Líderes da oposição na Câmara oficializaram nesta
quinta-feira 10 o lançamento da frente pró-impeachment, a fim de coletar
assinaturas em defesa da saída da presidente Dilma Rousseff do poder. Os
deputados divulgaram a página www.proimpeachment.com.br para o abaixo-assinado
eletrônico.
O site se baseia e divulga a íntegra do pedido de impeachment
apresentado pelo jurista e fundador do PT Hélio Bicudo. O movimento é uma forma
de cobrar do presidente da Câmara, deputado Eduardo Câmara (PMDB-RJ), que
coloque em andamento na Casa os pedidos de impeachment apresentados.
A página traz a seguinte mensagem:"Os brasileiros não
aceitam mais: mentiras, crise ética/moral, corrupção generalizada, desemprego
crescente, inflação alta, pedaladas fiscais, mensalão e petrolão, aumento de
impostos, luz e gasolina mais caras, cortes na saúde, educação e segurança.
Estamos ao lado da população, indignados com tanta bandalheira! E, assim como a
maioria dos brasileiros, defendemos que a presidente seja afastada o mais
rápido possível, através do seu impeachment! Participe você também do Movimento
Pró-Impeachment!"
Além de assinar, o usuário pode deixar comentários na
página, personalizar sua foto com o logo do movimento e compartilhar imagens
nas redes sociais, junto com a frase: "Se até um fundador do PT pede
impeachment de Dilma é porque o governo não tem nenhuma condição moral de
continuar".
A frente pró-golpe é encabeçada por líderes como Carlos
Sampaio (PSDB), Mendonça Filho (DEM), Roberto Freire (PPS) e Rubens Bueno
(PPS). Participam ainda líderes do PSC, do Solidariedade e da Minoria. "O
Brasil não suporta mais três anos e meio de Dilma", protestou Sampaio.
O líder do SD, deputado Arthur Oliveira Maia (BA), disse que
mesmo na base do governo há parlamentares que se colocam a favor do
impeachment. "Esse movimento quer congregar a todos. Eduardo Cunha tem
obrigação de colocar o pedido em pauta."
Segundo informações da Agência Câmara, no segundo mandato do
governo Dilma, já foram protocolados 21 pedidos de impeachment. Desses, nove
foram arquivados pelo presidente Eduardo Cunha, sendo quatro em fevereiro e
cinco recentemente. Doze pedidos, incluindo o de Hélio Bicudo, estão atualmente
em análise.
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