segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Restos humanos de 13.000 anos encontrados no Chile

 

Via - Paleontologia 2020 - Foto ilustrativa

A existência de assentamentos humanos que datam da transição do Pleistoceno ao Holoceno, há cerca de 13 mil anos, foi detectada em escavações realizadas por cientistas da Universidade de O'Higgins.

As evidências científicas permitiriam confirmar hipóteses sobre os modos de vida dos primeiros humanos no Chile e a extinção da megafauna presente no local, tornando-se um dos mais importantes sítios arqueológicos do continente, abrindo novas perspectivas para a pesquisa científica mundial.

As obras fazem parte do projeto 'Milenar Tagua Tagua' que desenvolve escavações e recolha de fósseis na antiga lagoa Tagua Tagua, extensa zona arqueológica de grande importância, localizada a 140 quilômetros desta capital.

Erwin González, paleontólogo e pesquisador da Universidade de O´Higgins, explicou que as evidências de um assentamento precoce tornam Tagua Tagua um laboratório natural excepcional para a pesquisa científica mundial.

O local possui 'a maior biodiversidade animal do Pleistoceno no Chile, o que permitiu à lagoa se posicionar como um grande ecorrefúgio para o homem, pelo menos por mais de 13 mil anos', explica a pesquisadora.

O vice-reitor da citada universidade, Marcello Visconti, destacou que os estudos no local podem responder a uma infinidade de perguntas porque contém informações valiosas sobre o nosso passado, que podem explicar o presente e projetar o futuro.'

Por sua vez, Rodrigo Verschae, diretor do Projeto Associativo Explora O´Higgins, destacou que a equipe tem a importante responsabilidade de tornar visível a continuidade de um trabalho que vem sendo realizado há mais de 70 anos, iniciado por grandes pesquisadores como Ignacio Domeyko, Lautaro Núñez e Julio Montané.

Nos próximos meses, a fase de análise de evidências começará em laboratórios da Pontifícia Universidade Católica e outros centros de pesquisa nos Estados Unidos, Espanha e Nova Zelândia, graças a acordos de colaboração científica.

Essa equipe de arqueólogos, paleontólogos, geólogos e biólogos dá continuidade às primeiras investigações iniciadas na década de 1960, que hoje avançam neste projeto liderado pela Universidade de O´Higgins, em colaboração com outros centros superiores do país e o apoio de entidades públicas e privadas.

Via – Prensa Latina

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