da aurora da minha vida
da minha infância querida
que os anos não trazem mais"
(Cassimiro de Abreu)
Muito embora quem tem saudade a tem todos os dias, 30 de janeiro é dedicado a esta sensação tão impregnada e presente em nossas almas e corações. O que é este sentimento no qual nós da língua portuguesa definimos saudade?
Os espanhóis a chamaram de añoranza (anhoranssa). Seja em qual idioma for, a saudade nada mais é que a dor na alma, no âmago, é um vazio, uma falta de algo ou alguém, é o lamento de uma solidão, daquilo que deixou de fazer parte da nossa vida ou do nosso cotidiano.
A saudade tem as suas graduações, há a saudade leve, aquela quase gostosa de se sentir, há aquela que fere, que arranca impiedosamente pedaços da alma ou do coração. Morre-se de saudade também, isto é fato, nos tempos da escravidão, por exemplo, muitos negros morriam de tristeza, tristeza tão extrema a qual chamavam banzo. Banzo nada mais era, que as saudades dos africanos de sua África distante querida e inesquecível.
Pois bem, 30 de Janeiro é o dia da saudade, saudade daquele amor que marcou pra sempre a sua vida, saudade dos tempos da infância, dos amigos que perdemos contato, saudades dos tempos da escola, da antiga casa, daquela cidade, saudades da avó, do avô, saudades dos que já morreram.
Quem é que nunca sentiu saudade? Você que sempre se pega pensando em algum momento do seu passado, você que relembra pessoas, tempos e acontecimentos remotos, você é um saudosista. Portanto, 30 de janeiro é o seu dia. Comemore, brinde à sua maneira a sua saudade. Afinal, saudade, quem é que não tem?
Salve o dia da saudade.
Aproveitando o ensejo, segue uma música com o saudoso Mazzaropi.
Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.
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