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domingo, 31 de outubro de 2010

Está eleita a primeira mulher presidente do Brasil.


O Brasil escreve uma nova página em sua história, com 56% dos votos validos Dilma Rousseff (PT) é a primeira mulher na história do Brasil eleita presidente da republica.
Dilma venceu em 16 estados do Brasil; Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia, Tocantins, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Amapá e Amazonas onde teve mais de 80% dos votos.

Já o candidato José Serra obteve em 11 estados seu favoritismo; Roraima, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso Sul, Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Espírito Santo.

A nova presidente da republica tem um grande compromisso com a nação que acredita na continuidade do belo trabalho do então presidente José Inácio Lula da Silva.

E Agora José?

Dem onde vem essa Mulher?

(Foto: Roberto Stuckert Filho)

500 anos esta noite

De onde vem essa mulher
que bate à nossa porta 500 anos depois?
Reconheço esse rosto estampado
...em pano e bandeiras e lhes digo:
vem da madrugada que acendemos
no coração da noite.

De onde vem essa mulher
que bate às portas do país dos patriarcas
em nome dos que estavam famintos
e agora têm pão e trabalho?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem dos rios subterrâneos da esperança,
que fecundaram o trigo e fermentaram o pão.

De onde vem essa mulher
que apedrejam, mas não se detém,
protegida pelas mãos aflitas dos pobres
que invadiram os espaços de mando?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem do lado esquerdo do peito.

Por minha boca de clamores e silêncios
ecoe a voz da geração insubmissa
para contar sob sol da praça
aos que nasceram e aos que nascerão
de onde vem essa mulher.
Que rosto tem, que sonhos traz?

Não me falte agora a palavra que retive
ou que iludiu a fúria dos carrascos
durante o tempo sombrio
que nos coube combater.
Filha do espanto e da indignação,
filha da liberdade e da coragem,
recortado o rosto e o riso como centelha:
metal e flor, madeira e memória.

No continente de esporas de prata
e rebenque,
o sonho dissolve a treva espessa,
recolhe os cambaus, a brutalidade, o pelourinho,
afasta a força que sufoca e silencia
séculos de alcova, estupro e tirania
e lança luz sobre o rosto dessa mulher
que bate às portas do nosso coração.

As mãos do metalúrgico,
as mãos da multidão inumerável
moldaram na doçura do barro
e no metal oculto dos sonhos
a vontade e a têmpera
para disputar o país.

Dilma se aparta da luz
que esculpiu seu rosto
ante os olhos da multidão
para disputar o país,
para governar o país.

(Pedro Tierra)
Brasília, 31 de outubro de 2010.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

EM DEFESA DA DEMOCRACIA

“A autoridade do líder é limitada pelo direito natural e pela liberdade dos liderados” Frade franciscano Guilherme de Ockham (1285-1347)

Por:Lincoln de Britto Santos .

As eleições presidenciais de 2010 foram marcadas pela tentativa da cristandade influenciar as decisões tomadas pelo Estado, questões polêmicas como o aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, foram os temas que as igrejas escolheram para apoiar ou criticar um candidato.
Em uma democracia, os direitos individuais devem ser preservados, afinal, todos são iguais perante a lei e o Estado. Sendo assim um Estado, que toma decisões sob a influência ideológica apenas de um grupo, obrigando os demais a viverem sob os princípios que não são os seus, isto quer dizer que, este Estado não agiu de forma democrática e sim ditatorial.
O mundo ocidental devido sua herança histórica, onde os poderes temporais e espirituais se mantiveram unidos por séculos, hoje tem dificuldades em tomar decisões políticas sem consultar as leis e dogmas proclamados pelas religiões, até mesmo os Estados Unidos da América, o país mais rico do mundo enfrenta esta realidade. Um exemplo foi à polêmica que causou a construção de uma mesquita em Nova York.
Ao longo do tempo, diversos foram os autores que criaram teorias que defendem a separação do poder temporal do religioso, em defesa dos direitos individuais, encontramos na Idade Média, um pensador vinculado à ordem franciscana, o inglês Guilherme de Ockham (1285-1347) um homem que enxergava muito além do seu tempo e que desenvolveu uma teoria em pleno esplendor do Cristianismo na Europa, defendendo a não influência do poder da Igreja nas decisões dos imperadores e reis. Guilherme era contra a ideia de que a o papa deveria confirmar a autoridade de um rei ou imperador, o frade inglês era a favor de que a igreja abandonasse a política mundana.
O que deveria legitimar um governo, segundo o frade, era a aceitação popular, e este governo deveria punir as injustiças e promover a defesa do bem comum.
Direitos individuais, o que isto significa? Guilherme explica que através da passagem bíblica encontrada no livro de São João 21.17, onde Cristo faz a Pedro, o primeiro papa o seguinte pedido: “Apascenta as minhas ovelhas”, isto é, protege, guarda, garanta eles a liberdade, portanto Pedro não recebeu a plenitude do poder e sim toda a sua autoridade tinha o propósito de defender o livre arbítrio, o direito de escolha e decisão, um direito dado ao homem por Deus. Assim podemos concluir que o poder religioso não pode se impor a nenhum indivíduo ou instituição, sua função é simplesmente estar em defesa do bem comum assim como o Estado.
Para a Cristandade o aborto e o casamento gay, são pecados, mas para quem não vive sob a esfera religiosa, isto é pecado? Com certeza não. Então como podemos impor algo a alguém que nem mesmo acredita que exista pecado, céu e inferno, como por exemplo, os ateus? Os ateus, os gays também não são cidadãos e não pagam seus impostos assim como os cristãos?
 Uma coisa que deveria ser entendida era de que a liberdade é a garantia de que teremos o direito de escolher ou não certas atitudes ou posicionamentos, a liberdade não significa que seremos obrigados a tomar qualquer tipo de atitude. Teremos o direito de realizar o aborto, mas não somos obrigados a realizá-lo, as escolhas devem ser feitas conforme os princípios e os valores de cada um, e é isto que a democracia procura garantir.

Professor Lincoln de Britto Santos, pós-graduado pela FAFIPA. 28.10.2010

Joelmir Betting: cinco razões para você votar em Dilma

Quer cinco razões elementares para votar em Dilma Rousseff — e não em José Serra — para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva? É simples. Veja este vídeo em que Joelmir Betting, em apenas 42 segundos e com muito didatismo, mostra o que era o Brasil da era FHC-Serra e o que é o Brasil do governo Lula-Dilma.

Por André Cintra

O jornalista da TV Bandeirantes e da Band News não é petista, nem comunista, nem sequer esquerdista. Tampouco usou seu espaço na TV para pedir voto explicitamente em Dilma — o que, para todos os efeitos, nem é necessário. Afinal, o comentário que ele levou ao ar na noite desta quarta-feira (27) é a tradução do ditado segundo o qual não podemos brigar com os fatos.

A quatro dias das eleições, Joelmir revela como a economia brasileira avançou nos últimos oito anos — de outubro de 2002 a outubro 2010 —, em cinco aspectos: taxa de inflação, valor do dólar, crescimento do PIB, índice de desemprego e risco-país. Com todo respeito à campanha Serra, é um massacre. Confira:




http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=6&id_noticia=140387

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Gracias Néstor.

“Gracias Néstor. Pusiste una Argentina de pie, sos un verdadero patriota. Te vamos a extrañar mucho”

(um dos muitos cartazes levados por populares que desde ontem já se aglomeravam nas imediações da Casa Rosada, levando flores e lágrimas pela morte do ex-presidente Nestor Kirchner).


Governo de Néstor Kirchner (2003/07) tirou a Argentina do cemitério econômico onde fora enterrada pelo neoliberalismo de Menem e Dela Rúa. A exemplo dos tucanos no Brasil, Menem privatizou amplamente o patrimonio publico argentino e terceirizou a própria moeda numa dolarização desastrosa. Ao deixar a Casa Rosada, em 1999, incluía em seu passivo uma taxa de desemprego de 20%, a classe média empobrecida, dívida externa explosiva e o parque fabril esfarelado pelo aventureirismo da moeda forte, que tornou impossível competir com as importações. Empossado em 2003, Kirchner não hesitou: suspendeu os pagamentos e renegociou a dívida externa em posição de força. Vitorioso nesse braço de ferro, recompôs o poder aquisitivo da população e devolveu a auto-estima aos argentinos ao colocar ditadores no banco dos réus. Hoje, a Argentina desfruta novamente de crédito internacional e a economia projeta um crescimento de 9% em 2010. Sucedido pela esposa, Cristina Kirchner, Néstor era tido como favorito para as eleições presidenciais de 2011. Sua morte deixa à viúva e valente Cristina a incontornável missão de buscar um novo mandato para impedir a volta da direita ao poder

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

CNT/Sensus: Dilma tem 58,6% e Serra 41,4% dos votos válidos

CLAUDIA ANDRADE
Direto de Brasília

Pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte e divulgada nesta quarta-feira (27) mostra a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, com 58,6% dos votos válidos contra 41,4% do tucano José Serra.
O levantamento mostra aumento da vantagem da petista em mais de 10 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, realizada nos dias 18 e 19 deste mês. Antes, Dilma tinha 52,8% dos votos válidos contra 47,2% de Serra: vantagem de 5,6 pontos percentuais. Agora, a diferença entre os dois chega a 17,2 pontos percentuais.
Os votos válidos desconsideram brancos e nulos, que somaram 4,7% dos 2 mil eleitores entrevistados entre os dias 23 e 25 e indecisos, que somaram 6,8%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Considerando-se os votos totais, Dilma tem 51,9% e Serra, 36,7%. Na pesquisa anterior, divulgada semana passada, a petista tinha 46,8% contra 41,8% do tucano.
Rejeição
O índice de rejeição à candidata petista que era de 35,2% na pesquisa anterior, caiu para 32,5%. Serra tinha rejeição de 39,8% e agora atinge 43%. Esta é a maior rejeição do candidato na pesquisa desde o início do processo eleitoral. Para o instituto, rejeições acima de 40% seriam indicativos de derrota do candidato.
Na análise do instituto Sensus, a troca mútua de acusações entre os candidatos faz o eleitor voltar seu interesse novamente para os aspectos econômicos, onde a petista levaria vantagem.
"Quando a desconstrução da imagem se equivale e deixa de ser moeda, os temas nacionais voltam a ter destaque", afirmou o coordenador do instituto, Ricardo Guedes.
"No fim do primeiro turno a questão emocional, de valores, aborto, fez o aspecto econômico perder força", completou Clésio Andrade, presidente da Confederação Nacional do Transporte.
O levantamento divulgado nesta quarta foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 37.609/2010.


O melhor de todos os jingles está de volta. agora é Dilma lá.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Reta final


Entramos na última semana da campanha eleitoral, as tensões se afloram e a cada volta do ponteiro no relógio, mais perto ficamos do esperado dia 31 de outubro de 2010, porém, os ataques se multiplicam, a elite exclusivista tenta a todo custo jogar areia na satisfação que milhões de brasileiros tem sobre o governo liderado pelo retirante nordestino com cara de povo e que fala a língua de uma gente que é o esteio sustentador desta nação.


Os pseudos sábios elitistas, menosprezam a opinião pública, dizem que são sem inteligência aqueles que pensam favoráveis a um sistema que ofereceu melhorias e aumentou a distribuição de rendas num país que não repartia com os pobres a dignidade garantida apenas para os ricos.
A grande verdade que eles querem esconder, é que determinados ricos, não suportam ver pobre se dando bem, estes contrários, abominam a idéia do pobre ter um lugar ao sol, e quando os pobres são beneficiados por um governo voltado a causa dos pobres, vem logo os ricos com o retrógrado e reacionário discurso de que pobre é vagabundo e que deixam de trabalhar para viver nas custas do bolsa família financiado pelos impostos que eles os ricos pagam.
Ora, vejam bem senhores, será mesmo que os pobres são vagabundos? Somente os ricos trabalham neste país? Viabilizar melhorias no cotidiano de pessoas fustigadas pelo sistema capitalista é fornecer esmolas?
É muito fácil julgar as pessoas sem conhecimento de causa, sem sentir na pele a marginalização que o sistema proporciona, é muito fácil minimizar o desespero alheio quando se conhece apenas na teoria o que é ser pobre.
O jogo de interesses é proporcional, a classe abastada tem que aprender que o pobre é sim portador de inteligência e que ele sabe muito bem o que é interessante aos seus anseios.
Por mais que as elites vociferem contra um sistema de distribuição de rendas, por mais que a mídia parcial aos interesses das elites busque anular a opinião pública, o público maior deste país inteligentemente sabe avaliar o que lhe foi bom e o que lhe foi ruim.
Enquanto os reacionários pintam o diabo em Lula e no seu governo, o povo rebate, com 82% de aprovação ao sistema adotado por Lula em seu governo.
É contraditório o discurso adverso ao atual sistema, na luta pela retomada do governo, eles prometem a continuidade do sistema atual, prometem até um décimo terceiro salário sobre o bolsa família, porém nos bastidores, eles criticam a forma que o atual governo usa de garantir ao pobre, programas de distribuição de rendas e de cunho social como luz para todos, minha casa minha vida e ProUni.
Não podemos cair no conto enganador, esta é a campanha mais suja que se tem notícia na disputa presidencial. Na fome feroz por tomar o poder para seus interesses exclusivos, a elite dissemina as formas mais desonestas possíveis para garantir votos, mentem descaradamente, caluniam, compram formadores de opinião como determinados líderes sacerdotais, sem contar com a influência de uma mídia não séria e que por trás de seus comandos há a tutela de pessoas inteiramente comprometidas com os interesses das elites.
Os ventos que sopram nesta reta final nos são favoráveis, o povo que eles julgam sem inteligência, não caiu nas lendas que eles contaram, episódios como os da bolinha de papel foram um fiasco e as pesquisas de intenção de voto dão boas notícias aos que preferem a continuação do que está dando certo, a sorte está do nosso lado. Esta é a última semana, falta pouco para o perigo do retrocesso deixar de ameaçar a nossa realidade, porém, é preciso muita cautela, pois os que são contrários aos interesses da maioria da população não sabem perder.
A jogatina imunda do vale tudo irá se multiplicar nesta última semana, é preciso não baixarmos a guarda, é necessário continuarmos na luta até a consumação das eleições que oxalá,  trará um resultado favorável e satisfatório aos interesses da classe mais populosa.
 Não podemos nos abalar, o segundo turno foi ameaçador, e colocou em risco as conquistas sociais que obtivemos nos últimos oito anos, porem, serviu também para que aprimorássemos nossas praticas de luta a favor de um governo máximo, o sábio ditado nos ensina que mares tranqüilos não fazem bons marinheiros, e o mar revolto deste segundo turno nos tem dado a qualidade dos bons timoneiros, germinado em nós a semente plantada em nossas mentes e corações pelos grandes líderes e mártires do bem comum, é neste ensejo que honramos a memória de Che, Zumbi e Antonio conselheiro, grandes vozes que falaram em nome dos oprimidos e contra as elites separatistas

A luta continua companheiros, que o próximo domingo possa ser marcado como o dia em que a verdade venceu a mentira, como dia em que os interesses das classes oprimidas prevaleceram sobre a mesquinhez das classes opressoras. Que assim seja.


Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.


sábado, 23 de outubro de 2010

Bolinha de Papel - João Gilberto.

Cenas que me lembram música. O teatrinho apresentado pelo político tucano nesta semana, me fez lembrar um clássico da MPB, Bolinha de papel, de João Gilberto, portanto, esta postagem eu dedico ao tio Serra.





sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Rir faz bem pra saúde.

O hábito de rir ultrapassa os limites da alegria, pois auxilia pessoas que apresentam quadros depressivos e síndrome do pânico. Segundo pesquisadores, a risada expande as artérias e o estresse mental as contrai.

Sendo assim, segue a melhor da semana sobre a política...


1- No dia 02 de Janeiro de 2011, um senhor idoso se aproximou do Palácio da Alvorada e, depois de atravessar a Praça dos Três Poderes, falou para o “Dragão da Independência” que montava guarda: Por favor, eu gostaria de entrar e me entrevistar com o Presidente Serra.

O soldado olhou para o homem e disse: Senhor, o Sr. Serra não é presidente e não mora aqui.

O homem disse: Está bem. E se foi.

2- No dia seguinte, o mesmo homem idoso se aproximou do Palácio da Alvorada e falou com o mesmo Dragão: Por favor, eu gostaria de entrar e me entrevistar com o Presidente Serra.

O soldado novamente disse: Senhor, como lhe falei ontem, o Sr Serra não é presidente e nem mora aqui.

O homem agradeceu e novamente se foi.

3- Dia 04 de janeiro ele voltou e se aproximou do Palácio Alvorada e falou com o mesmo guarda: Por favor, eu gostaria de entrar e me entrevistar com o Presidente Serra.

O soldado, compreensivelmente irritado, olhou para o homem e disse: Senhor, este é o terceiro dia seguido que o Senhor vem aqui e pede para falar com o Sr. Serra. Eu já lhe disse que ele não é presidente, nem mora aqui. O Senhor não entendeu?

O homem olhou para o soldado e disse: Sim, eu compreendi perfeitamente, MAS EU ADORO OUVIR ISSO!!!

O soldado, em posição de sentido, prestou uma vigorosa continência e disse: Até amanhã, Senhor!!!

Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA




Enquanto isso por aqui.

No fragor da campanha presidencial, enquanto nossas atenções se prendem com o desempenho dos gigantes da política nacional rumo ao palácio do planalto, os anões da política local se atracam dentro do quintal de casa e num emaranhado de sentimentos hostis um para com o outro, se tornam também o assunto da ordem do dia.
Desta vez, processos movidos por políticos da situação, contra políticos e pessoas da oposição, ameaçam mandato de vereador, um locutor de rádio e também funcionamento de emissora radiofônica.
Sabemos que os dois grupos que se alternam no poder andam a beira das vias de fato, basta acompanharmos as reuniões do legislativo no paço municipal e ouvirmos as entrevistas de ambos os políticos na imprensa local.
Tais comportamentos mostram um ambiente carregado, muito ódio e críticas ferozes tanto de um lado como de outro, percebe-se nisto tudo, muita questão pessoal, uma desunião maléfica onde o principal e direto prejudicado é o próprio município, o próprio povo. Enquanto eles se consomem em seus desafetos, o município não vê atendidas as suas carências.
É desesperador é lamentável, pois os dois grupos rivais e que constantemente se alternam no poder, possuem desgastes crônicos devido a essa desunião, discordância esta, que os deixam impotentes para solucionar problemas e para exterminar toda essa arenga prejudicial à sociedade novalondrinense.
Um município dividido contra si é incapaz de ir pra frente, ele se estagna, se retrocede se prejudica, e nós, povo, ficamos sem saída, sem perspectiva de melhora. O que se fazer? Pra onde correr se dois grupos de alternância não esquecem suas diferenças pessoais e partidárias?
Já que eles não se unem, cabe a nós nos unirmos, cabe a nós os principais lesados com tudo isso, criarmos um outro caminho, uma terceira via, onde não se tenha lugar para os rancores e os egoísmos de políticos eleitos e não eleitos.
Daqui a dois anos teremos eleições municipais, façamos nós a verdadeira mudança, somos um povo inteligente, capaz, sabemos de nossos anseios, conhecemos nossas dores e necessidades, se até hoje as duas únicas possibilidades não nos levaram adiante, vamos nós unidos, criar uma outra opção, comprometida com o bem do povo, com o bem comum, vamos dizer NÃO a tudo isso que estamos cansados de ver. Através da nossa união, temos a autoridade e a capacidade de eliminar toda esse descontentamento promovido pela mau querência dos dois grupos que se rivalizam a cada dia.

Estamos convictos de que mudar é preciso e vital. Pensemos nisso.

Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.




quinta-feira, 21 de outubro de 2010

"Emenda Serra", na constituinte, já tirou R$: 32 bilhões de ICMS do Paraná.


Nessa quinta-feira, José Serra vai pedir votos no Paraná, estado que ele mais prejudicou na Constituinte (ao lado do Rio de Janeiro e Espírito Santo).
Ele fez a "Emenda Serra", que tirou o ICMS da energia elétrica do estado produtor (Paraná) e passou para o estado que consome.
Já produziu um rombo estimado em R$32 bilhões aos cofres do Paraná.

Por Zé Augusto.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Artistas e intelectuais estão com Dilma.

Na noite do dia 18 de outubro, o Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, foi palco de uma grande festa. Mestres da literatura e da música, artistas e filósofos defenderam a candidatura de Dilma Rousseff (PT) e se posicionaram contra o retrocesso dos tucanos. Segundo o manifesto entregue no evento “é hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana”.

Nomes como do arquiteto Oscar Niemeyer, dos escritores Ziraldo e Fernando Morais, do ator e diretor Hugo Carvana, dos músicos Chico Buarque, Alcione, Margareth Menezes, Lecy Brandão, Beth Carvalho, do filósofo Leonardo Boff e do sociólogo Emir Sader, abrilhantaram a noite. A economista Maria da Conceição Tavares, o filósofo Frei Betto e a psicanalista Maria Rita Kehl não puderam comparecer, mas suas assinaturas estavam no manifesto. Outra ausência sentida foi a do cantor Zeca Pagodinho, que pediu para comunicar que também está com Dilma.

A adesão da classe à candidatura da petista foi tão grande que o sociólogo Emir Sader brincou: “Uma pena o Maracanã estar em reforma.”. Muitos dos presentes além de apoiarem a candidata fizeram questão de gravar declarações de apoio. Um deles foi o filósofo Leonardo Boff. Para ele “a esperança venceu o medo. Agora, a verdade vai vencer a mentira”. Veja o depoimento.




Fonte: http://bocaquefala.blogspot.com/

Pedro Tierra, Os filhos da Paixão.



No ato de artistas e intelectuais realizado ontem, no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, antes da fala da candidata Dilma Rousseff, foi lido o poema "Os filhos da paixão", de Pedro Tierra, sob silêncio absoluto. Um de seus trechos diz: “Queremos um país onde não se matem as crianças/ que escaparam do frio, da fome, da cola de sapateiro./ Onde os filhos da margem tenham direito à terra,/ ao trabalho, ao pão, ao canto, à dança,/ às histórias que povoam nossa imaginação, às raízes da nossa alegria”.

Os Filhos da Paixão


Nascemos num campo de futebol.
Haverá berço melhor para dar à luz uma estrela?
Aprendemos que os donos do país só nos ouviam
quando cessava o rumor da última máquina...
quando cantava o arame cortado da última cerca.
Carregamos no peito, cada um, batalhas incontáveis.
Somos a perigosa memória das lutas.
Projetamos a perigosa imagem do sonho.
Nada causa mais horror à ordem
do que homens e mulheres que sonham.
Nós sonhamos. E organizamos o sonho.
Nascemos negros, nordestinos, nisseis, índios,
mulheres, mulatas, meninas de todas as cores,
filhos, netos de italianos, alemães, árabes, judeus,
portugueses, espanhóis, poloneses, tantos...
Nascemos assim, desiguais, como todos os sonhos humanos.
Fomos batizados na pia, na água dos rios, nos terreiros.
Fomos, ao nascer, condenados a amar a diferença.
A amar os diferentes.
Viemos da margem.
Somos a anti-sinfonia
que estorna da estreita pauta da melodia.
Não cabemos dentro da moldura...
Somos dilacerados como todos os filhos da paixão.
Briguentos. Desaforados. Unidos. Livres:
como meninos de rua.
Quando o inimigo não fustiga
inventamos nossas próprias guerras.
Desenvolvemos um talento prodigioso para elas.
Com nossas mãos, sonhos, desavenças compomos um rosto de peão,
uma voz rouca de peão,
o desassombro dos peões para oferecer ao país,
para disputar o país.
Por sua boca dissemos na fábrica, nas praças, nos estádios
que este país não tem mais donos.
Em 84 viramos multidão, inundamos as ruas,
somamos nosso grito ao grito de todos,
depois gritamos sozinhos
e choramos a derrota sob nossas bandeiras.
88. Como aprender a governar,
a desenhar em cada passo, em cada gesto,
a cada dia a vida nova que nossa boca anunciou?
89. Encarnamos a tempestade.
Assombrados pela vertigem dos ventos que desatamos.
Venceu a solidez da mentira, do preconceito.
Três anos depois, pintamos a cara como tantos
e fomos pra rua com nossos filhos
inventar o arco-íris e a indignação.
Desta vez a fortaleza ruiu diante dos nossos olhos.
E só havia ratos depois dos muros.
A fortaleza agora está vazia
ou povoada de fantasmas.
O caminho que conduz a ela passa por muitos lugares.
Caravanas: pelas estradas empoeiradas,
pela esperança empoeirada do povo,
pelos mandacarus e juazeiros,
pelos seringais, pelas águas da Amazônia,
pelos parreirais e pelos pampas, pelos cerrados e pelos babaçuais,
mas sobretudo pela invencível alegria
que o rosto castigado da gente demonstra à sua passagem.
A revolução que acalentamos na juventude faltou.
A vida não. A vida não falta.
E não há nada mais revolucionário que a vida.
Fixa suas próprias regras.
Marca a hora e se põe de nós, incontornável.
Os filhos da margem têm os olhos postos sobre nós.
Eles sabem, nós sabemos que a vida não nos concederá outra oportunidade.
Hoje, temos uma cara. Uma voz. Bandeiras.
Temos sonhos organizados.
Queremos um país onde não se matem crianças
que escaparam do frio, da fome, da cola de sapateiro.
Onde os filhos da margem tenham direito à terra,
ao trabalho, ao pão, ao canto, à dança,
às histórias que povoam nossa imaginação,
às raízes da nossa alegria.
Aprendemos que a construção do Brasil
não será obra apenas de nossas mãos.
Nosso retrato futuro resultará
da desencontrada multiplicação
dos sonhos que desatamos. 


Pedro Tierra
1994


Fonte: http://saraiva13.blogspot.com/


terça-feira, 19 de outubro de 2010

A MESSE É GRANDE, MAS OS OPERÁRIOS SÃO POUCOS.

Por Lincoln de Britto Santos.

Mais uma vez o processo eleitoral brasileiro está sendo marcado pela mediocridade, onde partidos políticos e igrejas não estão economizando hipocrisia para chegar mais uma vez no seu objetivo final que é enganar e iludir o povo.
Um país que em pleno século XXI ainda passa por problemas absurdos como trabalho escravo, que ainda não resolveu o problema da água no nordeste, milhares de pessoas que não tem acesso a saneamento básico, a energia elétrica, que ainda convive com o analfabetismo não pode se dar ao luxo de reduzir seu processo eleitoral em duas discussões, em dar ou não o direito dos homossexuais legalizarem sua situação frente à lei, e tornar ou não legal o aborto.
Claro que são questões que a sociedade deve discutir, são temas polêmicos, mas o processo eleitoral não pode se prender apenas a essas duas questões, afinal o país precisa urgentemente de propostas para enfim resolver os diversos problemas que tanto afligem nossa população.
Tantos problemas de um lado e poucas propostas de outro, assim se resume a campanha eleitoral, partidos políticos que se acusam a todo o momento, dizendo que o fracasso que nação se encontra é graças ao partido x ou y, todos se acusam, todos trocam “alfinetadas” e o povo cada vez menos sabe quem é responsável por encaminhar o país a essa barbárie.
O PT acusa o PSDB de ser o responsável por todo o caos, já o PSDB diz que ao contrário. Quem diz a verdade? Eis o Mistério. Nunca saberemos de fato quem é o responsável, os dois partidos tiveram oito anos cada um para por fim as diversas deficiências que aleijam o Brasil. Vidas pessoais estão sendo expostas para melhor ofender e desmoralizar o adversário. Parecem apostar que partido tem mais corruptos e qual deles é mais desonesto, será Paulo Preto ou José Dirceu? Quem fez mais ou menos pelo Brasil durante os oito anos que cada partido teve para dirigi-lo?
E por fim vêm igrejas, tumultuando ainda mais o processo eleitoral na tentativa de impor seus dogmas e verdades ao Estado que perante a lei é laico. A religião mais uma vez usa da demagogia para tentar de novo passar a imagem de que está interessada em mudar o mundo, mas todos nós sabemos que quando teve a oportunidade pouco fez e ainda continua pouco fazendo em prol dessa causa.
Portanto, políticos e religiosos chega de discursos vazios e promessas, o povo tem sede de pão e justiça, o povo quer seus direitos, quer trabalhar, quer ter um teto, quer comer, quer se divertir, quer dar um futuro melhor aos seus filhos, quer cultura e educação, quer saúde, quer gente que faz, não mais quer gente que apenas discursa, portanto, chega de hipocrisia, e aos canditados eleitos e ao futuro presidente do país, mãos a obra.

Professor Lincoln de Britto Santos, pós-graduado em História pela Fafipa-Paranavaí. 18.10.2010

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Os falsos profetas.



“Acautelai-vos, porém dos falsos profetas, que vem até vós vestidos como ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores”.

Esta citação é bíblica, e atribuída a Jesus no evangelho de Mateus capítulo 7 e versículo 15.

Nesta passagem, Cristo nos adverte para sermos cautelosos, para não cairmos no conto enganoso dos falsos profetas que se mostram dóceis como as ovelhas, porém mortíferos como os lobos famintos, os corações destes transbordam em mácula e em vez do bem, semeiam o mal.

O atual momento histórico do nosso país está servindo para o levante desses falsos profetas, eles estão saindo como ratos, das mais diversas locas do submundo de igrejas onde homens ao invés de se comprometerem com os princípios cristãos, andam se mesclando ao jogo mais fétido e desgraçado da política.

Nesta campanha eleitoral, os falsos profetas nos vêm vestidos em batinas ou ternos e gravatas, usando o nome de Deus para promoções eleitoreiras, para o benefício deste candidato e a maldição daquela. Neste ato eles manipulam, eles roubam as consciências de seus rebanhos e lhes confiscam a paz de seus espíritos, neste jogo sujo e explicitamente carnal, os falsos profetas usurpam, se apoderam da mente de suas ovelhas para usar-lhes em benefício de seus próprios interesses.

Atentai-vos ovelhas de Cristo, o inimigo está em derredor, lembrai-vos o exemplo dos sepulcros caiados, em seu interior há somente imundícia, norteemo-nos em Cristo, é impossível servirmos a Deus e ao dinheiro. Os lobos injuriam e perseguem, de suas bocas provém benção e maldição.

A bíblia é franca, por ela Cristo nos foi claro ele não os conhecerá, pois são falsos e seus comprometimentos não são com as coisas do céu. Fujamos deles.

Cristo primou pelo amor e não pelo ódio, os verdadeiros profetas servem a Deus e não aos homens, os falsos profetas esqueceram-se da bíblia, abandonaram a causa de Cristo, não podemos nos deixar levar pelos enganadores, estas manifestações, prenunciam o início do tempo do fim.

Porém, nós, mortais, ovelhas ou criaturas, não devemos ouvir esses enganadores que vociferam em seus púlpitos maldições que só seriam evitadas se nós seguirmos as suas vontades, os profetas verdadeiros não são ditadores, não nos fornecem regras para beneficiar ou prejudicar políticos, não somos seus escravos, não estamos no Egito dos faraós.

Se há promessas a se cumprir, elas se cumprirão, independentes de quem governe as nações do mundo, não deixem que o ladrão roube nossas consciências.

Não há com o que se preocupar, o Cristo ressureto nos ensinou:
“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.”JOÃO 16:33.

Que assim seja, e que nos dêem o direito de votar sem medo e sem ódio.



Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.



Vereador de São Paulo Gabriel Chalita defende os professores pelo descaso e desrespeito do governo Serra.

sábado, 16 de outubro de 2010

Com PSDB em SP, dia do professor é lembrado com indignação.


No Dia dos Professores, a paixão pela tarefa de ensinar vem acompanhada de intensa indignação pela desvalorização do Magistério. Afinal, na rede estadual de ensino de São Paulo, uma das maiores do mundo, quase a metade dos 278 mil professores ainda é admitida em caráter temporário.

De janeiro a julho deste ano, 19.500 foram afastados com depressão e estresse. A progressão continuada alastrou o analfabetismo funcional na rede, aumentando ainda mais a frustração dos professores por não conseguirem sucesso em sua tarefa de ensinar.

Dois fatos acentuaram a crise no setor em 2010. O Estado de São Paulo caiu 4 posições no ranking salarial dos docentes, o que significa que os professores paulistas têm o 14º pior salário do Brasil, atrás inclusive de estados mais pobres. Em greve, a categoria foi recebida no Palácio dos Bandeirantes, em março, com Tropa de Choque, bombas de gás, spray de pimenta e cassetetes.

A greve durou quase um mês e o então governador José Serra não acenou com nenhuma proposta que minimizasse o arrocho salarial. A nova fórmula de cálculo dos salários, baseada em supostos méritos individuais, reserva reajuste para apenas 20% dos melhores avaliados em uma prova.

Além dos salários miseráveis, os professores paulistas estão há dez anos sem receber reajuste do tíquete-refeição, que é de R$ 4,00.

Sem carreira, estabilidade ou perspectiva de progresso profissional, o Magistério paulista enfrenta diariamente outros fantasmas, como a violência escolar, a falta de estrutura e a ausência de um projeto pedagógico.

Livros e revistas enviados às escolas estaduais durante o governo de José Serra ficaram famosos pelos erros grotescos, como um mapa com dois Paraguais, e conteúdos inadequados para a idade dos estudantes.

Dinheiro para a mídia

A Secretaria de Educação de São Paulo transformou a educação em um rentável negócio editorial. Através da Fundação Para o Desenvolvimento da Educação, a Secretaria comprou apostilas, livros e revistas sem licitação e, muitas vezes, sem critério pedagógico.

Segundo o Blog NaMaria News, “desde 2004, o governo tucano gastou cerca de R$ 250 milhões com a compra de publicações dos Grupos Abril, Folha, Estadão, Globo/Fundação Roberto Marinho.”.

Muitas das publicações adquiridas têm caráter pedagógico duvidoso. A Secretaria comprou, por exemplo, revistinhas da Turma da Mônica e do Cascão para distribuir nas escolas, por quase R$ 27 milhões. Com a Editora Abril, a Secretaria gastou aproximadamente R$ 18 milhões só com lotes da Revista Recreio.

A Bancada do PT na Assembleia Legislativa já apresentou inúmeros pedidos de informação sobre as compras sem licitação realizadas pela Secretaria da Educação, que também estão sendo investigadas pelo Ministério Público Estadual.

Apesar dos projetos focados na leitura, como o Ler e Escrever e o Sala de Leitura, a maioria das 5 mil escolas estaduais não têm bibliotecas e, mesmo as salas de leitura existentes são despreparadas para incentivar o hábito da leitura nos estudantes.

Sem apresentar soluções para o Magistério, torna-se impossível atrair os melhores alunos para a carreira e resolver problemas como a evasão, o déficit de aprendizagem dos estudantes e resgatar o papel transformador da Educação.

Fonte: PTAlesp

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Segundo Turno: Luz versus trevas.

A campanha de Serra mudou o símbolo do PSDB: o tucano foi tangido para longe e em seu lugar entra um corvo, desses de cemitério. O candidato foi buscar reforço abrindo as tampas das tumbas do obscurantismo.



por Adalberto Monteiro*

Serra patrocina o re-surgimento de abordagens e personagens já superadas pela democracia brasileira. A TFP (Tradição, Família e Propriedade) com a indumentária fedendo a mofo infesta blogs e avenidas. Guetos fundamentalistas panfletam suas bulas. O tema do aborto é criminosamente banalizado. A religiosidade do povo é manipulada para fins eleitoreiros.

“Trevas, volver” é a palavra de ordem da oposição neoliberal. Os inquisidores de Serra fazem rondas, empreendem implacável caçada aos hereges. Um deles pergunta para Dilma numa coletiva: “A senhora é homossexual?”. Serra, em riba de um caminhão, em Goiânia, ergue e beija um crucifixo. A senhora, esposa dele, diz que Dilma quer “matar criancinhas.” Sua campanha espalha a mentira e insufla a homofobia. Seu braço midiático cultiva a peste do preconceito. Estampam manchetes que somente os nordestinos e os pobres estão com Dilma. Acaso, não são brasileiros?

Mesmo realizando uma campanha desse naipe proclama que somente ele pode unir o Brasil. Muito ao contrário. O preconceito, o ódio, o obscurantismo - ingredientes da desagregação - jamais serão o cimento da união. A unidade nacional é um bem caro ao Brasil. Foi forjada num processo histórico prolongado e contraditório. É com base nessa unidade que, no presente, o governo do presidente Lula deu passos importantes para superar as desigualdades e deformações de nossa sociedade.

A campanha de Serra destila ácido corrosivo para minar a união do povo brasileiro. Católicos, evangélicos, espíritas, budistas, mulçumanos, judeus, praticantes das religiões afro-brasileiras, agnósticos, ateus, entre todos amplamente predomina a tolerância religiosa e todos valorizam o nosso Estado Laico compromissado com a liberdade religiosa. Liberdade religiosa lavrada pela Constituinte de 1946, por iniciativa do escritor Jorge Amado, então membro da bancada do Partido Comunista do Brasil.

Serra abriu as tumbas do obscurantismo e sabe que o reacionarismo que delas emergiu é incontrolável. Essas “criaturas”, caso ele vença, vão cobrar as duplicatas. Serra se autointitula “candidato do bem”, mas zelou um pacto com que há demais atrasado na sociedade brasileira. Tergiversa. Diz que não tem nada a ver com isso. Bota fogo na floresta e depois culpa a própria floresta. É um “pactuado” tal e qual Riobaldo de Grande Sertão, Veredas.

Obterá a vitória depois de ter vendido a alma?

As forças da luz, do desenvolvimento, do progresso social, da democracia, da liberdade, da tolerância, do sonho, do respeito ao outro deitaram raízes muito profundas no chão deste país continental. As gerações que nos precederam e nos formaram sofreram em demasia com o ódio, o autoritarismo, o preconceito que a campanha de Serra, hoje, acolhe e fermenta.

A luz vencerá as trevas. Mas, para isso, cada brasileiro, cada brasileira, verdadeiramente do bem, tem de sair às ruas com sua tocha acesa. E essa tocha é a bandeira de Dilma presidente.

Às ruas, ao bom combate cidadãos, cidadãs!
...

*Jornalista e escritor. É presidente da Fundação Maurício Grabois e editor da revista Princípios

Hasta Siempre Che Guevara.



Composição de Carlos Puebla.


Aprendimos a quererte
Desde la histórica altura
Donde el sol de tu bravura
Le puso un cerco a la muerte.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Tu mano gloriosa y fuerte
Sobre la historia dispara
Cuando todo santa clara
Se despierta para verte.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Vienes quemando la brisa
Con soles de primavera
Para plantar la bandera
Con la luz de tu sonrisa.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Tu amor revolucionario
Te conduce a nueva empresa
Donde esperan la firmeza
De tu brazo libertario.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Seguiremos adelante
Como junto a ti seguimos
Y con Fidel te decimos:
Hasta siempre comandante.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Há dois caminhos.


A decisão é unicamente nossa. Certo?
Errado.

Dependeria de nós a livre decisão se não houvesse por trás de todo este processo ao qual estamos inseridos, os interesses de classes abastadas. Não fosse o jogo sujo daqueles que não comungam com os princípios sociais da partilha para o bem comum. Aí sim a escolha seria unicamente nossa.

Se o jogo fosse limpo não haveria os roubos das consciências, e são os exclusivistas, os que se autodenominam elites neste mundo dividido em classes, quem criam o medo e o terror naqueles que sempre foram vítimas dos desmandos e do egoísmo das classes que promovem a distância entre o pobre e o rico.

Numa sociedade influenciável e supersticiosa, os manipuladores das mentes humanas buscam a qualquer maneira, propagar o terror no imaginário de uma população desprovida de bens materiais, mas acima de tudo, desprovida da autodefesa de sua dignidade e de seus princípios.

É exatamente por isso que vemos muitos dos beneficiados diretos dos programas de distribuição de rendas do atual governo voltando suas costas para o mesmo. Eles são vítimas da coação, da deslealdade e dos interesses de uma camada social que se nutre da dignidade alheia.

Aqueles tantos milhares carentes da autodefesa, não estão imunes ao vírus que afetam suas consciências, vírus este disseminado pelos parasitas do bem estar social, através de boatos, de calúnias e difamações,  eles  amedrontam os indefesos e excluídos de um sistema que os usam como escada, sistema este, idealizado exatamente por aqueles que querem desfrutar sozinhos os benefícios que uma qualidade de vida oferece.

É necessário acordarmos para não acatarmos aos interesses dos excludentes, os muitos excluídos do sistema, não tem controle de sua própria maneira de pensar e neste caso, o perigo é gigantesco, pois não são eles quem estão fazendo a escolha, e sim uma classe dominante, escolhendo por eles para o benefício não dos excluídos, porém, para o deleite dos que promovem a exclusão.

Que a esperança continue vencendo o medo. Que caia por terra a ameaça do retrocesso.

Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.




quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Caso Paulo Preto, o homem bomba do PSDB

José Serra: “Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factóide criado para que vocês (imprensa) fiquem perguntando". Serra disse ainda que não iria gastar horas de um debate nacional discutindo "bobagens". (Portal Terra)

Serra e Paulo Preto (à esquerda, segurando um exemplar de jornal)




Serra ataca jornalista, é proibido falar em Paulo Preto com o Tucano:





O candidato José Serra, visivelmente descontrolado, agrediu verbalmente a imprensa que cobria seu encontro com o candidato derrotado ao governo do RS pelo PMDB José Fogaça. A ira de Serra se voltou especialmente contra o jornalista Sérgio Bueno do Jornal Valor Econômico, que insistiu em saber o motivo de Serra inicialmente negar conhecer Paulo Preto.


Não fosse Paulo Preto de fato o homem bomba da candidatura tucana, Serra não ficaria tão exaltado, ao ponto de dizer que a imprensa estava criando matéria para o PT apresentar em seu programa eleitoral.


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