e vai até 19 de maio.

A Secretaria Estadual da Saúdedebateu as estratégias adotadas na vacinação contra a gripe no Paraná em 2017 - Foto Arquivo ANPr/Venilton Küchler
“Os paranaenses terão mais de um mês para buscar uma unidade de saúde e se imunizar contra a Influenza. Nosso público-alvo passa de 3 milhões de pessoas e a meta é vacinar, no mínimo, 90% delas”, disse o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto.


A mobilização nacional, também conhecida como Dia D, vai acontecer em 6 de maio. Nesta data, as unidades de saúde ficarão abertas durante todo o dia para vacinar a população que pertence aos grupos da campanha.

“A vacina tem o objetivo de proteger principalmente pessoas que têm maior risco de desenvolver a forma grave da doença. Deste modo, podemos reduzir também o número de mortes por gripe”, explica a chefe do Centro estadual de Epidemiologia, Júlia Cordellini.

O público-alvo inclui pessoas com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a quatro anos de idade, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), profissionais de saúde, indígenas, portadores de doenças crônicas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

Para 2017, o Ministério da Saúde também incluiu para a vacinação os professores do ensino regular e superior de escolas públicas e privadas. No Paraná, esse público é estimado em 144 mil profissionais, totalizando 3,1 milhões de pessoas para receber a vacina no Estado em 2017.

REUNIÃO- A reunião também discutiu questões sobre as vacinas da dengue e da febre amarela. A comissão, coordenada pela Secretaria da Saúde, reúne representantes de sociedades profissionais, conselhos de classe e instituições ligadas à área de infectologia. Mensalmente, o grupo discute estratégias para prevenção, controle e tratamento de doenças infecciosas.

Vem aí - III Jornada Universitária em defesa da Reforma Agrária Popular


Nos dias 17 e 18 de Abril de 2017 O GEPEDIC, da UNESPAR Campus de Paranavaí, fará o debate sobre educação e produção na reforma agrária na III Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária Popular.

Confira a programação:




sábado, 25 de março de 2017

LETYCIA MEDEIROS – A BELA DA SEMANA


Um dia a beleza de lendas e mitos se fez real passando a encantar olhos que testificaram a grandeza supra-humana contida na formosura feminina... Um dia a beleza sem igual personificou-se mulher e todo olho que a viu, regozijou-se diante de quem pelo fato natural da existência, possui o dom da sedução...

Num dia de sorte louvável, ela nasceu num espaço geográfico onde pudéssemos contemplar a beleza desmedida que atende pelo nome de Letycia Medeiros... Letycia compõe o seleto grupo das beldades que pela beleza tamanha, torna-se referência quando é preciso conceituar a formosura ideal.

Qual analista da beleza feminina desabonaria a impecabilidade externada em Letycia?
Suas qualidades dispensam nossas descrições, sua imagem equivale a tantas mil palavras que queiram definir seu exato encanto...

Letycia existe para causar admiração naqueles que a vê, isso, por conta de toda beleza que dela provém... Ademais, evidencia-se na flor morena que hora louvamos, a simpatia e a modéstia de quem sabe que é suprema, porém, a humildade que acompanha os que possuem a grandeza de espírito a fez confiar a nós a sua imagem para que a colocássemos  nesta vitrine de belas...

Letycia existe para favorecer olhares, Letycia está para marejar de gratidão nossas retinas sempre dilatadas por um colírio natural de quem tem em sua imagem a beleza capaz de fascinar...

Se um dia nos fosse pedido o conceito da beleza arrebatadora, daquela beleza que nos leva aos devaneios e faz com que esqueçamos nossas agruras, não procuraríamos em fontes longínquas, a beleza inebriante está diante dos nossos olhos, quando temos a graça de fitar Letycia Medeiros.

Quando, pois, nos for solicitado o conceito de beleza feminina, apontaremos para a bela em questão, pois, sua imagem externa as conclusões do que em síntese é a formosura em sua grandeza maior...

Tal formosura pisa hoje o pedestal que erigimos para as Deusas, para que Letycia tenha diante de seus olhos e sob seus pés, um séquito de súditos fatalmente maravilhados por sua beleza inenarrável...

Oriunda de uma estirpe de únicas, Letycia nos confia seu nome e imagem para que sigamos no dever de reverenciar a beleza feminina...

A beleza tem sim em sua composição o retrato de uma mulher, aqui, pois, difundimos tal supremacia... Para os olhos deleitosos existe um toque de classe em nossa página, Letycia Medeiros é a Bela da Semana.

*LETYCIA MEDEIROS SOARES – Nova Londrina/PR – Filha de Josiane Medeiros e José Aparecido A. Soares - Letycia estuda no Colégio Estadual Ary João Dresch, 3° Ano de formação de docentes.

quinta-feira, 23 de março de 2017

COM FIM DA CLT, TEMER DESTRÓI DE VEZ O INSS

A precarização do mercado de trabalho, que será a consequência inevitável da terceirização irrestrita aprovada ontem na Câmara dos Deputados, terá um outro efeito colateral; como os empregadores não contratarão mais seus funcionários pela CLT, mas sim como pessoas jurídicas, ou "empreendedores individuais", as contribuições para o INSS cairão drasticamente, tanto de patrões como de empregados; ou seja, o suposto rombo da Previdência, que Temer diz pretender combater com sua reforma, será ainda maior nos próximos anos, pela falta de contribuições; leia a explicação do jornalista Ronaldo Lenoir


Por Ronaldo Lenoir
No Brasil 247

De acordo com matéria assinada pelo jornalista Raphael Di Cunto no site do jornal Valor Econômico, o projeto de terceirização aprovado pela Câmara não tem dispositivos para impedir a chamada "pejotização", ou seja, a demissão de trabalhadores no regime CLT para contratação como pessoas jurídicas (PJ).

Isso pode detonar de vez a Previdência Social, como explica Laura Carvalho, economista e professora da FEA-USP:

"Sustentar a Previdência passa necessariamente por manter altos níveis de emprego e formalização. A prioridade parece não ser nenhuma das duas coisas.

Aprovaram agora o PL da terceirização: imaginem um mundo de trabalhadores contratados como Empreendedores Individuais, contribuindo apenas 5% sobre o salário mínimo para a Previdência. E o empregador, nada.

Em meio a todo esse debate, um PL que pode reduzir a base de arrecadação do sistema e elevar o tal rombo na Previdência no curto prazo. Interessante".

FIM DA CLT: TERCEIRIZAÇÃO GERAL É APROVADA


Sob a presidência de Rodrigo Maia (DEM-RJ), a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira 22 o projeto de lei que regulamenta a terceirização no Brasil, permitindo que ela seja praticada na atividade-meio e na atividade-fim.

Deputados da base de Michel Temer argumentavam no plenário que o projeto criaria empregos, enquanto os da oposição protestavam, alegando que o projeto retira direitos históricos conquistados pelos trabalhadores.

O texto precariza de vez o mercado de trabalho no Brasil, permitindo que todas as atividades de uma empresa sejam terceirizadas, inclusive a principal. Numa escola, por exemplo, até os professores poderão ser contratados de forma terceirizada.

Com isso, patrões poderão contratar seus funcionários sem garantias como férias, décimo-terceiro, licença-maternidade, abono salarial e outros direitos trabalhistas. O trabalho temporário também foi ampliado de 3 para 9 meses.

Na primeira votação, com 275 votos a 28 e 46 abstenções, foi rejeitado dispositivo do texto do Senado e mantido trecho da redação da Câmara, sobre trabalho temporário, para deixar claro que essa modalidade poderá ser usada nas atividades-fim e nas atividades-meio da empresa.

Na segunda votação, 231 deputados aprovam o texto-base do projeto de lei, contra 188 que votaram "não" e 8 abstenções. O projeto foi apresentado durante o governo FHC e já foi aprovado pelo Senado, portanto segue agora, após as votações dos destaques, apenas para a sanção de Michel Temer.

Para o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, o Congresso aprovou nesta noite a "Lei do Gato".

Leia seu texto:

Quais são as diferenças em relação à terceirização existente hoje?

A primeira: permite a terceirização total da força de trabalho, ao contrário do que ocorre hoje, em que ela é possível nas atividades-meio da empresa – limpeza, vigilância, recepção e escritório, por exemplo –  e permite, em tese, que uma grande empresa não tenha sequer um funcionário próprio, subcontratando empresas locadoras de mão de obra.

A partir de agora, uma fábrica não precisa mais ter empregados próprios, uma grande loja não precisa ter mais vendedores, uma escola não precisará de professores, um hospital não precisará ter médicos, enfermeiros e nem mesmo auxiliares.

Não é preciso ser nenhum gênio para saber que para que isso signifique economia, mesmo pagando o lucro do intermediário, só há duas maneiras. Uma, contratar pessoas que ganham menos – e os terceirizados, segundo o Dieese, ganham em média 30% que os empregados diretos . Outra, reduzir encargos trabalhistas, o que significa, na prática, não recolher ou não pagar os deveres patronais.

O truque, neste projeto, é que a empresa contratante só passa a responder por dívidas trabalhistas se o “gato” que serviu intermediários tiver bens a  penhorar e não tiver “sumido” no mundo.

Mas há pior, porque legaliza dois absurdos.

O primeiro, a contratação indiscriminada como “pessoa jurídica” e, portanto,, sem direito a férias, 13°, FGTS, aviso prévio…

O segundo, o contrário temporário “eterno”. Hoje , o trabalho temporário é limitado a 180 dias, mas passa a ser de nove meses ou, se não houver proibição via convenção coletiva da trabalho, prorrogar-se sem limites. Este empregado não tem direito a aviso prévio, multa do FGTS…

Esta monstruosidade, numa incrível violação da Constituição, se estende também ao serviço público., exceto para o “marajanato” das chamadas “carreiras de Estado”, os bem pagos.

Por último, se aprovada – e deve ser – este regresso ao tempo pré-Vargas, é a consagração do “gato”.

Porque é a ressurreição de um projeto retirado de pauta há 15 anos, oriundo do período FHC, quando a Câmara aprovou outro, menos lesivo aos trabalhadores, há menos de dois anos.

Que é jogado no lixo, na falta de se poder jogar a Lei Áurea.

Não tendo mais como entregar a Reforma da Previdência, Temer correr para entregar o possível.

PS. O Governo acaba de aprovar o projeto, por 232 votos a favor, 188 contrários e oito abstenções. Venceu, mas com sabor de derrota, porque está pelo menos 76  votos de obter número para a Reforma da Previdência.

Via – Brasil 247

quarta-feira, 22 de março de 2017

Oposição protocola no Senado pedido de CPI da Previdência Social


Foi protocolado por senadores da oposição, nesta terça-feira (21), na Mesa Diretora do Senado, um requerimento do senador Paulo Paim (PT-RS) para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar desvios na Previdência Social.

O objetivo da CPI será analisar os números da Previdência no Brasil e identificar casos de fraudes e sonegações. “O objetivo é mostrar que há superávit, combater a fraude, a sonegação, combater a corrupção. Vamos ver quem são os 500 maiores devedores e quanto devem”, disse o autor do requerimento após o protocolo.

O requerimento tem 46 assinaturas de senadores – o mínimo necessário para que a comissão seja instalada é 27. No entanto, após a leitura do requerimento ao plenário do Senado, os senadores que apoiaram a criação da CPI terão até a meia-noite para retirar os apoios se desejarem. Não há previsão se a leitura será feita ainda nesta terça ou quarta-feira (22).

Otimista, Paim disse não acreditar que os colegas vão retirar as assinaturas de modo a impedir a criação da CPI. “Estou convicto que essa CPI será instalada no mês de abril”, disse.

Para a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), que acompanhou o autor do requerimento, a CPI vai ajudar a provar o argumento da oposição, que é contrário à reforma da Previdência, de que os números que estão sendo apresentados pelo governo não estão corretos.

“A CPI será um instrumento importante para fortalecer a luta contra a proposta da Previdência que aí está e vai permitir passar a limpo esse argumento falacioso do governo de dizer que há rombo, déficit. É a hora da verdade prevalecer”, disse.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse, em oportunidades anteriores, que o governo não trabalhará pela retirada das assinaturas e nem pelo impedimento da instalação da CPI. Na opinião dele, a investigação provará que os números apresentados pelo Ministério da Previdência estão corretos e vai colaborar para a aprovação da reforma.

Fonte: Agência Brasil

"Moro Bola Nossa"


Carta aberta ao meritíssimo juiz Sérgio Moro

Por Geraldo Elísio, repórter

Na Capital das Minas Gerais, tempos passados existiu um juiz de futebol aficionado pelo Clube Atlético Mineiro. De tão apaixonado pelo Galo, certa vez ao definir de quem era a cobrança de um lateral durante um clássico Cruzeiro e Atlético pré-Mineirão, referindo-se a um jogador que segurava a bola ele disse:

- Me dá aqui... A bola é nossa – E passou a redonda às mãos de um jogador atleticano.

A Cidinho, o apelido do juiz foi acrescentado o “Bola Nossa”, Cidinho Bola Nossa virou lenda na história do futebol mineiro. Saiba Vossa Excelência que o Meritíssimo, quando se trata de delitos tucanos está sendo chamado de “Moro Bola Nossa”.

Cidinho Bola Nossa, ao centro, sorteia a moeda
Em futebol a partidarização de um arbitro não é correta, porém quando se trata de um Juiz de Primeira Instância Federal de Vara Civil o foro é outro, bem como as consequências. A atitude do Senhor Juiz que mais pareceu a de um “bandeirinha” em alto estilo no Maracanã contra o blogueiro Eduardo Guimarães, fundador do site Blog da Cidadania, ordenando a prisão coercitiva dele para tentar saber quais são as fontes do colega militante nas redes sociais é um tapa no rosto da democracia, da liberdade de imprensa e de expressão.

Um juiz que desconhece um princípio tão elementar do sigilo da fonte, garantido pela Constituição, deveria imediatamente ser rebaixado à condição de gandula. Por isso o jornalista e publicitário Marco Aurélio Carone, Geraldo Elísio Machado Lopes e eu, estamos aqui a protestar de público e nos solidarizando com o Eduardo Guimarães.

Foi ridículo e pífio o argumento de que ele não é jornalista, portanto não sendo protegido pela Constituição. E a liberdade de expressão onde fica? Em sua filosofia empírica o povo diz: “Diz-me com quem andas que direi quem tu és!” Além do mais nesta república de bananas onde vivemos o diploma de jornalismo foi jogado no lixo pelo Judiciário e inexistem Leis claras regulamentando a matéria.

O jornalista e publicitário Marcos Aurelio Carone foi preso sem nenhuma culpa formada e assim passou nove meses na prisão, os três últimos meses em cela de isolamento total, somente sendo libertado depois das eleições vencidas pela presidente legitima Dilma Rousseff. Tudo a mando deste pivete de rosto tarjado que anda dando sopa aí pelas redes sociais, o seu amigo Aécio Neves e a irmã dele, Andrea Neves. Dize-me com quem andas...

Da mesma forma como com uma ordem judicial eu tive a minha residência invadida, meus equipamentos eletrônicos apreendidos e até hoje não devolvidos, tudo porque o “Mineirinho” e “Dedéia Mãos de Tesoura” queriam saber quais eram as nossas fontes, que nunca dissemos quais.

Para nossa alegria vimos todas as verdades que dizíamos estampadas em jornais do mundo inteiro e tramitando em processos na PGR, no Supremo Tribunal Federal – STF – e aí na Vara de Guantánamo, em Curitiba. Sei que é bem provável que Vossa Excelência não vá gostar do meu texto, mas do alto dos meus 75 anos tenho 56 da prática de jornalismo investigativo, nunca fui acusado de favorecer o Banestado e nem trabalhar com e em função de interesses estrangeiros, além de ter um Prêmio Esso Regional de Jornalismo denunciando torturas praticadas contra um operário em 1977, quando ainda vigia o temível AI-5.

Mas ditadura é ditadura e todos os argumentos, por mais sérios e lógicos que possam ser podem cair por terra. Pouco antes de redigir ouvi a musa da Jovem Guarda, Wanderleia, cantar uma música em que em determinado momento ela diz: (...) Senhor juiz / pare agora (...). Acredito ser um boa sugestão de quem como eu, não tendo partido político por ser um anarquista filosófico (contraditório é verdade por ser um nacionalista), não querer ver o Senhor togado ao julgar casos similares escorregar na grama e dizer para os petistas: “Por favor, a bola é nossa..."

Via - Carcará

Especial Palestina: O drama das crianças presas pelo governo israelense

Em primeira reportagem de série sobre violações aos direitos humanos na Palestina, Ponte entrevista menina de 14 anos que passou 4 meses numa prisão em Israel.

Polícia israelense prende menino de 11 anos acusado de atirar pedras em Jerusalém Oriental | Foto: Majd Gaith/Human Rights Watch.

Por *Dani Ferreira
No Ponte

"Eu estava andando para a escola quando um carro da segurança do assentamento tentou me atropelar. Eu desmaiei. Quando acordei, havia uma faca do meu lado e eu estava cercada de pessoas perguntando porque eu tinha uma faca. Fizeram de um jeito que era para parecer que eu tinha uma faca. Eu estava algemada no chão e eles me chutavam e gritavam comigo o tempo todo. Eu falei para eles que eu não tinha uma faca."*

A menina K. tinha 14 anos quando isso aconteceu em uma manhã de dezembro de 2015. A criança foi detida e oito dias depois a corte militar israelense a condenou a 4 meses de prisão e pagamento de 5 mil shekels (cerca de R$ 4.300). Em 2015 houve um aumento no número de crianças palestinas presas após a onda de violência iniciada em outubro. Segundo a ONG Adameer, 156 menores foram presos em 2014 e outros 470 só em 2015; 2016 terminou com 400 menores palestinos presos por autoridades israelenses, meninos em sua maioria.

Levantamento de outra instituição, a ONG Defense For Children International – Palestina (DCI – Defesa de Crianças Internacional, em tradução livre) mostra que 2016 foi o ano com mais mortes de crianças palestinas por forças israelenses da última década: 32 mortos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Os palestinos que vivem na Cisjordânia estão sob as leis militares israelenses desde 1967, quando o território foi ocupado na Guerra dos Seis Dias. Já os colonos que moram em assentamentos estão sujeitos ao sistema legal civil de Israel. As leis militares aplicadas na Cisjordânia permitem que uma criança a partir de 12 anos seja presa. Dos 12 aos 13 anos, palestinos estão sujeitos a uma pena máxima de 6 meses; dos 14 aos 15, são potenciais 12 meses na prisão, com a exceção de crimes com sentença de 5 anos ou mais. Em 2011, o comando militar israelense aumentou a maioridade em seu sistema dos 16 para os 18 anos. Entretanto, palestinos na faixa de idade de 16 a 17 ainda são sujeitos às mesmas sentenças que adultos.

Segundo a ordem militar 1651, atirar “objeto, incluindo uma pedra” em uma pessoa, propriedade ou veículo, com a intenção de causar danos, pode levar a uma sentença de até 10 ou 20 anos de prisão. A razão mais comum para a prisão de crianças é justamente a acusação de atirar pedras em alvos militares ou assentamentos.

Naquela manhã, K. diz que foi retirada do chão por um segurança que, ao colocá-la no carro, bateu sua cabeça fortemente contra o veículo. “Ele estava falando muitos palavrões e coisas muito feias em árabe. Eu fiquei muito nervosa e respondi para ele”, conta a menina, em entrevista realizada pela Ponte em novembro do ano passado. Ela foi levada para outra estrada, dentro do assentamento, onde foi colocada no chão novamente e interrogada por cerca de 30 minutos.

Depois, soldados vendaram a criança e a colocaram em um jipe, em direção a alguma instalação militar, onde ela foi interrogada durante horas por dois homens que gritavam e a ameaçavam, dizendo que iriam demolir sua casa. Continuavam repetindo que K. tinha uma faca e que ela deveria confessar. “Eles me pressionaram muito, então eu falei que tinha uma faca. Eles me fizeram assinar uns papéis em hebraico”.

Segundo a ONG DCI – Palestina, a cada quatro crianças presas, três sofrem algum tipo de violência física durante a prisão, transporte ou dentro de bases militares. Além disso, segundo relatório da instituição, frequentemente a confissão dos supostos crimes é obtida de forma coercitiva e essa geralmente é a evidência utilizada.

Já era o final da tarde quando militares mediram a altura e o peso de K., que foi vendada novamente. Sem comida ou água, ela lembra que acordou apenas no dia seguinte, quando foi transportada para outro local.

Me colocaram dentro de um veículo, num lugar que parecia um caixão, do tamanho do meu corpo. Me deixaram lá no escuro. De tarde, comecei a gritar porque queria ir no banheiro, mas não me ouviram. Por volta das 18h me deixaram ir ao banheiro. Não trouxeram comida para mim e minha família ainda não sabia de nada. Eu estava no Kishon [centro de interrogação entre as cidades de Haifa e Nazaré, também conhecido pelos palestinos como Al-Jalameh].

Israel é signatário da Convenção sobre os Direitos da Criança, que estabelece que nenhuma criança será “submetida a tortura ou a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes”, além de afirmar que a detenção ou prisão de uma criança “serão utilizadas unicamente como medida de último recurso e terão a duração mais breve possível”.

Em 2013, o UNICEF publicou um relatório chamado “Crianças em detenção militar israelense: observações e recomendações“, com 38 orientações às autoridades em relação às violações perpetradas. Concluiu-se que “os maus-tratos de crianças palestinas no sistema de detenção militar israelense é generalizado, sistemático e institucionalizado”. Em 2015, o UNICEF lançou boletim atualizando o documento, afirmando que houve avanços, mas reforçando a necessidade de melhorias.

“A pior parte era o caixão”

A Ponte entrou em contato com a embaixada de Israel no Brasil sobre os dados da DCI e do Unicef e recebeu um comunicado do vice-cônsul geral em São Paulo, Fares Saeb. O documento afirma que “Israel, o governo e as forças de segurança estão tomando todas as medidas para prevenir vítimas civis e desarmadas”. O vice-cônsul citou ataques com facas realizados por crianças como “resultado de décadas de incitamento do sistema educacional palestino, incluindo escolas administradas pela UNRWA” [Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina, estabelecida em 1949].

O comunicado também menciona ações humanitárias de Israel e de entidades israelenses, e cita ações do Hamas na Faixa de Gaza. “Queremos ver crianças estudando e brincando em escolas e parques, não se escondendo dos foguetes do Hamas e sendo treinados em campos de verão militares desta organização terrorista”, afirma a nota do vice-cônsul (veja a íntegra abaixo). Os questionamentos sobre violações cometidas por Israel na Cisjordânia, entretanto, não foram respondidos.

Após o relatório de 2013 do Unicef, o conselheiro legal das Forças Armadas de Israel enviou carta a todos os comandantes de unidades reforçando os procedimentos existentes, entre os quais: vendas devem ser utilizadas somente quando necessário por questões de segurança; a família deve ser notificada imediatamente da prisão, e a criança deve ser transferida para as autoridades competentes.

A mãe de K. ficou sabendo do que ocorreu com a filha pela internet, algumas horas depois da detenção. A garota viu sua família apenas no terceiro dia, por cinco minutos, durante audiência na corte militar Salem, próxima à cidade palestina de Jenin. Durante os oito dias em que esperou sua sentença, K. foi transportada para audiências três vezes. Ela diz que ela e outras crianças tinham que gritar toda vez que queriam água e que não era possível comer as refeições servidas, pois a comida estava estragada.

A viagem entre o centro de detenção Kishon e a corte Salem dura cerca de uma hora e meia, em condições normais. Quando teve de fazer o trajeto, entretanto, K. demorou o dia todo, pois o veículo parava na estrada frequentemente. As condições de transporte dos presos palestinos são um aspecto adicional das violações às quais eles são submetidos. O veículo descrito por K. tinha divisões dentro dele que variam em número conforme o tamanho do caminhão. A pessoa viaja como se estivesse em um caixão, mas sentada.

A pior parte era ser colocada naquele “caixão” toda vez que ia para a corte. Era um lugar muito apertado, cabem apenas duas pessoas. Dava para ver alguma luz pela porta. Um dia, colocaram um cachorro dentro do veículo. Ele estava latindo e ficamos muito assustadas. Quando viram que estávamos chorando, levaram o cachorro embora.

A transferência de presos de um território ocupado é proibida pela 4ª Convenção de Genebra, conjunto de normas para a proteção da população civil em tempos de conflitos armados, da qual Israel também é signatário. Além de violar o direito internacional, tal deslocamento de detentos dificulta a visita dos familiares, que precisam requisitar autorização para entrar em Israel, onde a maioria das prisões estão.

Por “questão de segurança” as autoridades israelenses não permitiram que os pais de K. a visitassem na prisão Hasharon, para onde foi transferida. Durante o tempo em que ficou lá, a menina recebia apenas a visita da irmã mais velha a cada duas semanas. “Foi muito triste. Eu só pensava no momento em que a veria de novo. A pior coisa era quando a irmã ia visitá-la e eu não podia. Fui até o checkpoint três vezes, mas eles negavam a minha entrada”, diz a mãe de K.

A garota conta que havia 30 detentas em Hasharon na época e 12 eram menores de idade. Lina, palestina de cerca de 40 anos que está presa há 15, cozinhava e cuidava delas. K. diz que ainda mantém contato com algumas das meninas que cumpriram sentença com ela. “Nós nos apoiávamos muito. Eu pensava muito na minha família, nos meus irmãos, no que eles estavam fazendo”, conta.

A rotina na prisão consistia de orações e estudo de árabe de manhã até 14h, quando almoçavam a refeição preparada por Lina. De tarde, arrumavam os quartos e podiam brincar. Às 18h, militares faziam a contagem e checavam as paredes dos quartos com martelos, procurando por buracos ou túneis. Às 22h, todas se recolhiam.

A menina foi liberada em abril de 2016. Cumpriu “4 meses menos um dia” de sentença, pois foi liberada um dia antes – sem avisar sua família, as autoridades simplesmente a deixaram no checkpoint Jabara, no norte da Cisjordânia. Ela pediu ajuda a dois desconhecidos, que ligaram para seus pais irem buscá-la.

A mãe de K. resume a prisão da filha da seguinte forma: “Eu e o pai dela sabíamos que ela é uma menina forte. Isso apenas a tornou mais forte ainda. ” Sobre sua vida agora, K. fala com uma firmeza assombrosa, demonstrando a resiliência de quem vive em um lugar onde as violações de direitos são regra. “Está normal, voltei para a mesma escola e minha vida está de volta ao normal”, diz. “Nada mudou. Foi um período, já acabou”.

Leia a nota assinada pelo vice-cônsul geral em São Paulo, Fares Saeb

Israel, o governo e as forças de segurança estão tomando todas as medidas para prevenir vítimas civis e desarmadas.

No último ciclo de violência e atentados palestinos em 2016, jovens de até 12 anos de idade realizaram ataques com facas contra civis e forças de seguranças israelenses. Este é o resultado de décadas de incitamento do sistema educacional palestino, incluindo escolas administradas pela UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente), que glorifica ações violentas e terroristas contra os israelenses, encorajando-os a “agir” para se tornarem “heróis”.

Um triste exemplo é o ataque terrorista de Hasan Manasra, de 15 anos de idade, e Ahmad Manasra, de 13 anos de idade, que esfaquearam um garoto israelense de 13 anos, que ficou gravemente ferido. Logo depois, perseguiram, com facas nas mãos, outro israelense. Hasan foi baleado e parado por um oficial de segurança que estava no local.

Essas crianças deveriam estar na escola, mas a incitação da autoridade palestina e do HAMAS é responsável pelas vítimas de ambos os lados (vídeo do ataque: http://news.walla.co.il/item/2897851).

Infelizmente, testemunhamos muitos ataques e tentativas como essa em 2015 e 2016.

Agências governamentais e ONGs israelenses estão atuando em todo o mundo para ajudar e resgatar pessoas em zonas de desastre, zonas de conflito e refugiados, em lugares como África, Europa, Ásia e Oriente Médio, inclusive ajudando palestinos e crianças palestinas em necessidade.

A ONG “Save a child heart” (SACH) conseguiu ajudar mais de 4000 crianças com problemas cardíacos a receber tratamento e cirurgias em hospitais israelenses, incluindo crianças palestinas. Nosso ministro do Interior autorizou a absorção de crianças órfãs sírias, sobreviventes da guerra síria, em Israel.

Queremos ver crianças estudando e brincando em escolas e parques, não se escondendo dos foguetes do HAMAS e sendo treinados em campos de verão militares desta organização terrorista. Gostaríamos de ver Gaza construindo escolas, hospitais e criando infraestrutura, não túneis de terror e mísseis. Queremos que os ataques terroristas parem, pois, assim, não será necessário nenhum posto de controle em qualquer lugar. Desejamos que a Autoridade Palestina volte para a mesa de negociações, negociações diretas, para alcançar a paz que todos nós precisamos para o futuro dos nossos filhos.

Seguem alguns anexos:

Save a child heart
http://www.saveachildsheart.com/

Graduação palestina do jardim de infância
https://www.facebook.com/NYPost/videos/10157719122870206/

Acampamento de verão para jovens do HAMAS
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/middleeast/gaza/11789734/Young-Palestinians-graduate-from-Hamas-summer-camp-in-pictures.html

Ataques terroristas contra israelenses
http://mfa.gov.il/MFA/ForeignPolicy/Terrorism/Palestinian/Pages/Wave-of-terror-October-2015.aspx

(*) A repórter Dani Ferreira viajou à Palestina como participante do Paepi (Programa de Acompanhamento Ecumênico na Palestina e em Israel).

Via - Jornal GGN