EUA
manifestam intenção de estreitar laços com Evo Morales após posse do líder
indígena. “Temos muito respeito e admiração nos Estados Unidos pelo grande
progresso e inclusão social que se registra na Bolívia”
Reunião entre Evo Morales e Barack Obama não deve demorar para acontecer (reprodução) |
Malinowski
também expressou o “grande respeito e admiração que temos nos Estados Unidos
pelo grande progresso e inclusão social que se registra na Bolívia”.
Após
se reunir com o ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David
Choquehuanca, em um encontro qualificado como “excelente”, o subsecretário
afirmou que “enquanto for mantida a atmosfera positiva entre os governos,
estaremos próximos de chegar a este ponto [de normalização das relações] mais
cedo ou mais tarde”.
Malinowski
disse ainda que “este é um processo que tem que marchar passo a passo. Não
posso dizer quando poderia ocorrer a reunião [entre os mandatários], mas posso
dizer que isso é algo que nós gostaríamos de ver em algum momento”.
Em
entrevista publicada nesta sexta-feira (23/01) no jornal boliviano La Razón,
Evo ressaltou o desejo de que um possível encontro com Barack Obama seja
concretizado ainda este ano, mas pontuou que também é necessário que os EUA
respeitem a Bolívia.
O
líder indígena boliviano lembrou que Choquehuanca defendeu, em dezembro do ano
passado, uma reunião de alto nível entre os chefes de Estado, mas ainda não
“obteve resposta”.
Morales,
por sua vez, aproveitou seu discurso de posse para alfinetar o país
norte-americano:agora os gringos não mandam [na Bolívia], mandam os índios. Esse é o orgulho que temos”, disse para logo após desculpar-se com a delegação
dos EUA e saudar a sua presença.
As
relações entre os países estão congeladas desde 2008, quando o governo
boliviano expulsou o embaixador norte-americano Philip Goldberg, acusado de
apoiar uma conspiração interna no país. Como resposta, os EUA expulsaram o
embaixador boliviano Pablo Guzmán do país e retiraram as preferências
tarifárias.
Evo
também expulsou a DEA, agência antidrogas dos Estados Unidos, e em 2013 também
determinou a saída do país da Usaid (Agência para o Desenvolvimento
Internacional).
Luta
indígena
Em
uma carta enviada ao presidente Evo Morales, a indígena guatemalteca e Prêmio
Nobel da Paz em 1992 Rigoberta Menchú afirmou que o terceiro mandato de Evo
consolida a luta pela emancipação dos povos indígenas.
Menchú
disse que a luta é imposta frente às ações imperialistas e ocidentais que ainda
pretendem seguir submetendo as nações do continente e do mundo e inviabilizar
os povos originários.
Ela
também expressou os melhores desejos de êxito e que as “energias do Cosmos e do
Universo e a sabedoria das avós o guiem na consolidação das bases do ‘Bom
Viver’ e a plena soberania no conjunto das nações”.
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