sábado, 31 de dezembro de 2016

Embaixadora de projeto infantil, Marcela não participa das reuniões


Das cinco reuniões já realizadas para definir as estratégias do programa Criança Feliz, do governo federal, Marcela Temer não participou de nenhuma. Já são três meses desde que a iniciativa foi lançada, trazendo a primeira-dama como embaixadora das atividades. Ela foi designada para a divulgação, promoção de eventos e encontros com gestores estaduais e municipais.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, responsável pelo projeto, Marcela se encontra periodicamente com o ministro Osmar Terra. Porém, na agenda oficial, não há registros dessas reuniões. A única ação pública dos dois juntos ocorreu em uma visita a um hospital de Brasília no dia 16 de novembro.

O Criança Feliz, voltado a dar assistência a crianças pobres nos três primeiros anos de vida, é uma das poucas ações do governo Temer na área social, sendo que a verba destinada para o ano que vem é de R$ 300 milhões. A meta para 2017 é atender um milhão de crianças. Em 2016, nenhuma delas foi contemplada. Segundo o governo, isso ocorreu porque o programa estava em fase de implementação.

Fonte: Fórum


Movimentos sociais denunciam campanha midiática contra Evo Morales

Funcionários e dirigentes sociais denunciam a existência de uma campanha midiática para tentar prejudicar a imagem do presidente boliviano, Evo Morales, e evitar sua recandidatura nas eleições de 2019.


A ministra de Comunicação, Marianela Paco, advertiu sobre um ataque sistemático da oposição contra o chefe de Estado, com o uso e abuso da mentira, e lamentou que estas informações sejam replicadas nas redes sociais através de contas falsificadas.

Paco referiu-se em particular a uma carta circulada na quinta-feira na internet sobre uma suposta renúncia do presidente.

'Estas mentiras estão atentando de forma irresponsável contra a informação séria e veraz à qual tem direito o povo boliviano', afirmou.

A ministra fez referência também à montagem audiovisual circulada pelo diário sensacionalista britânico Daily Mirror, e replicado por alguns meios chilenos, onde supostamente o mandatário observa um material pornográfico durante uma sessão de Haia.

Na realidade, as imagens foram extraídas de uma fita gravada no Paraguai, onde um vereador abriu um vídeo desse tipo.

Esta campanha tem como fim minar a dignidade do chefe de Estado, denunciou Paco, e advertiu que o Governo empreendeu as ações legais correspondentes a nível internacional.

Com esta postura concordou o representante do centro cultural chileno Casa Bolívar, Roberto Muñoz, em uma entrevista concedida à emissora Red Patria Nueva.

'Eu creio que neste ano já estamos vendo os primeiros passos de uma campanha muito forte, porque a preocupação dos meios de comunicação reflete a razão de poderes imperiais na América Latina de diminuir o respaldo ao presidente Evo Morales', afirmou Muñoz.

Mediante as condutas diplomáticas, o Governo exigirá uma retificação desta infâmia e agravo intolerável ao primeiro presidente indígena boliviano.

Fonte: Prensa Latina

Temer e o jogo de cena no TSE

Não nos iludamos. O que está em curso no TSE, na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, é um espetáculo farsesco destinado a manter Temer no governo, seja pela absolvição, seja pelo decurso de prazo para as providências de sua substituição.


Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O país continuará sendo sangrado pela instabilidade e a incerteza mas, como no golpe, dane-se o país. A ação da Polícia Federal nas gráficas que trabalharam para a campanha Dilma-Temer não é indicativa de que o TSE pretenda ir fundo nas investigações e endurecer no julgamento, condenando Dilma, já deposta, e cassando Temer, o que levaria à sua substituição por um presidente biônico, eleito pelo Congresso. Ou, na melhor hipótese, à realização de eleições diretas, se a pressão popular compelir o Congresso a aprovar uma das emendas constitucionais que preveem diretas mesmo faltando menos de dois anos para o fim do mandato. Muito pelo contrário, a diligência nas gráficas vem ao encontro do plano B de Michel Temer.

Seu plano A, deflagrado ainda antes do golpe, foi pedir a separação das contas de campanha, dizendo que ele e Dilma tiveram finanças não comunicantes. A tese esbarrou na jurisprudência já firmada pela cassação de governadores e vices em processos semelhantes. Com presidente e vice, esta é uma ação inaugural no TSE. Depois, surgiram provas de que despesas de Temer e sua equipe foram pagar pelo comitê financeiro da campanha. Vice pode até montar esquema de arrecadação à parte mas o que se gasta é para a eleição da chapa. Vice não faz campanha sozinho. Isso acontecia no passado, com regra que permitiu, por exemplo, a eleição de Jânio em 1961, e a do vice João Goulart, da chapa oposta.

Veio então o plano B, que está em curso. Ele se baseia na procrastinação do julgamento até pelo menos o segundo semestre de 2017. E aí o TSE, tal como o STF já fez no caso Renan, pode absolver a chapa, mesmo havendo provas de ilícitos, invocando a governabilidade, a estabilidade político/econômica do país e o diabo a quatro. A diligência nas gráficas serve como luva ao plano B de Temer. Ainda que as gráficas tenham se livrado de provas, os documentos apreendidos terão que ser analisados. A defesa terá que se pronunciar. Haverá pedido de vistas e recursos. O próprio Temer já disse que, em caso de condenação recorrerá ao STF. Então, a novela vai longe.

Passemos à encenação. O ministro relator, Herman Benjamin, por suas entrevistas, parece sinceramente determinado a aprofundar as investigações e a emitir um parecer consistente, pedindo a condenação da chapa. Pelo que já foi divulgado, de tudo o que ele ouviu de delatores, de tudo que examinou nos autos, certamente já tem indícios e provas suficientes para pedir a cassação. Mas Benjamin, que é ministro do STJ e caminha para a aposentadoria, já externou seu desejo de produzir uma peça “histórica”, irrefutável e exemplar. Ele terá o voto de alguns de seus pares mas dificilmente os de Luiz Fux e Gilmar Mendes, presidente do tribunal, claramente alinhados com o atual governo. Ótimo para a biografia de Benjamin. Otimo também para Temer.

Ainda no primeiro semestre de 2017 ele apresentará o parecer e aí teremos o segundo pulo do gato. Entre abril e maio, Temer vai indicar dois novos ministros para o tribunal, que substituirão Luciana Lóssio e Henrique Neves. Os nomes já começam a ser avaliados. Diferentemente de Lula e Dilma, que indicaram ministros de tribunais superiores garantindo-lhes ”independênica republicana” (colhendo depois votos severos contra petistas na ação penal 470 e a omissão diante do golpe contra Dilma), Temer não dará ponto sem nó. Quem indicar, votará a seu favor. Estes dois votos, mais os de Fux e Gilma, garantirão a maioria, num tribunal de sete votos, para absolver a chapa. Ou para absolver apenas Temer, aceitando a tese da separação de contas, se tiverem coragem para tanto.

Não nos iludamos, portanto. O “pacto pelo alto” que poderia vir através da ação no TSE, com a pré-escolha pactuada de um presidente biônico conciliador, tipo Nelson Jobim, não deve prosperar. A menos que Temer e seu governo consigam levar o país a um patamar de crise e degradação econômica ainda mais agudas, levando as elites econômicas a exigirem da elite política uma saída.

Por isso a palavra de ordem das oposições, para 2017, tem que continuar sendo “diretas já”. Uma estratégia que também só dará certo se forem capazes de despertar a sociedade de sua letárgica desilusão, produzindo um grande movimento de massas. Neste exato momento, não há sinal disso nas ruas. Vide o fraco panelaço durante o pronunciamento de final de ano de Temer, apesar de sua popularidade de um dígito.

Estamos porém, no meio de um rito de passagem, em que os ruídos políticos cessam para dar lugar a sinos e fogos. Virado o ano, e mantido o atual estado de devastação das vidas das pessoas pelo desemprego, a queda na renda e a degradação dos serviços públicos, tudo pode acontecer. A palavra de ordem é esperança.

LOREN ZAGATI – A BELA DA SEMANA


Que maravilha pode ser comparada a maravilha de ser mulher?

...Seres sem iguais, capazes de nos deixar também maravilhados diante da supremacia encantadora de suas indizíveis belezas.

Privilegiada pela genética, nossa homenageada faz parte de uma linhagem de mulheres reverenciáveis, seu nome merece ser citado quando a beleza feminina está em pauta.

Assim é Loren Zagati, ela possui os predicados que a destacam entre aquelas donas de nossa admiração, ela está entre as beldades, faz parte do rol venerável das criaturas que se evidenciam pela formosura.

É um gosto imensurável presenciar a beleza feminina, todos os olhares que a elas são dirigidos, é uma forma de cultuar os encantos contidos nestas representantes exclusivas daquilo que podemos denominar como sendo a superioridade humana.

O mundo é delas e para elas, não importa a cor de seus cabelos, muito menos a pigmentação de suas peles, na mulher está a essência da perfeição e nesta impecabilidade está também a notável Loren Zagati, ela é a personificação da beleza absoluta.
Para o deleite dos nossos olhos, a beleza se fez mulher, têm os traços da perfeição e atende pelo nome de Loren.

Damos, pois, continuidade a esta venturosa honra de apresentar aqui a beleza feminina enaltecida em todos os recantos deste país, continuamos provando que daqui deste lugar extremo do noroeste paranaense, a mulher se evidencia por sua beleza e que Loren Zagati faz parte deste rol seleto onde a beleza se torna poesia.

Aprecie o fascínio daquela que merece nossa reverência, o criador maior teve um propósito ao permitir que ela nascesse, ele a quis para encantar-nos e ela está aqui, naturalmente cativando olhares.
No rol das belas, um presente para as nossas vistas, um toque de classe a nossa página...

Que seja apreciada a beleza sem igual, Loren Zagati é a bela da semana.

*LOREN SOARES ZAGATI – Nova Londrina/PR – Filha de Leandro Zagati e Renata Soares. Loren é torcedora do Corinthians e concluiu o Ensino Médio no Colégio Ary João Dresch

“Mineirinho” depõe na PF. Cadê a Globo?

E ainda tem gente que acredita na imparcialidade e na neutralidade da mídia tupiniquim. Esse sujeito mal informado e alienado merece, de fato, o apelido de “midiota” – termo criado pelo jornalista Luciano Martins Costa, quando ainda editava o “Observatório da Imprensa”.


Por Altamiro Borges

Na semana passada, Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e candidato derrotado na eleição de 2014, foi prestar depoimento na Polícia Federal, em Brasília. Bem diferente do tratamento dado ao ex-presidente Lula, não houve sequer uma equipe da TV Globo para registrar este episódio inusitado. A “cordial visita” também não foi capa dos jornalões. Ela quase passou despercebida – talvez porque o “Mineirinho”, da lista de propina da Odebrecht, ainda continue clandestino para o justiceiro Sergio Moro e para os barões da mídia.

Segundo uma notinha bem minúscula postada nesta terça-feira (27) na revista Época, da imparcial famiglia Marinho, “o senador Aécio Neves foi discretamente à sede da Polícia Federal em Brasília para prestar depoimento no inquérito que investiga se o tucano atuou para ‘maquiar’ dados da CPI dos Correios, em 2005. A Procuradoria-Geral da República suspeita que a CPI tenha sido usada para esconder a relação entre o Banco Rural e o chamado mensalão mineiro”. Nada mais! Nem a sigla do PSDB apareceu na notinha. É como se o cambaleante tucano fosse um figura de menor expressão no cenário político nacional. Em certo sentido, ele é... por sua postura golpista e de falso moralista.

As outras revistonas e jornalões também evitaram dar destaque para a visita do “Mineirinho” à sede da PF. Apenas o site do Jornal do Brasil deu mais detalhes sobre o depoimento. “Em inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), o tucano foi acusado pelo ex-senador Delcídio do Amaral de tentar interferir nos trabalhos da CPI que investigava as denúncias do mensalão... De acordo com Delcídio, em 2005, durante os trabalhos da CPMI dos Correios, o senador Aécio Neves, então governador de Minas Gerais, ‘enviou emissários’ para barrar quebras de sigilo de pessoas e empresas investigadas, entre elas o Banco Rural”.

“Durante as investigações feitas pela CPMI dos Correios, Delcídio identificou algumas ‘maquiagens’ em alguns ‘dados comprometedores’ fornecidos pelo Banco Rural. Eram dados que, segundo ele, prejudicariam o ex-governador e o ex-vice-governador de Minas Gerais, Aécio Neves e Clésio Andrade – além da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e do publicitário Marcus Valério, pivô do mensalão, entre outros. Delcídio disse compreender a existência dessa maquiagem pelo fato de que ‘a gênese do mensalão teria ocorrido em Minas Gerais’. No depoimento, ele disse que ficou sabendo que os dados recebidos do banco estavam maquiados por meio de relatos feitos por Eduardo Paes e do próprio Aécio Neves, mas que isso acabou não sendo incluído no relatório final”.

Aécio Neves e outros tucanos de alta plumagem seguem blindados pela mídia tucana e pelos valentes serviçais do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal. Não tem vazamento seletivo, condução coercitiva ou escarcéu no Jornal Nacional da TV Globo. Eta “Mineirinho” esperto! Ou será que os “midiotas” é que são tontos?

Via – Blog do Miro

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Diamante do Norte, contas em dia e credibilidade recuperada

Prefeito Daniel Pereira: “Assumimos uma prefeitura sem certidões, endividada e com muitas irregularidades. Conseguimos sanar os problemas e fecho o primeiro mandato com dinheiro em caixa e com a documentação regularizada.”.


O prefeito de Diamante do Norte, Daniel Pereira, que assumiu a prefeitura após seis meses do início do mandato 2013/2016, (após a cassação do ex-prefeito) fez um balanço do trabalho realizado para sanar as irregularidades e as dívidas encontradas quando assumiu a direção do município.

“A prefeitura estava sem certidões, endividada e com muitas irregularidades. Conseguimos sanar os problemas e fecho o primeiro mandato com contas em dia e com a documentação regularizada”, disse o gestor reeleito para mais quatro anos à frente do município.

Daniel apontou inúmeras irregularidades encontradas, mas a dívida com a Caixa da Previdência tem tirado a tranquilidade do gestor.

“Somente em 2016 pagamos o aporte de R$ 435 mil, fora a diferença de duas parcelas de 2011, que totalizam mais R$ 150 mil, recursos que dariam para ser investidos na Saúde e Educação”, aponta o gestor que classifica a dívida com a Caixa Previdenciária, INSS, PASEP, Sanepar e fornecedores que totalizavam pouco mais de R$ 2,6 milhões como uma herança maldita contraída em outras gestões.

O gestor disse fechar o caixa do município de 2016 com saldo de R$ 2,5 milhões, que serão investidos durante o próximo ano. “Esse recurso em caixa é a prova que com honestidade e transparência dá para fazer uma boa gestão”, enfatizou Daniel.

Somente em pavimentação urbana o município investiu em recursos próprios R$ 500 mil, somados a dinheiro de convênios com o Estado e União.

“Só na recuperação e construção de bocas de lobo foram mais de R$ 250 mil em recursos próprios do município”, disse o gestor que apontou ainda o trabalho nas estradas rurais que ganharam uma atenção especial. “Recuperamos mais de 35 quilômetros de vias o que fez com que nosso ICMS ecológico passasse de R$ 135 mil para R$ 240 mil/mês”.

Na Saúde o gestor aponta a reforma do Hospital Municipal, que está com 60% da obra concluída, a aquisição de ambulâncias, a retomada da construção da Clínica da Família e a construção de um Posto de Saúde como uma das conquistas dos últimos anos. “Tivemos investimentos também na compra de veículos e equipamentos para o Hospital e Posto de Saúde”, disse o gestor.

Diamante do Norte tem sua economia voltada à agricultura e para fortalecer a atividade o município com apoio de parlamentares adquiriu  um trator e implementos agrícolas, que totalizam pouco mais de R$ 225 mil.

Na educação foram investidos recursos próprios na reforma da escola Antônio Francisco de Souza que totaliza cerca de R$ 200 mil e na construção de duas salas de aula na pré-escola, no valor de R$ 80 mil, além da compra de equipamentos, móveis e materiais didáticos.

Daniel apontou o deputado Zeca Dirceu e a senadora Gleisi Hoffmann como importantes parceiros da sua gestão, já que ambos têm dado uma atenção para o município. “O Zeca e a Gleisi têm nos atendido com emendas em todas as áreas, desde recape, agricultura, social, saúde, educação, são importantes parceiros da nossa cidade”, disse o gestor que tem mais quatro anos de mandato.

Via – Diário do Noroeste

CRISE NA RÁDIO TUPI DO RIO DE JANEIRO

Uma das maiores emissoras de rádio do país, porque não dizer a maior, a Rádio Tupi do Rio de Janeiro 1280 AM, com mais de 80 anos no ar, passa por uma crise financeira como nunca antes em sua história, demissões em massa, atrasos de pagamentos e honorários de colaboradores é um exemplo do atual revés por que passa toda a equipe da rádio Tupi, em virtude disto, todo quadro funcional da conceituada emissora decidiu fazer greve por tempo indeterminado até que a direção da emissora arque com suas responsabilidades.


Abaixo um comunicado que o locutor Fernando Sérgio escreveu em seu facebook, Fernando Sérgio apresenta um programa de audiência nacional na emissora da meia noite as três da manhã, disse assim o locutor:

“Os funcionários da Tupi, depois de três paralisações (24 horas/ 48 horas e 72 horas) e sem resolução ainda quanto aos seus pagamentos atrasados por parte da direção , resolveram fazer greve por tempo indeterminado a partir de 0 hora da próxima sexta-feira, 30/12.
Infelizmente, os atrasos vão de 4 meses para seus funcionários com a carteira de trabalho a 15 meses para alguns (PJS).

Décimo terceiro salário não pago de 2015 e de 2016 e desde 2014 não vem sendo depositado o FGTS, embora descontado dos contracheques dos funcionários.

Tal decisão resultou da decisão de uma assembléia de funcionários, decisão esta aprovada por unanimidade, juntamente com o Sindicato dos Radialistas.

Os funcionários optaram pela paralisação até que a direção sinalize com uma solução concreta.
Portanto, a volta ao trabalho irá depender tão logo a direção da emissora honre com seus compromissos.

No momento em que tal ocorrer, com certeza, estaremos de volta com a vitoriosa programação que colocou nossa emissora em primeiro lugar de audiência em seu segmento”.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Petroleiros suspendem paralisação e sinalizam para greve em 2017


Após um Natal de luta e mobilização dos petroleiros, o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Zé Maria, parabenizou a categoria e indicou a suspensão do movimento para avaliação estratégica,no Conselho Deliberativo, marcado para quarta-feira, dia 4 de janeiro. De acordo com a FUP, a paralisação durante as festas de fim de ano foi inédita e servirá muito para a grande greve que virá por aí.

O Sindipetro do Amazonas aprovou o indicativo da FUP e já suspendeu a paralisação na Reman, deixando claro que há possibilidade de retorno após avaliação do quadro nacional. No Rio Grande do Norte, no Polo Industrial de Guamaré, também houve a suspensão do movimento que iniciou na sexta-feira, dia 23. Segundo o sindicato, a categoria segue coesa, apostando na unidade e na luta em defesa da Petrobrás.

No Paraná, a greve na TEPAR e REPAR encerrou às 7h30 da manhã desta segunda-feira (26). Na SIX continuam os atrasos e restrições de permissões de trabalho até segunda ordem. Já nos Terminais de Santa Catarina há possibilidade de deflagrar uma greve a qualquer momento. Em Duque de Caxias, foi suspenso o movimento e corte de rendição. E no Norte Fluminense, seguindo o indicativo da FUP, as manifestações foram suspensas.

Já em São Paulo, há um estado de greve. A suspensão da paralisação na Recap e na Replan foi por tempo indeterminado, podendo voltar a qualquer momento. Também haverá paralisações em outras bases, ainda não divulgadas pelos sindicatos. Os petroquímicos do Paraná também permanecem em estado de greve, e aguardam a data do Conselho Deliberativo, em que já confirmaram presença.

Após cumprirem o que foi indicado nas assembleias, a paralisação a partir da sexta-feira, 23, com corte de rendição, setoriais, informes e atrasos, o Sindipetro da Bahia suspendeu o movimento para avaliar as estratégias. Segundo o sindicato, em 2017, será inevitável a Greve Nacional da Categoria Petroleira, para enfrentar a retirada de direitos e o desmonte e privatização do Sistema Petrobrás.

Via - Portal Vermelho

Fundo Nacional de Saúde paga R$ 200 mil para saúde de Diamante do Norte


Nesta semana, o município de Diamante do Norte recebeu o total de R$ 200 mil do FNS (Fundo Nacional de Saúde), o valor será dividido de forma que R$ 150 mil serão destinados para financiar ações no âmbito da atenção básica em Saúde e outros R$ 50 mil serão aplicados no incremento de alta e média complexidade no Hospital Municipal. O deputado federal Zeca Dirceu destinou os valores por meio de emendas parlamentares.

O Prefeito reeleito Daniel Pereira afirmou que a parceria com o Zeca Dirceu tem garantido a liberação de recursos para o município. “Só tenho a agradecer ao Zeca por olhar para Diamante do Norte e conquistar melhorias para todas as frentes da saúde do nosso município”, disse.

Como deputado federal, Zeca Dirceu tem priorizado seu mandato para políticas voltadas à Saúde Pública de qualidade. “O trabalho em conjunto que tenho realizado com municípios e governo federal tem rendido bons resultados para o Paraná. A população de Diamante do Norte anseia por melhorias na Saúde Pública, e é isso que estamos conseguindo por meio desses recursos. Com os pagamentos realizados contemplamos tanto a atenção básica, quanto levamos recursos para beneficiar o hospital da cidade”, destacou o deputado.

Via - Diário do Noroeste

Aeroportos, telefones e o choro do 'coxinha'


Por Altamiro BorgesBlog do Miro

Os destemidos “coxinhas”, que foram às ruas gritar pelo “Fora Dilma” e que depositaram todas suas esperanças no Judas Michel Temer, vão adorar estas duas notícias: 1- A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou nesta segunda-feira (26) no Diário Oficial da União a permissão de reajuste das tarifas de embarques para voos domésticos e internacionais em seis aeroportos do país a partir de janeiro; 2- Já a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que as contas de telefones terão um aumento de quase 20% no início do ano. O usurpador no Palácio do Planalto, vestido de Papai Noel, continua distribuindo presentes para os que bancaram o “golpe dos corruptos”.

Segundo a Anac, os valores das taxas de embarque dos voos nacionais e internacionais serão alterados nos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro; de Cumbica, em Guarulhos (SP); Juscelino Kubitschek, em Brasília; Tancredo Neves/Confins, em Belo Horizonte; Viracopos, em Campinas (SP); e de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. Ainda de acordo com a agência, independentemente da tarifa praticada e dos reajustes decorrentes do contrato de concessão de cada aeroporto, para voos internacionais será aplicado valor adicional do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) que corresponderá sempre a US$ 18. As alterações começam a valer a partir de 1º de janeiro de 2017.

Já o jornal O Globo, tão apreciado pelos “midiotas”, informa secamente, sem qualquer comentário crítico: “Em 2017, o brasileiro terá uma surpresa quando chegar a conta de telefone. O preço vai subir em todo o país para grande parte dos usuários de celular com planos de conta, os chamados pós-pago. Esse grupo soma mais de 77,3 milhões de linhas, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações. Em alguns casos, a alta pode chegar a quase 20%. Para o telefone fixo – com 42 milhões de linhas em funcionamento –, o aumento deve ser de até 13%, indica estimativa feita por fontes do setor”.

Ainda de acordo com o jornal, “o aumento é fruto de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de outubro, que obriga as empresas de telefonia a recolherem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o valor da assinatura básica (ou pacote de assinatura) que é cobrada ao consumidor todo mês. Para o STF, a assinatura mensal pode ser considerada um serviço, já que representa ‘a efetiva prestação do serviço de comunicação’. A decisão vale tanto para a telefonia fixa quanto para a móvel. Os índices de aumento, no entanto, vão variar, já que cada estado tem sua própria alíquota de ICMS”.

Os golpistas prometeram que a vida iria virar um paraíso com a deposição de Dilma, a presidenta eleita democraticamente pela maioria dos brasileiros. A mídia venal – agora acariciada com o aumento das verbas de publicidade – reforçou esta miragem. Antigos “urubólogos”, que só difundiam pessimismo no governo Dilma, viraram otimistas excitados do dia para a noite. Os “midiotas” acreditaram nesta conversa fiada e agora se veem no inferno. Serviram de massa de manobra. Os “coxinhas”, que viviam destilando seu preconceito contra os “pobres” nos aeroportos – “parece a rodoviária –, também terão de pagar a fatura. Com o reajuste da conta dos celulares, nem vai dar mais para postar tantas selfies com PMs nas redes sociais. A vida é dura!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

OMS revela eficácia da primeira vacina contra o ebola

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje a alta efetividade dos ensaios clínicos da primeira vacina contra o ebola, cujo último surto causou mais de 11 mil mortes.


Segundo a agência de saúde da ONU, como parte dos estudos, o imunógeno rVSV-ZEBOV foi provado com resultados muito positivos em 5.837 mil pessoas na Guiné, nação por onde emergiu em 2014 a epidemia que se estendeu à Serra Leoa e Libéria. Entre os que receberam a vacina não se registrou nenhum caso de ebola nos 10 dias ou mais após a inoculação, declarou a meios de comunicação a diretora geral adjunta da OMS para o sistema de saúde e inovação, Marie-Paule Kieny. Além disso, a pesquisa abarcou seis mil voluntários adicionais que não receberam a injeção, os quais foram acompanhados pelas equipes da OMS, que registraram 23 casos da doença neste grupo.

Nas palavras de Kieny, ainda que estes convincentes resultados cheguem muito tarde para aqueles que morreram na epidemia de ebola no oeste da África, quando surgir o próximo surto teremos defesa.

A propósito dos resultados positivos da injeção contra o vírus do Ebola, fica por determinar quanto tempo dura a imunidade com esta vacina, da qual só se requer uma dose para que seja efetiva.

A diretora adiantou que agora se prepara o expediente para submeter este antivírus ao processo de registro nos Estados Unidos e na União Europeia, processo que está previsto concluir em 2018 para que o imunógeno chegue ao mercado.

A rVSV-ZEBOV foi desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá e está produzida pela companhia farmacêutica estadunidense Merck.

O ebola é uma doença ocasionada no ser humano pelo vírus do Ebola, e normalmente seus sintomas começam entre dois dias e três semanas após ter contraído o vírus, com febre e dores de garganta, musculares e na cabeça.

Pelo geral, seguem náuseas, vômitos, e diarreias, junto com falha hepática e renal. Nesse momento, alguns pacientes começam a sofrer complicações hemorrágicas.

A partir da epidemia de 2014 surgida na África Ocidental, produziram-se contágios em outros continentes.

Fonte: Prensa Latina


Papa fala de Síria e terrorismo em bênção de Natal

O papa Francisco fez um apelo de paz "a todos os povos do mundo" neste domingo (25), em sua tradicional mensagem de Natal e bênção "Urbi et Orbi". Da sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, o líder católico disse esperar que a "mensagem de Natal percorra toda a terra e atinja todos os povos, especialmente os feridos pelas guerras e conflitos, e que eles sintam mais forte o desejo da paz".


Francisco citou as principais zonas de guerra atualmente no mundo e pediu para que os líderes mundiais, políticos e religiosos se esforcem para estabelecerem acordos de paz e de respeito aos direitos humanos. "Paz aos homens e mulheres da golpeada Síria, onde tanto sangue já foi derramado, principalmente em Aleppo, palco nas últimas semanas de uma das batalhas mais atrozes", disse o Papa.

"É cada vez mais urgente que se garanta assistência à esgotada população civil, respeitando o direito humanitário", pediu Francisco, referindo-se aos confrontos registrados recentemente entre forças leais do ditador Bashar al-Assad e grupos rebeldes que controlavam a cidade de Aleppo.

"Que as armas sejam depostas de maneira definitiva e que a comunidade internacional aja ativamente para alcançar uma solução negociada que restabeleça a convivência civil", disse. Francisco também citou a Terra Santa, a África, ressaltando a situação da Nigéria, Sudão do Sul e da República Democrática do Congo. Ele se recordou ainda das crises na Ucrânica, Venezuela e Myanmar, pedindo paz.

"Paz a quem foi ferido ou perdeu uma pessoa querida por causa de atos hediondos de terrorismo, que disseminaram medo e morte no coração de tantos países e cidades", afirmou. "Paz aos abandonados, excluídos, aqueles que sofrem de fome e a aqueles que são vítimas de violência".

Uma das principais bandeiras de seu pontificado, a crise de refugiados e imigrantes que atinge a Europa também apareceu no discurso de Natal do papa Francisco. "Paz aos refugiados e aos povos que sofrem com as ambições econômicas de povos e a ávida ganância do 'Deus dinheiros'". De acordo com a Santa Sé, cerca de 40 mil pessoas acompanharam a mensagem natalina de Francisco.

Na noite deste sábado (24), Francisco presidiu a "Missa do Galo", que marca a celebração da véspera de Natal, na Basílica de São Pedro. Durante a homilia da missa, o Papa disse que o "Natal virou refém da mundanidade" e criticou as trocas de presentes e o consumismo nesta data.

 Fonte: Jornal do Brasil

O ano que desafiou a história de lutas por um mundo mais igual

Chegamos ao final de 2016 com a sensação de que este era um ano que não ia acabar. Aliás, um ano avassalador como este, que desafiou toda a nossa história de lutas por um mundo menos desigual, deixa suas marcas em nossos corpos, em nossas mentes e em nossos corações. Mesmo aparentando eternizar-se... vai terminando e sabemos que suas mazelas serão superadas!


Por Lúcia Rincon*

Iniciamos o mês de agosto saudando os 10 anos da Lei Maria da Penha – marco no combate à violência contra a mulher – e terminamos o mesmo mês com o impeachment da primeira presidenta eleita e reeleita do Brasil, vítima de um golpe institucional, parlamentar, jurídico, midiático e misógino contra nossa jovem democracia. Neste processo o discurso de ódio contra as mulheres, que integra a história machista de dominação patriarcal, revelou a sua face mais cruel; favoreceu o crescimento das forças conservadoras e reacionárias e ao atacar uma presidenta mulher, o patriarcado aportou reforço às necessidades do capital financeiro para estruturar as bases desse golpe. Nossa querida e forte presidenta Dilma Rousseff enfrentou os ataques com exemplar galhardia.

Vivenciamos a traição de setores da sociedade brasileira contra um projeto de desenvolvimento nacional que preservava as nossas riquezas com garantia de melhores condições de vida para a maioria da população. No entanto, não conseguimos em tempo, fazer a leitura da movimentação dos setores conservadores mais ofensivos, impulsionados desde 2013 e, tampouco, construir a unidade necessária para combatê-la. O fato é que 2016 é um ano com do qual poderemos tirar muitas lições para o fortalecimento de uma ampla unidade nas próximas décadas. O futuro que hoje se nos apresenta cheio de incertezas, será de realizações e vitórias se construirmos a unidade na luta, fundada na busca de atender as demandas da grande maioria de nosso povo.

Não conseguimos manter os poucos espaços institucionais que havíamos conquistado, e particularmente quanto às mulheres, apesar de grandes avanços conseguidos com a minireforma, com a Lei Maria da Penha, as Casas da Mulher Brasileira, a legislação referente aos direitos sexuais e reprodutivos, o ambiente político no Brasil ainda é muito inóspito. Falta representatividade feminina nas esferas do poder, mesmo que em 2016 fossemos a maioria do eleitorado brasileiro em todos os estados constituindo 76,5 milhões de brasileiras dos 146,4 milhões de eleitores, responsáveis por 37,3% das famílias do País. Esses dados revelam o potencial transformador da atuação das mulheres em todas as esferas da vida em sociedade. Entretanto ele não se realiza nos espaços de poder, onde ocupamos apenas 63 das 594 cadeiras do Congresso Nacional – ou seja, cerca de 10%.

O decréscimo da presença de mulheres eleitas, ocorrido nas eleições deste ano comprova mais uma vez a importância da lei de cotas, que por si, já representa um ganho político se consideramos a composição misógina da sociedade brasileira e as relações patriarcais que perpassam toda sua estrutura. Entretanto, é preciso avançar mais no sentido de que o sistema seja efetivamente cumprido com a punição aos partidos que não adotarem a regra efetivamente. O sistema de cotas para mulheres é um instrumento consagrado em diversos países.

Se desde 2003 vínhamos construindo no Brasil um projeto diferente e novo em nossa história, caminhando para a redução das desigualdades sociais com distribuição de renda, investimentos em saúde e educação, justiça social e importante e reconhecida projeção no cenário internacional, sofremos um duro revés em 2016. Precisamos analisá-lo com objetividade e cientificidade, tendo como horizonte a transformação revolucionária.

No ano de 2017, as entidades sindicais, os movimentos sociais, as frentes organizadas neste processo de enfrentamento e resistência e os partidos políticos comprometidos com um projeto democrático-popular, também estarão organizando os seus fóruns de debate em que precisamos estar presentes. Será nesses espaços e travando as lutas, que nós, mulheres e setores oprimidos e subalternizados conseguiremos organizar as bandeiras que vão sedimentar nossa unidade.

Em 2017, nós da UBM – União Brasileira de Mulheres - promoveremos o nosso congresso, no qual analisaremos, coletivamente, debatendo como este golpe parlamentar, jurídico, midiático e misógino, atingiu os direitos das mulheres. Definiremos os melhores caminhos para preservarmos as nossas conquistas e construirmos as novas vitórias. Os desafios estão postos.

Conclamamos as mulheres a se unirem nas bases da União Brasileira de Mulheres para que, juntas e unidas, possamos apontar diretrizes de atuação e lutas para a construção de uma sociedade menos desigual, mais justa e socialista.

* Lúcia Rincon é coordenadora nacional da União Brasileira de Mulheres/UBM/ e professora doutora da PUC de Goiás

Via - Portal Vermelho


Sete verdades sobre o conflito na Síria

Com a melhor das intenções e a maior inocência, muitos brasileiros com posições progressistas têm se deixado levar pelas informações deformadas sobre a situação na Síria que nos chegam por meio da mídia pró-imperialista.


Por Igor Fuser, no jornal Brasil de Fato:

A isso se soma a postura delirante de certos grupos de ultraesquerda que tomam partido, naquele conflito, exatamente do mesmo lado que os Estados Unidos, a Otan e os terroristas psicopatas do Estado Islâmico, espalhando pelas redes sociais, de forma acrítica, as versões dos propagandistas do Império. Uma polêmica se instala em setores da esquerda brasileira a partir de uma falsa questão: apoiar ou não o regime de Bashir Assad.

Em relação a isso é importante, antes de qualquer coisa, desconstruir a fraude maniqueísta veiculada pela mídia, que reduz um conflito extremamente complexo a um jogo de videogame onde se situam, de um lado, os “rebeldes” do bem, acompanhados dos civis indefesos que os apoiam, e do outro, os carniceiros do governo sírio, com seus russos desalmados.

Resumidamente, alguns pontos devem ficar claros, para que se entenda corretamente o que está acontecendo na Síria.

1. Não existe uma “revolução síria”. Se, no início, em 2011, havia forças políticas sinceramente interessadas em democratizar o país, elas há muito tempo desapareceram de cena, engolidas pelo que é na realidade uma rebelião étnico-religiosa, conservadora, de caráter islâmico fundamentalista.

2. Os EUA e seus aliados árabes (principalmente o Catar e a Arábia Saudita) são os grandes culpados, por terem armado, financiado e treinado os combatentes fundamentalistas, usados como bucha de canhão no plano de Washington (formulado alguns anos antes) de se livrar de Assad, último remanescente da velha onda de governantes árabes nacionalistas, tais como Kadafi na Líbia e Saddam Hussein no Iraque.

3. O regime de Assad é de fato uma ditadura (numa região onde é preciso procurar com uma lupa para encontrar, aqui e ali, algum fiapo de democracia), mas é um regime laico, tolerante em relação à diversidade étnico-religiosa do país, defensor dos direitos da mulher, e independente do ponto de vista geopolítico. Sua sobrevivência, no atual contexto, é a única garantia de manutenção da integridade política e territorial da Síria diante da estratégia imperialista de implodir e fracionar, sempre que possível, os Estados nacionais com potencial de se contrapor à hegemonia estadunidense, em qualquer região do mundo. É o que já fizeram na Iugoslávia, no Iraque, na Líbia.

4. Uma grande parcela da população síria (a maioria, talvez) está do lado de Assad, certamente não porque sinta amor por esse governante, mas porque a derrota dos fanáticos islâmicos é o único meio de pôr fim à carnificina e ao caos, restabelecendo um mínimo de paz.

5. A Rússia teve e tem um papel positivo no conflito, impedindo que – ao menos desta vez – os Estados Unidos usem diretamente a força militar para impor sua vontade no Oriente Médio. A derrota dos EUA na Síria favorece a perspectiva de um mundo multipolar, com mais espaço para os projetos de emancipação humana do que um império estadunidense.

6. A ampla maioria dos combatentes anti-Assad são ligados a organizações terroristas como a Al Qaeda e o Estado Islâmico – grupos incompatíveis com os valores da civilização universalmente aceitos, o que inclui não apenas a democracia e os direitos humanos, mas também a preservação do patrimônio histórico e cultural. Quem apoia os “rebeldes sírios" (muitos dos quais nem sírios são) endossa também a destruição, entre outras coisas, dos monumentos arquitetônicos de Palmira, um tesouro da humanidade.

7. As versões de que o exército sírio está massacrando civis nas áreas controladas pelos “rebeldes”, praticando genocídio e estupros em massa, são comprovadamente mentirosas e fazem parte de uma campanha da mídia pró-imperialista para deslegitimar qualquer acordo que inclua a permanência de Assad (ainda que se estabeleçam eleições gerais) e para respaldar uma intervenção militar da Otan e dos regimes árabes mais reacionários. Isso agravaria ainda mais o conflito e destruiria a Síria de uma vez por todas, tornando a tragédia humanitária infinitamente mais grave.

sábado, 24 de dezembro de 2016

GRAZIELI BERNUSSO – A BELA DA SEMANA


Se um dia a sorte fizer-te a graça de vê-la, seus olhos poderão contemplar uma beleza que está alem de qualquer palavra, oxalá que estando por aí, andando por alguma rua de Nova Londrina, subitamente você venha deparar-se com a maravilha pela qual a natureza faz reverência.

Sim, este alumbramento está em nossa cidade, a beleza inenarrável de uma flor que nasceu para despertar admiração. Não há pupilas que não se sintam gratas ao contemplar as pupilas dos olhos dela, ela é um coilírio natural, colírio vivificador que atende pelo nome de Grazieli.

Naturalmente bela e caprichosamente mulher, Grazi é um poema, uma dádiva pela qual, não só a visão, mas todos os sentidos sentem-se agraciados, somos afortunados uma vez que com ela dividimos o mesmo espaço geográfico.

Na incessante busca por estas belas, um dia nossos olhos depararam-se com a imagem de Grazieli Bernusso, desde então, estamos crentes de que toda a beleza personificou-se, materializou-se e tornou-se a flor mulher que agora estamos homenageando.

Impossível esquecermos Grazieli Bernusso quando o tema é a beleza feminina, no seleto grupo onde brilham as criaturas fascinantes, ela tem seu lugar de honra. Embora sejamos pequenos para falarmos de sua grandeza, jamais omitiremos a verdade, A bela que hora confiou-nos sua imagem merece nossos aplausos.

Nesta semana, esta vitrine que propaga a beleza feminina de nossa região é adornada com a formosura sem igual de Grazieli Bernusso, ela que por méritos próprios, pisa o pedestal daquelas que indiscutivelmente são apontadas como belas.

Prezados leitores, a beleza tem por nome Grazieli, ela é ponto de referência, ela é meta. Aquilo que uma infinidade de mulheres deseja ser, ela o é. Bela e fascinante, ela com naturalidade é capaz de despertar desmedida admiração aos olhos que a contemplam.

Não se admire se ao vê-la, você tenha viajado em devaneios, toda esta reação é motivada pela beleza poética contida na dona de olhos invejáveis provida de infindo encanto.

Apreciem leitores a imagem desta beldade, estejam certos que esta nova londrinense preenche todos os quesitos exigidos na avaliação onde se mede a beleza da mulher.

À ela nossa gratidão, nosso privilégio pela confiança e a certeza de que estamos grandemente orgulhosos por esta página ser ocupada por sua indizível imagem.

Ela é linda e por isso nos sete dias que seguem será atração principal deste espaço que testifica a mulher em sua beleza maior, um salve a seus olhos encantadores providos de fascinação, ela supera nossas definições, Grazieli Bernusso é a Bela da Semana.

*GRAZIELI BERNUSSO – Nova Londrina/PR – Filha de Cleide de Assis Bernusso e Edson Bernusso.

Temer anuncia reforma que põe fim à CLT e precariza trabalho

Aumento da jornada de trabalho para até 12 horas e fragilização de direitos como férias, garantidos na lei atual, e que passam a ser objeto de negociação. Estes pontos são a espinha dorsal da reforma trabalhista anunciada nesta quinta-feira (22) por Michel Temer e que será encaminhada ao Congresso Nacional. É o presente de grego do governo, que completa o pacote de retirada de direitos, que inclui a reforma da Previdência e a terceirização.


Por Railídia Carvalho

“A classe trabalhadora nunca esteve diante de tamanho cerco passado pouco mais de 70 anos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e consagrados os direitos da nossa Constituição. O que estamos vivendo a partir da instalação do governo de Michel Temer é um verdadeiro atentado contra a legislação trabalhista. Não podemos fazer coro com essas medidas do governo. E acho que o fato dele [ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira] ter citado as centrais não justifica querer vender que essa proposta teve anuência das centrais porque da CTB não teve”, declarou ao Portal Vermelho o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo.

O dirigente enfatizou que a reforma trabalhista apresentada hoje tem por objetivo flexibilizar direitos e conquistas históricas da classe trabalhadora. “O governo faz a opção de legislar em causa própria a partir das pressões que vem sofrendo do mercado. É lamentável que o governo eleja a redução do custo da mão de obra como elemento central quando sabemos que diante do desemprego reinante ela só vai beneficiar o rentismo. Não tem nada de moderno. O Brasil caminha para a instabilidade e as respostas de alteração da lei trabalhista caminham para a escravidão contemporânea”, indignou-se Adilson.

Não há novidade na reforma de Temer. As bases do texto abrem espaço para jornadas maiores e promovem a negociação de direitos assegurados pela CLT. O governo pretende dar “protagonismo” ao trabalhador que na mesa de negociação com o patrão poderá “escolher” as melhores condições para si. Em um cenário em que o trabalhador pode ser demitido, quem terá melhores condições de negociar?

“A correlação de forças é desfavorável e quem vai sofrer as consequências é a classe trabalhadora, que vai ter dificuldades na hora da negociação por medo de perder o emprego. Essa reforma é mais uma medida que vem na contramão do desejo da maioria. É tão indigesta. Não contribui em nada para geração e preservação de empregos. O governo insiste em uma lógica de beneficiar as empresas com medidas generosas enquanto penaliza o trabalhador. Eu não tenho procuração para negociar os direitos da classe trabalhadora”, enfatizou Adilson.

O diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz, que vê como ponto positivo a inclusão do representante sindical na reforma, considerou que isso pode ser uma medida sem efeito prático diante do cenário econômico de adversidade.

A volta do recesso parlamentar vai encontrar uma agenda de debates profundos: a atual proposta de reforma trabalhista vai se somar à instalação da comissão especial que vai dar o parecer sobre a reforma da Previdência e há ainda a possibilidade de retomada pelo Congresso do debate em torno do PLC que institui a terceirização para atividade-fim.

“Será um semestre onde serão debatidos três megaprojetos de impacto na vida sindical e trabalhista. As alterações estão sendo anunciadas em um contexto de crise econômica e fragilização do trabalhador. Discutir tudo isso em um contexto de adversidade ninguém tá querendo fazer bondade”, observou Clemente.

Via - Portal Vermelho


Lula é considerado o melhor presidente do Brasil, segundo Vox Populi

Mesmo com ataques diários da mídia tradicional, de setores conservadores nas redes sociais e com a perseguição judiciária, o ex-presidente Lula continua com os melhores índices de aprovação popular em comparação com outros presidentes da República ou possíveis candidatos ao Planalto em 2018. 


É o que aponta pesquisa realizada entre 10 e 14 de dezembro pelo instituto Vox Populi e divulgada nesta terça-feira (21) pela CUT.
Para 43% dos brasileiros, Lula é o melhor presidente que o Brasil teve. O tucano Fernando Henrique Cardoso foi escolhido por 13% e ficou em segundo lugar. Para a pergunta "quem você admira/gosta muito?", 33% dos entrevistados responderam Lula, enquanto 9% escolheram o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP). O senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu 8% das respostas.

Lula também lidera as intenções de voto no primeiro e no segundo turno das próximas eleições presidenciais, de acordo com o Vox Populi. Ele tem 31% das intenções de voto espontâneas (quando os nomes dos candidatos não são citados aos entrevistados), bem à frente de Aécio (5%), Marina (4%), FHC (3%) e Alckmin (2%).

Na estimulada, quando as opções de candidatos são apresentadas, Lula igualmente ganha de todos os possíveis adversários. Nas simulações de segundo turno ele recebeu 43% das intenções de voto contra Aécio (20%); 45% contra Alckmin (20%) e 42% contra Marina (21%).

Ainda segundo o instituto, 96% dos entrevistados responderam que ficaram sabendo que Lula foi indiciado na Lava Jato. Apesar disso, para 56% dos brasileiros, Lula fez mais coisas certas do que erradas.

A Pesquisa CUT/Vox Populi ouviu 2.500 pessoas com mais de 16 anos, em 168 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

Fonte: RBA


Proposta do governo Temer afronta o Direito do Trabalho

A CTB emitiu nesta quarta-feira (22) uma nota para denunciar o desmonte das leis trabalhistas proposto por Michel Temer. Os sindicalistas convocam a população para “a mais ampla mobilização popular em defesa dos direitos sociais, da democracia e da soberania nacional”.

Leia a nota na íntegra:


O governo Temer mente ao afirmar que seu projeto de mudança na legislação trabalhista concilia os interesses de patrões e empregados, foi amplamente debatido com representantes da sociedade e conta com o apoio das centrais sindicais brasileiras. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) vêm a público manifestar enérgica oposição às propostas em questão e expor os fundamentos de tal posição.

Em primeiro lugar, é preciso considerar que a pretexto de aperfeiçoar e perenizar a Política de Proteção ao Emprego (PPE) criado no governo Dilma, o governo biônico introduz o princípio da prevalência do negociado sobre o legislado. Restaura, com isto, o projeto de reforma trabalhista do governo FHC, arquivado pelo presidente Lula no início do seu primeiro mandato. Trata-se de uma séria ameaça contra direitos trabalhistas fundamentais, conquistados ao longo de séculos de luta, como a restrição da jornada de trabalho diária a 8 horas e férias de 30 dias, entre outros.

Neste sentido, já se fala abertamente que um dos objetivos é permitir o alongamento da jornada a 12 horas diárias. Outro é o fatiamento das férias ao longo do ano, o que deve se adequar naturalmente às flutuações cíclicas da produção em prejuízo do tempo livre dos trabalhadores e trabalhadoras. Será o domínio da lei da selva no mercado de trabalho, onde o mais forte é o capital.

Não somos contra a livre negociação, muito menos novas conquistas dela decorrentes, que nossa legislação trabalhista prevê e até estimula. Mas não é este o caso. O que a Lei proíbe é que seja negociado a redução de direitos, ou em outras palavras, acordos que ficam abaixo, e à margem, das garantias previstas na CLT. É com esta restrição que o patronato quer acabar para impor a Lei do Mercado sobre o Direito do Trabalho. É disto que se trata.

A representação sindical por empresas proposta pelo governo tampouco está em sintonia com os interesses da classe trabalhadora e do sindicalismo classista, abre brechas para a intervenção patronal e está longe de contribuir para a real organização por local de trabalho que advogamos.

O caráter de classe da proposta de reforma trabalhista é o mesmo da reforma previdenciária e da PEC do fim do mundo. Integram o projeto das classes dominantes, servem aos interesses do sistema financeiro e do empresariado e são frontalmente opostos aos interesses da classe trabalhadora e da nação brasileira. Um projeto de restauração neoliberal que foi reiteradamente derrotado nas urnas, carece de respaldo e legitimidade popular e provém de um governo biônico, sem voto, oriundo de um golpe de Estado travestido de impeachment.

Propugnamos a mais ampla mobilização popular em defesa dos direitos sociais, da democracia e da soberania nacional.

Adilson Araújo - presidente nacional da CTB.

Via - Portal Vermelho

Senado boliviano aprova criação de comissão da verdade

O Senado boliviano aprovou nesta quarta-feira (21) um projeto de lei que cria uma Comissão da Verdade para esclarecer os assassinatos, desaparecimentos, torturas, detenções arbitrárias e violência sexual perpetrados pelo Estado entre 4 de novembro de 1964 e 10 de outubro de 1982, quando o país esteve sob ditadura militar.


O projeto de lei já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 7 de dezembro e segue para ser promulgado pelo presidente boliviano, Evo Morales. Entre os governos cujos períodos serão examinados estão os de Hugo Banzer (1971-1978) e Luis García Meza (1980-1981).

Durante a ditadura de Banzer foi implementada a Operação Condor, colaboração entre ditaduras sul-americanas para exterminar militantes de esquerda no continente. Documentos diplomáticos do período entre 1966 e 1979 que perderam sigilo na Bolívia no fim de novembro atestaram que o governo Banzer utilizava seus consulados em Argentina, Peru e Uruguai para espionar exilados bolivianos, como parte da operação.

Segundo o projeto de lei, a comissão será formada por cinco pessoas, que não serão remuneradas por seu trabalho e que serão indicadas pelo presidente com base em sua imparcialidade, capacidade profissional, ética e compromisso com os direitos humanos. A seleção será feita de modo a promover a igualdade de gênero e a participação indígena nas investigações.

Os membros da comissão terão acesso a imóveis privados, inclusive ex-centros de detenção, e poderão convocar e receber o testemunho de vítimas e familiares de pessoas mortas ou desaparecidas, assim como de autores diretos ou indiretos de violações, por meio de entrevistas e audiências.

A comissão terá dois anos a partir de sua formação para realizar as investigações e apresentar os resultados ao governo e à população por meio de um relatório. A criação da Comissão da Verdade boliviana é uma demanda antiga da Associação de Familiares de Detidos e Desaparecidos, que exigem o esclarecimento dos crimes de agentes do Estado e do paradeiro de seus parentes.

Fonte: Opera Mundi
Via - Portal Vermelho


quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Ignácio de Loyola Brandão


Ignácio de Loyola Lopes Brandão nasceu em Araraquara - SP, no dia 31 de julho de 1936, dia de Santo Ignácio de Loyola, filho de Antônio Maria Brandão, contador, funcionário da Estrada de Ferro Araraquarense, e de Maria do Rosário Lopes Brandão. Foram, ao todo, cinco irmãos: Luiz Gonzaga (1933), Francisco de Assis (1934 - já falecido), Ignácio, José Maria (1946 - já falecido) e João Bosco (1953).

Inicia seus estudos na escola primária de D. Cristina Machado, em 1944, onde cursa o primeiro ano. No ano seguinte transfere-se para a escola da professora D. Lourdes de Carvalho.  Seu pai, que chegou a publicar histórias em jornais locais e que conseguiu formar uma biblioteca com mais de 500 volumes, o incentivou a ler desde que foi alfabetizado.  Fascinado por dicionários, chegou a trocar com seus colegas de classe palavras por bolinhas de gude e figurinhas. Mais tarde, esse fato acabou se transformando no conto "O menino que vendia palavras", primeiro a ser publicado pelo autor.

Em 1946, passa a estudar no Colégio Progresso de Araraquara. Participa de concurso de desenho patrocinado pelo Consulado da França com o tema "Como você vê a Paris libertada", sendo agraciado com os livros "Pinóquio" e "O barba azul".

Para cursar o ginásio, em 1948 ingressa no Colégio Estadual e Escola Normal Bento de Abreu, hoje Escola Estadual Bento de Abreu.  Nesse período escreve seu primeiro romance num caderno, com o título de "Dias de Glória", policial cuja ação se passa em Veneza.

Em 1955, inicia o curso científico, muito embora admita hoje que foi por engano. "Deveria ter me inscrito no clássico, mais apropriado para quem pretendia se dedicar a Humanas".

A Folha Ferroviária, semanário da cidade de Araraquara, publica no dia 16 de agosto de 1952 uma crítica do filme "Rodolfo Valentino", primeiro texto de Ignácio. Dias depois, o jornal Correio Popular daquela cidade a reproduz.

Dado o primeiro passo, o precoce escritor passa a escrever reportagens, críticas de cinema e entrevistas em outro diário de Araraquara, O Imparcial.  Nele aprende a arte da tipografia, lidando com composição com linotipo, clichê em zinco e paginação em chumbo. Em 1955 inaugura a primeira coluna social da cidade.

Se apaixona pelo cinema e participa, em 1953, das filmagens de "Aurora de uma cidade", semidocumentário dirigido por Wallace Leal. No ano seguinte funda o Clube de Cinema de Araraquara.

Concluído o curso científico, em 1956, muda-se para São Paulo e vai trabalhar no jornal Última Hora, tendo ali permanecido por nove anos.  Um fato interessante marca sua admissão.  Aguardando para ser entrevistado, ouve o chefe de reportagem perguntar quem sabia falar inglês, pois precisava de uma entrevista com o irmão do presidente do Estados Unidos, General Eisenhower, que se encontrava na cidade. Sem pestanejar o biografado disse "Eu sei". Fez a entrevista, com seu inglês capenga aprendido no ginásio e nos filmes que assistiu em Araraquara. Sua entrevista teve chamada de primeira página.  Como seu francês, também aprendido no ginásio, era bem melhor que o inglês, ganhou status de entrevistador de personalidades  internacionais.

Seu gosto pelo cinema permanece e, em 1961, participa como figurante de O Pagador de Promessas, dirigido por Anselmo Duarte, baseado em peça homônima de Dias Gomes, vencedor no Festival de Cannes em 1962.

No ano seguinte parte para a Itália, onde pretendia trabalhar como roteirista em Cinecittà. Para poder viver por lá, enquanto seu sonho não se realiza, manda reportagens para a Ultima Hora, faz sinopses de roteiros e faz coberturas — como a da morte do Papa João XXIII — para a TV Excelsior. Nessa época afirma que assistiu 53 vezes ao filme "Oito e meio" de Federico Fellini, o que, segundo admitiu, o influenciou na feitura do seu romance "Zero".

Na sua volta ao Brasil, começa a escrever o romance "Os imigrantes", com seu amigo araraquarense José Celso Martinez Correa. Nessa época Zé Celso dirigia a peça de grande sucesso, "Os pequenos burgueses", que Ignácioafirma ter assistido mais de 100 vezes. O romance, por não haver acordo quanto ao nome do personagem principal, não chegou a ser concluído.

Em 1965, usando de uma divulgação inovadora, lança seu primeiro livro: "Depois do sol" (contos).

No ano seguinte começa a trabalhar na revista Cláudia, como redator, chegando a redator chefe dois anos depois.

Em 1968, ocorre o lançamento de "Bebel que a cidade comeu", seu primeiro romance. O livro é adaptado para o cinema por Maurice Capovilla, com Rossana Ghessa no papel-título e roteiro do próprio Ignácio, Capovilla e Mário Chamie. O filme recebe o Prêmio Governador do Estado de São Paulo de "Melhor Roteiro Cinematográfico". Ainda nesse ano, o escritor recebe o Prêmio Especial do I Concurso Nacional de Contos do Paraná por "Pega ele, Silêncio", publicado posteriormente em "Os melhores contos do Brasil". Sua mãe falece, aos 60 anos.

Baseado em seu conto "Ascensão ao mundo de Annuska", publicado em "Depois do sol", Francisco Ramalho filma "Anuska, manequim e mulher", em 1969.

No ano seguinte, casa-se com a Maria Beatriz Braga, psicóloga, ligação que duraria até 1978. Trabalha nas revistas "Realidade" e em "Setenta".

Contratado para editar a versão brasileira de "Planeta", a primeira revista esotérica do Brasil, em 1972. Nasce seu primeiro filho, Daniel.

Desde 1960 Ignácio tinha na cabeça uma idéia surgida de um conto — sobre um grupo de amigos que vai a uma vila em busca de um garoto que teria música na barriga —  escrito para uma antologia de histórias urbanas organizada por Plínio Marcos para a Editora Senzala e que não chegaria a ser lançada. Escreveu, depois, diversas novelas paralelas a ela, ao mesmo tempo em que colecionava recortes de jornais, prospectos e anúncios.  Com isso, reuniu material que lhe permitia ter um retrato sem retoques do homem comum, vivendo numa cidade violenta e num clima ditatorial. Em 1974, escreve o romance, com 800 páginas iniciais, sob o título "A inauguração da morte".
Feita a primeira revisão, são cortadas 150 páginas. Entrega, então, o texto ao amigo e escritor Jorge de Andrade, que sugeriu novos cortes — acatados pelo autor. Jorge comenta o romance com Luciana Stegagno Picchio, que lecionava Literaturas Portuguesa e Brasileira na Universidade de Roma.  Luciana se interessa pelo texto, já com o título de "Zero" e, após lê-lo, encaminha o livro para a editora Feltrinelli, de Milão, que o publica em uma série intitulada "I Narratori", onde Ignácio fica na companhia do ilustre João Guimarães Rosa, único brasileiro até então publicado.

Em 1975, após o lançamento de "Zero" no Brasil, Ignácio participa de inúmeros encontros com seus leitores, debatendo sua obra e a situação do país. No primeiro encontro, realizado no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, ele contou com a presença de João Antônio, Wander Priolli, José Louzeiro, Antônio Torres e Juarez Barroso.

Em julho de 1976 "Zero" recebe o prêmio de "Melhor Ficção", concedido pela Fundação Cultural do Distrito Federal. Em novembro o livro é censurado pelo Ministério da Justiça e sua venda é proibida. Lança "Dentes ao sol" (romance) e "Cadeiras proibidas" (contos) e, em 1977, o infanto-juvenil "Cães danados".

Escreve "Cuba de Fidel: viagem à ilha proibida" (livro-reportagem), após participar, em 1978, do júri do Prêmio Casa de Las Américas.

"Zero" é liberado pela censura em 1979. Passa a viver com a jornalista Angela Rodrigues Alves, união que duraria até 1982. Deixa o jornalismo para se dedicar integralmente à literatura.

Nova York, Flórida, Georgetown, Albuquerque, Tucson, San Diego foram as cidades em cujas universidades o autor fez conferências, em 1980, a convide da Fundação Fullbright, dos EUA.

Em 1981, sai o romance "Não verás país nenhum".  Visita a Nicarágua por ocasião das comemorações do segundo aniversário da Revolução Sandinista.

"É gol" (narrativa-homenagem ao futebol) é lançado em 1982. A convite da Fundação Alemã de Intercâmbio Cultural, viaja em março para Berlim, onde permanece por dezesseis meses. Lá, publica "Oh-ja-ja-ja", uma seleta de seu diário berlinense, ainda inédito em português.

Voltando ao Brasil, em 1983, publica "Cabeças de segunda-feira" (contos).

Em 1984, lança "O verde violentou o muro", onde narra sua experiência alemã. O senador italiano Amintore Fanfani lhe entrega o Prêmio IILA, do Instituto Ítalo-Latino-Americano, pelo romance "Não verás país nenhum", publicado na Itália no ano anterior. Assume a vice-presidência da União Brasileira de Escritores, onde permanecerá até 1986.

Participa das Jornadas Literárias na cidade de Passo Fundo (RS), em 1985. Desde então, lá comparece a cada dois anos para participar do evento.  Lança o romance "O beijo não vem da boca".

Em 1986, volta a Berlim, como convidado especial, para participar dos festejos dos 750 anos da cidade. Participa de encontro sobre literatura brasileira promovido pela Universidade de Colônia, na Alemanha, ao lado de João Ubaldo Ribeiro e Haroldo de Campos. Casa-se com a arquiteta Márcia Gullo e participa, como figurante, de "No país dos tenentes", filme de João Batista de Andrade.

"O ganhador" (romance) e "O homem do furo na mão" (contos) são lançados em 1987. O primeiro receberia, no ano seguinte, os Prêmios Pedro Nava (da Academia Brasileira de Letras) e Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) na categoria "Melhor Romance". "Não verás país nenhum" é encenado no Teatro José de Alencar, em Fortaleza, sob a direção de Júlio Maciel.

Em 1988, lança o volume de contos e crônicas "A rua de nomes no ar". No ano seguinte, "Manifesto verde", que havia sido publicado em 1985 como brinde do Círculo do Livro, é lançado comercialmente.  Publica o álbum infanto-juvenil "O homem que espalhou o deserto".

Como diretor de redação da revista Vogue, Ignácio volta ao jornalismo, em 1990. Passa a escrever crônicas para o jornal Folha da Tarde.

"Zero", um espetáculo de dança realizado pelo Balé da Cidade, inspirado em seu romance homônimo, é apresentado no Teatro Municipal de São Paulo no ano de 1992. Vai à Zurique, na Suíça, onde participa de leituras de sua obra.

Em 1993, começa a escrever uma crônica no caderno "Cidades" de "O Estado de São Paulo" que, a partir de 2000, seria transferida para o "Caderno 2". Seu pai falece, aos 88 anos.

No ano de 1995 realiza três lançamentos: "O anjo do adeus" (romance), "Strip-tease de Gilda" (crônicas) e "O menino que não teve medo do medo" (infanto-juvenil).

Afligido por fortes tonturas, descobre existir um aneurisma cerebral. Submete-se, em maio de 1996, a uma bem-sucedida cirurgia, que dura onze horas.

Publica "Veia bailarina", em 1997, onde conta sua experiência como aneurisma. Em 15 de abril inaugura, no Instituto Moreira Salles de São Paulo, a série "O escritor por ele mesmo".

Em 1998, publica "Sonhando com o demônio", seu terceiro livro de crônicas. No ano seguinte é lançado "O homem que odiava a segunda-feira (contos).

Recebe o Prêmio Jabuti de "Melhor Livro de Contos", em 2000, por "O homem que odiava a segunda-feira".

Obras do autor:

Contos:
Depois do sol, Brasiliense, 1965
Pega ele, Silêncio, Símbolo, 1976
Cadeiras proibidas, Símbolo, 1976
Cabeças de segunda-feira, Codecri, 1983
O homem do furo na mão, Ática, 1987
O homem que odiava segunda-feira, Global, 1999
Romances:
Bebel que a cidade comeu, Brasiliense, 1968
Zero, Brasília/Rio, 1975
Dentes ao sol, Brasília/Rio, 1976
Não verás país nenhum, Codecri, 1981
O beijo não vem da boca, Global, 1985
O ganhador, Glogal, 1987
O anjo do adeus, Global, 1995
Infanto-juvenis:
Cães danados, Belo Horizonte Comunicações, 1977. Reescrito e publicado com o título "O menino que não teve medo do medo", Global, 1995.

O homem que espalhou o deserto, Ground, 1989
Viagens:
Cuba de Fidel: viagem à ilha proibida, Livraria Cultura, 1978
O verde violentou o muro, Global, 1984
Relatos autobiográficos:
Oh-ja-ja-ja (Diário de Berlim, inédito em português). Tradução de Henry Thorau. LCB, 1982

Veia bailarina, Global, 1997
Cartilha:
Manifesto verde, Círculo do Livro, 1985 e Ground, 1989
Crônicas:
A rua de nomes no ar, Círculo do Livro, 1988
Strip-tease de Gilda, Fundação Memorial da América Latina, 1995
Sonhando com o demônio, Mercado Aberto, 1998
Biografias:
Fleming, descobridor da penicilina, Ed. Três, 1973
Edison, o inventor da lâmpada, Ed. Três, 1973
Ignácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, Ed. Três, 1974
Antologia:
Os melhores contos de Ignácio de Loyola Brandão, organização de Deonísio da Silva, Global, 1994
Traduções:

Para o alemão:
Null (Zero), Suhrkamp, 1979
Kein land wie dieses (Não verás país nenhum), Suhrkamp, 1984
Para o coreano:
(Zero), Seto, 1990
Para o espanhol:
Cero (Zero), Galba, 1976

El hombre que espandió el desierto (O homem que espalhou o deserto), Global - México, 2000
Para o húngaro:
(Zero), JAK, 1990
Para o inglês:
Zero, Avon Books, 1983
And still the earth (Não verás país nenhum), Avon Books, 1984
Teeth under the sun (Dentes ao sol), Dalkey Archive Press, 2007
Para o italiano:
Zero, Feltrinelli, 1974
Non vedrai paese alcuno (Não verás país nenhum), Mondadori, 1983
Vietat le sedie (Cadeiras proibidas), Marietti, 1983
Adaptações:

Para o teatro:
Não verás país nenhum. Direção de Júlio Maciel, Fortaleza, Teatro José de Alencar, 1987 (baseado no romance homônimo)
Para o cinema:
Bebel, a garota-propaganda. Direção de Maurice Capovilla, 1986 (baseado no romance Bebel que a cidade comeu)

Anuska, manequim e mulher. Direção de Francisco Ramalho, 1969 (baseado no conto Ascensão ao mundo de Annuska").

Dados extraídos de livros do autor, da Internet e dos Cadernos de Literatura Brasileira, Instituto Moreira Salles, São Paulo

Via - ICAB