Em Liverpool, ex-presidenta fez um chamado à resistência
mundial pela liberdade de Lula e recebeu medalha de honra.
“Foi um golpe contra a igualdade social. Vou ser clara: Lula
é um prisioneiro político. É inocente, é o candidato legítimo", disse
Dilma / Foto: Ant Clausen
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No - Brasil de Fato
A ex-presidenta Dilma Rousseff denunciou, nesta quarta-feira
(20), em Liverpool, Inglaterra, o golpe de Estado no Brasil e a prisão de Luiz
Inácio Lula da Silva, caracterizados por ela como parte de um ataque mundial à
democracia.
A fala ocorreu no Congresso Mundial da UNI Global Union,
entidade sindical que representa mais de 20 milhões de trabalhadoras e
trabalhadoras do ramo de serviços.
“Os nossos adversários compreenderam que seríamos capazes de
ganhar as eleições desde que fossem livres e justas, e o programa de reforma
que executamos tinha apoio significativo. Eles querem corroer a democracia
brasileira”, disse Rousseff, que também fez um chamado à resistência global.
A ex-presidenta, que recebeu o Prêmio Liberdade da
organização sindical, disse que a perseguição sofrida por ela e Lula faz parte
de uma campanha difamatória que tenta acabar com a esquerda brasileira.
“Vou ser clara: Lula é um prisioneiro político. É inocente.
Para nós, é o candidato legítimo, então, porque haveríamos de o substituir?”,
disse. “Isto não é apenas sobre Lula. Lula representa uma ideia; simboliza a
esperança. Ele é o instrumento mais forte contra o golpe”.
Os mais de 2 mil líderes trabalhistas de todas a partes do
mundo presentes ao congresso se comprometeram a manifestar-se pela liberdade de
Lula em suas localidades.
“O presidente Lula tirou milhões de brasileiros da pobreza e
é, atualmente, vítima de perseguição política. O movimento trabalhista no
Brasil e de todo o mundo exige que a democracia e o Estado de Direito sejam
respeitados. Lula deve ser libertado”, disse Marcio Monzane, secretário
regional da UNI Américas.
Edição: Diego Sartorato