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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Nota de falecimento


Nova Londrina amanheceu com uma triste notícia nesta segunda-feira a respeito de um acidente que tirou a vida de um morador da cidade.

Alexandro Zagati Cordeiro, membro de uma tradicional família em Nova Londrina, teve sua vida ceifada enquanto defendia o pão de cada dia.

Alexandro, motorista de caminhão, atualmente prestava serviço para uma fecularia da cidade e transportava amido para São Paulo, quando por volta da meia noite e meia deste dia 31 de Agosto, colidiu-se com a traseira de um caminhão canavieiro.

O acidente ocorreu na rodovia Castelo Branco no quilômetro 280 entre as cidades de Iaras e Avaré/SP.

Alexandro tem 35 anos e era morador do conjunto Santa Mônica. 

Aos familiares nossas condolências.

31 de Agosto na história

1969 - Dia dos 3 Patetas             

Junta dos 3 ministros militares assume a Presidência face à doença do gen. Costa e Silva, preterindo o vice Pedro Aleixo, com base no AI-12. Anos depois, sem citar nomes, Ulisses Guimarães alcunha-os de os 3 Patetas.

A Junta Militar de 69     



1889:
Últimas eleições do Império. Como de hábito o governo (liberal) faz ampla maioria. Os republicanos têm 14% dos votos.
  
1919:
Greve geral em Porto Alegre, a partir da Light, reprimida a tiros.
  
1920: 
500 mil operários italianos ocupam fábricas, elegem comitês, criam autodefesa e obtêm conquistas.
  
1928:
Estréia em Berlim a Ópera dos 3 Vinténs, de Kurt Weill e Bertolt Brecht.
  
1942:
Declaração de guerra à Alemanha e Itália; estado de guerra em todo o Brasil.
  
1958:
Distúrbios raciais em Nothing Hill, Londres; 1 morto.
  
1979:1º congresso da mulher metalúrgica de São Paulo.
A mesa do
Congresso
  
1984:
Ato do PT reúne mil pessoas pelas Diretas e contra a participação no Colégio Eleitoral, em SP. Seguem-se atos também diminutos no RJ, SC, MG, GO.
  
1999:
Greve geral antineoliberal na Colômbia, 70% de adesão. As Farc atacam Hato Corozal em apoio.

Educadores dão dicas para candidatos que querem se preparar para o Enem



Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil

Simulados na internet, videoaulas gratuitas e grupos de estudos em redes sociais são alternativas cada vez mais acessíveis para quem quer se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não tem dinheiro para pagar um cursinho e comprar material. As provas do Enem estão marcadas para os dias 24 e 25 de outubro.

Assistir a aulas gratuitas na internet é uma as dicas do coordenador-geral do cursinho gratuito Pró Universidade, de Santa Catarina, Otávio Auler. A oferta desse tipo de conteúdo tem crescido, e o estudante pode encontrar aulas sobre diversas disciplinas, de atualidades e com dicas de como fazer uma boa redação. Entre os canais sugeridos pelo coordenador estão o de educação do Youtube, a Khan Academy, o site Aula ao Vivo e o Aulalivre.net.

Outra opção que o estudante tem para se preparar sem gastos é fazer provas de edições anteriores do Enem. “Fazer as provas anteriores é importante para organizar o tempo, identificar as dificuldades, os pontos fortes e fracos. As provas estão no site do Inep e o estudante pode imprimir ou fazer na própria tela do computador, em smartphones, usando o computador de uma lan house”, disse Otávio Auler.

Além de ser fonte de distração, as redes sociais podem se tornar uma ferramenta de estudo. O coordenador do ProUniversidade conta que alunos têm criado grupos de estudos no WhatsApp e no Facebook, em que os participantes trocam exercícios, formam grupos para estudar matérias específicas e compartilham experiências de estudo.

Outra alternativa para quem quer estudar e está com o orçamento apertado são os simulados na internet, que, com a proximidade da data do Enem, são disponibilizados em sites de cursinhos, de escolas e de grupos de comunicação. “Os simulados não só permitem aos alunos se posicionar na escala de notas como orientam sobre as lacunas de informação, o que eles não conhecem. Os simulados podem ajudar também a orientar um programa de estudo”, disse o mestre e doutor em educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Álvaro Chrispino.

Vice-presidente do cursinho gratuito Galt Vertibulares, do Distrito Federal, Rubenilson Cerqueira conta que a percepção é que, em geral, o acesso à internet não é um problema para os alunos. Mas, se isso acontecer, ele sugere que os estudantes procurem locais públicos como bibliotecas e aproveitem o tempo que passam em rodoviárias e estações de metrô que dão acesso à internet. “Vejo que, quando o aluno tem o interesse, ele consegue esses mecanismos para estudar e se preparar para o processo seletivo.”

Muitos cursinhos fazem aulões gratuitos abertos para o público em geral que também são uma oportunidade para aprender e revisar conteúdos já estudados.

Há ainda os cursinhos populares que oferecem aulas gratuitas para alunos de escolas públicas – uma forma de preparar grande número de estudantes que não teriam acesso a esse serviço em função dos altos preços cobrados pelos preparatórios. “Muitos que não têm condições de pagar um cursinho tem dificuldade para ter acesso a material de qualidade e para organizar uma grade de estudo. Isso fica mais fácil quando se tem acompanhamento”, destacou Rubenilson Cerqueira.

Álvaro Chrispino recomenda que o candidato não deve desistir mesmo se, depois de todo o estudo, não obtiver sucesso no exame. “A pessoa que não tiver sucesso na primeira vez no Enem precisa tentar de novo. Ele vai ter questões com uma nova versão sobre os mesmos conteúdos e vai ter um novo grupo disputando novas vagas”, disse.

Edição: Juliana Andrade

Índice de mamografias no Brasil está abaixo da média mundial


Marieta Cazarré – Repórter da Agência Brasil

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40% das mulheres brasileiras, de 50 a 69 anos de idade, não fazem mamografia. Essa faixa etária é definida como prioritária para a realização do exame preventivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda que pelo menos 70% das mulheres sejam avaliadas periodicamente.

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. Dados do Instituto do Câncer (Inca) apontam que, no Brasil, as taxas de mortalidade continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, 61% das pacientes sobrevivem após cinco anos de diagnóstico.

Para Ruffo de Freitas Junior, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, o número de mulheres que não fazem o exame é preocupante. “Melhorou muito em relação ao passado, mas ainda não atingimos a meta da OMS, que é de 70%. Hoje, temos mamógrafos suficientes no país mas, infelizmente, eles estão mal distribuídos. A maioria está nas grandes cidades e capitais, ficando boa parte da população do interior e de pequenas cidades descoberta, com impossibilidade de fazer o exame de maneira rápida”, afirma.

De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), existem 2.507 mamógrafos em uso no SUS. O parâmetro é de um mamógrafo para cada 240 mil habitantes, portanto a necessidade corresponderia a  833 equipamentos.

Segundo o Ministério da Saúde, o total de exames realizados entre mulheres de 50 e 69 anos aumentou 61,9% entre 2010 (1.547.411) e 2014 (2.506.339). Já em números totais de exames (em todas as faixas etárias), o aumento somou 41,8% entre 2010 (3.035.421) e 2014 (4.304.619). Até junho deste ano, foram realizados 1.820.195, dos quais 1.071.531 na faixa etária prioritária, 50 a 69 anos.

A Pesquisa Nacional de Saúde mostrou que o maior número de mamografias foi realizado por mulheres brancas (66,2%) e com superior completo (80,9%). As menores proporções foram observadas em mulheres negras (54,2%), pardas (52,9%) e com fundamental incompleto (50,9%). A região Norte registrou a menor proporção de mulheres que haviam feito o exame (38,7%), seguida das regiões Nordeste (47,9%), Centro-Oeste (55,6%), Sul (64,5%) e Sudeste (67,9%).

Para Ruffo de Freitas Junior, outro ponto importante é o medo que as mulheres têm de fazer a mamografia. “Há o medo da dor, do desconforto e o medo de encontrar um câncer. São aspectos que mostram que a mulher por si só, sem ser estimulada, não fará o exame”, comenta.

O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia lembra que a mamografia é o único exame que pode reduzir a mortalidade por câncer de mama. A partir dos 40 anos, ele recomenda que o procedimento seja feito anualmente.

"Temos alguns dados que mostram que a mortalidade por câncer de mama está aumentando no interior de vários estados, diferentemente das capitais. Em Porto Alegre, no Rio de Janeiro [capital], em Belo Horizonte e no Recife, a mortalidade começa a cair. Entretanto, no interior, há falta de mamógrafos e de estrutura. Temos uma mortalidade por câncer de mama crescente e esse é um dos números mais drásticos que mostram a diferença entre as grandes cidades e os pequenos centros”, declara.

O Ministério da Saúde informou que, em outubro de 2012, foi lançado o Programa de Mamografia Móvel no SUS, que tem como objetivo aumentar a cobertura mamográfica em todo território nacional. Atualmente, há 12 unidades habilitadas, sendo cinco na Bahia, quatro no Distrito Federal e três no Tocantins.

De acordo com o ministério, de 2010 a 2014, o gasto para fortalecer a rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer no país aumentou 45%. Em 2010, foram repassados R$ 2,3 bilhões para tratamentos como quimioterapia, radioterapia e cirurgia oncológica, e para diagnósticos como o exame citopatológico e as mamografias. No ano passado, a despesa subiu para R$ 3,3 bilhões.

Edição: Wellton Máximo

Janot arquiva ação contra Dilma e faz crítica à Justiça Eleitoral


Paula Laboissière 
Repórter da Agência Brasil

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concluiu que não há indícios de irregularidade na contratação da gráfica VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda. pela campanha da presidenta Dilma Rousseff no ano passado.

Em resposta ao pedido feito pelo vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, para investigar as contas de campanha de Dilma, Janot destacou o que chamou de “inconveniência” da Justiça Eleitoral e do Ministério Público Eleitoral de se tornarem “protagonistas exagerados” da democracia.

Na análise do pedido, o procurador-geral citou ainda a possibilidade de uma “judicialização extremada” do processo político eleitoral e destacou que a democracia deve ter como atores principais candidatos e eleitores.

As declarações de Janot constam em despacho, datado de 13 de agosto, a favor do arquivamento do pedido feito por Gilmar Mendes. Segundo o texto, os fatos apontados pelo vice-presidente do TSE não apresentam “consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais”.

Edição: Juliana Andrade


Neurocientista americano nega ter sofrido discriminação racial em hotel


O neurocientista norte-americano Carl Hart negou ter sido barrado e sofrido discriminação racial no Hotel Tivoli Mofarrej, onde participou de um seminário promovido pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, nesta sexta-feira. Em entrevista ao site Fluxo, realizada neste sábado, o professor da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, esclareceu o ocorrido.

“O que aconteceu foi que, assim que cheguei ao hotel, na quinta-feira, fui direto ao toalete. Quando saí, os organizadores do seminário vieram até mim para se desculpar por algo que teria acontecido assim que entrei no hotel. Segundo eles, um segurança iria me abordar porque eu não parecia pertencer ao lugar. Mas eu não presenciei nada disso, foi uma pessoa que me falou”, explicou Hart.

Segundo o professor foi na noite de sexta-feira, após sua palestra, que descobriu que havia uma matéria afirmando que ele havia sido barrado no hotel. Hart contou que, depois disso, recebeu inúmeras mensagens, e-mails e ligações pedindo desculpas pelo suposto comportamento do segurança.

“Durante minha palestra, chamei atenção para a pouca quantidade de negros que participavam do seminário. Eram dois ou três, enquanto havia centenas de brancos. Não tinha relação nenhuma com o episódio do hotel, mas a reportagem associou as duas coisas. A matéria foi enganosa e viralizou. Eu quero que as pessoas entendam que, se tivesse sido discriminado, seria a primeira pessoa a falar sobre isso. E o Brasil tem sérios problemas de discriminação racial, então a indignação que sentiram em relação a mim deveriam expressar pelos próprios brasileiros. Não deveriam gastar essa energia comigo”, defendeu o professor.

No Extra

TSE e TCU não têm elementos para prover impeachment de Dilma, diz Joaquim Barbosa


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Tribunal de Contas de União (TCU) não têm elementos para dar suporte a um processo que leve ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, disse neste sábado o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa.

"O TSE é um órgão cuja composição não ajuda", disse Barbosa, mencionando a presença na instituição de membros que também exercem simultaneamente a atividade advocatícia. Para o ex-magistrado, o TSE tem se mostrado capaz de tirar do poder no máximo governadores de Estados menores, mas não um presidente da república.

O tribunal também tem entre os membros três ministros do STF. Um deles, José Dias Toffoli, é o presidente do TSE. Durante seu mandato no STF, Barbosa também fez parte do tribunal eleitoral.

O TSE aprovou na última terça-feira a continuidade de uma ação apresentada pelo PSDB que pede a cassação da presidente Dilma por suposto abuso de poder na campanha eleitoral de 2014.

Barbosa atacou também o TCU que, segundo ele, é formado por "políticos fracassados", que não têm estatura institucional suficiente para conduzir algo de tamanha gravidade.

O TCU julga o que se chama de "pedaladas fiscais" do primeiro mandato do governo Dilma (2011-14), o nome dado às práticas do Tesouro Nacional de atrasar repasses a bancos públicos com o objetivo de melhorar artificialmente as contas fiscais.

Nesta semana, o TCU decidiu conceder mais 15 dias para o governo federal explicar pontos adicionais sobre as contas de 2014. O ministro relator do processo, Augusto Nardes, disse que um eventual agravo da Advocacia Geral da União (AGU) atrasaria ainda mais o processo.

"O TCU é um playground de políticos fracassados..."

Um eventual parecer do TCU pela rejeição das contas daria força aos que defendem um processo de impeachment contra Dilma.

"Impeachment tem que ser algo muito bem embasado. Sem isso todos sairemos perdendo", acrescentou Barbosa.

Aluísio Alves

domingo, 30 de agosto de 2015

30 de Agosto na história

1943 - Dia da Mantiqueira          
                              
O PCB, duramente atingido pela repressão do Estado Novo, conclui a conferência da Mantiqueira, clandestina, em Engenheiro Passos, RJ. Tem então 1.800 militantes soltos. Decide se empenhar para o Brasil entrar na guerra contra o nazismo, elege Prestes para o CC e projeta nova geração de dirigentes: Diógenes Arruda, João Amazonas, Maurício Grabois, Pedro Pomar, Mário Alves.

Arruda em 45
1831:
O padre Feijó, min. da Justiça, reduz de 30 mil para 10 mil os efetivos militares na Corte, por temer novas sublevações da tropa.
1880:
A Câmara rejeita (por 77 votos a 16) projeto de Joaquim Nabuco (PE) que liberta os escravos até 1890.
1818: 
Atentado contra Lênin. A esserista Fanny Kaplan acerta-lhe 2 tiros nas costas.
1979:
O STM declara anistiados 316 réus em processos pela LSN; 16 deles estão presos.
1985:
A COB decreta greve geral na Bolívia contra plano econômico do governo. Estado de sítio, 1.500 presos.
1998:
1.800 sem-terra ocupam 10 fazendas no interior de SP.
Logomarca
do MST
1999:
O povo de Timor Leste, em referendo, decide pela independência.
2000:
O pres Clinton, dos EUA, lança em Bogotá o Plano Colômbia. A pretexto do narcotráfico, visa esmagar a guerrilha e criar uma cabeça-de-ponte na Amazônia.


Cruzeiro do Oeste/Noroeste do PR - Pesquisadores descobrem fósseis de iguana pré-histórica no sul do Brasil

'Gueragama sulamericana' habitava a América do Sul há 80 milhões de anos. Pesquisadores descobriram mandíbula de animal em Cruzeiro do Oeste.

Imagem feita pelos pesquisadores mostra como era o Gueragama sulamericana (Foto: Divulgação/ Universidade do Constestado)
Por Luciane Cordeiro
Do G1 PR

Com 15 centímetros de comprimento, pele marrom avermelhada e dentes fundidos aos ossos, a espécie de dinossauro Gueregama sulamericana é a mais nova descoberta de paleontólogos brasileiros. Os fósseis do antigo habitante do deserto da América do Sul foram encontrados em Cruzeiro do Oeste, no noroeste do Paraná, no sítio arqueológico mais importante do estado, em agosto de 2014, mas só na quarta-feira (26) a descoberta foi publicada na revista científica Nature.

O animal, que tem características de iguana e de lagarto, viveu no Deserto Cauiá – que compreendia parte do centro-oeste, sudeste e sul do Brasil- há mais de 80 milhões de anos.  A rara descoberta mostrou aos pesquisadores que esse tipo de réptil habitava a América do Sul muito antes do que se imaginava.

“Esse fóssil não é nada igual ao que já foi encontrado em outras partes do mundo. Sabíamos que o grupo desse tipo animal existia, mas não encontrávamos fósseis desse réptil na América do Sul”, explica o pesquisador e professor da Universidade do Contestado, Everton Wilner.

Antes de encontrarem esse material, especialistas em répteis acreditavam que esses animais tinham se dispersado pelo mundo há 66 milhões de anos. “Agora sabemos que a dispersão na América do Sul se deu bem antes desse período”, acrescenta o pesquisador.

O fóssil mais antigo que pertence ao mesmo grupo de animais tem entre 180 e 160 milhões de anos, e foi localizado na Índia. Vestígios também foram encontrados na Europa e África.

Pelo tamanho da mandíbula (18mm), os pesquisadores acreditam que o fóssil encontrado era de uma fêmea. “Nós sabemos que essa espécie vivia o tempo todo escondida em tocas do deserto, para evitar predadores, e também perto da água. A região de Cruzeiro do Oeste tinha essas características. E onde há água, há vida”, detalha Wilner.

A pesquisa foi feita pelos pesquisadores da Universidade do Contestado, Everton Wilner e Luiz Carlos Weinschütz, pelos especialistas em répteis da Universidade de Alberta, do Canadá, Tiago Rodrigues Simões e Michael Caldwell, e pelo paleontólogo Alexander Kellner, no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O exemplar da Gueragama sulamericana ficará guardado no Museu da Terra e da Vida, da Universidade do Contestado, em Mafra, Santa Catarina. “É uma peça rara e precisa ser armazenada com cuidado. Vamos tirar fotos e expor para os visitantes conhecerem”, diz o paleontólogo Everton Wilner.

Pesquisadores coletaram fóssil de dinossauro em área rural de Cruzeiro do Oeste (Foto: Divulgação/ Universidade do Constestado)

Local rico em história

Essa não foi a primeira descoberta de fósseis em Cruzeiro do Oeste. Em 2014, os mesmos pesquisadores encontraram ossos de uma nova espécie de pteurossauro. Os paleontólogos nomearam o pequeno réptil voador de Caiuajara Dobruskii, que viveu na região há aproximadamente 80 milhões de anos.

Os fósseis foram descobertos por moradores na década de 1970, mas somente em 2011 os materiais foram estudados.

"Foram retiradas aproximadamente cinco toneladas de rochas de arenito de Cruzeiro do Oeste, e todo conteúdo possui material fóssil. Acreditamos que vamos encontrar mais espécies de dinossauros dos fósseis que retiramos do local", constata Everton Wilner.

Associação de rádios comunitárias pede mais apoio e menos burocracia

Durante os dias 21, 22 e 23 de agosto, a Associação Brasileira de Rádios Comunitárias realizou seu 8° Congresso. As dificuldades que as emissoras enfrentam para apresentar um modelo de comunicação mais plural e democrático foram a linha principal dos debates no evento.

As dificuldades enfrentadas no Brasil não são muito diferentes daqueles que as comunitárias de outros países da América Latina enfrentam,

Em um momento do país em que a mídia promove de forma irresponsável um quadro de caos econômico e social, representantes de rádios comunitárias de diversas regiões brasileiras se reuniram em Brasília para discutir estratégias que visam fortalecer a comunicação democrática e a atuação dessas emissoras como contraponto à manipulação da informação. Mas os caminhos não são fáceis.

Coordenador da associação até o Congresso, José Sóter, defendeu a necessidade de alterar a regras urgentemente, entre elas, as que tratam da publicidade. Por lei, as emissoras não podem veicular espaço publicitário de forma mais detalhada. "A propaganda da padaria não pode falar que o pão é gostoso, nem seu preço", exemplifica. O único formato permitido é o chamado apoio cultural, pelo qual só se divulga o nome do estabelecimento.

Criminalização

Outro ponto destacado foi a descriminalização do setor que enfrenta regras impostas pela Lei 9612, de 1998, responsável por regulamentar a radiodifusão comunitária no país e dificultar a tramitação dos documentos.

Para a Secretária Nacional de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, é fundamental a prioridade para as rádios comunitárias nas políticas públicas de comunicação, eliminando a burocracia e as restrições impostas atualmente. “O fim da criminalização é fundamental para garantir a anistia aos milhares de comunicadores perseguidos e condenados pelo exercício da liberdade de expressão e do direito à comunicação”, definiu.

Como resposta à pressão da Abraço, o coordenador-geral de Radiodifusão Comunitária do Ministério das Comunicações, Samir Nobre, apresentou novas regras, que valerão a partir do Plano Nacional de Outorgas, a ser lançado em breve. Segundo ele, as mudanças representam o início de uma nova relação entre as emissoras e o governo e diminuirão a quantidade de documentos necessários para outorgas.

Conforme já destacado na abertura do Congresso, o controle de veículos de comunicação por políticos e religiosos não está somente no circuito comercial. Ocorre também nas comunitárias. Samir relatou casos em que as autorizações de emissoras não foram renovadas por serem controladas por políticos ou pastores de igrejas, situação que foge dos princípios básicos de radiodifusão comunitária, apontou.

Para José Sóter, as propostas apresentadas representam um avanço, mas não suficientes ainda para desenvolver o setor de forma justa. Um primeiro passo, segundo ele, seria as comunitárias assumirem a manutenção da estrutura da Abraço para que a entidade reforce sua voz. A associação oferece apoio, inclusive jurídico, para que as rádios entrem no ar sem receber nada por isso.

Segundo o dirigente, o financiamento é ponto crítico. “Com cinco mil rádios no ar graças à atuação da Abraço, é hora das emissoras assumirem o protagonismo da entidade. Mas para isso a captação de recursos deve avançar. Seja por meio do espaço publicitário, seja por meio de recursos públicos. Se tem recurso para salvar banco de quebradeira, nós queremos benefícios também”.

Outro ponto que Sóter questiona é a exigência da representatividade. Para que a autorização seja concedida, é necessário que a associação apresente uma lista de assinaturas, a chamada lista de apoio. José Sóter explica que o correto é verificar o quadro de associados da entidade que pleiteia a autorização. “Fica fácil para igrejas, por exemplo, passarem uma lista em seus cultos ou qualquer um ir até um local público e colher assinaturas, aleatoriamente”, explica.

Diálogo

Para que as questões que envolvem o relacionamento entre poder público e comunitárias avancem, um dos caminhos é a "participação social", defendeu o secretário nacional de participação social da Presidência da República, Renato Simões. “Rádios comunitárias são parte da política de participação social e o governo tem como prioridade a participação por intermédio de meios digitais. O Congresso da Abraço é o espaço para uma reflexão sobre novos passos a serem dados no futuro, com a atuação das comunitárias”, afirmou.


O que vai ao ar

O encontro tratou ainda da produção do conteúdo. A ideia defendida pelos participantes foi a criação de uma rede a partir da qual o material seria compartilhado pelas emissoras não necessariamente sendo veiculados nos mesmos horários, mas estabelecendo uma linguagem comum às comunitárias.


Essa seria uma forma de driblar a falta de orçamento ou dificuldades técnicas e de equipe para produção de reportagens. A proposta é utilizar material público e de outras entidades como CUT, TVT, EBC, Ministérios da Educação e da Cultura, entre outras fontes.

América latina

As dificuldades enfrentadas no Brasil não são muito diferentes daqueles que as comunitárias de outros países da América Latina enfrentam, Isso ficou evidente na intervenção do jornalista Beto Almeida, conselheiro da Telesur, rede de televisão pública multiestatal.

Ele apresentou casos em que as comunitárias exercem um papel importante em processos democráticos, como a cobertura alternativa de processos eleitorais em países como Venezuela, Bolívia e Equador.

Beto Almeida ainda citou a questão do financiamento como fator fundamental para a sobrevivência das comunitárias: “A Veja tem 14 páginas de patrocínio da Petrobrás, ou seja, dinheiro público. Com o valor investido em uma publicação como essa, que ‘avacalha’ com o governo, muitas comunitárias poderia ter sua produção incrementada, em prol de uma comunicação mais democrática e plural”.

Mulheres nas rádios comunitárias

Outro momento de destaque do Congresso foi o 2° Encontro do Coletivo de Mulheres da Abraço. Com o objetivo de debater e fortalecer a atuação das mulheres na gestão das emissoras, o econtro contou com a participação de Rose Scalabrin, secretária de articulação institucional e ações temáticas da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República. Em sua apresentação, ela afirmou que "a participação das mulheres na política deve começar na própria comunidade". Ressaltou que uma Reforma Política que acabe com o financiamento privado de campanha é o caminho mais curto para o empoderamento das mulheres. Ela citoui que o "perfil masculino" de candidatos é o preferido dos financiadores de candidatos.

Nova coordenação:

Em eleição no último dia do Congresso, Valdei Borges, de Goiás foi eleito novo coordenador executivo da entidade. José Sóter prossegue como coordenador da Agência Abraço , que tem a função de assessorar e prover conteúdo às emissoras associadas e como consultor da entidade.


Do Portal Vermelho, com informações da CUT


Lei das Cotas garante mais de cem mil vagas para estudantes negros

Sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, exatamente há três anos, a Lei de Cotas garantiu mais de 111 mil vagas para estudantes negros nas universidades federais, institutos federais de educação. E esse número pode chegar a 150 mil até o fim deste ano. Conforme dados divulgados nesta semana pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) A Lei nº 12.711 foi criada com o intuito de ampliar o acesso da população negra, indígena e de baixa renda ao ensino superior e técnico.


Levantamento realizado pela Seppir apontou que, em 2013, 51 mil vagas das instituições federais de ensino superior e técnico foram ocupadas por estudantes negros. No ano passado, o número subiu para quase 61 mil. A estimativa da secretaria é que até o fim 2015, 40 mil vagas sejam ocupadas por negros, totalizando 150 mil vagas. Os números definitivos deste ano só serão conhecidos em 2016.

Reparação histórica

Para a ex-reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e ex–ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Nilcéa Freire, a legislação visa corrigir uma distorção histórica na sociedade brasileira que remonta à escravidão, que fez com que estes grupos ficassem praticamente relegados, quase sem acesso ao ensino superior.

“Eu diria que estamos pagando, de certa forma, a dívida com os nossos ancestrais que padeceram na escravidão. Até hoje podemos ver resquícios desse processo. Basta olhar, nas universidades, o conflito que houve para implantar o sistema de cotas. E se você olha para determinadas categorias, como as trabalhadoras domésticas, só agora, depois de tantos anos é que elas começam a conquistar o seu status de trabalhadoras como as demais”, disse Nilcéa, em entrevista ao programa de rádio Viva Maria.

A Uerj foi a primeira instituição de ensino superior no país a adotar o sistema de cotas, em 2001. Na época, Nilcéa era a reitora da instituição, onde se formou em Medicina. Ela destaca que um dos efeitos mais positivos da legislação foi ter possibilitado que estudantes negros de escolas públicas, jovens da periferia e das favelas tenham chance de sonhar com uma carreira. “Quando eu vejo na minha universidade de origem a foto da formatura da primeira turma de médicos que prestou vestibular já no regime de cotas eu fico muito feliz. É uma turma colorida que tem a diversidade do povo brasileiro”, disse.

Ela lembra que o debate sobre a legislação gerou muita polêmica e resistência por parte de alguns segmentos. Nilcéa comparou a resistência ao que chamou de “lógica do ônibus cheio”. “Depois que você entra, não quer mais que ele pare em nenhum ponto e essa lógica permanece na sociedade brasileira. Nós ainda temos um caminho longo a trilhar na construção de uma sociedade mais solidária. Porque, na verdade, trata-se de ampliar os laços de solidariedade para que a sociedade toda possa avançar junto e não somente parte da sociedade”, afirmou.

O professor de Ciência Política da Uerj e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, João Feres Júnior afirma que a quantidade de pretos e pardos nas universidades mais do que triplicou entre 2012 (ano da lei) e 2014, ao saltar de 13 mil para 43 mil estudantes.

USP disse "não" às cotas

Enquanto todas as universidades federais e a grande maioria das estaduais aderiram à reserva de vagas, a Universidade de São Paulo disse não às cotas. O professor Feres Júnior cita universidades estrangeiras como Harvard, Princenton e Berkeley para dizer que a USP erra ao ignorar as cotas. “A USP representa o elitismo contraproducente porque as universidades mais bem avaliadas no mundo são ardorosas defensoras.”

O professor menciona pelo menos duas razões para aumentar o número de pretos, pardos e indígenas nos cursos de graduação. Ele defende a reparação aos negros, escravizados por séculos e ainda hoje tratados pela condição de pele. Além disso, “as universidades são o principal instrumento de ascensão social”.

Por unanimidade STF aprova sistema de cotas

O Supremo Tribunal Federal decidiu, em 2012, pela constitucionalidade da reserva de vagas em universidades públicas com base no sistema de cotas raciais. Os dez ministros que participaram da votação se manifestaram a favor da constitucionalidade do sistema, seguindo o voto do relator, Ricardo Lewandowski. À época, o ministro lembrou que em 2012 [antes da aplicação da Lei] apenas 2% dos negros conquistavam um diploma universitário no Brasil e afirmou que “aqueles que hoje são discriminados têm um potencial enorme para contribuir para uma sociedade mais avançada".

“Para possibilitar que a igualdade material entre as pessoas seja levada a efeito, o Estado pode lançar mão, seja de políticas de cunho universalista – que abrangem um número indeterminado de indivíduos, mediante ações de natureza estrutural – seja de ações afirmativas, que atingem grupos sociais determinados, de maneira pontual, atribuindo a estes certas vantagens, por um tempo limitado, de modo a permitir-lhes a superação de desigualdades decorrentes de situações históricas particulares”, afirmou Lewandowski.

Estatuto da Igualdade Racial

O debate polêmico sobre a adoção das cotas nas universidades ocorreu com mais intensidade a partir de 2010, quando o Estatuto da Igualdade Racial entrou e vigor, pois, a partir dele foram criadas uma série de políticas públicas em prol dos afro-brasileiros, como a inclusão dessas comunidades em programas do governo e outras áreas da sociedade.

A Lei 12.711 de 2012

Apelidada de Lei das Cotas, a regra garante a reserva de 50% das matrículas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos. Os demais 50% das vagas permanecem para ampla concorrência.

Pelo Decreto, a implementação acontece gradativamente. Em 2013 foram reservadas, pelo menos, 12,5% do número de vagas ofertadas e isso acontecerá de forma progressiva ao longo dos próximos quatro anos, até chegar à metade da oferta total do ensino público superior federal.

Ainda segundo a Seppir, atualmente a Lei de cotas é cumprida por 128 instituições federais de ensino.

Do Portal Vermelho, Eliz Brandão, com agências

Professor negro americano é barrado em hotel nos Jardins em SP

O professor titular da Universidade de Columbia, em Nova York, Carl Hart.

Convidado pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais para falar sobre como a guerra às drogas tem sido usada para atingir certos grupos sociais mais vulneráveis, entre eles, jovens pobres e negros, em lugares como o Brasil e os EUA, o professor titular da Universidade de Columbia, em Nova York, Carl Hart, foi barrado na última quinta-feira (27), na entrada do hotel Tivoli Mofarrej, nos Jardins, em São Paulo.

Resolvido o imbróglio, Hart percebeu que era o único negro no auditório no qual falou para advogados criminalistas e juízes. "Vocês deveriam ter vergonha disso", disse ele à plateia. Em entrevista à Folha, Hart, que pesquisa drogas há 20 anos, disse que sua percepção sobre o assunto mudou drasticamente quando começou a "olhar para quem estava preso por crimes ligados às drogas nos EUA".

"Apesar de os negros serem menos da metade dos usuários de drogas nos EUA, eles compõem muito mais da metade dos presos por causa de drogas. Um em cada três jovens negros americanos serão presos pelo menos uma vez na vida por causa das leis de drogas", explicou. "Ou seja, a guerra às drogas tem sido usada para marginalizar os pobres."

Fonte: Brasil 247

sábado, 29 de agosto de 2015

Michel Carvalho da Silva: A viralização do senso comum

Quem já recebeu alguma mensagem via whatsapp informando que o governo vai confiscar a caderneta de poupança ou que o Congresso vai votar um projeto que acaba com o 13º salário? Outro conteúdo falso que “viralizou” no Facebook nos últimos tempos se refere ao auxílio-reclusão, que seria pago diretamente ao criminoso, ou ainda que o benefício se multiplicava conforme o número de filhos do preso ou da presa.

A viralização do senso comum nas redes sociais

Por Michel Carvalho da Silva*, no Observatório da Imprensa

Muitas mensagens circulam pela internet e nem sempre elas são verdadeiras. Mas como pode o cidadão comum distinguir, num volume pulverizado de informação, entre aquela confiável, verídica e relevante, e aquela errônea, imprecisa e falsa? É evidente que essa questão está relacionada ao nível de empoderamento do indivíduo, que varia de acordo com o grau de instrução, a consciência política e os hábitos midiáticos de cada um.

Uma pesquisa divulgada recentemente pelo Pew Research Center mostra que cresceu nos últimos dois anos a influência das redes sociais na tarefa de manter os cidadãos informados. Os sites de notícias, antes tradicionais fontes de informação, foram descritos no estudo como fontes secundárias na hora de saber sobre um assunto ou acontecimento.

As redes sociais podem impulsionar o engajamento cívico devido à sua flexibilidade ao permitir aos usuários acessar informações sob demanda, receber notícias de maneira instantânea, aprender sobre diversos temas, personalizar conteúdo de acordo com seus interesses e aprofundar a discussão em torno de assuntos mais complexos.

Acesso à informação é um direito

No entanto, o potencial da internet para ampliar o grau de informação do indivíduo ainda é limitado por fatores como o desinteresse da coletividade ou a inabilidade das pessoas em assimilar grandes volumes de dados e relacionar fatos. Daí a importância de uma educação que subsidie o cidadão a entender a burocracia governamental e o funcionamento do sistema político (conhecimento das regras gerais, familiaridades com as estatísticas e as plataformas de governo). Só uma pessoa que reúna essas competências poderá acompanhar e fiscalizar as políticas públicas implementadas pelos agentes públicos.

A desinformação, fruto da imprecisão, da mentira ou do ruído informacional, contribui para a ignorância das pessoas e inviabiliza o debate democrático. Aliás, é preocupante quando observamos que uma informação é manipulada simplesmente com o propósito de causar pânico ou revolta com vistas a beneficiar um segmento político. Não podemos nos esquecer também do triste episódio, ocorrido no ano passado no Guarujá, em que uma mulher foi espancada até a morte após boato espalhado em rede social que a acusava de sequestro e bruxaria.

Diante disso, é preciso verificar se a informação veiculada é de uma fonte confiável, como sites institucionais, páginas de jornais conhecidos e blogues de profissionais respeitados. Também é importante pesquisar se mais de uma fonte publicou a notícia, isso denota maior credibilidade à mensagem. Outro aspecto relevante é identificar se o conteúdo divulgado não é oriundo de um site de notícias falsas ou de conteúdo exclusivamente humorístico, como o Sensacionalista.

A informação tem relevância para o exercício pleno da cidadania e a formação de opinião. Por isso, o acesso à informação é um direito que antecede os demais, pois quem está bem informado tem maiores possibilidades de reivindicar outros direitos. As redes sociais oferecem oportunidades significativas para a politização da sociedade e um maior engajamento do cidadão no processo de deliberação pública, mas é preciso, antes de tudo, discernimento para não reproduzir o senso comum “viralizado” na internet.

*Michel Carvalho da Silva é jornalista, professor e mestre em Ciências da Comunicação.

Via - Portal Vermelho

29 de Agosto na história

1983 - Dia da CUT          

Finda o congresso de fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Bernardo, SP. Reuniu 5.059 delegados de 912 entidades e elege Jair Menegueli presidente (até 1994). A unidade aludida na sigla não se efetiva, mas a CUT se afirma como maior e mais longeva central da história do sindicalismo brasileiro.

Protesto da CUT, 1985  
1730:
Nasce em Vila Rica, filho de escrava, alforriado ao batizar-se, Antonio da Silva Lisboa, o futuro Aleijadinho. Mestre em arrancar beleza da pedra e do lenho, gênio do nosso barroco, será o inventor da brasilidade nas artes plásticas.
Profetas de
Congonhas
1825:
Portugal cede ao inglês G. Canning e acata a independência do Brasil, que aceita se endividar para pagar contas da ex-metrópole.
1842: 
Tratado de Nankin. A China, vencida na Guerra do Ópio, cede Hong Kong à Inglaterra.
1852:
Início das obras da 1ª ferrovia, Mauá-Raiz da Serra, Rio de Janeiro.
1871:
A Câmara vota (61 votos a 35) a Lei do Ventre Livre. Filho de cativa, cativo não é, mas fica até os 21 anos sob tutela do senhor.
1943:
O ocupante nazista impõe o estado de sítio na Dinamarca, face à recusa do governo em aplicar lei marcial contra a Resistência.
1966:
Os Beatles fazem sua última apresentação pública, em São Francisco, EUA. Cresce a legenda irrequieta e contestatória da banda.
1968:
PM e PF invadem a UnB e prendem o líder estudantil Honestino Guimarães.
1971:
Manifestação de 20 mil hispano-americanos em Los Angeles, contra a guerra do Vietnã.
1975:
Golpe militar no Peru depõe V. Alvarado.

Primeiro presidente negro, Obama fracassou no combate ao racismo

Uma democracia multirracial onde as pessoas são julgadas pelo caráter, e não pela cor da pele – este era o sonho do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos. Quando Barack Obama foi eleito presidente, em 2008, muitos americanos ficaram extasiados. O sonho havia se tornado realidade?


Conforme o presidente se aproxima do final do seu mandato de oito anos, o país está acordando. Mais de 60% dos americanos – negros e brancos – acreditam que, em geral, as relações entre raças são ruins, de acordo com uma pesquisa de opinião recente encomendada pela rede CBS e pelo jornal The New York Times.

Recentes mortes de afro-americanos desarmados por policiais provocaram uma onda de agitação social. Manifestantes pacíficos tomaram as ruas com o grito de ordem “vidas negras importam!”. As tensões escalaram em protestos e confrontos contra uma força policial que muitas vezes mais parece uma organização militar.

Obama falou à Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês) pela segunda vez desde que assumiu a presidência. Ele propôs reformas no sistema judicial americano, como reduzir longas sentenças obrigatórias (em que os juízes são obrigados por lei a estipular uma pena mínima) para crimes não violentos, as quais afetam desproporcionalmente os negros.

Mas muitos afro-americanos acreditam que o presidente tem respondido vagarosamente a pedidos de reformas e que ele não tem ido longe e rápido o suficiente.

“O presidente só lidou com o tema das questões raciais quando foi absolutamente obrigado a fazê-lo”, afirma Ronnie Dunn, professor de estudos urbanos na Universidade Estadual de Cleveland. “Houve uma relutância para responder de maneira franca a essas questões.”

Políticas de respeitabilidade

Harold McDougall, professor de direito na Universidade de Howard, em Washington, acredita que a relutância de Obama em se expressar sobre raça tem relação com a chamada “política de respeitabilidade”, uma filosofia sobre o método de inclusão dos afro-americanos que prevalece há várias gerações. Essa filosofia estipula que os afro-americanos têm que alterar seu comportamento e sua cultura para que finalmente consigam ser aceitos pelo mainstream branco.

Durante a campanha de 2008, o então senador Obama foi obrigado a se desfiliar da Igreja Unida da Trindade de Cristo, em Chicago, após ser pressionado publicamente. Na ocasião, o reverendo Jeremiah Wright, que liderava a igreja e foi o responsável por batizar os filhos de Obama, havia feito uma série de comentários julgados "controversos" sobre as relações raciais, o cenário político americano e a política exterior do país.

“Parece-me um cenário em que as políticas de respeitabilidade foram responsáveis por sua eleição”, diz McDougall. “Foi isso que o guiou através do seu primeiro mandato e a metade do segundo.”

“Realmente não há limite sobre o quanto você tem que se submeter a outras pessoas para conseguir ser aceito quando as condições são impostas por essas pessoas em vez de por você mesmo”, afirma.

Mudança de tom

Tanto McDougall quanto Dunn concordam que o presidente se tornou mais ousado quanto às questões que envolvem justiça racial somente nos últimos tempos. Ele não está mais concorrendo à reeleição, e acontecimentos como os de Ferguson, no estado do Missouri, e de Baltimore criaram um novo senso de urgência. “É como se ele estivesse bem mais liberdade para discutir esses assuntos”, diz Dunn.

Na sequência dos confrontos em Ferguson, no último verão, Obama montou uma força-tarefa para implementar uma reforma na polícia. A força-tarefa pediu um basta para a mentalidade “guerreira” que prevalece em muitos departamentos de polícia no país. Em vez disso, a ideia é que a polícia aborde e coopere com as comunidades para desescalar conflitos.

O Departamento de Justiça também iniciou inquéritos federais contra os departamentos de polícia de Ferguson, Cleveland e Baltimore e divulgou relatórios arrasadores sobre as duas primeiras cidades.

“A atmosfera gerada por esses acontecimentos com certeza fez com que todo mundo – e não só a comunidade afro-americana – ficasse mais propenso a falar sobre esses assuntos”, afirma McDougall.

Era pós-racial não existe

As tensões raciais têm estado em alta nos Estados Unidos nos últimos meses. Então, em junho, um supremacista branco de 21 anos entrou numa histórica igreja negra em Charleston, na Carolina do Sul, abriu fogo e matou nove fiéis.

“Até mesmo os brancos ficaram horrorizados”, diz McDougall. “Não era para ser assim. Não existem Estados Unidos pós-raciais.”

Dias após o massacre na igreja, Obama concedeu, em Los Angeles, uma entrevista para o comediante Marc Maron. Ele falou sobre o massacre sobretudo em termos da necessidade de maior controle sobre armas de fogo. Mas ao longo da entrevista, o presidente falou sobre a questão racial de uma maneira tão franca que surpreendeu alguns ouvintes.

“Não é só uma questão de se é educado falar nigger [preto] em público”, disse Obama. “Isso não é um parâmetro para determinar se o racismo ainda existe ou não.”

Quando o presidente fez esses comentários, a bandeira Confederada ainda estava tremulando na área do capitólio de Columbia, capital da Carolina do Sul. Mas na semana passada, o estado votou pela remoção da bandeira sob a qual os soldados sulistas lutaram para preservar a escravidão durante a guerra civil americana.

“Só agora estamos retirando a bandeira confederada. De um ponto de vista metafórico, é como se ainda estivéssemos lutando na guerra civil”, aponta Dunn.

Fonte: DW

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