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quarta-feira, 31 de março de 2021

Cobiçando as cangaceiras

 

Sendo as cangaceiras moças bonitas, fatalmente foram alvos das mais secretas cobiças:


Das cangaceiras o que quero

Digo sem titubeá

Quero carinho de Dulce

A formosura de Lídia

E os afagos de Dadá

 

Os sussurros das Marias

Do capitão e Pancada

As confissões de Aristéia

Os desejos de Quitéria

Sendo minha namorada

 

Quero também neste ensejo

Durvinha na verde idade

O sorriso de Inacinha

Ouvir histórias de Sila

E as queixas de Adelaide

 

O xamêgo de Verônica

Carícias de Rosalina

O flerte de Mariquinha

De Nóca e também Zefinha

De Neném além do ouro,

A meiguice de menina...

 

Mas, vejam bem meus leitores

Esse verso derradêro

Eu assumo o compromisso

Das meninas digo isso

Porque seus cabra morrêro.


Mateus Brandão de Souza


terça-feira, 30 de março de 2021

Homenagem a Itaúna do Sul

 


Um pedacinho da pátria

No estado do Paraná

Guarda a paz que eu preciso

Um recanto, um paraíso

Sinto saudades de lá

 

Saudade daquele verde

Mocidade, a vez primeira

Me lembro o primeiro beijo

Recordo pois, neste ensejo

A praça e a bandeira

 

Revivo em minha memória

As belas noites de lua

São mimos da natureza

Noite alta e a pureza

Que haviam naquelas ruas

 

Recordo a terra querida

Verdes tempos, vida azul

Troco meu tempo presente

Para eu ter novamente

Minha Itaúna do Sul...


Mateus Brandão de Souza

segunda-feira, 29 de março de 2021

Marilena terra querida

 

Sei que no mapa existe

Lugares que valem a pena

Formosuras naturais

Famosos cartões postais

Rincões de beleza plena


Porém, cá com meus botões,

Vivo a pensar nesta cena

Doce água destes rios

Paraná Paranapanema

 

Eu tenho um tanto de dó

Piedade ou até pena

De quem diz conhecer o mundo

Serra, planície e mar profundo

Mas, não conhece Marilena...



Mateus Brandão de Souza

quinta-feira, 25 de março de 2021

Direito ao aborto: o Brasil como farol do fundamentalismo e do atraso

 


País quer extirpar, de documento oficial da ONU, qualquer menção a “direitos sexuais e reprodutivos.”

Por Ricardo Abramovay

No Portal Vermelho

Confirmando o fanatismo ideológico que hoje orienta suas decisões governamentais, o Brasil juntou-se à Hungria, à Polônia e a alguns países do Oriente Médio negando-se a endossar o documento da Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, lançado no dia 8 de março, que fala em direitos das mulheres. O argumento é a oposição de nossos representantes à expressão “direitos sexuais e reprodutivos”.

Como mostra reportagem de Jamil Chade, formou-se um grupo de países ultraconservadores, autodenominados “Consenso de Genebra”, que se propõe a bloquear qualquer referência à saúde sexual e reprodutiva em documentos internacionais. Mais que isso: uma vez que o governo Biden rompeu com as políticas que inspiravam o cínico moralismo obscurantista, que via nos “direitos sexuais e reprodutivos” o elogio à pedofilia e ao aborto, o Brasil é que está assumindo a vergonhosa posição de líder neste macabro pacto do atraso.

O perigo da posição brasileira é duplo. Em primeiro lugar, porque nega o elemento mais importante para que as pessoas possam tomar decisões com base em sua autonomia e sua responsabilidade: a informação. E a informação de qualidade quanto à saúde reprodutiva e sexual das mulheres supõe não apenas profissionais qualificados para divulgá-la, nas escolas e nas comunidades, mas também uma estrutura de atendimento à saúde que só pode ser um serviço público. Por isso, como insiste antropóloga Débora Diniz, “a laicidade importa para as políticas de saúde”.

Cultivar o medo da informação sobre a saúde reprodutiva e sexual das pessoas converteu-se em tática política. A principal razão para isso está no empenho em que um assunto de evidente interesse público seja transformado em um tema que se confina aos limites da vida privada ou, no máximo, da comunidade religiosa. É claro que nem sempre as comunidades religiosas compactuam com o obscurantismo — e não são poucas as que a ele se opõem.

Mas negar o direito à informação e aos serviços que garantem a saúde reprodutiva e sexual das mulheres é uma forma de restringir sua capacidade em tomar decisões. É contrapor o que diz a ciência, a técnica médica e o valor universal da dignidade e dos direitos humanos a soluções particulares, correspondentes a crenças localizadas e pertencentes a certos grupos.

Com isso, a autonomia da mulher é amputada e substituída por sua obediência ao comando dos que controlam a informação e ditam o que ela pode ou não fazer. Em vez de a jovem estar preparada para lidar com uma gravidez indesejada, com o assédio ou com uma doença sexualmente transmissível, o fanatismo prefere negar a existência da sexualidade e fazer desta negação uma ineficiente virtude.

A marca central do fanatismo é o esforço permanente em substituir a esfera pública — regida por leis e que contemplam não só a vontade imediata da maioria, mas o direito das minorias — pelas soluções particulares, privadas. Isso não se aplica apenas aos direitos reprodutivos e sexuais das mulheres, mas também à segurança pública (onde o cidadão substitui o poder público como protagonista de sua própria defesa), à educação (domiciliar, de preferência) e, no limite, às regras que regem a convivência das pessoas nos territórios onde vivem. O resultado é uma exacerbação de poderes locais exercidos fora da ambição universalista contida na própria ideia de lei e de Constituição.

Em última análise, o que está em jogo na negação do acesso universal a direitos sexuais e reprodutivos resume-se a uma palavra: poder. Trata-se, ao negar o acesso aos meios que permitem à jovem e à mulher adulta os meios de planejar sua vida sexual e reprodutiva, de deixar claro que há instâncias privadas que dominam sua existência e lhe dizem (a partir de uma lógica sempre particularista e local, embutida, muitas vezes, em argumentação de autoridade religiosa) como ela deve se comportar.

Mas além de exprimir a inspiração antidemocrática — ou seja, avessa às mais importantes conquistas civilizatórias contemporâneas, a começar pelos Direitos Humanos — do atual governo brasileiro, o Consenso de Genebra é um obstáculo aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e uma ameaça à prosperidade coletiva. Isso tem a ver com a demografia.

É verdade que, globalmente, o mundo reduziu muito sua taxa de fecundidade. Mas esta conquista está longe de ser homogênea. Nos países da África ao Sul do Sahara, por exemplo, a previsão é de um crescimento demográfico importante. Os dois ou três bilhões de habitantes, além dos quase oito bilhões atuais, que povoarão o Planeta em 2100, virão quase todos eles dos países mais pobres do mundo.

Mas este crescimento populacional poderia ser muito menor se as pessoas tivessem acesso aos meios de planejar sua vida sexual e reprodutiva. E este planejamento depende, entre outros fatores, do acesso a serviços públicos de saúde que garantam meios seguros de contracepção. Não é a ignorância a necessidade ou a falta de informação que, nos dias de hoje, explica a existência de famílias tão numerosas nos locais mais pobres do planeta. É a falta de acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva.

O importante e respeitado relatório do Instituto Guttmacher mostra que, em 2019, nada menos que 218 milhões de mulheres em idade reprodutiva (15 a 49 anos) dos países de renda baixa e média, não tinham acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva. Metade das gravidezes destes países (onde está a esmagadora maioria dos nascimentos) foi indesejada. Só entre as adolescentes dos países de renda baixa e média, são 21 milhões de gravidezes ao ano, metade das quais indesejadas. O acesso das adolescentes a meios de contracepção é muito menor que o das mulheres adultas.

Direitos sexuais e reprodutivos são, hoje, um componente essencial da dignidade humana. Ao mesmo tempo, seu exercício é um dos vetores importantes para a eliminação da pobreza e a redução das desigualdades. Substituir este direito por regras particulares e privadas de comportamento, sem qualquer apoio em ciência e em técnicas terapêuticas consagradas não é apenas um erro: é um projeto de exercício de poder, que passa pela destruição da democracia,

dos Direitos Humanos, dos serviços públicos e da informação de qualidade. É o caminho escolhido pelos fanáticos que ocupam hoje o Palácio do Planalto e a Esplanada dos Ministérios.

Publicado originalmente no TAB

quarta-feira, 24 de março de 2021

Maranhão fecha contrato para obter 4,5 milhões de doses da Sputnik V

 

Negociação para a compra das doses foi iniciada no ano passado (Foto: Divulgação)


O imunizante, produzido pelo laboratório Gamaleya, possui eficácia de 91,6%, conforme dados publicados em revistas científicas internacionais.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) assinou, na manhã desta quarta-feira (17), o contrato com o Fundo Soberano Russo (RDIF) que autoriza a aquisição de 4,582 milhões de doses da vacina russa Sputnik V, para o combate ao coronavírus. O imunizante, produzido pelo laboratório Gamaleya, possui eficácia de 91,6%, conforme dados publicados em revistas científicas internacionais.

“A Sputnik está sendo utilizada em mais de 40 países. É certificada e autorizada por várias agências sanitárias do mundo e, por isso, consideramos que é um caminho a mais para nós podermos cumprir esse objetivo fundamental, para proteger a vida, a saúde, a economia e os empregos. Garantir que além da prevenção, além da assistência hospitalar, nós tenhamos o avanço da vacinação”, garantiu o governador Flávio Dino.

A negociação para a compra das doses foi iniciada no ano passado, por meio do Consórcio Nordeste, mas o contrato é assinado pelos estados, diretamente. Ao todo, serão 37 milhões de doses adquiridas pelos estados, que pretendem repassar as vacinas ao Plano Nacional de Imunização (PNI), coordenado pelo Ministério da Saúde.

“Hoje assinei o contrato para compra de vacinas Sputnik V, relativo ao estado do Maranhão, por conta dessa compra que foi efetuada em parceria com outros estados. Isso é muito mais do que já recebemos até o presente momento. Temos a expectativa que a fornecedora irá assinar o contrato entre hoje e amanhã. O Governo do Maranhão está ofertando essas vacinas ao PNI, porque isso é o que a lei manda. Ou seja, se o Ministério quiser assumir essas compras, como fez com o Instituto Butantan, nós reconhecemos essa precedência. Não queremos confusão, queremos colaboração”, disse o governador Flávio Dino.

Caso não haja interesse do Ministério da Saúde em adquirir as doses compradas pelos estados, o primeiro lote da Sputnik V deve chegar ao Maranhão em abril, com os imunizantes já prontos para aplicação. O calendário de entregas segue até julho, com capacidade para vacinar mais de 2,2 milhões de maranhenses.

“Se o Ministério da Saúde não quiser as doses, o Governo do Maranhão vai efetuar os pagamentos necessários e receber as doses, que serão dirigidas exclusivamente à população do nosso estado para a imunização, sobretudo, dos grupos prioritários e certos segmentos do serviço público, como por exemplo a educação, visto que nossos jovens e crianças estão sem aulas presenciais”, revelou o governador Flávio Dino.

O pagamento será realizado de acordo com os lotes remetidos ao Maranhão. Para o despacho dos imunizantes, será pago 25% do valor do lote; os outros 75% serão depositados após a chegada das vacinas. Ao final do contrato, o investimento do Governo do Maranhão com recursos próprios em vacinação será de R$ 253 milhões.

“Nós estamos prontos porque temos uma gestão honesta e transparente, prontos para arcar sozinhos com esse ônus. A previsão é que as entregas comecem em etapas a partir do mês de

abril, de modo que é mais uma esperança que se abre à população maranhense de enfrentar e vencer o coronavírus”, afirmou o governador Flávio Dino.

Via – Portal Vermelho

terça-feira, 23 de março de 2021

84% dos brasileiros pretendem se vacinar, aponta pesquisa

 


Intenção de se vacinar é maior entre as mulheres (86%) do que entre os homens (82%).

Ignorando solenemente o discurso negacionista do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia, 84% dos brasileiros pretendem se vacinar contra a Covid-19. O percentual cresceu em relação a janeiro, quando era de 79%. É o que aponta a pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (21) pelo jornal Folha de S.Paulo.

O crescimento, de cinco pontos percentuais, é maior que a margem de erro do levantamento, que é de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi realizada com 2.023 brasileiros adultos, que possuem telefone celular, em todas as regiões e estados do país, entre os dias 15 e 16 de março. Ainda segundo a pesquisa, 9% não se vacinaram e não pretendem se imunizar, 5% já se vacinaram e 2% não responderam.

A intenção de se vacinar é maior entre as mulheres (86%) do que entre os homens (82%). O levantamento mostra que a intenção de se vacinar cresce de acordo com os níveis de renda e escolaridade. Entre os brasileiros que ganham até 2 salários mínimos, o percentual é de 84%, enquanto entre os que recebem mais de 10 salários, de 88%.

Entre os brasileiros que estudaram até o ensino fundamental, o percentual que pretende se vacinar é de 81%, contra 86% dos que concluíram o ensino superior. O percentual dos que pretendem se vacinar é maior entre os que avaliam o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como ruim ou péssimo: 89%, ante 84% na média da população. Porém, mesmo quem avalia o governo como bom ou ótimo, 76% se vacinação.

O Datafolha também questionou se a vacinação contra o novo coronavírus deveria ser obrigatória ou não. Entre os brasileiros, 70% defendem a obrigatoriedade (eram 55% em janeiro), ao passo que 30% acham que a vacinação não deveria ser obrigatória.

Até sábado (20), 5,54% da população brasileira – ou 11.721.357 de pessoas – havia recebido a primeira dose da vacina contra a Covid-19. A segunda dose foi aplicada em 1,96% (4.140.109 milhões). Os dados são do consórcio de veículos de imprensa.

Com informações da Folha e do G1

Via – Portal Vermelho

segunda-feira, 22 de março de 2021

PCdoB vai ao STF para garantir auxílio emergencial de R$ 600

 


Partido contesta o teto de R$ 44 bilhões estabelecido pelo governo para concessão da nova rodada do benefício.

O PCdoB, um dos partidos mais importantes na implantação do auxílio emergencial de R$ 600 em 2020, segue na luta para garantir a extensão do benefício com o mesmo valor-base. Para garantir que o governo Jair Bolsonaro não diminua as parcelas mensais a até R$ 150, os comunistas ingressaram neste sábado (20), no STF (Supremo Tribunal Federal), com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade).

Com a medida, o Partido contesta o teto de R$ 44 bilhões estabelecido pelo governo para concessão de uma nova rodada do auxílio. O objetivo é fazer com que o valor do benefício volte aos R$ 600. De acordo com as regras atuais, a maior parte dos beneficiados receberá apenas um quarto desse valor.

O texto da ação diz que o valor estabelecido para 2021 não atende ao princípio do “mínimo existencial”. Além disso, uma renda de R$ 150 mensais sequer mantém as “condições sanitárias de isolamento para permitir o regular funcionamento do Sistema Único de Saúde – SUS e os meios para uma sadia qualidade de vida para todos”, notadamente para os mais necessitados.

“É de todo incoerente a redução do auxílio emergencial de R$ 600,00 (seiscentos reais) para ínfimos R$ 150,00 (cento e cinquenta reais), no momento mais difícil e caótico da pandemia, reduzindo o quadro de proteção social fixado pelo próprio Congresso Nacional e pela Presidência da República no ano de 2020”, diz o texto. Segundo o PCdoB, essa redução, no momento de recrudescimento da crise sanitária, “constitui ameaça sem precedentes à subsistência de muitos brasileiros”.

“PCdoB entra com ação no STF p/ garantir o Auxílio Emergencial no valor de R$ 600 enquanto durar a pandemia”, resumiu, no Twitter, a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), líder do Partido na Câmara. “É isso que todos os países estão fazendo: protegendo as populações vulneráveis!”

Com informações do UOL

Via – Portal Vermelho

domingo, 21 de março de 2021

21 de março: Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial

 

Bruna Rodrigues, vereadora eleita pelo PCdoB em Porto Alegre crédito da foto: redes sociais


Por Bruna Rodrigues
”A busca pela igualdade racial e o respeito à diversidade deve permear todo fazer político, já que estes são direitos inalienáveis, ainda que não respeitados”.

No Portal Vermelho

O dia 21 de março foi instituído em 1996, pela ONU, como Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, em memória ao Massacre de Shaperville, em Johanesburgo, África do Sul, em 1960. Na ocasião, 20 mil negras e negros protestavam contra a Lei do Passe, norma que limitava a população a espaços específicos listados em uma espécie de cartão obrigatório e deliberado pelo Estado.

Mais de 60 anos depois, vemos avanços expressivos na luta contra o racismo, que nos servem de base em busca de um futuro com muito mais equidade, ao mesmo tempo em que vemos retrocessos em termos político e sociais que exigem ainda mais de nós.

Enfrentamos um momento de retrocessos violentos e retirada de direitos conquistados nos governos democráticos, situação agravada com a pandemia de COVID-19 que descortinou uma realidade ainda mais cruel da população negra, em especial para nós, mulheres, que somos obrigadas a conviver com o aumento da violência doméstica, o acúmulo de funções dentro e fora de casa, além da cobertura precária de saúde com relação à doença.

A primeira vítima fatal de covid-19 no estado do Rio de Janeiro foi Cleonice Gonçalves, uma mulher negra de 63 anos, que trabalhava como empregada doméstica. A infecção da trabalhadora veio depois do contato com a patroa que havia feito uma viagem à Itália e retornado ao Brasil sem fazer a quarentena necessária para estes casos.

A morte de Cleonice deflagra o quanto o passado colonial está presente no Brasil de hoje e o quanto a população negra se encontra em situação de vulnerabilidade com a intensificação do não acesso aos sistemas de saúde e medidas de prevenção. Quando falamos em eliminação do racismo, precisamos nos ater a estes aspectos de ordem do cotidiano que nos revelam a real situação em que está a classe trabalhadora, em especial a população negra que se encontra neste momento na luta cotidiana por existência.

Segundo dados do Instituto Polís sobre o primeiro semestre da pandemia, homens negros são os que mais morrem da doença. Este fato é um retrato nítido de como o racismo age de maneira estrutural, construindo uma história de negligenciamento das nossas necessidades básicas, evidenciada pela ausência de políticas públicas que garantam não só a sobrevivência, mas a nossa existência.

Vale evidenciar que a maioria dos dados com marcadores étnico-raciais sobre a pandemia foram feitos por institutos e pesquisas independentes, já que o Governo Federal se eximiu dessa responsabilidade. Tramita na câmara dos deputados um Projeto de Lei* que determina a importância da busca por estes dados para que o momento presente, marcado pelo genocídio da população negra, não se perca na história.

O combate ao racismo é um dever de todas e todos! A busca pela igualdade racial e o respeito à diversidade deve permear todo fazer político, já que estes são direitos inalienáveis, ainda que não respeitados. Desta forma a mobilização pela igualdade racial atua em diversos campos para fortalecer as ações políticas, ampliando sua capilaridade e sua efetividade.

Bruna Rodrigues é vereadora pelo PCdoB de Porto Alegre

*PL2179/2020 – Paulo Paim (PT/RS).

sábado, 20 de março de 2021

A justiça que permite a celebração do golpe de 1964

Jair Bolsonaro, então deputado, comemora o golpe de 1964 | Crédito: Reprodução/Youtube

 Por Urariano Mota

Os jornais desta semana trazem os títulos :

“Justiça autoriza governo Bolsonaro a manter celebração do golpe de 1964“,  ou “Justiça acolhe recurso do governo federal por direito de comemorar o golpe militar de 1964 “, ou mesmo “Justiça dá aval para governo Bolsonaro celebrar o golpe de 1964”

Em primeiro lugar, os jornais erram nos títulos. Confundem o Tribunal Regional Federal da 5ª Região com a Justiça. Ainda que fosse o Supremo Tribunal Federal, deveriam sempre, com mais propriedade, nomear o tribunal de onde veio a decisão, jamais confundi-la com a Justiça. E aqui, neste primeiro erro, estendemos a ressalva para além dos jornais: não se deve por coerência filosófica, científica, chamar de justiça o que leis, costumes, tempo do poder judiciário determinam, até porque a escravidão também já foi abrigada pela “justiça”. Hoje, neste momento, os trabalhadores continuam explorados com o aval da  justiça.

Isso posto, é preciso reconhecer que na imprensa avançamos. Não faz muito, chamavam de Revolução o golpe que instalou a ditadura no Brasil. Mas ainda aqui, o avanço é relativo, porque velhos preconceitos se misturam às novas redações. Se não, vejam o que exibe o corpo da notícia na Folha de São Paulo: “O golpe de 1964 deu início à  ditadura militar, que se estendeu até 1985. Houve tortura e mortes, censura à imprensa e fechamento do Congresso Nacional”.  Muito bem! Mas foi mais que a pressa informativa de duas linhas resumida: prisão de governadores em pleno exercício, cassação de mandatos, desaparecimento de pessoas, corrupção silenciada, forjamento de notícias, censura à musica, ao teatro, ao cinema, deformação do ensino público, exibição nas tevês de presos políticos que, torturados, se declaravam arrependidos dos seus “crimes”. Numa palavra, o terror de Estado.

Acredito que haveria maior poder informativo se as notícias levantassem os votos anteriores e o currículo dos senhores do Tribunal Regional Federal da 5ª Região que fizeram “Justiça”. A saber, estaríamos melhor informados se soubéssemos quem são os quatro desembargadores que cassaram a liminar, com especial destaque do relator Rogério Fialho Moreira. Então compreenderíamos quem faz a senhora Justiça que abriga assassinatos e cassa o voto popular.

Mas aquilo que as notícias não dizem nem falam, bem podemos tentar uma recuperação com a voz da consciência na literatura. Quero dizer, de modo mais próximo do que conheço: a corajosa advogada Mércia Albuquerque foi modelo da brava Gardênia Vieira em “A mais longa duração da juventude” em uma página:

“À sua frente surge ela própria, a bela e ardente advogada Gardênia Vieira. Ela não é alta, nem suave ou feminina, quero dizer, naquele sentido de bailarina delicada de porcelana. Pelo contrário, em vez de amparável, porque a sua fina louça podia quebrar, de Gardênia vem uma força moral que abriga, como tem abrigado mais de uma pessoa, físico e alma torturada no Recife. Mas além da fortaleza moral, de onde vêm a sua beleza e feminilidade? Era preciso vê-la para notar o que não se revela nos retratos. Gardênia olha firme e direto, como poucas mulheres usam e ousam olhar fundo em um homem, e nem por isso desperta o desejo mais carnal de sexo. De imediato, não. O desejo de amá-la viria espiritualizado, se podemos falar assim, quando à sua pequena altura, de olhar abrasante, associamos a coragem e os cadáveres que viu e denunciou, e o mundo abjeto contra o qual se indigna. Bem sei, ainda aqui não sou claro. Quero dizer, o amor à mulher Gardênia Vieira vem não só misturado ao respeito à pessoa, mas em essência à sua visitação aos cadáveres de socialistas torturados”.

Ou em sua identidade real, quando inscrevi seu depoimento em “Soledad no Recife”, nestas linhas: 

“Soledad estava com os olhos muito abertos, com uma expressão muito grande de terror. Eu fiquei horrorizada. Como Soledad estava em pé, com os braços ao lado do corpo, eu tirei a minha anágua e coloquei no pescoço dela.

O que mais me impressionou foi o sangue coagulado em grande quantidade. Eu tenho a impressão de que ela foi morta e ficou deitada, e a trouxeram depois, e o sangue, quando coagulou, ficou preso nas pernas, porque era uma quantidade grande. O feto estava lá nos pés dela. Não posso saber como foi parar ali, ou se foi ali mesmo no necrotério que ele caiu, que ele nasceu, naquele horror”.

No Recife, a Justiça atendia pelo nome da advogada Mércia Albuquerque. Mas na ditadura quase sempre chegava tarde, porque a história vivida não era a que nós queríamos.

Via-Jornal GGN

Por Urariano Mota

Os jornais desta semana trazem os títulos :

“Justiça autoriza governo Bolsonaro a manter celebração do golpe de 1964“,  ou “Justiça acolhe recurso do governo federal por direito de comemorar o golpe militar de 1964 “, ou mesmo “Justiça dá aval para governo Bolsonaro celebrar o golpe de 1964”

Em primeiro lugar, os jornais erram nos títulos. Confundem o Tribunal Regional Federal da 5ª Região com a Justiça. Ainda que fosse o Supremo Tribunal Federal, deveriam sempre, com mais propriedade, nomear o tribunal de onde veio a decisão, jamais confundi-la com a Justiça. E aqui, neste primeiro erro, estendemos a ressalva para além dos jornais: não se deve por coerência filosófica, científica, chamar de justiça o que leis, costumes, tempo do poder judiciário determinam, até porque a escravidão também já foi abrigada pela “justiça”. Hoje, neste momento, os trabalhadores continuam explorados com o aval da  justiça.

Isso posto, é preciso reconhecer que na imprensa avançamos. Não faz muito, chamavam de Revolução o golpe que instalou a ditadura no Brasil. Mas ainda aqui, o avanço é relativo, porque velhos preconceitos se misturam às novas redações. Se não, vejam o que exibe o corpo da notícia na Folha de São Paulo: “O golpe de 1964 deu início à  ditadura militar, que se estendeu até 1985. Houve tortura e mortes, censura à imprensa e fechamento do Congresso Nacional”.  Muito bem! Mas foi mais que a pressa informativa de duas linhas resumida: prisão de governadores em pleno exercício, cassação de mandatos, desaparecimento de pessoas, corrupção silenciada, forjamento de notícias, censura à musica, ao teatro, ao cinema, deformação do ensino público, exibição nas tevês de presos políticos que, torturados, se declaravam arrependidos dos seus “crimes”. Numa palavra, o terror de Estado.

Acredito que haveria maior poder informativo se as notícias levantassem os votos anteriores e o currículo dos senhores do Tribunal Regional Federal da 5ª Região que fizeram “Justiça”. A saber, estaríamos melhor informados se soubéssemos quem são os quatro desembargadores que cassaram a liminar, com especial destaque do relator Rogério Fialho Moreira. Então compreenderíamos quem faz a senhora Justiça que abriga assassinatos e cassa o voto popular.

Mas aquilo que as notícias não dizem nem falam, bem podemos tentar uma recuperação com a voz da consciência na literatura. Quero dizer, de modo mais próximo do que conheço: a corajosa advogada Mércia Albuquerque foi modelo da brava Gardênia Vieira em “A mais longa duração da juventude” em uma página:

“À sua frente surge ela própria, a bela e ardente advogada Gardênia Vieira. Ela não é alta, nem suave ou feminina, quero dizer, naquele sentido de bailarina delicada de porcelana. Pelo contrário, em vez de amparável, porque a sua fina louça podia quebrar, de Gardênia vem uma força moral que abriga, como tem abrigado mais de uma pessoa, físico e alma torturada no Recife. Mas além da fortaleza moral, de onde vêm a sua beleza e feminilidade? Era preciso vê-la para notar o que não se revela nos retratos. Gardênia olha firme e direto, como poucas mulheres usam e ousam olhar fundo em um homem, e nem por isso desperta o desejo mais carnal de sexo. De imediato, não. O desejo de amá-la viria espiritualizado, se podemos falar assim, quando à sua pequena altura, de olhar abrasante, associamos a coragem e os cadáveres que viu e denunciou, e o mundo abjeto contra o qual se indigna. Bem sei, ainda aqui não sou claro. Quero dizer, o amor à mulher Gardênia Vieira vem não só misturado ao respeito à pessoa, mas em essência à sua visitação aos cadáveres de socialistas torturados”.

Ou em sua identidade real, quando inscrevi seu depoimento em “Soledad no Recife”, nestas linhas: 

“Soledad estava com os olhos muito abertos, com uma expressão muito grande de terror. Eu fiquei horrorizada. Como Soledad estava em pé, com os braços ao lado do corpo, eu tirei a minha anágua e coloquei no pescoço dela.

O que mais me impressionou foi o sangue coagulado em grande quantidade. Eu tenho a impressão de que ela foi morta e ficou deitada, e a trouxeram depois, e o sangue, quando coagulou, ficou preso nas pernas, porque era uma quantidade grande. O feto estava lá nos pés dela. Não posso saber como foi parar ali, ou se foi ali mesmo no necrotério que ele caiu, que ele nasceu, naquele horror”.

No Recife, a Justiça atendia pelo nome da advogada Mércia Albuquerque. Mas na ditadura quase sempre chegava tarde, porque a história vivida não era a que nós queríamos.

Via-Jornal GGN

sexta-feira, 19 de março de 2021

Lula sugere que Biden doe vacinas para o Brasil

 


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que seu país doasse ao Brasil parte do excedente que possui hoje de antídotos contra a pandemia do Covid-19.

'Sei que os Estados Unidos têm estoques de vacinas e não vão usar todas. Talvez essas doses possam ser doadas ao Brasil ou a países mais pobres que não podem pagar', disse Lula à jornalista Christiane Amanpour da CNN.

Nesse caso, ele comentou sobre a possibilidade de doar 10 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela empresa anglo-sueca AstraZeneca que não pode ser usado no país norte-americano porque não há registro no órgão regulador.

Ampliado nesta quinta-feira na mídia jornalística local, portais de notícias e redes sociais, na entrevista o fundador do Partido dos Trabalhadores disse que gostaria de recomendar que Biden convoque uma reunião do G20.

'É urgente convocar os principais líderes mundiais e colocar na mesa um único tema: vacina, vacina, vacina', insistiu.

Ele esclareceu que encaminha o pedido ao presidente democrata por não acreditar no governo de Jair Bolsonaro. 'Nem poderia perguntar (Donald) Trump (presidente dos Estados Unidos até 2020), mas Biden é um novo alento para a democracia', observou.

Do outro lado da conversa, o ex-líder operário de 75 anos reconheceu que 'sim, quando chegar a hora de disputar as eleições (2022), meu partido e os demais aliados entendem que eu posso ser o candidato, e sou de boa saúde Com a energia de hoje, não vou negar o convite ', comentou.

No entanto, ele especificou que sua prioridade agora é salvar o Brasil do Covid-19.

O gigante sul-americano confirmou ontem ser o epicentro universal da pandemia ao registrar 90 mil 303 infecções, um novo recorde diário, e elevando o total para 11 milhões 693 mil 838.

A atualização do Ministério da Saúde indicava ainda que foram registradas duas mil 648 mortes em decorrência da doença em 24 horas e o valor geral foi de 284 mil 775.

Na semana passada, o desembargador Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anulou as condenações de Lula nos processos relativos à desativação da operação Lava Jato.

Com a decisão, o ex-presidente, antes limitado pela chamada Lei da Ficha Limpa, recuperou seus direitos políticos e pode disputar o poder em 2022.

Via-Prensa Latina

quinta-feira, 18 de março de 2021

Quase 65 milhões de pessoas vacinadas na China contra Covid-19

 China informou hoje que vacinou contra o Covid-19 a 64,98 milhões de cidadãos, alistou novas políticas sobre viagens internacionais e também condições para ajustar seus preparativos às diferentes mutações do coronavírus SARS-CoV-2.

Li Bin, vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde, disse que os já inoculados são funcionários de setores considerados de alto risco, outros indivíduos que estão dispostos a receber os injetáveis, aqueles com mais de 60 anos de idade e aqueles que sofrem de doenças crônicas.

Disse que o programa está funcionando bem, mas ao mesmo tempo os cientistas estão prestando atenção à eficácia e segurança dos medicamentos nos dois últimos grupos, dadas as preocupações da população.

Com o progresso do plano, o país também está engajado na elaboração de novas políticas para retomar e gerenciar o fluxo de viajantes internacionais.

De acordo com Li, a China está observando as medidas de outras nações em relação aos passageiros já inoculados contra o Covid-19 e em breve anunciará sua própria regulamentação para compatriotas e estrangeiros.

'Espera-se que os novos regulamentos apoiem ainda mais os esforços para expandir a vacinação e promover o intercâmbio e a comunicação internacional', disse ele.

Enquanto isso, Wang Junzhi da Academia Chinesa de Engenharia disse que nenhuma das variantes do SARS-CoV-2 enfraquece a proteção dos medicamentos Sinovac, Sinopharm e CanSino, os únicos aprovados condicionalmente para comercialização.

Mas os pesquisadores estão atentos ao assunto, coletando as informações disponíveis sobre o assunto e preparando-se para adaptar a tempo as substâncias produzidas nacionalmente, já que as mutações encontradas no Reino Unido, África do Sul e Nigéria já foram detectadas aqui.

A China está mantendo a Covid-19 sob controle, não tem casos domésticos há semanas e apenas relata casos importados nas atualizações diárias.

No total, acumulou 4.849 mortes e 102.363 infectados em sua parte do continente, Hong Kong, Macau e Taiwan desde o surgimento da doença e do coronavírus que a provoca em dezembro de 2019.

O país teve suas fronteiras fechadas por quase um ano e, de acordo com o órgão de planejamento mais alto, a medida poderia ser estendida para vacinar 70% da população e atingir a imunidade do rebanho até meados de 2022. Atualmente, a China dá a seus cidadãos um passaporte com dados de vacinas e testes Covid-19, e simplifica o processo de visto para estrangeiros que planejam entrar em seu território via Hong Kong e receberam qualquer um dos imunizadores do Sinovac, Sinopharm ou CanSino.

Via – Prensa Latina

quarta-feira, 17 de março de 2021

Governo boliviano apresentará quatro processos contra Áñez e gabinete

 


O Governo da Bolívia apresentará hoje quatro processos de julgamento de responsabilidades contra o ex-presidente golpista Jeanine Áñez e seu gabinete de ministros por um caso em investigação desde dezembro de 2020.

A definição já está tomada, as causas serão reveladas nesta segunda-feira e as anunciaremos oportunamente, disse o Ministro da Justiça e da Transparência Institucional, Ivan Lima, durante uma entrevista no canal estatal Bolivia TV.

As palavras da autoridade da atual administração boliviana vieram poucas horas depois que um juiz ordenou a prisão preventiva por quatro meses contra o ex-presidente de facto e seus ex-dirigentes Álvaro Coímbra (Justiça) e Rodrigo Guzmán (Energia).

Também foram emitidos mandados de prisão para Yerko Núñez (Presidência), Arturo Murillo (Governo) e Luis Fernando López (Defesa), os dois últimos fora do país.

De acordo com Lima, os processos de julgamento de responsabilidades serão apresentados na cidade de Sucre, onde está localizado o Órgão Judiciário e a ação penal através do Ministério Público.

Às quatro ações judiciais será acrescentada uma ação penal pelos massacres nas cidades de Sacaba (Cochabamba) e Senkata (La Paz) com base no progresso feito no processo ordinário contra os atores, que não têm privilégio constitucional, disse o funcionário.

Áñez, como transcendeu aqui, valeu-se de seu direito ao silêncio durante a tomada de declarações pelos crimes de terrorismo, sedição e conspiração, investigados sobre o golpe contra o chefe de Estado constitucional Evo Morales em 2019.

O Ministro do Governo, Eduardo Del Castillo, assegurou em uma entrevista coletiva anterior que o Executivo nacional não persegue ninguém politicamente e que, ao contrário, sua única reivindicação é a de buscar justiça.

Via – Prensa Latina

terça-feira, 16 de março de 2021

Brasil "choca" com proposta na ONU sobre direitos da mulher

 

O presidente da França, Emmanuel Macron, e Jair Bolsonaro durante o encontro do G20, em Osaka (Japão)Imagem: JACQUES WITT/AFP.


No UOL NotíciasPor Jamil Chade

O governo da França se declarou "chocado" com a postura defendida pela aliança liderada pelo Brasil para impedir o acesso de mulheres à saúde sexual e reprodutiva. Num discurso nesta semana no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, a diplomacia francesa atacou abertamente o bloco no qual a ministra Damares Alves (Direitos Humanos, Mulher e Família) tem um papel predominante.

O discurso ocorreu na terça-feira, um dia depois da data que marca o dia internacional da mulher. Naquele momento, o Brasil se recusou a aderir a uma declaração conjunta realizada por mais de 60 países para defender o direito de meninas e mulheres, inclusive no que se refere ao acesso a direitos reprodutivos e sexuais.

Desde o final do governo de Donald Trump, o Brasil assumiu de uma maneira informal a liderança de uma coalizão de países ultraconservadores que tentam minar qualquer brecha para que a ONU amplie direitos e proteções às mulheres.

O grupo, conhecido como Consenso de Genebra, ainda inclui Hungria, Polônia e países árabes. Se o projeto foi lançado ainda sob a gestão de Trump, a chegada de Joe Biden na Casa Branca representou a ruptura dos EUA com a iniciativa. Emails internos do governo americano revelados pela coluna, porém, deixaram claro que a liderança passou a ser assumida pelo Brasil.

O comportamento da aliança, porém, vem causando mal-estar e mesmo indignação entre democracias. E, nesta semana, pela primeira vez ataques frontais contra o bloco foram feitos.

"Desejo expressar a indignação da França com os ataques aos direitos das mulheres e meninas", declarou o embaixador francês na ONU, François Rivasseau, diante dos demais governos.

"Ficamos chocados com certas posições públicas aqui reiteradas, em particular pelo auto-intitulado Consenso de Genebra, que questiona a igualdade de gênero e a saúde e direitos sexuais e reprodutivos", criticou o francês.

Segundo ele, a pandemia contribuiu para restringir o acesso à saúde sexual e reprodutiva.

"Devemos combater todas essas graves violações dos direitos das mulheres e meninas e reafirmar nossa determinação em garantir que os ganhos duramente conquistados não sejam prejudicados", pediu o francês aos demais países.

"Exortamos todos os estados a reafirmar seu compromisso com os direitos das mulheres e meninas, e com a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos", defendeu. Para ele, a ONU "deve abordar esta questão porque não há nenhuma área, nenhuma parte do mundo, onde a desigualdade entre mulheres e homens seja justificada". Em meados do ano, europeus e mexicanos vão se unir para promover uma cúpula pela igualdade de gênero, num gesto claramente contrário às propostas apresentadas pelo Brasil e seus aliados. Na Casa Branca, a ordem é também a de contestar a postura da aliança, na esperança de enfraquecer o grupo em fóruns internacionais.

Histórico

Não é a primeira vez que Brasil e França se encontram em lados opostos da mesa, em debates internacionais. O governo de Emmanuel Macron tem sido um dos mais duros críticos do presidente Jair Bolsonaro, atacando a postura ambiental do país e freando qualquer acordo com o Mercosul. A troca de farpas ainda em 2019 entre os dois líderes foi ampliada diante de ironias de Bolsonaro contra a primeira-dama francesa. Do lado de Paris, o governo Macron passou a receber o cacique Raoní com honras de estado, um símbolo hoje do antibolsonarismo na Europa.

segunda-feira, 15 de março de 2021

NOVA LONDRINA – 65 ANOS

 


Um dia em Portugal, sentindo saudade de Nova Londrina, lembrei-me destas palmeiras, consequentemente, me veio em mente um trecho da Canção do Exílio, de Gonçalves Dias:

"Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar sozinho, à noite

Mais prazer eu encontro lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá".

Parabéns Nova Londrina..

sábado, 13 de março de 2021

quarta-feira, 10 de março de 2021

Nomes de todos os cangaceiros que foram registrados em fotos

 Nesse vídeo identifiquei todos cangaceiros e cangaceiras que se tem registros fotográficos ( no cangaço, pós cangaço ou mortos ), são mais de 200 fotos identificadas.

foi um trabalho minucioso e complicado, porém diante das limitações das imagens consegui montar um vídeo bacana em ordem alfabética.

Lembro que pode haver divergências em alguns casos, porém busquei ser o mais sensato e fiel possível a história.



Canal Cangaço Eterno


terça-feira, 9 de março de 2021

Ao ir embora

 

Cruzamento das ruas Prefeito João Fernandes de Almeida e Rua dos Pinhais - Nova Londrina-Pr

Da terra querida

Que tanto fascina

Pedaço de pátria

Cidade menina


A ti o meu verso

De amor, não termina

A sorte eu peço,

Que escreva em minha sina

 

Que eu vá, porém, volte

A casa da esquina

Lá onde eu morei,

Em Nova Londrina.

segunda-feira, 8 de março de 2021

Mesmo que exista o dia internacional da Mulher

 


A Maria é professora. E também é estúpida.

Ela sabe que é estúpida porque o João, o seu marido, lho diz. Explica sempre tudo o que a Maria expressa. E o João sabe o que diz. O João não tem nenhuma formação específica e prefere o café ao trabalho. Mas o João não é estúpido porque é homem e homens não são estúpidos

A Raquel tem 50 anos. A Raquel é velha.

Ela sabe que é velha porque o Pedro, o seu companheiro, a esclarece com frequência. Aponta-lhe os cabelos brancos, as rugas no rosto, a flacidez das mamas. O Pedro tem 55 anos. Tem cabelos grisalhos, duplo queixo e a barriga já lhe encobre a pouca masculinidade. Mas o Pedro não é velho porque é homem e homens não envelhecem.

A Filipa é estudante. E é prostituta.

Ela sabe que é prostituta porque o Miguel, o seu namorado, lho explica. Às vezes com manifestações físicas: já lhe rasgou o decote de um top, já lhe esfregou o batom pelo rosto, já a proibiu de usar certas saias.

O Miguel implora sexo a tudo o que mexe, oferece-se em praça pública, exibe-se em tronco nu. Mas o Miguel não é puta porque é homem e homens não são putas.

A Bárbara é uma mulher realizada. E é infeliz. Ela sabe que é infeliz porque a Joana, a sua mãe, a informa constantemente. Precisas de alguém que te faça feliz, repete. A Joana é casada com o Raul, pai da Bárbara.

O Raul é um adúltero que se diverte a abusar psicologicamente da Joana. Continua casado por cobardia. Sente um desprezo natural pela inércia da companheira. Mas a Joana não é infeliz porque 'tem' um homem e quem 'tem' um homem não é infeliz.

.Autor desconhecido

sábado, 6 de março de 2021

quarta-feira, 3 de março de 2021

Marilena - Imagens de Antigamente

 

Time do Grêmio Esportivo Marilena (GEMA) - *1977:

Segundo postagem no grupo "Marilena amigos para sempre", elencando a foto estão:

Nelson Mazzotti, Cláudio Mantuani, João Carlos Mendonça, Ernesto Mazzotti, José Vitor Maximiano, Cicero da Silva e Wilson Marcos, Afonso Palma, José Gonzaga Tonon, Armando Romanzini, José Chagas, Chiquinho Benteo e Osvaldo Pimentel.

*Informação de José GonzagaTonon.


terça-feira, 2 de março de 2021

Marilena - Imagens de Antigamente

 


A Matriz de Santa Helena, Marilena - Paraná nos ídos de 1951 - Acervo do grupo Marilena, Amigos para sempre no Facebook.

segunda-feira, 1 de março de 2021

24 de Fevereiro - Aniversário de minha mãe

 

Aranaú, Ceará... Foi memorável aquela tarde de segunda feira, 24 de fevereiro de 1936, a casa do Sr Francisco Amaro Brandão se alarmava, a jovem Maria Dominete, sentia as contratações do parto, um misto de preocupação e medo tomava todos em derredor, nos dias de então a consumação de uma gravidez era imprevisível, era comum a fatalidade nos partos...

Porém os protocolos foram observados com todo cuidado, no quarto a forte mãe fazia seu papel natural, o de trazer mais um filho a luz... Em outro cômodo, o pai, Francisco Amaro, o Chicó, esperava com grande ansiedade o que a consequência lhe reservava,... Finalmente, o estampido do choro de uma criança ecoava dentro de casa e a velha e experiente parteira falou com voz altiva: É uma menina!...

O parto foi venturoso, a criança vingou e a mãe também passava bem...

Há 85 anos. E a menininha que nascera aquela tarde, tornou-se a mulher mais importante do meu mundo, tornou-se a minha mãe.

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